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Saturday, January 07, 2012

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 29


Oi turma! Hoje teremos um momento muito bonito do Rob e a uma decisão muito importante da Kris...

Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; Violência

Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 29

"A esperança é cheia de confiança. É algo maravilhoso e belo, uma lâmpada iluminada em nosso coração. É o motor da vida. É uma luz na direção do futuro."
(Conrad de Meester)

Odeio barulhos irritantes. Isso é fato.
Da onde, diabos, vinha aquela merda que não me deixava em paz?
Suspendi apenas meu rosto, tirando-o do travesseiro e enxergando através das mexas de meu cabelo que estavam grudados nele por causa do sono profundo.
- Inferno.
Me desvencilhei do edredom de cor bege, onde, em algum momento da madrugada eu me enrolei, já no quarto, jogando travesseiros por todos os lados até achar o maldito aparelho de celular e rolar os olhos resmungando ao ver que era Dakota.
Atendi apesar de estar tentadoramente tentada a ignorar.
- Se eu te conheço, você está bêbeda ou ainda está de cama. Então levanta daí agora Stewart.
- Vai pra merda Dakota. – disse resmungando por baixo do fôlego e soprando um mexa do meu cabelo da frente do meu rosto.
- Foi o que eu pensei. Abra a porta.
- Quê?
- Kristen, tem noção de que horas são agora?
- Ainda é de manhã Dakota. – quase gritei fazendo-a rir.
- Já são mais de cinco horas da tarde, love.
- Não. Não pode ser. – me joguei na cama e olhei o relógio de cabeceira choramingando e piscando um maldito 17:12 na minha cara. – Que merda.
- Justamente. Agora abra a porcaria da porta.
- E porque eu iria fazer isso? – perguntei já me levantando.
- Stewart...
- Tá bom, tá bom. Já estou indo.
Desliguei o telefone resmungando, irritadíssima, por eu ainda estar com sono. Ajeitei meu cabelo apenas passando a mão por eles e não sorri quando Dakota entrou no meu apartamento com sua áurea de alegria intocável.
- Boa tarde sunshine.
- Humpf.
- Para com isso agora Kristen.
Rolei os olhos e fui pra cozinha, eu estava morrendo de fome.
- Vamos fazer algo hoje? Você disse que iria ao pub. – ela disse me seguindo até a geladeira.
- Não disse não.
- Disse que iria pensar.
- Também não disse isso. – apontei querendo ri da sua cara de raiva enquanto eu levava a garrafinha de água na boca.
- Stewart... não me dê motivos para cometer um assassinato hoje love.
- Essa eu queria ver. – ignorei-a sorrindo, voltando meu corpo para a geladeira e pegando um suco de manga que estava ali e colocado direto no copo.
- Dá pra somente responder?
- Não acho que seja uma boa idéia Dak...
- Ótimo, eu te pego as 21:00 – disse sorrindo e eu bufei.
- Você ouviu o que eu disse?
- Sim, não sou surda Kris. – ela estava sendo cínica agora e eu quis esganá-la, mas me contentei em rolar os olhos bebendo meu suco.
- Parece que é.
- Às 21:00. Esteja pronta, love.
- Já está indo? – perguntei vendo seu sorriso se afastando junto com ela pela porta da cozinha.
- Sim, passei apenas para confirmar que você ia. – ela sorriu de novo e eu retribuí com um sorriso pequeno. – Na portaria uh? Eu te espero. – assenti com a cabeça antes que ela saísse pela porta da sala.
Suspirei e comi um pão de mel com o que restava do suco e fui tirar mais um cochilo na minha cama que me parecia o céu naquele momento.

Acordei atrasada para variar.
Tirando o fato de que ia ser morta por Dakota, isso não tinha nenhum problema, mas eu realmente não queria ter que escutar resmungos hoje. Apenas os meus.
Bufei cansada me levantando da cama e indo depressa até o banheiro.
Depois de um banho rápido e sem molhar o cabelo, eu deixei-os soltos, colocando um jeans skinny e uma blusa preta, colada no corpo, que tinha três pequenos botões em cima, peguei meu All Star branco.
Tive um pouco de dificuldade na hora de fechar a calça, eu estava engordando e nem tinha percebido, mas como eu fora ganhar peso se de cinco em cinco minutos meu estômago revirava e eu vomitava tudo?
Suspirando peguei meu celular e desci até a portaria depois de fechar o apartamento e guardar as chaves no meu bolso.
- Está atrasada.
- Jura?
- Juro. E vamos logo. Tom já está lá. – ela sorriu me abraçando e eu rolei os olhos reparando em como ela estava.
Dakota era tão simples quanto eu no modo de se vestir, só que ela conseguia deixar um All Star parecendo um sapato de luxo pelas roupas que combinava com ele.
O vestido meio bege com dourado dava a ela o ar de menina que ela tinha, como os cabelos loiros e os olhos mais azuis que eu já tinha visto.
Caminhar com Dakota era mais fácil e simples do que levar os cachorros para passear, ela era energética e nossa amizade se tornava a cada dia mais, mais forte e intensa.
Eu amava a Dakota, como amava Tom e Sam.
Eles eram realmente minha família, a família que eu pude escolher.
Fiz algum esforço para não me lembrar das palavras de Melanie, mas foi impossível quando Dakota sorriu pra mim e entramos no pub, sendo recebida por um abraço muito forte de Tom.
“...e se eles não te amassem, já teriam te deixado de lado há bastante tempo.’’
Ela estava certa não estava?
Eu era amada pelos meus amigos e isso era tão... bom e gratificante... que me fazia querer retribuir cada gota de alegria que eles me proporcionavam, apenas por estarem comigo.
- Kristenzinha. – Tom disse ainda me prendendo em seu abraço e tirando meus pés do chão.
- Você vai esmagá-la Tom. – a voz de Dakota ralhou com ele.
- É verdade, você é muito pequena.
Ele bagunçou meu cabelo rindo enquanto eu tentava tirar suas mãos dali e revirava os olhos, mas eu estava sorrindo.
- Eu não sou pequena.
- Não, você é desprovida de tamanho Kris.
- Não é como se você fosse mais alta que eu Dak. – apontei pra ela ouvindo a gargalhada de Tom.
- Que audácia. – sua boca abriu em indignação e eu comecei a ri.
- Oi.
Escutei a voz que fazia meu coração entrar em uma espécie de colapso doloroso, engoli em seco me virando enquanto todos ainda sorriam, mas não eu.
Minha respiração ficando fraca demais para que eu fizesse qualquer tipo de movimento.
- E aí cara. – Tom deu um tapa em sua mão e um no ombro.
- Rob. – Dakota cantou o abraçando.
- Hey Dak. – tive vontade de sorrir quando ele bagunçou o seu cabelo, minhas lembranças me levando há tempos atrás quando ele me abraçaria sorrindo e me perguntaria onde eu queria me sentar para ver melhor o show.
Prendi a respiração no peito quando ele me olhou.
- Oi.
- Hey. – minha voz saiu um pouco quebrada e um clima estranho se apoderou do lugar.
- Então... vamos sentar? Daqui a pouco isso aqui vai encher. – Tom nos salvou daquela situação enquanto Dakota apenas sorria largamente.
Assenti devagar desviando meus olhos do dele e colocando uma mexa insistente de meu cabelo, atrás da orelha.
- Vou até o palco falar com Sam. – Rob disse a Tom.
- Ok cara, nós vamos estar do outro lado do bar. – ele apenas assentiu e se virou indo na direção do palco onde Sam ajeitava a luz e passava o som antes de começar a tocar.
- Vamos? – Dakota me perguntou, me impedindo de continuar seguindo Robert com meu olhar.
Assenti de novo já me irritando com aquela mexa em meu cabelo.
Nos sentamos e não foi surpresa ao ver que, menos de dois minutos depois, Michael nos encontrava e pedia para sentar com a gente.
Tom não havia ficado muito contente com isso, Dakota disse que ele estava interessado em mim e que Tom sabia, e que não me queria perto daquele idiota, ele só estava tentando cuidar de mim, e eu jamais daria algum tipo de chance para um cara como Michael.
Nem pra ele e nem pra ninguém.
Eu nunca mais conseguiria ver um homem sem compará-lo com Robert e toda sua perfeição.
- Kristen. – Michael me cumprimentou, se sentando ao meu lado nas cadeiras vermelhas.
Dei apenas um aceno de cabeça.
- Quer uma água? – Dakota me perguntou.
- Oh sim, por favor.
Eu não iria beber hoje, a vodka continuava embrulhando meu estômago fortemente e tudo o que eu não queria, era ser uma louca durante toda a noite e sair desesperada para um banheiro.
Dak fez nossos pedidos e em pouco tempo o garçom chegou com minha água e a cervejas deles.
Robert voltou logo depois, fazendo borboletas voarem em meu estômago e minha garganta secar com sua proximidade, ainda que meio afastada.
- Ele vai começar a tocar? – Dakota perguntou pra ele.
Robert tinha seus olhos cravados em Michael, eu não entendi sua expressão e nem os motivos de suas mãos estarem em punho quando ele se sentou ao lado de Tom, mas ele não tirou os olhos dele.
- Sim. Vai começar a tocar agora. – ele desviou o olhar e pegou a caneca de cerveja que Tom lhe passava.
O som da banda de Sam estourou no pub e nada mais foi dito, eu conversava com Dakota tentando ignorar a vontade de olhar pra Robert e ficar olhando pelo resto da noite inteira.
Mas não sabia se ele também estava me olhando, afinal... ele não tinha motivo algum para fazê-lo.
- Quer fumar lá fora?
Eu tentei, tentei mesmo não fazer uma careta para Michael assim que ele me perguntou aquela merda.
Se fosse outro cara – Robert – me perguntando aquilo, eu já teria aceitado há muito tempo.
- Sinto muito Michael, estou tentando parar de fumar. – rolei os olhos internamente.
O que diabos esse cara viu em mim?
- Nós podemos sair então... dar uma volta. – ele já estava próximo demais, sua mão tentou se encostar na minha, mas eu tirei a tempo.
Ele já estava indo muito longe, e era melhor parar antes que eu fosse grossa com ele, o que eu não queria porque ele ainda era amigo de Sam, mas era realmente melhor que ele parasse com aquilo.
Eu nem me dei ao trabalho de responder a ele.
Desviei o olhar dele e de relance vi a expressão concentrada de Robert para o palco, ele tinha as feições graves e suas mãos estavam novamente em punho, seu maxilar travado e eu o conhecia muito bem para dizer que ele estava irritado.
Suspirei sem saber o motivo daquilo, mas não foi uma boa idéia, o cheiro do perfume de Michael invadiu minhas narinas e meu estômago se embrulhou, lançando náuseas para cada um de meus poros.
Me levantei de repente fazendo Dakota me olhar, murmurei um “já volto” e saí de lá desesperada para encontrar o banheiro mais próximo.
Como no outro dia, eu me curvei em meus próprios joelhos e deixei que a bile subisse pela minha garganta, passando pela minha boca e jogando fora tudo aquilo que estava me fazendo mal. Demorei muito mais do que imaginava para colocar tudo pra fora, meu estômago estava vazio a não ser por água e a bile do meu organismo.
- Kris?
- Da-ak. – respondi com a voz abafada pelos movimentos contínuos do meu esôfago.
- Oh droga. – ela segurou meus cabelos com a voz preocupada.
Demorou ainda mais um tempo para que a bile passasse junto com as ânsias, meu estômago ardia e queimava e eu precisava com urgência de um copo de água bem gelado.
- Vamos ao médico, por favor. – ela disse molhando suas mãos na pia e colocando em minha testa e na minha nuca.
- Não é preciso Dak.
- Você me diz isso a malditos meses e nunca toma uma atitude.
- Por que não precisa.
- Você viu o que aconteceu ali? – ela apontou para o vaso em que eu tinha vomitado e eu rolei os olhos aproveitando a água fria em meu corpo.
Eu queria Robert ali.
Suspirei.
- Eu vou me cuidar ok? Eu prometo.
- Tudo bem. – ela suspirou secando suas mãos. – Vamos voltar pra lá?
- Sim, é claro...
- Tom está convencendo Rob a tocar, Sam deve chamá-lo daqui a pouco.
Engoli em seco, não estava preparada para ouvir sua voz cantando para tanta gente, ao invés de apenas só pra mim.
- Está ok?
Assenti incapaz de falar alguma coisa, prendi meu cabelo em um coque alto e mal feito e segui Dakota para a parte de fora do banheiro.
- Você está bem? – Tom me perguntou assim que sentamos.
- Sim. Tudo bem. – forcei um sorriso pra Tom que ainda ficou desconfiado e Dakota me passou uma outra garrafa de água, só que agora gelada junto com o que eu vi ser um comprimido.
- Eu não vou tomar a merda de um remédio. – sussurrei pra ela notando o olhar intenso de Robert sobre mim enquanto levava a caneca de cerveja na boca.
- Tome logo Stew. É para enjôo.
Fiz uma cara muito, muito irritada pra ela antes de pegar o remédio e o tomar de uma vez.
- Eu não preciso de cuidados Dakota.
- Então faça por onde não merecê-los.
- Não sou mais criança. – eu estava quase alterando minha voz apertando a garrafinha de água com força em minhas mãos.
- Jura? – ela estava realmente conseguindo me irritar.
- Vamos acalmar os ânimos ok? – ouvi a voz de Tom sobre a nossa pequena bolha irritante.
Virei meu rosto na hora cruzando os braços sobre o peito, aquilo já estava sendo demais pra mim.
- Rob? Sam está te chamando no palco.
Apenas ouvi seu suspiro me recusando a olhar pra ele, eu já estava me machucando o suficiente por aquela noite.

- Boa noite. – ele disse sorrindo ao se sentar no palco, eu subi meu olhar, encarando-o disfarçadamente sobre as cabeças da quantidade de pessoas que gritavam pra ele naquele momento. Sua boca se abriu como se ele fosse falar algo mais, só que pareceu ter desistido, seus olhos procuravam alguma coisa pelo salão e eu rezei para que Megan não estivesse ali.
Ele iria cantar pra ela?
Engoli a choro em minha garganta e fiquei olhando para o tampo da mesa de carvalho, era mais seguro dessa forma.
Ouvi os acordes do violão, meu coração disparando no peito com o som de sua voz me trazendo lembranças de um tempo que não existia mais, lembranças que machucavam agora e que só me fazia desejá-lo de volta com toda a força do meu ser.
A saudade me invadia sem piedade e quando percebi, ele estava cantando.
Eu o encarei e eu quase podia sentir a queimação em meus ossos quando ele fixou os olhos em mim.

Cem dias me fizeram mais velho
Desde a última vez que vi seu lindo rosto
Milhares de mentiras me fizeram mais frio
E eu não creio que possa te olhar do mesmo jeito.
Mas todas as milhas que nos separam
Elas desaparecem agora enquanto estou sonhando com seu rosto.

Ele fechou os olhos, parecendo estar sentindo e falando a música, minhas mãos tremeram e eu as escondi debaixo da mesa.

Estou aqui sem você amor
Mas você continua em minha mente solitária
Eu penso em você amor
E sonho com você o tempo todo
Estou aqui sem você
Mas você continua comigo nos meus sonhos
E esta noite só existe você e eu.

A distância continua aumentando
Enquanto as pessoas deixam de se falar
Dizem que esta vida está sobrecarregada
Mas espero que isso melhore com o passar do tempo

Eu também estou aqui sem você.
Tive vontade de falar, de gritar aquilo pra ele, eu o queria de volta, eu precisava dele mais do que qualquer coisa na minha vida.
Robert era o meu sonho bom, minha razão e meu motivo para acordar todos os dias sem pesadelos, eu queria seus braços a minha volta, seu cheiro inconfundível me invadindo novamente.
Mas isso era impossível.
Era completamente impossível.

Estou aqui sem você amor
Mas você continua em minha mente solitária
Eu penso em você amor
E sonho com você o tempo todo
Estou aqui sem você
Mas você continua comigo nos meus sonhos
E esta noite, somos só você e eu
E esta noite garota, somos só você e eu.

Tudo que eu sei, e qualquer lugar aonde eu vá
Isso se torna mais difícil, mas eu não vou desistir do meu amor
E quando o último cair, e quando tudo estiver dito e feito
Isso se tornará mais difícil, mas eu não vou desistir do meu amor

A melodia suave me embalava em total desespero, eu precisava sair dali antes que meu coração me traísse e meus olhos transbordassem com as lágrimas que eu estava tentando sufocar.

Estou aqui sem você amor
Mas você continua em minha mente solitária
Eu penso em você amor
E sonho com você o tempo todo
Estou aqui sem você
Mas você continua comigo nos meus sonhos
E esta noite, somos só você e eu
E esta noite garota, somos só você e eu.

Sempre que eu escutava uma música, eu podia sentir o que ela estava passando, mas não com tanta intensidade como quando escutava uma na voz de Robert. Ele conseguia me prender no tom e na melodia, era por isso que todas as emoções se misturavam dentro de mim, me deixando em uma bagunça que eu não saberia resolver.
Ele parou de cantar e deixou apenas o violão tocando, ainda olhando pra mim e de olhos fechados às vezes, sentindo a música como eu mesma sentia.
Os aplausos ecoaram pelo lugar, mas eu não conseguia ver nada além dos olhos de Robert, que me chamavam, me imploravam para fazer algo que eu sabia que era fraca demais para fazer.
Eu não poderia fazê-lo feliz.
Eu era baixa demais para ele.
Ele tocou uma música mais animada tirando os olhos dos meus, mas ora ou outra ainda me encarava.
Meu coração ainda palpitava forte e eu bebi minha água em grandes goles para aplacar a ardência em minha garganta, por causa do esforço que eu fazia para segurar as lágrimas.
- Eu... eu tenho que ir embora. – falei de repente e já me levantando.
- Mas já Kris?
- Sim Tom, amanhã eu quero estudar e... eu preciso fazer... algumas coisas. – ficar nervosa me deixava em aflição e eu precisava sair dali.
- Vejo você amanhã Kris. – Dakota disse me olhando, ela estava entendendo o que eu estava sentindo e eu até esqueci que tinha brigado com ela.
Murmurei um “boa noite” para Michael e saí apressada por entre as pessoas.
Senti olhos em minhas costas e não quis me virar para ver quem era, eu só queria sair dali e ir pro meu apartamento, me encolher em minha cama e nunca mais acordar se fosse possível.

Eu sabia que aquela noite iria ser longa, talvez a mais longa de todas.
A voz de Robert me acompanhava durante todo o trajeto até em casa, eu estava ficando ensandecida com o som da música estourando em meus tímpanos.
Mas além da música, ecoava também todas as vezes que ele cantou pra mim, só pra mim, enquanto estávamos em nossa cama no meio da noite, ou depois que ele saia de cima de mim, me acolhendo o corpo com seus braços me aquecendo, com aquele sorriso perfeito no rosto.
E eu dormia feliz. Robert era minha felicidade.
E ele a faria feliz, como fez a mim. E ela poderia retribuir tudo o que ele podia lhe oferecer.
Entrei em meu apartamento querendo gritar aquela maldita dor que me assaltava, eu estava perdendo os sentidos e só estava tentando me enganar.
Eu não queria outra garota com Robert, eu não queria que ele fosse de outra garota.
Ele era meu. Ele era só meu.
Será que ele ainda me amaria? Ou ele já teria me esquecido?
Ele parecia feliz quando estava comigo não parecia? Estava sempre sorrindo e diferente do que estava agora, era estranho vê-lo do jeito que estava hoje ou no outro dia, eu estava acostumada com seu bom humor e alegria inigualável.
Porque eram feitos pra você.
Minha mente gritou.
Era isso? Eu fazia Robert feliz?
O que eu poderia fazer com a besteira que tinha feito com ele?
Era corajosa o suficiente para contar toda a verdade?
Mas eu iria perdê-lo de qualquer maneira, contando a verdade ou não. Ele não iria mais ser meu.
Mas você teria feito a sua parte e mostrado que confia nele.
Minha inconsciente gritou de novo, fazendo as palavras de Melanie ecoar pelos meus ouvidos.
“Eu não posso dizer o mesmo sobre Robert, porque apesar de ele talvez ainda te amar... se você tem medo de confiar nele... é a maior prova de que você não o merece.”
Era isso, eu o tinha o perdido por medo e seria muito bem feito pra mim, se ele não me quisesse mais.
Eu só tinha que confiar nele, eu precisava confiar nele.
Era a minha única chance de tê-lo de volta e de receber seus braços ao meu redor.
“Não por força ou pressão. Mas sim porque você está preparada para enfrentar isso de cabeça erguida, como a menina forte que você sempre foi.”
Eu estava preparada para confiar nele.
Eu tinha que estar preparada, para fazê-lo olhar pra mim como antes, para que ele pudesse ser meu de novo e só meu.
Não era por força ou pressão agora.
Era por vontade. Era por pura vontade e coragem.

Continua...

Até que enfim ela acordou! Acho que agora ela conta tudo pra ele e só espero que ele aceite-a de volta. Mas cantando a música que ele cantou pra ela, é claro que ele vai aceitar. E, enfim, meus dias de lágrimas vão acabar. Vocês perceberam que ela está grávida né? Esses enjôos constantes e agora o fato de estar engordando, não podem ser outra coisa. Então acho que a felicidade deles vai mais completa com essa novidade. Vamos ver o que acontece amanhã. Beijos e até mais tarde.
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2 comments:

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Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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