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Monday, March 05, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 19


Boa tarde gente! Hoje Bella vai ao evento com Edward, mas as coisas não saem como ele planejava...

Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 19

Bella pov’s

O carro andava pela cidade com suavidade (Edward dirigia mais devagar do que deveria). Tive a impressão de que ele estava me obrigando a passar um tempo maior com ele no carro; esperei que fosse só impressão. Mantive minha cabeça inclinada olhando a paisagem da minha janela, não querendo de forma alguma vê-lo. Eu sabia que não tinha o direito de ficar irritada com ele afinal de contas fui eu a culpada, eu aceitei seu convite. O que eu estava fazendo? Por que aceitei ficar ao seu lado em um evento empresarial em troca de dinheiro? Eu estava me equiparando às prostitutas dele!
Eu poderia desistir, bastava entregar o cheque e...
–Chegamos. – Edward anunciou.
Olhei para fora, estávamos em frente a uma boutique incrivelmente chique. Todo aquele luxo me intimidou. A frente era incrível, com traços da arquitetura grega, um prédio de mais de quatro andares. Procurei me recompor. Eu não queria mostrar que ainda havia resquícios da antiga Bella, a Bella provinciana.
–Lembre-se Cullen: todas as despesas serão pagas por você! – falei forte, caminhando a passos firmes para a porta. Um funcionário muito bem vestido nos recepcionou. Estava tão irritada que banquei a mal educada, ignorei a todos que me cumprimentavam. Fui diretamente a uma atendente. Ela me olhou dos pés a cabeça avaliando meus recursos financeiros.
–Bom dia senhora...
–Eu quero um kit completo para ir a um evento, exclusivo. Roupas, acessórios... E não me preocupo com dinheiro então pare de me olhar com indiferença como se eu fosse uma ladra! – falei irritada, despejando veneno em quem nem merecia tanto. Ela estacou.
–Ouviu minha esposa, não é? Ofereça a ela o melhor. – Edward disse atrás de mim. Ignorei sua atitude protetora.
–Sigam-me. – ela pediu. Eu a segui. Edward projetou seu corpo para frente, mas eu o impedi virando-me e colocando a mão em seu peito.
–Eu não preciso de babá! – falei ríspida. Virei-me e segui a funcionária.

Sacola em mãos. Eu não vi o preço do vestido, do lingerie, das jóias e dos sapatos, mas posso apostar que o valor era próximo do que Edward me pagou para sair comigo. Edward se manteve afastado e para a minha surpresa vi que ele também havia comprado algo para vestir. Ele sorria malicioso (como eu odiava esse sorriso!) satisfeito por seus planos estarem dando certo. Eu iria mostrar a ele, iria envergonhá-lo! Ele me pagaria caro! Ainda mais caro do que gastou comigo! Funcionários pegaram nossas compras e guardaram na porta malas do carro.
Entramos no carro, silenciosos. Edward ainda sorria como se tivesse ganhado o jogo. Eu me controlei, não perderia a calma por tão pouco. Eu iria rir por último.
–E agora vamos ao SPA. Eu não tinha a intenção de frequentar o SPA, mas terei um dia de beleza só para lhe fazer companhia. – falou num tom que soava debochado.
–Escute aqui Edward só por que eu aceitei dinheiro não significa que aceitei ficar de papo. Só irei representar o papel de boa esposa quando for o momento. – falei entredentes. Minhas palavras o deixaram visivelmente aborrecido.
–Então tudo bem. Mas terá que representar bem, afinal eu posso exigir reembolso se você não agir como eu quero. – suas palavras provocaram arrepios em minha pele.
–Claro afinal de contas você está pagando. De que outra forma eu o trataria bem? – disse. Edward deu atenção à estrada, amuado.
Fomos a um SPA ainda mais luxuoso que a boutique onde compramos as nossas roupas. Eu não abaixei a cabeça, mesmo com a opulência daquele lugar. Eu não deixaria ninguém me diminuir, Edward já havia feito isso até demais. Os funcionários foram bem simpáticos e consegui deixar o meu mau humor de lado. Edward estava em algum lugar do SPA, mas como a ala para mulheres ficava em um local diferente da ala de homens eu não o vi, felizmente! Não sei a quantas coisas fui submetida, quantas massagens, depilação, sessões de alguma coisa com pedras... É impressionante como gente rica gasta fortunas com coisas banais! Uma boa maquiagem e uma mudança no cabelo bastariam. Ainda sim aceitei a tudo, o pacote completo, só para que Edward gastasse ainda mais comigo. E, além disso, eu queria estar perfeita, com as roupas e jóias que eu escolhi e que Edward não viu até o momento. Eu queria que ele babasse ainda mais por mim.
Eu sei, eu não deveria agir como se eu me importasse com a opinião dele, mas eu sentia. Eu estava agindo com impulsividade assim como o Edward. Estremeci ao pensar no que aquilo poderia nos levar, toda aquela tensão, aquele ódio...
–Agora iremos para o almoço. Deseja almoçar ao lado de seu marido, senhora Cullen? – a funcionária perguntou enquanto eu vestia um roupão.
–Não, quero comer sozinha. – disse com os olhos fixos no chão.
–Tudo bem. Vamos senhora Cullen. – a funcionária disse. Eu a segui; já sentia a tensão pelo evento estar próximo. Eu sentia em meu íntimo que algo iria mudar.
“Que venha o evento! Edward vai sentir todo o meu veneno!”.

Eu não me reconhecia. Eu estava diferente, tão diferente! Não só fisicamente, mas o rosto com expressão sisuda não parecia meu. Eu trajava um vestido tomara-que-caia vermelho sangue que se abria em camadas de minha cintura até os meus pés. Os saltos agulha pretos deixavam-me mais alta, mas poderosa. Meu cabelo estava preso em um elaborado coque, uma jóia de diamantes e rubis o prendia, e estas mesmas pedras faziam parte de meus brincos. A maquiagem era forte para realçar meu rosto.
Edward me esperava na sala. Eu havia chegado antes dele, vim de táxi para casa. Ele não havia me visto, nem eu a ele. Só de pirraça eu demorei mais tempo do que o necessário desafiando Edward a entrar em meu quarto e dizer que nós estávamos atrasados, mas ele não o fez.
–Agora é a hora. – murmurei em frente ao grande espelho do meu closet. Peguei minha bolsa de mão preta (outro acessório que comprei) e saí para a sala onde Edward me esperava.
Ele estava em pé, olhando para a paisagem que a sacada oferecia.
–Estou pronta. Vamos logo para acabar com essa palhaçada. – disse ríspida. Edward virou-se e me encarou. Eu estaquei. Ele estava lindo trajando um Smoking clássico, a gravata vermelha combinando com meu vestido. Procurei me recompor. Então notei que Edward me olhava abismado.
–Então vai ficar me encarando como um idiota ou vai se mexer? – falei com aspereza enquanto seguia para a porta. Edward logo se postou ao meu lado, tinha aquele sorriso de quem está vencendo.
“Vamos ver se você terá este sorriso no final da noite seu idiota!” – pensei. Seguimos para o estacionamento, calados. Edward me olhava o tempo todo, eu notei pela minha visão periférica. Procurei me manter tranquila, mas sentia borboletas no estômago. Minha intuição gritava para que eu não fosse. Edward abriu a porta do carro para mim, um cavalheirismo tão falso que me enojava. Eu entrei e afivelei o cinto, mantive a expressão amuada. Edward parecia se divertir perversamente com o meu comportamento. Ele só decidiu falar quando o carro saiu do estacionamento do condomínio e ganhou a avenida principal.
–Trouxe algo para você usar.
–Já estou com acessórios demais Cullen. – disse friamente. Ouvi sua risada.
–Mas se você vai cumprir o papel de esposa terá de usá-la. Tome. – Edward disse. Virei-me e o vi estender um aro dourado. Estaquei surpresa. Era a minha aliança! Como Edward a recuperou? Lembro de tê-la jogado no chão do meu quarto. Eu a peguei das mãos de Edward bruscamente e a deixei em meu colo. Voltei a olhar para fora do carro através da minha janela.
–Não vai colocá-la? – Edward perguntou.
–Coloco quando estivermos na porta do local onde vai ocorrer o evento. – disse numa voz entediada. Senti o carro seguir para o meio-fio, Edward estava estacionando.
–Por que está parando? – perguntei sobressaltada. Edward não disse nada, virou-se para mim e pegou a aliança do meu colo. – O que está fazendo? – perguntei enquanto Edward pegava minha mão e colocava bem lentamente a aliança em seu antigo lugar. Sua ação despreocupada fez meu coração bater erraticamente. Lembrei-me do dia do casamento quando Edward fez esse gesto. Edward ao colocar a aliança pareceu ficar perdido em pensamentos por alguns instantes, rapidamente se recobrou e voltou a dirigir o carro. Procurei não mostrar o quanto um simples ato me afetou.
–Quanto tempo nós ficaremos no evento? – perguntei na tentativa de não me lembrar de coisas do passado.
–Até eu receber um prêmio, aí nós saímos.
–Vai ganhar um prêmio? De que? – perguntei.
–Sei lá, eu não dei atenção quando li o convite.
–Você nunca dá atenção a nada. – murmurei arrependendo-me quase que instantaneamente de minhas palavras.
–O prêmio não merece atenção, mas há alguém que merece. Quer saber quem é essa pessoa, Bella?
–Não.  – murmurei com meus olhos fixos na janela.
–Mas eu vou dizer mesmo assim. A única pessoa que terá minha atenção neste evento é você Bella. E a propósito você está encantadora! – Edward falou enquanto o carro entrava em uma propriedade luxuosa. Eu me virei um pouco o olhando mortiferamente e mandei o dedo do meio para ele. Edward, ao invés de ficar irritado comigo, gargalhou com vontade. Continuou rindo como uma mula com pulgas enquanto estacionava o carro em frente ao prédio do evento. Dois funcionários abriram nossas portas e um tomou a direção para guardar o carro no estacionamento.
Quando desci do carro e fiquei de frente para as escadarias, eu sabia que teria que fazer um papel. Eu estava sendo paga para bancar a esposa amorosa e eu faria esse papel. Edward postou-se ao meu lado.
–Comporte-se mocinha. – ele disse num tom zombeteiro.
–Claro senhor Cullen. A partir do momento em que eu passar por esta porta eu vou bancar a sua esposa. – falei ríspida. Edward pegou a minha mão e a segurou. Procurei ignorar as reações que meu corpo tinha por aquele simples contato.
Quando nós passamos pela recepção do salão de festas eu me transformei. De mulher amuada eu passei para esposa sorridente. Eu andava ereta, um sorriso no rosto e procurava olhar para Edward com amor... QUE NOJO!
Fomos recebidos por um casal, um casal aparentemente esnobe.
–Ah senhor Cullen! Finalmente! Estávamos a sua espera. – o homem gordo e calvo disse enquanto cumprimentava Edward.
–Tive alguns contratempos. Richard, eu quero apresentar minha esposa. Isabella, este é o organizador do evento. – o tal Richard apressou-se em pegar a minha mão para beijá-la.
–Finalmente conheço a senhora Cullen. Agora sei por que Edward não a trazia para os eventos, temendo que sua linda esposa fosse alvo de cobiça. – falou enquanto se afastava.
–Acredito que meu marido não me trouxe antes por que não queria que eu me entediasse com os bajuladores que o rodeiam neste evento como abutres em cima da carne, senhor Richard. – disse sorridente. Senhor Richard me olhava atônito, Edward apertou minha mão.
–Ah, bem... Eu lhes guiarei até a sua mesa. – Richard disse. Edward me olhou com fúria, eu sorri docemente para ele, da forma mais falsa que consegui.
No meio do caminho todos que passavam por nós cumprimentavam Edward e Edward me apresentava todo cheio de si como sua esposa. Eu era super simpática, sorria e cumprimentava com uma cordialidade tão intensa que eu mais parecia apresentadora de programa infantil. Edward me observava atônito, como se estivesse diante de uma mulher completamente diferente. O que ele não sabia, parecia ignorar, é que aquela Bella tão gentil que eu interpretava já existiu. Após muitos cumprimentos eu me sentei em uma mesa próxima ao palco, Edward me acompanhou sentando ao meu lado.
–Nossa, eu não conhecia este seu lado tão simpático! – ele falou, sentou-se ainda mais próximo de mim e colocou um braço por cima do seu ombro.
–O que está fazendo? – perguntei bem baixinho. –Não deveria estar circulando por aí falando com as pessoas? – perguntei entredentes.
–Está brincando! E perder a chance de ser tratado como seu marido por você? Disso eu não abro mão! – falou entre risos. Puxou-me para mais perto dele.
–Não abuse Cullen. Caso o contrário esqueço a merda do dinheiro. – esbravejei baixinho. Rapidamente mudei para uma expressão risonha e cumprimentei àqueles que vinham até nossa mesa parabenizar antecipadamente Edward. Ele, a fim de me irritar, aproveitou-se deste momento para me manter ainda mais próxima a ele. O contato com ele não estava me fazendo bem. Sua mão que envolvia minha cintura acariciava a mesma. Procurei me conter. Eu não queria ser tocada por ele!
–Senhor Cullen... – uma voz nos chamou a atenção. Um rapaz bonito estava diante de nós. Ele tinha seus olhos fixos em mim. Senti Edward enrijecer ao meu lado. – Ah então esta é a sensação do evento. Sua esposa é adorável. – disse e se aproximou do meu lado, tomou a minha mão e a beijou. – Sou Alec, tenho negócios com o seu marido.
–É um prazer conhecê-lo Alec. Meu marido não disse que tinha um conhecido tão... – eu o olhei de cima a baixo com um falso olhar de cobiça. – ... Garboso. –Completei.
–Não somos tão próximos. Edward tem uma maior proximidade com o meu pai. Estou aqui unicamente para representá-lo, já que meu pai não pôde estar aqui.
–Então Alec obrigado pro vir nos cumprimentar, agora se nos dá licença, temos muitas outras pessoas a cumprimentar. – disse puxando-me pela mão. Alec nos olhou surpreso e um tanto constrangido com a forma como Edward o tratou.
–Hei, o que está fazendo? Você foi rude com aquele rapaz, sabia? – murmurei. Edward continuou a caminhar sem rumo certo.
–Não ligo se fui rude! Como você disse são todos bajuladores que lucram com as minhas conquistas. Eu posso até mandá-los a merda e ainda assim me tratarão bem. – falou todo cheio de si. Procurei não perder a cabeça, eu não poderia. Mas suas palavras... De alguma forma elas se encaixaram com nossa vida de casados. Quando eu o tratava tão cheio de amor, mesmo quando ele me desprezava. Eu queria empurrá-lo no meio da multidão e pisá-lo até sair sangue, mas na minha atual posição tudo o que eu poderia fazer era fingir ser a esposa mais afortunada do mundo.
Mais convidados
Mais cumprimentos
Mais sorrisos e elogios a Edward num tom tão falso que alguém certamente notou! Eu era uma perfeita dama, copiando as pessoas de classe com quem tive de conviver desde que passei a trabalhar na empresa de Edward. E pelo modo como as pessoas se comportavam diante de mim, era óbvio que eu estava conseguindo a proeza de me misturar. Mas aquele não era meu mundo, aquele era um mundo de opulência e eu não queria fazer parte dele. Rezei para que o evento acabasse o quanto antes (a falsidade custaria um rosto dolorido de tanto sorrir).
Edward se manteve por perto, seu braço em minha cintura. Às vezes ousava se aproximar demais, ameaçando um contato mais íntimo, mas parava quando via em meus olhos o ódio abrasador que me consumia. O que Edward não sabia era que o maior ódio era direcionado a mim. O meu corpo reagia até ao mais despreocupado toque de Edward...
–Sou Isabella Maria Swan. – disse quando fui apresentada a um sócio da empresa. O homem tomou minha mão num ato respeitoso e a beijou.
–Cullen. Você se esqueceu de seu sobrenome de casada, meu amor. – Edward disse ao pé do meu ouvido. Seu hálito provocava cócegas (e náuseas) em mim. Eu queria empurrá-lo, mas meu ato poderia ser estranho aos olhos de outras pessoas. Então permiti que Edward enlaçasse minha cintura com um braço e constantemente falasse comigo ao pé do ouvido.
As horas se arrastavam...
E a farsa prosseguia...
–E como jovem empreendedor deste ano nós presenteamos o senhor Edward Masen Cullen com este evento e com este prêmio em minhas mãos. – Richard falou segurando uma estatueta de cristal. Edward estava ao meu lado, afastou-se para subir no palanque e receber o prêmio. Uma salva de palmas para ele enquanto Edward aproximava-se do seu prêmio. Aproveitei aquele momento para escapar, encontrar um lugar onde eu pudesse descansar. Segui para uma mesa afastada da multidão e sentei em uma cadeira. Ignorando quem pudesse estar me observando, deitei a cabeça na mesa.
Eu queria ir embora, queria descansar e só acordar bem tarde. No outro dia teria que ir para o trabalho e, ao invés de estar descansando, eu fazia aquele papel ridículo! Por um lado foi proveitoso, eu havia ganhado um valor que não ganharia em anos de trabalho. Mas aquele dinheiro não tinha nenhum valor para mim. Não foi um dinheiro conquistado por isso eu não dava o devido valor a ele.
Podia ouvir a voz de Edward ecoando pelo amplo salão, ele devia estar fazendo um discurso pelo prêmio recebido. Procurei não ficar atenta a sua voz e ao que dizia, mas acabei captando nuances do que dizia. Pareceu que Edward disse o meu nome em seu discurso...
–Senhora Cullen? – alguém me chamava. Por reflexo virei para a direção do som. Enxerguei Alec se aproximando. Sorria. – O que faz aqui? Não deveria estar em frente ao palco acompanhando o discurso do seu marido?
–Deveria, mas não estou lá e nem pretendo. – falei friamente. Alec continuou a sorrir.
–Posso lhe fazer companhia? – perguntou apontando para uma cadeira ao meu lado.
–Como quiser. – disse. Alec apressou-se em tomar o lugar que a pouco indicara.
–Parece que não sou o único a me sentir entediado neste ambiente. Não parece apreciar isto aqui. – Alec dizia enquanto olhava a multidão aglomerada.
–Não aprecio.
–Então por que decidiu vir neste após deixar de lado participação em eventos? Antes você não acompanhava seu marido, não é verdade? – Alec tinha os olhos cravados em mim. Dei de ombros.
–Edward me pagou para estar aqui. – admiti. Alec riu. Não deve ter me levado a sério.
–Até eu pagaria por uma companhia como a sua! – Alec disse galanteando. Virou seu rosto em direção ao grupo de músicos que tocavam uma música ambiente.
–Sei que a probabilidade de você dizer não é grande, mas... Você me acompanharia em uma dança? Acho que deveríamos dar o devido valor à banda que está tocando belamente.
Olhei para Alec, ele não parecia estar brincando. Levantou-se e estendeu a mão para mim. Eu não gostava de dançar, sequer sabia. Minha última lembrança de uma dança foi quando valsei com Edward na festa de nosso casamento. Ainda sim...
–Claro. –Levantei-me e segurei a mão que Alec mantinha estendida. Seguimos para um local afastado da multidão, próximo a banda. Eu não queria dançar, fiquei tanto tempo em pé que para mim o melhor era permanecer sentada. No entanto eu queria dançar com o rapaz só para provocar Edward.
Alec pegou uma mão, a outra estava pousada em seu ombro, com um braço ele enlaçou minha cintura e me conduziu para uma valsa. Não precisei me esforçar, minha inexperiência não me atrapalhou na dança. Alec me conduziu muito bem na valsa.
–Dança bem, senhora Cullen. – Alec elogiou.
–Está blefando! Eu não danço bem! Você é que conduz bem. – elogiei. Alec deu de ombros.
–É melhor ficarmos por aqui na troca de elogios. Caso o contrário passaremos o resto da noite assim. – ele gracejou. Eu ri. Procurei me concentrar nos meus pés e na música que soava, a melodia era bonita.
–Não reconheço a música que está soando. – comentei com Alec enquanto bailávamos pelo salão.
–Nem eu. Deve ser uma composição nova. – Alec fez uma pausa parecendo se concentrar em nossa dança. Notei que me puxou para mais perto. – Será que eu posso ter mais uma dança?
–Eu...
–Bella terá mais uma dança, mas será comigo, seu marido.
Virei-me e vi Edward próximo a nós dois olhando para Alec. Ele aparentava tranquilidade, mas seus punhos estavam fechados com força. Estranhei.
–Senhor Cullen. – Alec afastou-se de mim. – Eu estava...
–Distraindo a minha mulher em meu lugar como pude perceber. Não há razão para fazê-lo mais Alec. Eu estou aqui e agora serei o centro das atenções de minha adorável esposa Bella. – ele falou num tom malicioso. Antes que eu pudesse dizer algo, Edward tomou o lugar de Alec, mas ao contrário dele, fez questão que dançássemos colados um no outro.
Desnorteada eu o olhei tentando entender por que Edward estava agindo de forma tão possessiva. Não poderia ser um indício de que sentia algo por mim. Devia ser apenas aquela sensação de alguém que possui algo e não quer que os outros tenham, Edward me tratava como um objeto.
Edward conseguia a proeza de colar ainda mais o seu corpo ao meu enquanto dançávamos para lá e para cá, suas mãos circundavam minha cintura de tal forma que a pressão fez doer meus músculos. Eu coloquei minhas mãos em seu ombro e fitei o nada, não queria encará-lo.
–Eu deveria descontar sua atitude do seu “salário”. – ele sussurrou em meu ouvido. Estremeci.
–Que atitude? – perguntei embora soubesse de antemão o que Edward diria. Edward voltou a colar seus lábios no meu ouvido na intenção de que eu ouvisse, mas também senti certa provocação em seu ato.
–Preciso mesmo relatar? Fiz um discurso apaixonado pelo recebimento daquele prêmio insignificante e esperei que minha amada esposa estivesse me observando, batesse palmas quando eu finalizasse o discurso. Ao invés disso você estava dançando com aquele babaca! – Edward disse entredentes. Seu hálito chocando-se contra a pele do meu pescoço causava arrepios.
–E daí? Não cometi nenhum pecado! Só estava dançando. Acho que tenho o direito de um pouco de diversão, não tenho?– falei com aspereza.  
 -E por que a sua diversão é apenas com os outros e não comigo? Tem idéia do quanto eu poderia entretê-la? – senti seus lábios encostarem-se a meu pescoço. Arfei.
–O que pensa que está fazendo? – perguntei com a voz falha. Seus dedos delineavam minha coluna, as mãos descendo e subindo em uma carícia provocante.
–Estou aproveitando que a terei como minha esposa por uma noite. – Edward murmurou parando de dançar, beijando novamente meu pescoço enquanto suas mãos acariciavam minhas costas. Meus braços caíram dos ombros de Edward e os deixei ao léu. Edward afastou-se e soube de suas intenções quando encontrei o seu olhar. Inclinou seu rosto para frente na tentativa de me beijar. Mesmo desorientada com o que estava acontecendo, eu consegui afastá-lo empurrando seu corpo para longe de mim.
–Não posso beijá-la? – perguntou confuso com minha atitude. Era muito cara de pau mesmo!
–Não faz parte do acordo! – falei entredentes. Edward deu um meio sorriso.
–Disse que seria minha mulher por uma noite e esposas beijam seus maridos. – justificou-se e novamente inclinou seu rosto em minha direção.
–Não vou beijar você. – falei exasperada, mas controlando minha voz. Eu o afastei novamente e caminhei em direção ao banheiro feminino. Eu precisava respirar, precisava ficar afastada dele. Eu não gostava do modo como meu corpo reagia a ele, as suas provocações. Ouvi passos atrás de mim. Não precisava me virar para saber que Edward me seguia.
–Tudo bem, quanto você quer para que me beije? – Edward perguntou. Parei de andar no mesmo instante.
–Como é que é? – perguntei. Eu devia estar com uma expressão de surpresa cômica, pois Edward reprimia um riso.
–Quanto você quer pelo beijo. Posso dar um cheque em branco se quiser. – Edward disse enquanto procurava seu talão de cheques. Quando o achou encostou-se na parede e o assinou, mas não chegou a colocar o valor. Era uma imprudência! Eu poderia retirar tudo o que ele tinha com aquele cheque. Ele o passou para mim com um sorriso matreiro no rosto. Eu fiquei parada, perplexa com o que ele estava fazendo.
Num ato no mínimo repugnante Edward dobrou o cheque, aproximou-se de mim colocando o cheque dobrado em meu decote.
–Está pago. – disse satisfeito. Enquanto eu continuava a encará-lo mortificada, Edward enlaçou-me pela cintura e fez com que eu caminhasse para trás até minhas costas encontrarem a parede. Ninguém havia nos notado, estávamos em uma parte em que nem mesmo a luz nos encontrava. Edward não perdeu tempo, ansioso como estava em me ter. Beijou-me com volúpia, de um jeito que até então nunca fui beijada por ele. Como se aquele fosse de fato o nosso primeiro beijo. Eu podia sentir em seus lábios, em suas mãos, a urgência em me tomar como sua posse.
Seu corpo prensou o meu enquanto continuava a me beijar. Uma parte de mim queria corresponder ao beijo, algo que me surpreendeu. Com tristeza percebi que a Bella patética de outrora ainda viva em mim. Eu poderia negar a ele e ao mundo, mas eu sabia, em meu íntimo, que ansiava sentir os lábios de Edward cobrindo os meus... Ainda assim eu não me movi para corresponder.
Por que embora aquele momento pudesse ser belo, só poderia ser belo aos olhos de outra pessoa. Eu sabia que Edward me tomava em seus braços e me beijava apenas para provar que ele sempre tinha o que queria. Ele não me amava; nunca me amou. Tudo isto era apenas um capricho dele como foi o nosso casamento.
Eu pude sentir as lágrimas caindo de meus olhos e escorrendo pelas bochechas. Edward parou finalmente se tocando que deu não correspondia ao beijo. Pude ver a surpresa em seus olhos quando viu que além de quieta eu chorava.
–Bella! – Edward arquejou. – O que houve? O que foi que eu... – disse apressadamente.
–Como... Como se atreve? Como se atreve a me comparar com uma de suas prostitutas? Como se não bastasse tudo o que você... – murmurei numa voz sôfrega. Edward afastou-se de imediato.
–Eu pensei que você... Que você queria. – falou atordoado.
A raiva me tomou. Peguei o cheque que ele havia posto em meu decote e rasguei diante de seus olhos.
–A mim você não pode comprar nem hoje nem nunca! Você já me teve um dia, mas preferiu estranhos ao invés de mim. FIQUE COM SUAS PUTAS! FIQUE COM O EU MALDITO DINHEIRO! – gritei jogando os restos de papel em sua cara. Não pensei duas vezes: saí em disparada do opulento salão. Alguns convidados me notaram, mas não liguei. Eu só queria sumir dali! Peguei minha bolsa que estava na mesa em que eu estava sentada, antes de sumir em meio à multidão.
Não sei se Edward me seguiu; eu não me importei. Retirei os saltos apenas para correr com maior eficácia. Não demorou a eu estar diante da propriedade onde o evento ocorria. Algumas pessoas que passavam em frente à propriedade me olhavam. Eu devia estar com uma aparência horrível! Acenei para um táxi que logo parou. Eu entrei e tentei me recompor, mas parece que ao sair da rua é que eu realmente desabei. Deitei pesadamente no banco de trás.
–Moça, tudo bem? – O taxista perguntou alarmado.
–Siga, por favor. Tire-me daqui. – pedi num fio de voz. Eu precisava de um lugar para me esconder do mundo. Não poderia ir para casa, mas ainda tinha meu antigo apartamento agora ocupado por Jessica. Peguei meu celular e liguei para Jess, ninguém atendeu.
–Moça, aonde quer ir? – O taxista perguntou.
–Estou providenciando o endereço agora. – disse enquanto ligava para Ângela. Para minha infelicidade ela havia saído com Ben, sem previsão da hora em que iria voltar.
Eu estava desolada! Eu precisava estar com alguém, conversar com alguém, desabafar com alguém. O triste era que tirando Jessica e Ângela eu não tinha mais ninguém.
“Talvez Alice... Mas ela poderia dizer para Edward onde estou.”.
Foi naquele momento enquanto mexia no celular que vi o número de Jacob. Parecia loucura, mas só consegui pensar nele como melhor companhia. Não imaginei que Jacob atenderia, ele devia estar dentro de um avião. Para a minha surpresa Jacob atendeu.
–Alô? Bella?
–Jacob. Eu... Você está fora da cidade?
–Não, tive um problema com o vôo. Irei amanhã. Bella, alguma coisa errada?
–Eu... Eu sei que não tenho o direito de pedir isso, mas eu não tenho pra onde ir agora e eu não quero ficar só e... – falei frenética.
–Acalme-se! Onde você está? – ele perguntou num tom preocupado.
–Em um táxi. – disse. Minha voz revelava claramente meu estado de espírito.
–Passe o telefone para o taxista. – pediu. Eu o fiz sem hesitar. O motorista aceitou o celular desconfiado. Ouvi seus murmúrios e não demorou a passar o meu celular para mim. Voltei a colocá-lo no ouvido, Jacob ainda estava na linha.
–Bella, eu passei para ele o meu endereço. Você vem para a minha casa.
–Tudo bem. – disse antes de desligar o celular. Talvez, estar com alguém que não estava diretamente ligado a merda que era a minha vida fosse benéfico de algum jeito. Jacob conseguiu arrancar sorrisos meus durante o filme, eu queria que ele fizesse isso de novo.
Eu fiquei deitada, quietinha, no banco do passageiro enquanto o taxista seguia para a casa de Jacob. Eu não queria ter uma crise ali. Eu me sentia suja não somente pelas atitudes de Edward, mas pelas coisas que senti enquanto ele me tocava. Como meu corpo pôde me trair daquele jeito? Como eu poderia ainda querer que ele me tocasse? O gosto dos lábios de Edward estava nos meus lábios.
–Moça, nós chegamos. – o taxista anunciou. Apressadamente peguei um dinheiro, o único que tinha, e dei ao motorista. Saí trôpega, desorientada, enquanto assimilava as imagens ao meu redor. Eu estava em uma parte desconhecida da cidade, em frente um prédio não muito requintado como o de Edward, mas também não muito modesto como o meu.
–Bella? – uma voz soou a alguns metros. Olhei para Jacob em frente ao seu prédio. Rapidamente veio ao meu encontro. Meu estado devia ser deplorável, pois a cada passo que Jacob dava vendo-me melhor, seu rosto ficava com uma expressão mais e mais preocupada.
–Bella, o que houve com você? Andou chorando? – perguntou tocando meu rosto com a ponta dos dedos. Eu abri a boca para falar, explicar tudo. Não disse nada. Eu não sabia o que dizer ou como dizer. E então eu fiquei parada, olhando para o chão. Por que eu tinha vindo até Jacob? Para que? Ele não poderia me ajudar, ninguém poderia.
–Venha, você vai congelar aqui sem nenhum casaco e descalça. – disse passando um braço por cima do meu ombro. Jacob me conduziu para o interior de seu apartamento que ficava no décimo primeiro andar. Eu segui silenciosa. Eu já começava a me arrepender por estar ali, mas não poderia simplesmente virar as costas e ir embora agora que eu estava com Jacob!
–Eu não vou perguntar o que aconteceu por que tenho a impressão de que você não vai falar, ou se falar será por que se sente obrigada. Então você parece cansada. Tenho um quarto de hospedes. Pode ficar lá.
–Obrigada Jacob. – murmurei enquanto saíamos do elevador. Olhei para os meus próprios pés descalços enquanto Jacob me conduzia ao seu apartamento.
–Lar doce lar! – falou num tom brincalhão empurrando-me levemente para entrar em sua casa. – Quer comer alguma coisa? – perguntou. Notei naquele momento que estava faminta, mas eu não iria incomodar mais do que já estava incomodando.
–Não. Eu estou apenas cansada. – murmurei num fio de voz.
–Então vou levá-la ao seu quarto. – falou. Pegou minha mão e saiu puxando-me em direção a um corredor. Olhei de relance seu apartamento e notei que era, sem dúvida alguma, organizado e limpo.
–Este quarto costuma ser usado pelas minhas irmãs quando vêm me visitar. Elas sempre esquecem coisas delas... – Jacob foi até uma cômoda. – Tem roupa para dormir, produtos de higiene pessoal, toalha... Acho bom você tomar um banho, vai ajudar a dormir.
–Obrigada Jacob. Sei que não tenho o direito de incomodá-lo, mas...
–Não está me incomodando, muito pelo contrário. Fico feliz que tenha vindo até mim em um momento de dificuldade como agora. – silêncio. Jacob voltou a falar. – Aquela porta é do banheiro deste quarto. Qualquer coisa eu estarei no meu quarto.
–Tudo bem e desculpe-me pelo incomodo. – Disse sem graça. Jacob sorriu e tocou meu rosto.
–Não se preocupe. Agora descanse. – Jacob virou-se para ir embora. Eu me joguei pesadamente na cama deixando minha bolsa e meus sapatos caírem de minhas mãos.
–Bella? – Jacob chamou. Fechei meus olhos.
–Sim?
–Só me responda uma coisa: Foi ele que magoou você? Seu marido? – Jacob perguntou. Escondi meu rosto no travesseiro querendo morrer. – Entendi. Então durma bem.
Ouvi o barulho da porta se fechar. Após alguns minutos deitada consegui me levantar. Retirei as jóias, roupas, toda a produção e fui para debaixo do chuveiro. Peguei no caminho uma toalha e uns produtos de higiene pessoal que Jacob disse pertencer as suas irmãs. O banho me ajudou um pouco, mas não o suficiente. Eu ainda sentia na pele o toque de Edward e estremeci.
“Não quero pensar nele! Não posso! Ele está apenas me usando e a culpa é minha! Eu permiti!”.
Eu não sei por quanto tempo fiquei embaixo do chuveiro, ou quanto tempo demorei a vestir uma roupa. Fiz tudo mecanicamente. De fato eu estava muito cansada, pude sentir o cansaço me abater quando deitei novamente na cama. Estranhamente eu me sentia bem à vontade naquele lugar, como estar em meu antigo apartamento ou até mesmo no meu quarto, na casa dos meus pais. Fechei os olhos e, após alguns instantes, acordei com o barulho do meu celular. A bolsa estava próxima. Peguei o celular sem a menor vontade e como imaginei era Edward. Tive vontade de atender e falar todos os palavrões que eu conhecia, mas não o fiz. Eu não fiz nada, de novo. Desliguei o celular e o joguei no chão.
A inconsciência não iria cicatrizar as feridas em meu coração, mas esperava que atenuasse a dor. Eu merecia um descanso.
“Vai ficar tudo bem. Eu já superei traumas piores. Vai ficar tudo bem.” – entoei até adormecer.

–Eu posso ficar... – Jacob murmurou.
–Nem pensar Jake! Eu estou bem agora, sério! – disse tentando tranquilizá-lo. Jacob pegou a mala que estava próxima a ele.
–Então eu vou mais tranquilo. Espero que fique bem e se precisar pode me ligar. Eu estarei de volta daqui a quatro dias. – ele disse ajeitando a alça da mala no ombro. Eu assenti.
–Obrigada por tudo Jacob.
–Eu não fiz nada Bella.
–Você me ofereceu abrigo ontem. Você fez muito por mim. E também me deixou com as roupas de suas irmãs. – disse olhando para mim. O vestido e os acessórios que usei estavam em uma sacola em minhas mãos. Eu usava jeans e uma camisa de flanela de uma das irmãs de Jacob. Mas não foram apenas as roupas que Jacob me deu, ele me deu muito mais e não sabia. Eu estava bem agora, não perfeita, mas melhor do que ontem. Consegui ter uma boa noite de sono apesar de tudo e tive uma manhã tranquila falando sobre bobagens com Jacob enquanto tomava um café da manhã preparado por ele.
Jacob não fez mais nenhuma pergunta tirando aquela da noite anterior. Ele sentiu que eu não me sentiria bem em falar do assunto por isso nada falou.
–Faça boa viagem. – disse. Jacob fitou-me por alguns instantes. Ergueu a mão e tocou meu rosto.
–Sabe, quando eu retornar dessa viagem de negócios... Poderíamos fazer algo, juntos. O que você acha Bella?
Sorri.
–Claro.
Jacob inclinou-se me beijando na testa. Foi o último do seu vôo a embarcar. Após isso eu segui meu rumo para tomar algumas decisões. Devolvi os pertences que Edward comprara para mim na butique conseguindo recuperar o dinheiro gasto. O único dinheiro que não poderia devolver era o que Edward gastou no SPA. Cheguei ao apartamento de Edward cedo, eu ainda tinha que trabalhar. Ouvi, antes de entrar, o barulho das empregadas trabalhando. Entrei sorrateiramente não querendo chamar atenção para mim. Consegui passar por todo o apartamento até chegar ao meu quarto. Quando abri a porta eu suspirei. Eu não iria conseguir escapar dele.
–E aí? – disse enquanto entrava e ia diretamente para meu closet separar a roupa que iria usar. Felizmente já havia tomado banho, só precisava vestir outra coisa. Edward continuou calado sentado na minha cama. Quando terminei de me arrumar no interior do closet e saí para pegar minhas coisas e ir trabalhar, Edward se manifestou.
–Liguei para você. Você não me atendeu. – Edward disse tão baixo que quase não ouvi.
–Não queria atendê-lo. – falei pegando minha pasta. Virei-me para ir embora.
–Ouviu a mensagem de voz que eu enviei? – ele perguntou. Eu dei de ombros.
–Não. – disse com descaso. Abri a porta.
–Bella, eu quero conversar com você.
–Eu também. – disse virando-me e pegando o pacote que trouxera comigo. Entreguei para ele. Edward me olhou confuso, tempo para pegar um cheque dele que estava em meu poder, o cheque que Edward me deu quando me pagou para ir de carro para a empresa com ele. Amassei o cheque e joguei a bolinha amassada para Edward.
–Aí está o que gastou comigo, inclusive ontem naquela butique. De agora em diante não aceito nada de você. E ouça bem o que vou lhe falar: fique longe de mim! – falei entredentes. Edward não disse nada, sequer se moveu. Seus lábios se mexeram como se quisesse dizer algo, mas esse algo ficou preso na garganta.
E eu segui para fora do apartamento sabendo que a partir daquele dia, mais uma vez, a guerra estava declarada.

Continua...

Caramba! Agora estou super ansiosa pra ver o que o
Edward vai falar no capítulo de amanhã. Quero saber o que foi que ele falou na mensagem de voz. Será que ele se declarou pra ela? Pena que ela não ouviu. Beijos e até amanhã.
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4 comments:

  1. Oi honey!! Eu tb estou louca pra ver essa mensagem!! Estou roendo as unhas ate amanha Beijusculo

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    1. Oi Nessie,
      Vamos esperar juntas então, eu só vou editá-la amanhã pela manhã, então só vou ficar sabendo um pouco antes de você.
      Acho que vou sonhar com isso hoje...
      Beijos.

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  2. This comment has been removed by the author.

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  3. Caramba
    A frase da Bella foi bem forte e profunda
    Eu senti em mim o força dessas palavras

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Forever

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Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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