Boa tarde gente! Hoje Bella vai ao
evento com Edward, mas as coisas não saem como ele planejava...
Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
O Contrato
By Jack Sampaio
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
CAPÍTULO 19
Bella pov’s
O carro andava pela cidade com
suavidade (Edward dirigia mais devagar do que deveria). Tive a impressão de que
ele estava me obrigando a passar um tempo maior com ele no carro; esperei que
fosse só impressão. Mantive minha cabeça inclinada olhando a paisagem da minha
janela, não querendo de forma alguma vê-lo. Eu sabia que não tinha o direito de
ficar irritada com ele afinal de contas fui eu a culpada, eu aceitei seu convite.
O que eu estava fazendo? Por que aceitei ficar ao seu lado em um evento
empresarial em troca de dinheiro? Eu estava me equiparando às prostitutas dele!
Eu poderia desistir, bastava
entregar o cheque e...
–Chegamos. – Edward anunciou.
Olhei para fora, estávamos em
frente a uma boutique incrivelmente chique. Todo aquele luxo me intimidou. A
frente era incrível, com traços da arquitetura grega, um prédio de mais de
quatro andares. Procurei me recompor. Eu não queria mostrar que ainda havia
resquícios da antiga Bella, a Bella provinciana.
–Lembre-se Cullen: todas as
despesas serão pagas por você! – falei forte, caminhando a passos firmes para a
porta. Um funcionário muito bem vestido nos recepcionou. Estava tão irritada
que banquei a mal educada, ignorei a todos que me cumprimentavam. Fui
diretamente a uma atendente. Ela me olhou dos pés a cabeça avaliando meus
recursos financeiros.
–Bom dia senhora...
–Eu quero um kit completo para ir
a um evento, exclusivo. Roupas, acessórios... E não me preocupo com dinheiro
então pare de me olhar com indiferença como se eu fosse uma ladra! – falei
irritada, despejando veneno em quem nem merecia tanto. Ela estacou.
–Ouviu minha esposa, não é?
Ofereça a ela o melhor. – Edward disse atrás de mim. Ignorei sua atitude
protetora.
–Sigam-me. – ela pediu. Eu a
segui. Edward projetou seu corpo para frente, mas eu o impedi virando-me e
colocando a mão em seu peito.
–Eu não preciso de babá! – falei
ríspida. Virei-me e segui a funcionária.
Sacola em mãos. Eu não vi o preço
do vestido, do lingerie, das jóias e dos sapatos, mas posso apostar que o valor
era próximo do que Edward me pagou para sair comigo. Edward se manteve afastado
e para a minha surpresa vi que ele também havia comprado algo para vestir. Ele
sorria malicioso (como eu odiava esse sorriso!) satisfeito por seus planos
estarem dando certo. Eu iria mostrar a ele, iria envergonhá-lo! Ele me pagaria
caro! Ainda mais caro do que gastou comigo! Funcionários pegaram nossas compras
e guardaram na porta malas do carro.
Entramos no carro, silenciosos.
Edward ainda sorria como se tivesse ganhado o jogo. Eu me controlei, não
perderia a calma por tão pouco. Eu iria rir por último.
–E agora vamos ao SPA. Eu não
tinha a intenção de frequentar o SPA, mas terei um dia de beleza só para lhe fazer
companhia. – falou num tom que soava debochado.
–Escute aqui Edward só por que eu
aceitei dinheiro não significa que aceitei ficar de papo. Só irei representar o
papel de boa esposa quando for o momento. – falei entredentes. Minhas palavras
o deixaram visivelmente aborrecido.
–Então tudo bem. Mas terá que
representar bem, afinal eu posso exigir reembolso se você não agir como eu
quero. – suas palavras provocaram arrepios em minha pele.
–Claro afinal de contas você está
pagando. De que outra forma eu o trataria bem? – disse. Edward deu atenção à
estrada, amuado.
Fomos a um SPA ainda mais luxuoso
que a boutique onde compramos as nossas roupas. Eu não abaixei a cabeça, mesmo
com a opulência daquele lugar. Eu não deixaria ninguém me diminuir, Edward já
havia feito isso até demais. Os funcionários foram bem simpáticos e consegui
deixar o meu mau humor de lado. Edward estava em algum lugar do SPA, mas como a
ala para mulheres ficava em um local diferente da ala de homens eu não o vi,
felizmente! Não sei a quantas coisas fui submetida, quantas massagens,
depilação, sessões de alguma coisa com pedras... É impressionante como gente
rica gasta fortunas com coisas banais! Uma boa maquiagem e uma mudança no
cabelo bastariam. Ainda sim aceitei a tudo, o pacote completo, só para que
Edward gastasse ainda mais comigo. E, além disso, eu queria estar perfeita, com
as roupas e jóias que eu escolhi e que Edward não viu até o momento. Eu queria
que ele babasse ainda mais por mim.
Eu sei, eu não deveria agir como
se eu me importasse com a opinião dele, mas eu sentia. Eu estava agindo com
impulsividade assim como o Edward. Estremeci ao pensar no que aquilo poderia
nos levar, toda aquela tensão, aquele ódio...
–Agora iremos para o almoço.
Deseja almoçar ao lado de seu marido, senhora Cullen? – a funcionária perguntou
enquanto eu vestia um roupão.
–Não, quero comer sozinha. – disse
com os olhos fixos no chão.
–Tudo bem. Vamos senhora Cullen.
– a funcionária disse. Eu a segui; já sentia a tensão pelo evento estar
próximo. Eu sentia em meu íntimo que algo iria mudar.
“Que venha o evento! Edward vai
sentir todo o meu veneno!”.
Eu não me reconhecia. Eu estava
diferente, tão diferente! Não só fisicamente, mas o rosto com expressão sisuda
não parecia meu. Eu trajava um vestido tomara-que-caia vermelho sangue que se
abria em camadas de minha cintura até os meus pés. Os saltos agulha pretos
deixavam-me mais alta, mas poderosa. Meu cabelo estava preso em um elaborado
coque, uma jóia de diamantes e rubis o prendia, e estas mesmas pedras faziam
parte de meus brincos. A maquiagem era forte para realçar meu rosto.
Edward me esperava na sala. Eu
havia chegado antes dele, vim de táxi para casa. Ele não havia me visto, nem eu
a ele. Só de pirraça eu demorei mais tempo do que o necessário desafiando
Edward a entrar em meu quarto e dizer que nós estávamos atrasados, mas ele não
o fez.
–Agora é a hora. – murmurei em
frente ao grande espelho do meu closet. Peguei minha bolsa de mão preta (outro
acessório que comprei) e saí para a sala onde Edward me esperava.
Ele estava em pé, olhando para a
paisagem que a sacada oferecia.
–Estou pronta. Vamos logo para
acabar com essa palhaçada. – disse ríspida. Edward virou-se e me encarou. Eu
estaquei. Ele estava lindo trajando um Smoking clássico, a gravata vermelha combinando
com meu vestido. Procurei me recompor. Então notei que Edward me olhava
abismado.
–Então vai ficar me encarando
como um idiota ou vai se mexer? – falei com aspereza enquanto seguia para a
porta. Edward logo se postou ao meu lado, tinha aquele sorriso de quem está
vencendo.
“Vamos ver se você terá este
sorriso no final da noite seu idiota!” – pensei. Seguimos para o
estacionamento, calados. Edward me olhava o tempo todo, eu notei pela minha
visão periférica. Procurei me manter tranquila, mas sentia borboletas no
estômago. Minha intuição gritava para que eu não fosse. Edward abriu a porta do
carro para mim, um cavalheirismo tão falso que me enojava. Eu entrei e afivelei
o cinto, mantive a expressão amuada. Edward parecia se divertir perversamente com
o meu comportamento. Ele só decidiu falar quando o carro saiu do estacionamento
do condomínio e ganhou a avenida principal.
–Trouxe algo para você usar.
–Já estou com acessórios demais
Cullen. – disse friamente. Ouvi sua risada.
–Mas se você vai cumprir o papel
de esposa terá de usá-la. Tome. – Edward disse. Virei-me e o vi estender um aro
dourado. Estaquei surpresa. Era a minha aliança! Como Edward a recuperou?
Lembro de tê-la jogado no chão do meu quarto. Eu a peguei das mãos de Edward
bruscamente e a deixei em meu colo. Voltei a olhar para fora do carro através
da minha janela.
–Não vai colocá-la? – Edward
perguntou.
–Coloco quando estivermos na
porta do local onde vai ocorrer o evento. – disse numa voz entediada. Senti o
carro seguir para o meio-fio, Edward estava estacionando.
–Por que está parando? – perguntei
sobressaltada. Edward não disse nada, virou-se para mim e pegou a aliança do
meu colo. – O que está fazendo? – perguntei enquanto Edward pegava minha mão e
colocava bem lentamente a aliança em seu antigo lugar. Sua ação despreocupada
fez meu coração bater erraticamente. Lembrei-me do dia do casamento quando
Edward fez esse gesto. Edward ao colocar a aliança pareceu ficar perdido em
pensamentos por alguns instantes, rapidamente se recobrou e voltou a dirigir o
carro. Procurei não mostrar o quanto um simples ato me afetou.
–Quanto tempo nós ficaremos no
evento? – perguntei na tentativa de não me lembrar de coisas do passado.
–Até eu receber um prêmio, aí nós
saímos.
–Vai ganhar um prêmio? De que? – perguntei.
–Sei lá, eu não dei atenção
quando li o convite.
–Você nunca dá atenção a nada. –
murmurei arrependendo-me quase que instantaneamente de minhas palavras.
–O prêmio não merece atenção, mas
há alguém que merece. Quer saber quem é essa pessoa, Bella?
–Não. – murmurei com meus
olhos fixos na janela.
–Mas eu vou dizer mesmo assim. A
única pessoa que terá minha atenção neste evento é você Bella. E a propósito
você está encantadora! – Edward falou enquanto o carro entrava em uma
propriedade luxuosa. Eu me virei um pouco o olhando mortiferamente e mandei o
dedo do meio para ele. Edward, ao invés de ficar irritado comigo, gargalhou com
vontade. Continuou rindo como uma mula com pulgas enquanto estacionava o carro
em frente ao prédio do evento. Dois funcionários abriram nossas portas e um
tomou a direção para guardar o carro no estacionamento.
Quando desci do carro e fiquei de
frente para as escadarias, eu sabia que teria que fazer um papel. Eu estava
sendo paga para bancar a esposa amorosa e eu faria esse papel. Edward postou-se
ao meu lado.
–Comporte-se mocinha. – ele disse
num tom zombeteiro.
–Claro senhor Cullen. A partir do
momento em que eu passar por esta porta eu vou bancar a sua esposa. – falei
ríspida. Edward pegou a minha mão e a segurou. Procurei ignorar as reações que
meu corpo tinha por aquele simples contato.
Quando nós passamos pela recepção
do salão de festas eu me transformei. De mulher amuada eu passei para esposa
sorridente. Eu andava ereta, um sorriso no rosto e procurava olhar para Edward
com amor... QUE NOJO!
Fomos recebidos por um casal, um
casal aparentemente esnobe.
–Ah senhor Cullen! Finalmente!
Estávamos a sua espera. – o homem gordo e calvo disse enquanto cumprimentava
Edward.
–Tive alguns contratempos.
Richard, eu quero apresentar minha esposa. Isabella, este é o organizador do
evento. – o tal Richard apressou-se em pegar a minha mão para beijá-la.
–Finalmente conheço a senhora
Cullen. Agora sei por que Edward não a trazia para os eventos, temendo que sua
linda esposa fosse alvo de cobiça. – falou enquanto se afastava.
–Acredito que meu marido não me
trouxe antes por que não queria que eu me entediasse com os bajuladores que o
rodeiam neste evento como abutres em cima da carne, senhor Richard. – disse
sorridente. Senhor Richard me olhava atônito, Edward apertou minha mão.
–Ah, bem... Eu lhes guiarei até a
sua mesa. – Richard disse. Edward me olhou com fúria, eu sorri docemente para
ele, da forma mais falsa que consegui.
No meio do caminho todos que
passavam por nós cumprimentavam Edward e Edward me apresentava todo cheio de si
como sua esposa. Eu era super simpática, sorria e cumprimentava com uma
cordialidade tão intensa que eu mais parecia apresentadora de programa
infantil. Edward me observava atônito, como se estivesse diante de uma mulher
completamente diferente. O que ele não sabia, parecia ignorar, é que aquela
Bella tão gentil que eu interpretava já existiu. Após muitos cumprimentos eu me
sentei em uma mesa próxima ao palco, Edward me acompanhou sentando ao meu lado.
–Nossa, eu não conhecia este seu
lado tão simpático! – ele falou, sentou-se ainda mais próximo de mim e colocou
um braço por cima do seu ombro.
–O que está fazendo? – perguntei
bem baixinho. –Não deveria estar circulando por aí falando com as pessoas? – perguntei
entredentes.
–Está brincando! E perder a
chance de ser tratado como seu marido por você? Disso eu não abro mão! – falou
entre risos. Puxou-me para mais perto dele.
–Não abuse Cullen. Caso o
contrário esqueço a merda do dinheiro. – esbravejei baixinho. Rapidamente mudei
para uma expressão risonha e cumprimentei àqueles que vinham até nossa mesa
parabenizar antecipadamente Edward. Ele, a fim de me irritar, aproveitou-se
deste momento para me manter ainda mais próxima a ele. O contato com ele não
estava me fazendo bem. Sua mão que envolvia minha cintura acariciava a mesma.
Procurei me conter. Eu não queria ser tocada por ele!
–Senhor Cullen... – uma voz nos
chamou a atenção. Um rapaz bonito estava diante de nós. Ele tinha seus olhos
fixos em mim. Senti Edward enrijecer ao meu lado. – Ah então esta é a sensação
do evento. Sua esposa é adorável. – disse e se aproximou do meu lado, tomou a
minha mão e a beijou. – Sou Alec, tenho negócios com o seu marido.
–É um prazer conhecê-lo Alec. Meu
marido não disse que tinha um conhecido tão... – eu o olhei de cima a baixo com
um falso olhar de cobiça. – ... Garboso. –Completei.
–Não somos tão próximos. Edward
tem uma maior proximidade com o meu pai. Estou aqui unicamente para
representá-lo, já que meu pai não pôde estar aqui.
–Então Alec obrigado pro vir nos
cumprimentar, agora se nos dá licença, temos muitas outras pessoas a
cumprimentar. – disse puxando-me pela mão. Alec nos olhou surpreso e um tanto
constrangido com a forma como Edward o tratou.
–Hei, o que está fazendo? Você
foi rude com aquele rapaz, sabia? – murmurei. Edward continuou a caminhar sem
rumo certo.
–Não ligo se fui rude! Como você
disse são todos bajuladores que lucram com as minhas conquistas. Eu posso até
mandá-los a merda e ainda assim me tratarão bem. – falou todo cheio de si.
Procurei não perder a cabeça, eu não poderia. Mas suas palavras... De alguma
forma elas se encaixaram com nossa vida de casados. Quando eu o tratava tão
cheio de amor, mesmo quando ele me desprezava. Eu queria empurrá-lo no meio da multidão
e pisá-lo até sair sangue, mas na minha atual posição tudo o que eu poderia
fazer era fingir ser a esposa mais afortunada do mundo.
Mais convidados
Mais cumprimentos
Mais sorrisos e elogios a Edward
num tom tão falso que alguém certamente notou! Eu era uma perfeita dama,
copiando as pessoas de classe com quem tive de conviver desde que passei a
trabalhar na empresa de Edward. E pelo modo como as pessoas se comportavam
diante de mim, era óbvio que eu estava conseguindo a proeza de me misturar. Mas
aquele não era meu mundo, aquele era um mundo de opulência e eu não queria
fazer parte dele. Rezei para que o evento acabasse o quanto antes (a falsidade
custaria um rosto dolorido de tanto sorrir).
Edward se manteve por perto, seu
braço em minha cintura. Às vezes ousava se aproximar demais, ameaçando um
contato mais íntimo, mas parava quando via em meus olhos o ódio abrasador que
me consumia. O que Edward não sabia era que o maior ódio era direcionado a mim.
O meu corpo reagia até ao mais despreocupado toque de Edward...
–Sou Isabella Maria Swan. – disse
quando fui apresentada a um sócio da empresa. O homem tomou minha mão num ato
respeitoso e a beijou.
–Cullen. Você se esqueceu de seu
sobrenome de casada, meu amor. – Edward disse ao pé do meu ouvido. Seu hálito
provocava cócegas (e náuseas) em mim. Eu queria empurrá-lo, mas meu ato poderia
ser estranho aos olhos de outras pessoas. Então permiti que Edward enlaçasse
minha cintura com um braço e constantemente falasse comigo ao pé do ouvido.
As horas se arrastavam...
E a farsa prosseguia...
–E como jovem empreendedor deste
ano nós presenteamos o senhor Edward Masen Cullen com este evento e com este
prêmio em minhas mãos. – Richard falou segurando uma estatueta de cristal.
Edward estava ao meu lado, afastou-se para subir no palanque e receber o
prêmio. Uma salva de palmas para ele enquanto Edward aproximava-se do seu
prêmio. Aproveitei aquele momento para escapar, encontrar um lugar onde eu
pudesse descansar. Segui para uma mesa afastada da multidão e sentei em uma
cadeira. Ignorando quem pudesse estar me observando, deitei a cabeça na mesa.
Eu queria ir embora, queria
descansar e só acordar bem tarde. No outro dia teria que ir para o trabalho e,
ao invés de estar descansando, eu fazia aquele papel ridículo! Por um lado foi
proveitoso, eu havia ganhado um valor que não ganharia em anos de trabalho. Mas
aquele dinheiro não tinha nenhum valor para mim. Não foi um dinheiro
conquistado por isso eu não dava o devido valor a ele.
Podia ouvir a voz de Edward
ecoando pelo amplo salão, ele devia estar fazendo um discurso pelo prêmio
recebido. Procurei não ficar atenta a sua voz e ao que dizia, mas acabei
captando nuances do que dizia. Pareceu que Edward disse o meu nome em seu
discurso...
–Senhora Cullen? – alguém me
chamava. Por reflexo virei para a direção do som. Enxerguei Alec se
aproximando. Sorria. – O que faz aqui? Não deveria estar em frente ao palco
acompanhando o discurso do seu marido?
–Deveria, mas não estou lá e nem
pretendo. – falei friamente. Alec continuou a sorrir.
–Posso lhe fazer companhia? – perguntou
apontando para uma cadeira ao meu lado.
–Como quiser. – disse. Alec
apressou-se em tomar o lugar que a pouco indicara.
–Parece que não sou o único a me
sentir entediado neste ambiente. Não parece apreciar isto aqui. – Alec dizia
enquanto olhava a multidão aglomerada.
–Não aprecio.
–Então por que decidiu vir neste
após deixar de lado participação em eventos? Antes você não acompanhava seu
marido, não é verdade? – Alec tinha os olhos cravados em mim. Dei de ombros.
–Edward me pagou para estar aqui.
– admiti. Alec riu. Não deve ter me levado a sério.
–Até eu pagaria por uma companhia
como a sua! – Alec disse galanteando. Virou seu rosto em direção ao grupo de
músicos que tocavam uma música ambiente.
–Sei que a probabilidade de você
dizer não é grande, mas... Você me acompanharia em uma dança? Acho que
deveríamos dar o devido valor à banda que está tocando belamente.
Olhei para Alec, ele não parecia
estar brincando. Levantou-se e estendeu a mão para mim. Eu não gostava de
dançar, sequer sabia. Minha última lembrança de uma dança foi quando valsei com
Edward na festa de nosso casamento. Ainda sim...
–Claro. –Levantei-me e segurei a
mão que Alec mantinha estendida. Seguimos para um local afastado da multidão,
próximo a banda. Eu não queria dançar, fiquei tanto tempo em pé que para mim o
melhor era permanecer sentada. No entanto eu queria dançar com o rapaz só para
provocar Edward.
Alec pegou uma mão, a outra
estava pousada em seu ombro, com um braço ele enlaçou minha cintura e me
conduziu para uma valsa. Não precisei me esforçar, minha inexperiência não me
atrapalhou na dança. Alec me conduziu muito bem na valsa.
–Dança bem, senhora Cullen. – Alec
elogiou.
–Está blefando! Eu não danço bem!
Você é que conduz bem. – elogiei. Alec deu de ombros.
–É melhor ficarmos por aqui na
troca de elogios. Caso o contrário passaremos o resto da noite assim. – ele
gracejou. Eu ri. Procurei me concentrar nos meus pés e na música que soava, a
melodia era bonita.
–Não reconheço a música que está
soando. – comentei com Alec enquanto bailávamos pelo salão.
–Nem eu. Deve ser uma composição
nova. – Alec fez uma pausa parecendo se concentrar em nossa dança. Notei que me
puxou para mais perto. – Será que eu posso ter mais uma dança?
–Eu...
–Bella terá mais uma dança, mas
será comigo, seu marido.
Virei-me e vi Edward próximo a
nós dois olhando para Alec. Ele aparentava tranquilidade, mas seus punhos
estavam fechados com força. Estranhei.
–Senhor Cullen. – Alec afastou-se
de mim. – Eu estava...
–Distraindo a minha mulher em meu
lugar como pude perceber. Não há razão para fazê-lo mais Alec. Eu estou aqui e
agora serei o centro das atenções de minha adorável esposa Bella. – ele falou
num tom malicioso. Antes que eu pudesse dizer algo, Edward tomou o lugar de
Alec, mas ao contrário dele, fez questão que dançássemos colados um no outro.
Desnorteada eu o olhei tentando
entender por que Edward estava agindo de forma tão possessiva. Não poderia ser
um indício de que sentia algo por mim. Devia ser apenas aquela sensação de
alguém que possui algo e não quer que os outros tenham, Edward me tratava como
um objeto.
Edward conseguia a proeza de
colar ainda mais o seu corpo ao meu enquanto dançávamos para lá e para cá, suas
mãos circundavam minha cintura de tal forma que a pressão fez doer meus
músculos. Eu coloquei minhas mãos em seu ombro e fitei o nada, não queria
encará-lo.
–Eu deveria descontar sua atitude
do seu “salário”. – ele sussurrou em meu ouvido. Estremeci.
–Que atitude? – perguntei embora
soubesse de antemão o que Edward diria. Edward voltou a colar seus lábios no
meu ouvido na intenção de que eu ouvisse, mas também senti certa provocação em
seu ato.
–Preciso mesmo relatar? Fiz um
discurso apaixonado pelo recebimento daquele prêmio insignificante e esperei que
minha amada esposa estivesse me observando, batesse palmas quando eu
finalizasse o discurso. Ao invés disso você estava dançando com aquele babaca!
– Edward disse entredentes. Seu hálito chocando-se contra a pele do meu pescoço
causava arrepios.
–E daí? Não cometi nenhum pecado!
Só estava dançando. Acho que tenho o direito de um pouco de diversão, não
tenho?– falei com aspereza.
-E por que a sua diversão é
apenas com os outros e não comigo? Tem idéia do quanto eu poderia entretê-la? –
senti seus lábios encostarem-se a meu pescoço. Arfei.
–O que pensa que está fazendo? –
perguntei com a voz falha. Seus dedos delineavam minha coluna, as mãos descendo
e subindo em uma carícia provocante.
–Estou aproveitando que a terei
como minha esposa por uma noite. – Edward murmurou parando de dançar, beijando
novamente meu pescoço enquanto suas mãos acariciavam minhas costas. Meus braços
caíram dos ombros de Edward e os deixei ao léu. Edward afastou-se e soube de
suas intenções quando encontrei o seu olhar. Inclinou seu rosto para frente na
tentativa de me beijar. Mesmo desorientada com o que estava acontecendo, eu
consegui afastá-lo empurrando seu corpo para longe de mim.
–Não posso beijá-la? – perguntou
confuso com minha atitude. Era muito cara de pau mesmo!
–Não faz parte do acordo! – falei
entredentes. Edward deu um meio sorriso.
–Disse que seria minha mulher por
uma noite e esposas beijam seus maridos. – justificou-se e novamente inclinou
seu rosto em minha direção.
–Não vou beijar você. – falei
exasperada, mas controlando minha voz. Eu o afastei novamente e caminhei em
direção ao banheiro feminino. Eu precisava respirar, precisava ficar afastada
dele. Eu não gostava do modo como meu corpo reagia a ele, as suas provocações.
Ouvi passos atrás de mim. Não precisava me virar para saber que Edward me
seguia.
–Tudo bem, quanto você quer para
que me beije? – Edward perguntou. Parei de andar no mesmo instante.
–Como é que é? – perguntei. Eu
devia estar com uma expressão de surpresa cômica, pois Edward reprimia um riso.
–Quanto você quer pelo beijo.
Posso dar um cheque em branco se quiser. – Edward disse enquanto procurava seu
talão de cheques. Quando o achou encostou-se na parede e o assinou, mas não
chegou a colocar o valor. Era uma imprudência! Eu poderia retirar tudo o que ele
tinha com aquele cheque. Ele o passou para mim com um sorriso matreiro no
rosto. Eu fiquei parada, perplexa com o que ele estava fazendo.
Num ato no mínimo repugnante
Edward dobrou o cheque, aproximou-se de mim colocando o cheque dobrado em meu
decote.
–Está pago. – disse satisfeito.
Enquanto eu continuava a encará-lo mortificada, Edward enlaçou-me pela cintura
e fez com que eu caminhasse para trás até minhas costas encontrarem a parede.
Ninguém havia nos notado, estávamos em uma parte em que nem mesmo a luz nos
encontrava. Edward não perdeu tempo, ansioso como estava em me ter. Beijou-me
com volúpia, de um jeito que até então nunca fui beijada por ele. Como se
aquele fosse de fato o nosso primeiro beijo. Eu podia sentir em seus lábios, em
suas mãos, a urgência em me tomar como sua posse.
Seu corpo prensou o meu enquanto
continuava a me beijar. Uma parte de mim queria corresponder ao beijo, algo que
me surpreendeu. Com tristeza percebi que a Bella patética de outrora ainda viva
em mim. Eu poderia negar a ele e ao mundo, mas eu sabia, em meu íntimo, que
ansiava sentir os lábios de Edward cobrindo os meus... Ainda assim eu não me
movi para corresponder.
Por que embora aquele momento
pudesse ser belo, só poderia ser belo aos olhos de outra pessoa. Eu sabia que
Edward me tomava em seus braços e me beijava apenas para provar que ele sempre
tinha o que queria. Ele não me amava; nunca me amou. Tudo isto era apenas um
capricho dele como foi o nosso casamento.
Eu pude sentir as lágrimas caindo
de meus olhos e escorrendo pelas bochechas. Edward parou finalmente se tocando
que deu não correspondia ao beijo. Pude ver a surpresa em seus olhos quando viu
que além de quieta eu chorava.
–Bella! – Edward arquejou. – O
que houve? O que foi que eu... – disse apressadamente.
–Como... Como se atreve? Como se
atreve a me comparar com uma de suas prostitutas? Como se não bastasse tudo o
que você... – murmurei numa voz sôfrega. Edward afastou-se de imediato.
–Eu pensei que você... Que você
queria. – falou atordoado.
A raiva me tomou. Peguei o cheque
que ele havia posto em meu decote e rasguei diante de seus olhos.
–A mim você não pode comprar nem
hoje nem nunca! Você já me teve um dia, mas preferiu estranhos ao invés de mim.
FIQUE COM SUAS PUTAS! FIQUE COM O EU MALDITO DINHEIRO! – gritei jogando os
restos de papel em sua cara. Não pensei duas vezes: saí em disparada do
opulento salão. Alguns convidados me notaram, mas não liguei. Eu só queria
sumir dali! Peguei minha bolsa que estava na mesa em que eu estava sentada,
antes de sumir em meio à multidão.
Não sei se Edward me seguiu; eu
não me importei. Retirei os saltos apenas para correr com maior eficácia. Não
demorou a eu estar diante da propriedade onde o evento ocorria. Algumas pessoas
que passavam em frente à propriedade me olhavam. Eu devia estar com uma
aparência horrível! Acenei para um táxi que logo parou. Eu entrei e tentei me
recompor, mas parece que ao sair da rua é que eu realmente desabei. Deitei
pesadamente no banco de trás.
–Moça, tudo bem? – O taxista
perguntou alarmado.
–Siga, por favor. Tire-me daqui.
– pedi num fio de voz. Eu precisava de um lugar para me esconder do mundo. Não
poderia ir para casa, mas ainda tinha meu antigo apartamento agora ocupado por
Jessica. Peguei meu celular e liguei para Jess, ninguém atendeu.
–Moça, aonde quer ir? – O taxista
perguntou.
–Estou providenciando o endereço
agora. – disse enquanto ligava para Ângela. Para minha infelicidade ela havia
saído com Ben, sem previsão da hora em que iria voltar.
Eu estava desolada! Eu precisava
estar com alguém, conversar com alguém, desabafar com alguém. O triste era que
tirando Jessica e Ângela eu não tinha mais ninguém.
“Talvez Alice... Mas ela poderia
dizer para Edward onde estou.”.
Foi naquele momento enquanto
mexia no celular que vi o número de Jacob. Parecia loucura, mas só consegui
pensar nele como melhor companhia. Não imaginei que Jacob atenderia, ele devia
estar dentro de um avião. Para a minha surpresa Jacob atendeu.
–Alô? Bella?
–Jacob. Eu... Você está fora da
cidade?
–Não, tive um problema com o vôo.
Irei amanhã. Bella, alguma coisa errada?
–Eu... Eu sei que não tenho o
direito de pedir isso, mas eu não tenho pra onde ir agora e eu não quero ficar
só e... – falei frenética.
–Acalme-se! Onde você está? – ele
perguntou num tom preocupado.
–Em um táxi. – disse. Minha voz
revelava claramente meu estado de espírito.
–Passe o telefone para o taxista.
– pediu. Eu o fiz sem hesitar. O motorista aceitou o celular desconfiado. Ouvi
seus murmúrios e não demorou a passar o meu celular para mim. Voltei a
colocá-lo no ouvido, Jacob ainda estava na linha.
–Bella, eu passei para ele o meu
endereço. Você vem para a minha casa.
–Tudo bem. – disse antes de
desligar o celular. Talvez, estar com alguém que não estava diretamente ligado
a merda que era a minha vida fosse benéfico de algum jeito. Jacob conseguiu
arrancar sorrisos meus durante o filme, eu queria que ele fizesse isso de novo.
Eu fiquei deitada, quietinha, no
banco do passageiro enquanto o taxista seguia para a casa de Jacob. Eu não
queria ter uma crise ali. Eu me sentia suja não somente pelas atitudes de
Edward, mas pelas coisas que senti enquanto ele me tocava. Como meu corpo pôde
me trair daquele jeito? Como eu poderia ainda querer que ele me tocasse? O
gosto dos lábios de Edward estava nos meus lábios.
–Moça, nós chegamos. – o taxista
anunciou. Apressadamente peguei um dinheiro, o único que tinha, e dei ao
motorista. Saí trôpega, desorientada, enquanto assimilava as imagens ao meu
redor. Eu estava em uma parte desconhecida da cidade, em frente um prédio não
muito requintado como o de Edward, mas também não muito modesto como o meu.
–Bella? – uma voz soou a alguns
metros. Olhei para Jacob em frente ao seu prédio. Rapidamente veio ao meu
encontro. Meu estado devia ser deplorável, pois a cada passo que Jacob dava
vendo-me melhor, seu rosto ficava com uma expressão mais e mais preocupada.
–Bella, o que houve com você?
Andou chorando? – perguntou tocando meu rosto com a ponta dos dedos. Eu abri a
boca para falar, explicar tudo. Não disse nada. Eu não sabia o que dizer ou
como dizer. E então eu fiquei parada, olhando para o chão. Por que eu tinha
vindo até Jacob? Para que? Ele não poderia me ajudar, ninguém poderia.
–Venha, você vai congelar aqui
sem nenhum casaco e descalça. – disse passando um braço por cima do meu ombro.
Jacob me conduziu para o interior de seu apartamento que ficava no décimo
primeiro andar. Eu segui silenciosa. Eu já começava a me arrepender por estar
ali, mas não poderia simplesmente virar as costas e ir embora agora que eu
estava com Jacob!
–Eu não vou perguntar o que aconteceu
por que tenho a impressão de que você não vai falar, ou se falar será por que
se sente obrigada. Então você parece cansada. Tenho um quarto de hospedes. Pode
ficar lá.
–Obrigada Jacob. – murmurei
enquanto saíamos do elevador. Olhei para os meus próprios pés descalços
enquanto Jacob me conduzia ao seu apartamento.
–Lar doce lar! – falou num tom
brincalhão empurrando-me levemente para entrar em sua casa. – Quer comer alguma
coisa? – perguntou. Notei naquele momento que estava faminta, mas eu não iria
incomodar mais do que já estava incomodando.
–Não. Eu estou apenas cansada. –
murmurei num fio de voz.
–Então vou levá-la ao seu quarto.
– falou. Pegou minha mão e saiu puxando-me em direção a um corredor. Olhei de
relance seu apartamento e notei que era, sem dúvida alguma, organizado e limpo.
–Este quarto costuma ser usado
pelas minhas irmãs quando vêm me visitar. Elas sempre esquecem coisas delas...
– Jacob foi até uma cômoda. – Tem roupa para dormir, produtos de higiene
pessoal, toalha... Acho bom você tomar um banho, vai ajudar a dormir.
–Obrigada Jacob. Sei que não
tenho o direito de incomodá-lo, mas...
–Não está me incomodando, muito
pelo contrário. Fico feliz que tenha vindo até mim em um momento de dificuldade
como agora. – silêncio. Jacob voltou a falar. – Aquela porta é do banheiro
deste quarto. Qualquer coisa eu estarei no meu quarto.
–Tudo bem e desculpe-me pelo
incomodo. – Disse sem graça. Jacob sorriu e tocou meu rosto.
–Não se preocupe. Agora descanse.
– Jacob virou-se para ir embora. Eu me joguei pesadamente na cama deixando
minha bolsa e meus sapatos caírem de minhas mãos.
–Bella? – Jacob chamou. Fechei
meus olhos.
–Sim?
–Só me responda uma coisa: Foi
ele que magoou você? Seu marido? – Jacob perguntou. Escondi meu rosto no
travesseiro querendo morrer. – Entendi. Então durma bem.
Ouvi o barulho da porta se
fechar. Após alguns minutos deitada consegui me levantar. Retirei as jóias,
roupas, toda a produção e fui para debaixo do chuveiro. Peguei no caminho uma
toalha e uns produtos de higiene pessoal que Jacob disse pertencer as suas
irmãs. O banho me ajudou um pouco, mas não o suficiente. Eu ainda sentia na
pele o toque de Edward e estremeci.
“Não quero pensar nele! Não
posso! Ele está apenas me usando e a culpa é minha! Eu permiti!”.
Eu não sei por quanto tempo
fiquei embaixo do chuveiro, ou quanto tempo demorei a vestir uma roupa. Fiz tudo
mecanicamente. De fato eu estava muito cansada, pude sentir o cansaço me abater
quando deitei novamente na cama. Estranhamente eu me sentia bem à vontade
naquele lugar, como estar em meu antigo apartamento ou até mesmo no meu quarto,
na casa dos meus pais. Fechei os olhos e, após alguns instantes, acordei com o
barulho do meu celular. A bolsa estava próxima. Peguei o celular sem a menor
vontade e como imaginei era Edward. Tive vontade de atender e falar todos os
palavrões que eu conhecia, mas não o fiz. Eu não fiz nada, de novo. Desliguei o
celular e o joguei no chão.
A inconsciência não iria
cicatrizar as feridas em meu coração, mas esperava que atenuasse a dor. Eu
merecia um descanso.
“Vai ficar tudo bem. Eu já
superei traumas piores. Vai ficar tudo bem.” – entoei até adormecer.
–Eu posso ficar... – Jacob
murmurou.
–Nem pensar Jake! Eu estou bem
agora, sério! – disse tentando tranquilizá-lo. Jacob pegou a mala que estava próxima
a ele.
–Então eu vou mais tranquilo.
Espero que fique bem e se precisar pode me ligar. Eu estarei de volta daqui a
quatro dias. – ele disse ajeitando a alça da mala no ombro. Eu assenti.
–Obrigada por tudo Jacob.
–Eu não fiz nada Bella.
–Você me ofereceu abrigo ontem.
Você fez muito por mim. E também me deixou com as roupas de suas irmãs. – disse
olhando para mim. O vestido e os acessórios que usei estavam em uma sacola em
minhas mãos. Eu usava jeans e uma camisa de flanela de uma das irmãs de Jacob.
Mas não foram apenas as roupas que Jacob me deu, ele me deu muito mais e não
sabia. Eu estava bem agora, não perfeita, mas melhor do que ontem. Consegui ter
uma boa noite de sono apesar de tudo e tive uma manhã tranquila falando sobre
bobagens com Jacob enquanto tomava um café da manhã preparado por ele.
Jacob não fez mais nenhuma
pergunta tirando aquela da noite anterior. Ele sentiu que eu não me sentiria
bem em falar do assunto por isso nada falou.
–Faça boa viagem. – disse. Jacob
fitou-me por alguns instantes. Ergueu a mão e tocou meu rosto.
–Sabe, quando eu retornar dessa
viagem de negócios... Poderíamos fazer algo, juntos. O que você acha Bella?
Sorri.
–Claro.
Jacob inclinou-se me beijando na
testa. Foi o último do seu vôo a embarcar. Após isso eu segui meu rumo para
tomar algumas decisões. Devolvi os pertences que Edward comprara para mim na
butique conseguindo recuperar o dinheiro gasto. O único dinheiro que não
poderia devolver era o que Edward gastou no SPA. Cheguei ao apartamento de
Edward cedo, eu ainda tinha que trabalhar. Ouvi, antes de entrar, o barulho das
empregadas trabalhando. Entrei sorrateiramente não querendo chamar atenção para
mim. Consegui passar por todo o apartamento até chegar ao meu quarto. Quando
abri a porta eu suspirei. Eu não iria conseguir escapar dele.
–E aí? – disse enquanto entrava e
ia diretamente para meu closet separar a roupa que iria usar. Felizmente já
havia tomado banho, só precisava vestir outra coisa. Edward continuou calado
sentado na minha cama. Quando terminei de me arrumar no interior do closet e saí
para pegar minhas coisas e ir trabalhar, Edward se manifestou.
–Liguei para você. Você não me
atendeu. – Edward disse tão baixo que quase não ouvi.
–Não queria atendê-lo. – falei
pegando minha pasta. Virei-me para ir embora.
–Ouviu a mensagem de voz que eu
enviei? – ele perguntou. Eu dei de ombros.
–Não. – disse com descaso. Abri a
porta.
–Bella, eu quero conversar com
você.
–Eu também. – disse virando-me e
pegando o pacote que trouxera comigo. Entreguei para ele. Edward me olhou
confuso, tempo para pegar um cheque dele que estava em meu poder, o cheque que
Edward me deu quando me pagou para ir de carro para a empresa com ele. Amassei
o cheque e joguei a bolinha amassada para Edward.
–Aí está o que gastou comigo,
inclusive ontem naquela butique. De agora em diante não aceito nada de você. E
ouça bem o que vou lhe falar: fique longe de mim! – falei entredentes. Edward
não disse nada, sequer se moveu. Seus lábios se mexeram como se quisesse dizer
algo, mas esse algo ficou preso na garganta.
E eu segui para fora do
apartamento sabendo que a partir daquele dia, mais uma vez, a guerra estava
declarada.
Continua...
Caramba! Agora estou super ansiosa
pra ver o que o
Edward vai falar no capítulo de amanhã. Quero saber o que foi que ele falou na mensagem de voz. Será que ele se declarou pra ela? Pena que ela não ouviu. Beijos e até amanhã.
Edward vai falar no capítulo de amanhã. Quero saber o que foi que ele falou na mensagem de voz. Será que ele se declarou pra ela? Pena que ela não ouviu. Beijos e até amanhã.
Oi honey!! Eu tb estou louca pra ver essa mensagem!! Estou roendo as unhas ate amanha Beijusculo
ReplyDeleteOi Nessie,
DeleteVamos esperar juntas então, eu só vou editá-la amanhã pela manhã, então só vou ficar sabendo um pouco antes de você.
Acho que vou sonhar com isso hoje...
Beijos.
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ReplyDeleteCaramba
ReplyDeleteA frase da Bella foi bem forte e profunda
Eu senti em mim o força dessas palavras