Bom dia gente! Hoje temos o primeiro capítulo da nova fic, e é onde toda estória começa... Espero que vocês curtam bastante...
Título: Faz de Conta Que Foi Assim – By Valentina
Autora(o): Valentina LB
Shipper: Bellard
Gênero: Romance.
Censura: NC-18
Autora(o): Valentina LB
Shipper: Bellard
Gênero: Romance.
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmet Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jacob Black, Renée Dwyer
Avisos: Sexo
Personagens: Alice Cullen, Bella Swan, Carlisle Cullen, Edward Cullen, Emmet Cullen, Esme Cullen, Rosalie Hale, Jacob Black, Renée Dwyer
Avisos: Sexo
Faz de Conta Que Foi Assim
By Valentina LB
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 1 - ABISMO SOCIAL
JOÃO E MARIA
(Chico Buarque)
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido
Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?
(Anos atrás)
Edward Cullen nasceu em berço de ouro. Filho único de Carlisle Cullen, o poderoso dono das Indústrias “Royal Sea”, no ramo de engenharia naval, teve seu futuro traçado pelo pai antes mesmo de vir ao mundo.
Não havia ninguém em Londres que não conhecesse e temesse Carlisle Cullen. Seu orgulho e sua maneira rude de tratar as pessoas eram compensados por sua farta conta bancária, que lhe rendia um número extenso de amigos interesseiros, que não se importavam em serem tratados com descaso pelo arrogante magnata.
Ao contrário do marido, Esme Masen Cullen era um doce de pessoa. Nascida nos Estados Unidos, mudou-se para Londres quando se casou. Era submissa e temia o gênio forte do marido, não o desafiando nunca.
Seu filho Edward era a razão de sua vida. Carinhoso e gentil, era seu companheiro nas infindáveis horas que passava sozinha em sua mansão.
Além de Edward, Esme contava também com a amizade de Renée, sua cozinheira e amiga de infância. Quando Carlisle não estava em casa podiam conversar normalmente, sem as barreiras sociais que as separavam, porém perto do marido tinha de tratar a amiga como empregada e aquilo a fazia sofrer muito.
Renée era filha de Norma, a babá que a criara desde seu nascimento até sua ida para a faculdade. Quando crianças elas, que eram da mesma idade, eram inseparáveis.
Quando se casou, Esme convidou a amiga, uma cozinheira de mão cheia, para ir morar na sua nova casa na Inglaterra, acreditando que ela poderia conviver normalmente com sua família, mas não foi o que aconteceu. As regras do marido com relação a empregados eram bem rígidas e a amiga não podia passar da porta da cozinha.
Quando Edward estava com dois anos e meio Renée engravidou de um jardineiro que não assumiu a criança e se demitiu, deixando-a sozinha. Esme a ajudou de todas as formas possíveis, e sua filha, Isabella, nasceu e cresceu nas dependências de empregados.
Para não causar problemas Renée mantinha a filha bem longe da vista da família Cullen.
Esme via a vontade que Edward tinha de brincar com Isabella, quando se encontravam por acaso na cozinha, mas não deixava, com medo do marido descobrir. Ele a puniria severamente se soubesse que seu herdeiro se relacionava com empregados. Esme era uma mulher triste e sofrida, que tinha no filho sua única razão para viver.
Edward nunca entendeu por que não podia brincar com aquela garota loirinha de lindos olhos verdes. Eles eram quase da mesma idade, mas nunca se falavam. Sempre que ele entrava na cozinha e ela estava lá, Renée a mandava sair, quase a empurrando porta a fora. Às vezes seus olhos se cruzavam por alguns segundos e a cada dia o brilho deles ia ficando mais intenso.
Quando estava com treze anos, Edward andava pelo jardim, ainda chorando devido a uma repreensão que havia levado do pai por ter derrubado uma taça de vinho na mesa, quando a encontrou, sentada debaixo de uma árvore, brincando com um cachorrinho.
- Oi! – Cumprimentou-a pela primeira vez, tentando disfarçar o rosto molhado pelas lágrimas.
- Desculpe-me, Sr. Cullen, já estou saindo. – Bella falou toda sem graça, levantando-se para ir embora.
- Não vai não, fica aqui Isabella. – pediu, chamando-a pelo nome.
- Sabe meu nome? – Perguntou envergonhada.
- Claro que sei. Sei também que tem dez anos e que é filha da Renée. Estou certo?
- Sim.
- E você, sabe meu nome?
- Sei sim, Sr. Cullen, é Edward.
- Para de me chamar de Sr. Cullen, está me fazendo sentir-me como um velho.
- Mas o senhor é patrão da minha mãe, tenho de respeitá-lo. Aliás, não devíamos estar conversando. Se minha mãe nos vir ela me mata.
- Eu não gosto disso, queria poder ser seu amigo.
- Eu também, mas não posso e tenho de ir. Tchau Edward!
Bella saiu correndo, rindo alto por tê-lo chamado pelo nome.
Naquele dia seu ingênuo coração conheceu o amor. Ela passou a noite toda se lembrando do verde intenso daqueles olhos e da voz doce que ele tinha.
Nos anos seguintes eles se viram pouco. Edward estudava cada vez mais e quase não parava em casa. Nas férias a família Cullen sempre viajava para outros países, e quando voltava ele já começava a estudar de novo.
Bella tinha de se contentar em espiá-lo pela fresta da porta da cozinha, que lhe permitia ver parte da sala de jantar, ou escondida no jardim, na hora que ele saía para a escola.
Edward também sentia falta do brilho daqueles olhos verdes, mas não lhe sobrava muito tempo para procurá-la. Às vezes, pela janela de seu quarto, ele a via no jardim, conversando com os empregados ou brincando com os cachorros. Ele a achava cada dia mais linda. Encantava-se quando a via correndo com seus belos cabelos loiros se movendo com o vento.
No auge de seus quinze anos, Edward muitas vezes se pegou pensando nela enquanto se satisfazia no banheiro. Sentia-se envergonhado quando o fogo em seu corpo se abrandava e sua mente retomava a razão. Não gostava de envolvê-la em suas fantasias libidinosas.
Em seu aniversário de dezesseis anos, Carlisle e Esme fizeram uma festa na mansão. Bella ajudou a mãe na cozinha, mas participar da festa era algo que não lhe era permitido.
Com treze anos, seu amor pelo patrãozinho já lhe tomava tanto o corpo quanto a alma. Passava o dia suspirando apenas por tê-lo visto alguns segundos enquanto entrava no carro para ir à escola. Ela o achava cada dia mais lindo. Realmente Edward Cullen estava se tornando um belo rapaz.
Bella ficou na varanda de sua casa ouvindo a música da festa e enxugando as lágrimas que insistiam em rolar por seu rosto. Achava tão injusto que não pudesse estar lá junto dele, comemorando seu aniversário. Duvidava que houvesse alguém ali, além de Esme, que o amasse tanto quanto ela o amava.
Edward estava detestando aquela festa. Não gostava das pessoas que estavam ali. Sabia que a maioria delas também não gostava deles, mas estava ali apenas porque eram ricos e poderosos.
Sentia falta de seu raio de sol. Queria poder receber um abraço de Isabella, queria que ela estivesse com ele. Tinha muito medo do pai; por vezes já tinha sido vítima da força de suas mãos; mas resolveu se arriscar e sem que ninguém o visse, encaminhou-se para a área das casas dos empregados. Ficou sem saber o que fazer, pois não sabia qual era a de Isabella.
Jonas, seu motorista, passou por ele e apenas indicou com o dedo uma delas, dando-lhe uma piscada cúmplice. Edward não entendeu como ele podia saber que procurava Isabella, mas o que Edward não sabia era que Jonas estava cansado de vê-la escondida nos arbustos, com lágrimas nos olhos ao vê-lo entrar no carro e que também já tinha visto por diversas vezes o jovem patrão olhando-a pela janela, admirando-a correr pelo jardim.
O motorista sentia-se triste ao ver um amor tão puro não poder florescer por causa do preconceito. Tinha muita pena daqueles dois.
Edward encaminhou-se para a casa indicada. Temia que Renée o visse. Com certeza ela o mandaria de volta à festa. Foi quando escutou um choro baixinho. Seguiu o som, pois a escuridão o impedia de ver de onde vinha.
Encontrou Bella sentada em uma cadeira de balanço, com o rosto entre as mãos, chorando tristemente.
- O que foi que aconteceu, Isabella? – Perguntou baixinho, preocupado que alguém pudesse ouvi-lo.
Bella não acreditou que era ele quem estava ali na sua frente. Pensou se tratar de um sonho ou de uma miragem.
Esticou o braço e tocou delicadamente sua face, certificando-se de que era real.
Edward se deliciou com aquele toque macio. Sentir a mão pequena e dócil de Isabella em seu rosto foi o melhor presente que recebera naquele aniversário.
- Por que está chorando? – Perguntou carinhosamente, sentando-se ao seu lado.
- Não é nada. – Bella respondeu, envergonhada por ele tê-la visto chorando e mais encabulada ainda por estar tão perto do amor de sua vida.
Edward levou seus dedos até sua face e secou-lhe as lágrimas.
- A única pessoa que eu queria que estivesse na minha festa era você. – confessou.
- Verdade? – Bella perguntou, querendo realmente acreditar que era importante para ele.
- Deixei todos eles e estou aqui, não estou?
- Pois não devia. Seu pai vai ficar uma fera se souber. – Preocupou-se.
- Eu não agüento mais viver nesta casa, Isabella. Se não fosse por minha mãe eu já teria ido embora. Quando completar dezoito anos vou embora para os Estados Unidos e quero te levar comigo. Você viria?
Bella não acreditou no que acabara de ouvir. A felicidade tomou conta de seu corpo, sufocando-a por alguns segundos.
- Eu iria com você até para fim do mundo, Edward.
- Então me espera, Isabella. Daqui dois anos fugiremos desta maldita mansão e suas convenções preconceituosas. Ninguém mais irá dizer o que podemos ou não fazer.
Apesar da inconseqüência e infantilidade daquela promessa, o amor que unia aqueles dois era verdadeiro e intenso, desconhecendo completamente o abismo social que os separava.
Edward se aproximou lentamente de Bella e colou levemente seus lábios nos dela. Era a primeira vez que beijava uma menina. Seu coração parecia que ia pular do peito.
Bella pensou que desmaiaria. Os lábios doces e quentes de Edward estavam pousados nos seus. Não sabia o que fazer, nunca tinha beijado.
Foi um selinho ingênuo e rápido, mas o suficiente para deixá-los em estado de graça.
- Eu te amo, Isabella.
- Eu também te amo, Edward.
O barulho que veio de dentro da casa os fez se separarem.
Já longe da varanda, Bella escutou um “me espera” cheio de amor e respondeu baixinho um “vou esperar” cheio de esperança.
O amor os tomou de forma avassaladora. Continuaram se vendo pouco, mas quando se encontravam, por mais breve que fosse, seus olhos se uniam da forma mais apaixonada possível, transbordando o amor que sentiam um pelo outro.
Jonas, o motorista, os ajudava, levando e trazendo bilhetes e cartas de um para o outro. Eram cartas que falavam da paixão que sentiam e do que fariam quando fossem embora juntos para a América.
Bella queria morar numa casa na beira do mar, na Califórnia, e queria ter um cachorro chamado Bud.
Edward queria que se casassem em uma igrejinha no alto de uma montanha e que passassem a lua de mel na Itália.
Por um ano e meio eles namoraram por cartas, pois Bella não tinha computador. Eram linhas e mais linhas que descreviam seus sonhos juvenis nos mínimos detalhes.
Quanto mais cresciam, mas eram vigiados e menos se viam, mas isso não impedia o amor deles de crescer e se fortalecer.
Faltavam cinco meses para Edward completar sua maioridade quando Renée teve um enfarto fulminante e morreu no chão da cozinha.
Esme providenciou seu enterro com o coração dilacerado. Além da dor pela perda da amiga, ainda sentia o remorso por ter respeitado as regras preconceituosas do marido, tratando a amiga como uma simples serviçal. Talvez por isso tenha fincado o pé diante do marido e insistido que iria ao funeral da amiga de qualquer jeito.
Carlisle amava a esposa, mas ainda se irritava com seu jeito “americano” de ser. Não entendia sua facilidade em se misturar com pessoas de níveis inferiores ao seu. A tristeza que viu no rosto de Esme fez com que cedesse um pouco e permitisse que ela e o filho fossem ao enterro de Renée. Ele mesmo não iria de forma nenhuma. Consternar-se com a dor dos empregados era algo que considerava um absurdo.
Edward ainda não tinha visto Isabella. Imaginava o quanto ela estava sofrendo. A mãe era tudo o que ela tinha. Nos Estados Unidos tinham ficado apenas parentes bem distantes, pois a avó Norma também já tinha morrido.
Assim que chegou ao cemitério a viu de mãos dadas com Brenda, a copeira. Seu rosto estava coberto de lágrimas e dor.
Sua vontade era ficar ao seu lado, abraçá-la e dizer-lhe que ele não a deixaria sozinha, mas não podia, ou melhor, não tinha coragem. Era um covarde, constatou com pesar.
Bella ficou um pouco mais feliz quando o viu. Apesar de todo o sofrimento, sabia que dentro de alguns meses estaria indo embora em seus braços, o amor da sua vida. Longe de seus pais eles seriam felizes. Não temia ficar sozinha, pois sabia que tinha Edward.
Quando o caixão da mãe desceu lentamente na cova, Bella se desesperou, chorando de soluçar.
Edward não se conteve e foi para junto dela, segurar sua mão. Todos os olhares se voltaram para eles. Naquele momento Esme compreendeu que algo muito sério estava acontecendo. Precisava conversar com o filho urgentemente. Previa que uma catástrofe estava para acontecer em sua família.
Quando voltaram para casa, Esme entrou no quarto do filho.
- Edward, querido, o que foi aquilo lá no cemitério? – Perguntou temerosa.
- Eu não vou mais esconder que amo Isabella, mãe. Nós vamos embora para os Estados Unidos quando eu completar dezoito anos.
- Filho, pelo amor de Deus, isso é loucura. Seu pai nunca irá permitir isso.
- Eu não me importo com o que ele pensa, mãe. Não agüento mais conviver com sua ignorância. Eu e Bella nos amamos e vamos ficar juntos, quer queiram, quer não.
Esme não disse mais nada. Saiu do quarto, transtornada. Sabia que o marido faria de tudo para evitar aquele relacionamento. Seria uma vergonha para Carlisle Cullen o filho fugir com a filha da empregada. Achou melhor conversar com ele, afinal não poderia esconder de seu esposo os planos malucos do filho.
Carlisle ficou possesso quando soube. Culpou a mulher e por pouco não a esbofeteou no rosto.
- Se as coisas chegaram a esse ponto é devido à promiscuidade social que reina nesta casa, por culpa dos seus modos provincianos! - Bradou ele, cheio de raiva.
Esme apenas chorava. Desde que se casara com ele, chorar era ao que mais fazia.
Carlisle entrou no quarto de Edward decidido a bater no filho se fosse preciso. Transformaria aquele imbecil num Cullen de verdade nem que fosse à custa de muita surra.
- O que está sentindo por esta empregadinha, Edward? – Perguntou sem paciência.
- Ela não é uma empregadinha, pai. É a garota por quem estou apaixonado e com quem quero me casar.
Carlisle começou a gargalhar.
- Casar? Não seja idiota, garoto, acha mesmo que deixarei que se envolva com uma qualquer?
- Não fale dela assim, pai. Respeite a memória de Renée que foi enterrada esta tarde. Ela se chama Isabella e nasceu e foi criada aqui nesta casa.
- Se gosta dela e ela de você, deveria aproveitar para perder sua virgindade com ela. Está passando da hora de se tornar homem. Já vai fazer dezoito anos! Use e abuse dela o quanto quiser, depois tenho certeza que essa paixão irá sumir. Vou arrumar uma noiva de seu nível para você.
Edward teve vontade de esmurrar o pai. Como ele poderia sugerir uma barbaridade daquelas? Realmente ainda era virgem. Não tinha desejo por nenhuma mulher além de Bella. Ia se guardar para quando se casassem, assim como ela o esperava.
- Respeite a minha namorada, pai! – Falou de forma mais alterada.
Sentiu a palma da mão de seu pai estalar em seu rosto, fazendo a pele queimar no local.
- Não se atreva a falar alto comigo, moleque. Enquanto viver sob o meu teto e comer da minha comida me deve respeito.
- Então eu vou embora com Bella desta casa! – Edward ainda esfregava o rosto para ver se a dor passava.
- Ah, vai? E vai viver do que? Do meu dinheiro é que não vai ser. Tudo o que você tem é meu. Sairá desta casa apenas com a roupa do corpo! – Ameaçou. - Deixa de ser romântico, Edward. A vida aí fora é dura, rapaz. Você está acostumado a mordomias. Quero ver se estas mãos macias vão se acostumar ao trabalho pesado. Quando for morar num apartamento mofado de duas peças e tiver de andar a pé para sobrar dinheiro para comer, verá que esta história de amor é só ilusão, meu filho. Você foi criado para ser meu sucessor, para mandar e ser respeitado. Está deixando seus desejos de adolescente falar mais alto que sua razão. O que você sente por esta garota é tesão!! Passe uma noite com ela e verá que o amor que pensa sentir se acabará na manhã seguinte.
- Você não sabe o que está falando, pai. Eu amo Isabella!
- Pense bem em tudo o que está disposto a abrir mão por ela, Edward. Pense bem se conseguirá viver com um salário miserável; se quer chegar em casa e encontrar um bando de crianças sem futuro te olhando com cara de desprezo, culpando-o pela vida sem perspectiva que levam; se quer ter uma mulher amarga e mal cuidada ao seu lado, maldizendo a vida de privações que você dá a ela... É isso que chama de amor, Edward? É isso que quer para seu futuro? Quer mesmo ficar longe do tudo isso que o cerca? – O pai gritou, passando os olhos pelo imenso quarto requintadamente decorado.
Carlisle deu um sorriso irônico para o filho e saiu do quarto, batendo a porta com toda a força que pode.
Edward se deixou cair na cama, tonto com as palavras que acabara de ouvir. Não podia negar que gostava do conforto que o dinheiro lhe dava. Suas aulas de pólo eram uma de suas paixões. Seus cavalos de raça lhe davam muito orgulho. Lembrou-se da Ferrari que o pai lhe prometera de aniversário de dezoito anos, da faculdade em Oxford, das viagens de férias pelo mundo, do seu quarto todo equipado com os mais modernos aparelhos eletrônicos... Era muita coisa para abrir mão.
Ficou com medo de ter de arrumar um serviço braçal na América, afinal tinha apenas o segundo grau. Se precisaria trabalhar para sustentar Bella, a faculdade seria um sonho que teria de adiar.
Passou a noite praticamente em claro, remoendo as palavras do pai.
Bella passou a noite chorando. Voltar para casa sem a mãe foi mais dolorido do que imaginava. A dor que sentia era tão forte que achava que não conseguiria suportar. Tudo o que desejava era ter Edward a seu lado. Tinha apenas quinze anos e já se via sozinha no mundo. Se não fosse a certeza de que era amada por ele, seria capaz de cometer uma loucura.
Cinco meses passariam rápido e logo estariam indo embora daquela casa e daquelas lembranças sofridas.
Edward acordou decidido. Não ia fazer nenhuma loucura por causa de um amor juvenil. Amava muito Bella, isso era fato, mas não estava disposto a mudar toda sua vida por esse amor. Não teve coragem de dizer isso a ela, então preferiu manter-se afastado, fingindo estar muito ocupado.
Bella sentiu a falta do seu apoio naquele momento tão difícil de sua vida, mas compreendeu que o episódio do cemitério deveria ter feito o cerco se fechar mais ainda sobre ele.
No dia do aniversário de Edward não o viu, pois eles foram viajar logo cedo. Suas coisas já estavam todas arrumadas para fugir com ele.
Nem um bilhete recebeu de amado. Começou a se preocupar. Sabia que algo muito estranho estava acontecendo, mas confiava no amor de Edward.
Os Cullen foram para os Estados Unidos comemorarem seus dezoito anos e fazerem a matriculo do filho em Yale. Carlisle o queria o mais longe possível da empregadinha. Um oceano entre eles ainda parecia pouco para ele.
O coração de Edward estava apertado. Queria pelo menos ter se despedido de Isabella, mas não teve coragem de assumir para ela que era um burguesinho covarde.
Resolveu esquecer aquele amor impossível... Mas impossível mesmo foi esquecer aquele amor...
Bella o esperou por mais de semanas. Quando os pais de Edward voltaram e ele não, ela compreendeu que o sonho tinha acabado. Chorou até que se sentisse seca por dentro.
Um uniforme de arrumadeira lhe foi entregue. Daquele dia em diante ela prestaria serviço para os Cullen e seria remunerada por isso.
Bella resolveu que não moveria um dedo sequer para trabalhar para aqueles malditos. Juntou tudo o que tinha, que era muito pouco, e decidiu ir embora sem avisá-los. Até possuía uma poupança de vinte mil libras, que a mãe tinha economizado para ela, mas só poderia sacá-la aos dezoito anos. Com pena, Brenda entregou-lhe um envelope com setecentos e cinqüenta libras, dinheiro que conseguiu arrecadar junto aos funcionários da casa. Todos amavam Bella e concordavam que ali não era mais seu lugar.
Jonas arrumou um serviço de babá para ela na casa de seus antigos patrões, onde poderia morar.
Bella deixou a mansão sem olhar para trás. Dentro do peito seu coração estava morto.
Jurou nunca mais amar ninguém!
Continua...
O que acharam do primeiro capítulo? O que esperam do capítulo de amanhã? Espero que vocês estejam gostando. Amanhã volto com o segundo capítulo. Beijos e bom fim de semana.
Que história mais fofa!!!
ReplyDeleteNao consigo imaginar Carlisle sendo severo, mas eh a história , então vamos curtir!!!
Marcela ;D
Amei o 1 capitulo, t vendo q vou chorar, com essa nova fic! Ate amanha beijuculos! :-))Amei o 1 capitulo, t vendo q vou chorar, com essa nova fic! Ate amanha beijuculos! :-))
ReplyDeletecaramba muitooo lindo esse capitulo, axo q essa historia vai se tao perfeita quanto A Pena do Anjo!! ate q enfim uma fanfic q eu AMEE no horarios das 10h poxa agora entao tenho dois horários para as fanfic as 10h e 17h *---*
ReplyDeleteAi q lindo, ta muito boa, e olha q é só o 1º cap... rsrs
ReplyDeleteJá to vendo q vai ser perfeita... e ai, como o Carlisle é mal D:
Bjooos, até amanhãã!!
Essa fic já começou ótima, cara chorei com o sofrimento de Bella. Espero que ela de a volta por cima e consiga vencer na vida. Louca pra que chegue logo amanhã pra ler o próximo cap. bjos da Sol.
ReplyDelete