FANFIC - UNDISCLOSED DESIRES - CAPÍTULO 16

Oi gente!No capítulo de hoje nossa turma passa por algumas dificuldades, mas é por isso que se chama aventura...

Título: Undiclosed Desires
Autora(o): Mirela Paes
Gênero: Aventura, Drama, Hentai, Lemon, Romance, Songfic, Universo Alternativo
Censura: NC-18

Categoria: Atores e Atrizes

Personagens: Robert Pattinson, Kristen Stewart

Avisos: Álcool, Bissexualidade, Drogas, Heterossexualidade, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo.

Notas da História:

Robert e Kristen não me pertencem. Mas na minha fanfic eles não são atores, Crepúsculo não existe e a Summitt não se coloca na frente deles. Aqui o Britpack é uma banda e a Dakota uma aspirante a fotógrafa. Todos colocam o pé na estrada, embalados pelas músicas que a autora escolheu.

Nota da Autora:

Robert, Kristen, Datoka e o Britpack não me pertencem - infelizmente, hehe - mas toda a estória que os envolve pertence a mim. Esta fanfic foi publicada durante o ano de 2010 e 2011 e eu estou autorizando apenas o portal Twilight Moms Brasil a postá-la. Evite plágios e cópias. Grata, Mirela Paes. 

Undisclosed Desires

By Mirela Paes

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 16

POV da Kris

Sabe quando você sente que tem alguém pegando na sua bunda?

Estava sentindo isso, eu acho.

Meus pensamentos ainda não estão completamente organizados.

Ou estão?

Quero dizer, não que eu tenha contado o quanto que venho bebendo nestes últimos dias, mas não conta.

Eu acho.

-Rob, tira a mão da minha bunda. - Grunhi impaciente por causa da dor de cabeça.

-O quê? -  Ele perguntou.

-Calem a boca. - Dakota resmungou. - Kristen, não se move!

Esbugalhei os olhos ao perceber que minha melhor amiga estava usando minha bunda como travesseiro.

Primeiro veio o incomodo por causa da claridade. A dor de cabeça já estava marcando presença desde que eu tinha acordado e eu pude sentir minha bochecha estranha.  Pisquei diversas vezes até perceber que estava com a cabeça encostada no ombro do Rob que dormia encostado contra a parede.

Contra a parede...

O  que foi que eu perdi?

Me levantei um pouco e ouvi Dakota reclamar mais uma vez e não me importei.

Estávamos no chão da pequena sala de parede azul que só tinha duas poltronas velhas e um rack de TV e som embutidos. Rob resmungou algo quando me levantei – com mais dificuldade que em uma outra ressaca normal – e eu tive que pensar por alguns momentos em como me movimentar pelo pequeno espaço cheio de pessoas.

Assim que dei um passo para fora do edredom que imagino que tenha servido como colchão, ouvi um gemido alto.

Constrangida me encostei na parede e Robert riu, passando a mão no rosto – algo que ele sempre fazia para tentar espantar a preguiça pela parte da manhã  e eu simplesmente adorava – enquanto eu observava a sala.

-Como era mesmo o nome da namorada do Sam?

-Noiva. - Robert falou com sua voz rouca.

-Enh?

-Você realmente bebeu demais ontem. - Ele riu e outro gemido, agora masculino nos chamou atenção. - Volta pra cá. Você não vai querer ver o Tom e a Bri se pegando onde quer que seja.

-Não mesmo. - Resmunguei. - Mas eu queria muito fazer um xixi.

Ele riu e Dakota mandou a gente calar a boca.

Como é que o Marcus, a Cassie e o Bobby conseguiam dormir ouvindo tudo isso?

O barulho do chuveiro não me ajudou.

-Eu vou lá arrancar esse idiota do único banheiro da casa.

Robert se levantou e abriu a pequena porta que estava bem do meu lado.

Bem do meu lado!

E eu não tinha percebido!

Ele abriu a porta e colocou a cabeça para dentro do banheiro.

-Eu sei que tomar banho com a sua garota deve ser legal, mas a Kristen precisa fazer xixi.

-Manda ela vir fazer, ué! - Ouvi o Tom resmungar e a Bri sorrir.

-Tooom! - Choraminguei.

-Finalmente é um xixi ou um fax? - Ele perguntou rindo e eu senti meu rosto ficar ainda mais vermelho se é que isso era possível.

-Puta merda Kristen, vai na MC Donald’s da esquina!

Ouvi uma risada e a Bri apareceu enrolada em uma toalha.

-Vai lá Kris. - Avisou puxando o Tom para fora.

O banheiro estava completamente molhado e era realmente pequeno. Não prestei atenção em mais nada e me foquei na busca por alivio.

#

Depois de me aliviar e lavar as mãos saí molhando tudo por causa do chão ensopado do banheiro.

O Tom puxou a Bri para dentro mais uma vez e os risos dos dois me fizeram sorrir também, mesmo estando com alguma vergonha.

Notei a cozinha pela primeira vez e o Sam estava lá, junto com o Rob. Tudo bem que não era exatamente uma cozinha, pois era parte da sala, mas bem... funcionava como uma, tinha um balcão com eletrodomésticos e tudo mais...

Para quê estou fazendo toda essa análise mesmo?

Nada?

Oh, sim, claro!

O cheiro do café em outra manhã me faria bem. Agora eu ainda sentia meu estômago estranho, então claramente não foi convidativo. Rob colocou um pouco em um copo e o empurrou em minha direção.

-Não faz essa cara, vai ajudar a passar o porre.

-Meu pai sempre disse que ressaca se cura com mais bebida. - Resmunguei aceitando a caneca.

-Muito sábio o senhor meu sogro. - Ele sorriu dando um beijo na ponta do meu nariz. - Agora beba isso aí devagar, ok? Logo mais vamos comer algo.

-Almoçar algo, você quer dizer. - A namo... noiva do Sam apareceu sorridente. - Já passa do meio dia.

-Nós temos que cair na estrada cara. - Marcus avisou com um bocejo.

-Estrada? Hoje? - Perguntei nervosa.

-Sim. - Bobby avisou ainda deitado no chão, ao lado da Cassie. - Temos pouco tempo para chegar ao Texas em três dias.

-Bobby, dorme. - Sorri com sua conclusão. - Mas o que nós vamos fazer no Texas?

Essa foi a hora que o Tom saiu do banheiro enrolado em uma toalha e explicou que tinha uma banda querendo fazer uma parceria com eles. Os caras da 100 Monkeys iriam fazer uma grande e boa apresentação no Texas, em um festival, então nos queriam lá para que pudéssemos ser seus parceiros. Eles precisavam de uma outra banda para abrir para eles em um famoso festival de bandas de garagem que acontece em Nova York, e claro que o Marcus vendo isso, topou na hora.

Todos riram falando que eu pulei em cima de uma mesa, completamente empolgada e puxei o Tom comigo para fazer um grande brinde.

Mas o pior nem era isso.

E sim Dakota ter várias fotos que foram o comentário do almoço de despedida.

Despedida.

Era estranho demais pensar que seguiríamos viagem sem o Sam, mas ele precisava de um tempo com sua na... noiva. Eles precisavam se resolver, ficar mais unidos e construir o futuro que só pertencia a eles.

Todos compreenderam a situação e claro, se tornou motivo para beber mais um pouco.

Fiquei apenas no suco de laranja, junto com a Cassie que iria dirigir o outro carro.

Ninguém exagerou – aos meus olhos, não aos olhos de alguém normal – e finalmente, depois de uma ligeira rodada de abraços caímos na estrada.

Todos ficaram muito quietos nos dois carros pelo que pude observar, e foi assim que eu entendi o motivo de uma despedida tão rápida: ninguém queria sofrer com a ausência de Sam, afinal ele estava tendo uma oportunidade de ser feliz de verdade. Ele sempre aparentou ser calmo, quieto... mas hoje eu pude ver o brilho nos seus olhos, no seu rosto, no seu sorriso.

-Kris? - Rob chamou minha atenção enquanto eu dirigia rumo a Seattle. - Está se sentindo bem?

-Estou sim. - Funguei.

-O que foi?

-É duro deixar o Sam para trás.

#

Dakota estava terminando de contar o que tínhamos. Ela era o nosso banco oficial e nenhuma moedinha se quer tinha sobrado.  Aguardamos ansiosos, próximos a um posto de gasolina. A Bri e a Cassie resolveram caminhar no meio do mato, o Tom dormiu com a cabeça encostada no volante do meu carro, o Bobby tentou terminar de compor uma música nova e enquanto eu ficava aqui tomando conta da vida de todo mundo, Rob e Marcus conversavam seriamente afastados de todos.

Não era bem algo que eu gostava de ver. Quando Robert ficava sério, algo estava definitivamente errado.

-Ok pessoal. - Dakota se levantou do chão. - Estamos na merda.

Comecei a rir de nervoso.

-Seja mais positiva, baby. - Marcus se aproximou sorridente. - Qual é o total da nossa fortuna?

-Trezentos e doze dólares.

-Porra. - Passei a mão no cabelo. - Isso mal vai dar para a gasolina e um motel.

-Não me importo em dormir no carro. - Robert comentou dando os ombros. - Vocês pegam um quarto e nós dormimos nos carros.

-Não mesmo! - Protestei.

-Robert está certo. E é mais fácil que todas vocês dividam uma cama...

-Se vocês vão dormir no carro, nós também vamos. - Avisei de uma vez. - Além do mais, se só temos mais dois dias para chegar a Austin, temos mais é que dividir turnos dirigindo.

-É uma boa. - Bobby avisou. - Mas eu não tenho certeza se vamos conseguir chegar lá a tempo.

- Nós temos mais quatro dias. - Marcus comentou relaxado. - Acho que dá para chegar, não é baby?

-Segundo o Google Maps. - Dakota começou a explicar me fazendo rir. - Você nunca me leva a sério!

-Desculpa. - Tentei me compor. - Mas esse seu vicio por internet é demais para mim.

Ela rolou os olhos.

- Como eu ia dizendo, segundo o Google Maps, podemos chegar lá em um dia e meio.

-Claro que podemos. - Tom riu. - É só não precisar abastecer, nem mijar, nem comer...

-Falando em comer, ainda tem daquelas bolachas e biscoitos na mala. - Bobby avisou. - Santa Kristen.

-Eu sabia que era importante ter porcaria com a gente.

-É melhor a gente cair fora. - Tom avisou. - Ou não vamos chegar lá nunca.

-Finalmente... - Bobby coçou seu cabelo. - Quantos dias temos mesmo? Eu achava que eram dois.

-E mais cedo você disse que eram três. - Robert riu. - Mas na verdade nós temos mais quatro dias, contando com amanhã.

-Ahhh.

-Ele ainda está bêbado, não está? - Perguntei baixinho.

-Com certeza. - Robert riu e beijou o meu pescoço. - Vamos dividir um cigarro?

-Pode ser...

-Ei gente! - A Cassie chamou nossa atenção. Ela estava completamente molhada e sem calças. - Tem um lago aqui perto! Já está anoitecendo, então podemos acampar.

-O que você acha? - Robert me perguntou parecendo animado com a idéia.

-Se a gente acampar... - Dakota tirou um da McDonald’s da mochila. - Nosso orçamento já vai diminuir.

-Claro que vai. - Tom pegou o saco e correu. - Estou indo comprar nossas bebidas!

Eu ri por muito tempo por causa da cena.

A dor de cabeça ainda estava me incomodando, mas eu iria lidar com ela no modo Stewart. Mais bebida, menos ressaca.

#

O lago tinha a água fresquinha, para uma noite tão quente. Sempre imaginei Seattle e arredores mais úmidos. Bobby ajudou Cassie a montar uma fogueira mixuruca e boa parte do pessoal já estava tomando banho no lago. Era quase como se fossemos um bando de crianças em um acampamento, mas este, diferente dos infantis, não tinha segurança nenhuma.

Me senti apreensiva com isso, mas sabia que algumas cervejas depois, relaxaria.

Tom era realmente um grande negociador. Com trinta dólares ele conseguiu duas garrafas e meia de vodka, um garrafão de água de trinta litros, dois sacos de marshmallow, três caixas de suco de framboesa, um pacote de bolachas salgadas e um Pack de cervejas.

Como eu disse... era como estar em um acampamento infantil.

-E aí? - Dakota se sentou do meu lado, molhada e usando apenas calcinha e sutiã.

- Graças a Deus estamos no meio do nada. - Resmunguei.

-Ah Kristen... temos tanto o que aproveitar! - Ela secou as mãos na minha camisa e pegou a  câmera. - Eu vi seus desenhos. Estão todos muito, muito fodas.

-Dakota!

-Eu gostei de um em especial.

-Qual?

-Um que você mostra que gosta de se depilar. - Eu ri e peguei um cigarro.

-Idiota.

-Sério! - Ela riu. - Sem ofensas, e é sério! Você é muito boa desenhando pessoas.

-Valeu.

-Eu sempre soube do seu talento. - Sorriu. - E até mesmo as estradas... porra Kris, você arrasa. Quando voltarmos, vai ter material suficiente para fazer a própria exposição! Não só um quadro.

-Vamos mudar de assunto, ok? - Pedi com cuidado.

-Eles vão ficar aqui Kris. - Ela puxou a mochila mais para perto. - Eu tenho certeza disso.

-Vamos curtir o momento.

-Exatamente... - Ela continuou procurando algo na sua mochila com a ajuda do seu flash. - Merda.

-O que foi?

-Sei lá. Deve estar no meio das coisas do Marcus.

-O quê?

-Um dos meus cartões de memória.

Pode estar na minha bolsa também. - Dei os ombros. - Faz parte né?

-É, faz. - Começou a guardar tudo mais uma vez. - Vem, tira essa roupa.

-Não. - Fiz uma careta. - Não vou entrar nesse lago estranho.

-Vamos ver se não vai. - Ela se levantou e piscou para mim.

Só pude rolar os olhos e rir da situação.

#

Depois de um farto jantar de marshmallow na brasa com bolachas e vodka com o pior suco pronto que já tomei na vida, os garotos se revezavam para tocar e cantar. Ainda ficamos conversando um  bom tempo, até que eu conseguisse criar coragem de cair na água com o Robert.

Todos os outros entraram também e nós só nos tocamos do quanto tempo perdemos sem dormir, quando o dia começou a aparecer.

Aquele foi um dos inícios de dia mais legais que eu já vi. Todos se recolheram e se apertaram nos carros, mas eu não estava conseguindo dormir. Ainda tinham algumas páginas em branco no meu caderno quando me sentei no capô do carro. Eu também não podia dormir antes de terminar aquele suco horroroso que ninguém mais queria. Estragar era errado e em nossa situação... não dava para brincar com isso. O restinho dele até era gostoso, doce demais, mas gostoso.

Limpei a boca com a manga da camisa do Rob que estava usando e só consegui sentir o sono chegar quando tinha amanhecido totalmente. O desenho estava pronto. Provavelmente uma das minhas melhores peças feitas com carvão.

#

-Rob? - Perguntei sentindo o cinto de segurança ao redor de minha cintura.

-Aqui. - Ele riu. - Finalmente você acordou. Já estávamos preocupados.

-Duvido. - Bocejei.

-Você precisa de um banho urgente. - Dakota brincou olhando para o retrovisor.

-Ugh, eu quem ia dirigir.

-Love... - Robert beijou a minha cabeça. - Acorde primeiro.

-Hmpf.

#

-Love... você precisa acordar. - Senti Robert me sacudir. - Eu sei um modo de te fazer acordar rapidinho, mas sei que você não é fã de fazer certas coisas na frente de todo mundo.

-Opa. - Abri apenas um olho e sorri. - Que horas são?

-Quase duas e meia da tarde. - Ele avisou. - Vem, vamos lavar nossas roupas e providenciar um banho para você.

-Lavar roupa?

-Vem. - Ele praticamente me jogou no ombro dele e eu sorri me sentindo ser carregada.

Minha mãe tinha me criado melhor do que isso, com toda certeza. Todas as minhas roupas estavam sujas e como se não bastasse tamanha vida de porca, eu estava usando uma camisa do Rob que o Marcus já tinha usado também.

Não que eu realmente me importasse, mas...

Quando Robert me jogou um par de chinelos antes de eu entrar no banheiro com a Dakota, eu entendi. O chão não deveria ser tão limpo assim, e bem, um posto que tinha uma lavanderia no meio do nada... Bem, nada estava fazendo sentido em minha cabeça. Talvez eu ainda estivesse bêbada.

-Kristen, cala a boca e vem logo. - Dakota resmungou e eu a segui.

Tomamos banho vestidas e o Rob ficou do lado de fora, não gostando do lugar. Eu me senti limpa de verdade depois de algum tempo e me vesti com a mesma roupa, o que não foi lá muito bom.

Quando chegamos à lavanderia, todos tinham separado e colocado as roupas para lavar. Uma segunda carga estava sendo preparada quando eu reparei que o Robert estava tirando a calça.

-Ei!

-Kris, tem que lavar. - Ele riu. - Me dá a sua.

Tirei minha roupa e ele me passou um conjunto de calcinha e sutiã que estava quentinho.

-Já foi lavado?

-Já. Você acha que não aproveitamos a primeira máquina que estava livre? Só roupas de baixo, mas tudo bem. - Ele pegou nossas roupas e saiu do pequeno espaço da lavanderia logo depois que eu terminei de me vestir. - Vem Kristen.

-O quê? Eu? Nunca!

-Vem Kris...

Coloquei a cabeça para fora e todos estavam sentados em cima de algumas máquinas. 

Com suas roupas de baixo.

-É tão ridículo ver todos vocês assim.

-Kristen, você não tem nada que eu e as meninas também não temos. - Dakota resmungou. 

-É ridículo mesmo assim.

-Kris… - Rob andou até onde eu estava tentando me esconder. - Precisamos de roupas limpas e secas, não precisamos?

-Eu não quero ver todo mundo pelado!

-Você está com medo de comprovar que minha torneirinha é maior que a sua Kris? - Tom perguntou e todos riram. - Porque eu comprovei que a minha é maior que a da Dakota. - O barulho de algo batendo nele foi engraçado. - Au porra! Jornal também dói.

-Pense antes de falar sobre a minha namorada então.

Eu sorri observando um pedaço do sorriso bobo da minha amiga irmã. 

-Kristen… - Ele me abraçou. - Essa sua calcinha é enorme em comparação com as outras…

-Ô casal! - Bobby gritou - Não quero ouvir as saliências de vocês, estão ouvindo?

-Não liga para ele Kristen. - Cassie gritou. 

-Eu não vou andar de calcinha e sutiã na frente de todos. - Resmunguei de volta. 

-Alguém pegue uma bebida para essa garota. - Marcus comentou rindo.  -Ontem, no lago ela nem se lembrou que estava só de calcinha e sutiã nadando com a gente!

-Ok. - Me dei por vencida e me sentei em uma das máquinas.

-Doeu?

-Não.

Ficamos curtindo o silêncio enquanto a Dakota arrumava as bolsas sem as roupas.

-Droga. - Choramingou. - Acho que perdi mesmo um dos cartões de memória.

-Besteira. - Comentei não ligando para isso. - Pode ter ficado com o Sam.

-É, pode. - Ela deu os ombros.

-É só um cartão de memória. - Lembrei para ela.

-É. Agora só tenho mais um vazio. - Avisou. - E será dividido entre Austin e Nova York!

Todos aplaudiram animados e confiantes que os garotos iam conseguir.

#

Depois do momento de responsabilidade, comemos em um McDonald’s e seguimos viagem revezando a direção dos carros. As paradas serviam apenas para ir ao banheiro, abastecer e comprar energéticos e café. Em vinte e quatro horas conseguimos chegar ao Novo México.

Não parecia ser um lugar muito legal para parar e dormir no carro, mas ninguém agüentava mais a possibilidade de ter que dirigir. As estradas eram grandes linhas retas, o que deixava tudo ainda mais cansativo. Quase como se você estivesse vendo a mesma coisa o tempo todo. Tivemos que pagar o pedágio para pegar um atalho, mas seguindo o roteiro  que Dakota fizera tudo parecia conspirar ao nosso favor.

Quando chegamos à cidade de Santa Fé, Dakota começou a contar o dinheiro de novo. Nossa água tinha acabado e todos estávamos com fome.

-Opa! - Cassie freou o carro do nada e todos ficamos assustados. - É aqui que a gente pára!

-Tá louca?

-Acabou a gasolina?

-Não me diga que o carro quebrou.

-Não! - Ela riu. - Dakota, presta atenção você também!

-Eu estou contando o que nos resta.

-Não vai precisar. - Robert comentou achando engraçado. - Vamos ganhar quinhentos dólares.

-Vamos é? - Perguntei ao mesmo tempo em que Dakota.

-Na verdade, nós vamos. - A Cassie comentou achando engraçado e saiu do carro.

-Ok, né? - Dakota saiu também. - Opa! Kristen! É nossa chance de ouro! - Ela gargalhou.

Noite do Karaokê feminino. Prêmio: quinhentos dólares.

Continua...

Isso é que é aventura, acampar na beira do rio, dormir no carro, beber até cair de bêbado, acordar de ressaca, tomar banho e lavar roupa em posto de gasolina... Gostaria de ver a exposição dos desenhos da Kris com todos esses momentos. Amanhã voltarei com mais um. Beijos