Boa tarde turma! Hoje Bella receberá os carrinhos comprados por Edward e os dois terão uma grande surpresa...
Título: Segundo Plano
Autora(o): Bruna Matheus
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Humor
Censura: NC-18
Autora(o): Bruna Matheus
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Humor
Censura: NC-18
Segundo Plano
By Bruna Matheus
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 20
"Este tempo, este lugar
Esses desperdícios, esses erros
Tanto tempo, tão tarde
Quem era eu para te fazer esperar?
Apenas mais uma chance, apenas mais um suspiro
Caso reste apenas um...
Porque você sabe, você sabe, você sabe...
Que eu te amo
Eu sempre te amei
E eu sinto sua falta
Estive afastado por muito tempo
Eu continuo sonhando que você estará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se eu não te ver mais
De joelhos, eu pedirei
Uma última chance para uma última dança
Porque com você, eu resistiria
A todo o inferno para segurar sua mão
Eu daria tudo
Eu daria tudo por nós
Dou qualquer coisa, mas não desistirei
Porque você sabe, você sabe, você sabe...
Que eu te amo
Eu sempre te amei
E eu sinto sua falta
Estive afastado por muito tempo
Eu continuo sonhando que você estará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se eu não te ver mais
Mas você sabe
Você sabe
Você sabe
Eu queria
Eu queria que você ficasse
Porque eu precisava
Eu precisava escutar você dizer
Que eu te amo
Que eu te amei todo o tempo
Que eu te perdôo
Por estar longe por tanto tempo
Então continue respirando
Porque eu não vou mais te deixar
Acredite, segure-se em mim e nunca me deixe ir
Continue respirando
Porque eu não vou mais te deixar
Acredite, segure-se em mim e nunca me deixe ir
Continue respirando, segure-se em mim e nunca me deixe ir"
Far Way – Nickelback.
POV Bella
Acordei naquela quinta-feira com a sensação de que seria um dia diferente.
Não sabia dizer se coisas boas ou ruins aconteceriam, mas eu apenas tinha a sensação. A sensação de que algo grande aconteceria.
Eu esperava que fosse coisa boa porque há semanas eu apenas me arrasto e faço isso somente por causa dos bebês. Se não fossem eles, eu não sei dizer como eu estaria nesse momento.
Cada dia que passava eu sentia mais falta de Edward. Como homem, como pai dos meus filhos e principalmente como apoio.
Ele às vezes dizia que eu era forte que ele que precisava de mim, mas isso era mentira. Eu precisava dele e muito, mas ele não sabia, eu nunca tinha falado isso pra ele. Eu nunca tinha dito a ele como eu me sentia ao seu lado, como ele me completava. Eu dizia a ele que o amava, mas às vezes um simples "eu te amo" não diz tudo que você sente. Hoje eu me arrependo de não ter dito que ele era minha força, que por mais que ele duvidasse, eu era dependente dele, do amor dele, eu queria ter dito a ele que além de amá-lo eu o adorava e que sem ele eu era apenas um corpo sendo sustentado por duas vidas. Eu tinha medo de como seria quando Nicolas e Olívia nascessem. Eu precisava ser a mulher que todos acreditam que eu era e ser forte. Hoje os gêmeos precisam de mim porque estão em meu ventre, mas quando nascerem precisarão de mim mais ainda e eu precisarei estar lá pra eles.
Era apenas isso. Eu precisava dele ao meu lado. Simples, mas não fácil.
Eu tinha vontade de ligar pra ele ou de atendê-lo. De dizer que eu sentia sua falta e que eu precisava dele, mas eu achava que assim era melhor.
Eu não o forçava a nada e ele não tinha que se sentir na obrigação de assumir uma responsabilidade que não era dele.
Todos os dias desde que nos separamos eu ficava horas pensando se era isso mesmo que ele queria. Eu achava que estava fazendo o melhor pra ele, afastando-o pra que ele não se sentisse obrigado a estar do meu lado, mas às vezes minha consciência gritava que eu estava tão errada. Como por exemplo, o dia que eu descobri o quarto. Edward não faria algo com tanto carinho e dedicação se não fosse da sua vontade. Eu me pegava me perguntando por que não tinha o ouvido ainda, todas às vezes que ele quis se explicar eu não o deixei, talvez eu estivesse errada nos mantendo separados quando a vontade dele não era a que eu imaginava.
E se ele quisesse mesmo estar ao meu lado?
E se ele estivesse sendo sincero quando dizia que queria os bebês?
Oh Deus! Eu estava tão confusa.
Acordei naquela manhã de quinta-feira com a campainha tocando.
O que me deixou irritada, já que era minha folga e eu tinha programado passar o dia todo na cama. Ultimamente era o que eu mais fazia, fosse por cansaço ou por desânimo.
Me levantei sem nem olhar no relógio porque se fosse antes das 10 eu ia matar quem estivesse na minha porta.
Vesti meu roupão e me arrastei até a porta.
Quando atendi uma menina loira e simpática estava na minha porta. Pelo seu rosto de anjo, eu diria que ainda era uma adolescente.
- Isabella Swan? – a menina me perguntou.
- Sim. – fui meio grossa.
- Temos uma entrega no seu nome. – ela disse.
- Entrega? – perguntei confusa.
- Sim, seu marido fez uma compra conosco e mandou que entregasse nesse endereço. – me respondeu.
Edward? Ele fez compras e ainda como meu marido?
Estava ficando cada dia pior minha situação.
- Ok. – eu disse.
- Vou pegar no carro. – dito isso ela se virou e saiu.
Eu fiquei esperando por ela na porta enquanto ela passava pelo quintal e sumia.
Dez minutos depois ela voltou empurrando um carrinho de bebê pra gêmeos.
A menina parou a minha frente. Me entregou o manual do carrinho e me explicou algumas coisas sobre ele.
Eu acho que não ouvi nada porque minha mente viajava no cuidado que ele tinha comigo e com os gêmeos e isso fez com que me sentisse a pessoa mais idiota e infantil do planeta.
Ele não teria todo esse carinho se não quisesse os bebês.
Como eu sou burra!
- Quando ele comprou esse carrinho? – perguntei a menina.
- Há umas três semanas atrás. – ela respondeu.
Oh Deus!
Nós estávamos separados e ele sempre tão atencioso e cuidadoso.
- Quanto custou? – quis saber.
- Cerca de 2.000 dólares. – ela disse como se não fosse nada.
Edward era louco?
Ele sempre se preocupou com dinheiro e me gasta U$ 2.000,00 em um carrinho?
- É porque ele é feito sobre encomenda senhora e o Sr. Cullen pediu urgência. – a menina disse. – Seu marido disse que vocês não estavam gostando dos carrinhos tradicionais e eu mostrei esse a ele. Ele disse que era perfeito. Por isso demorou um pouco pra chegar. – ela sorriu. – Foi engraçado, eu estava fazendo compras com meu marido no Wal-Mart e o Sr. Cullen estava perdido na sessão de carrinhos de bebês. Nós o oferecemos ajuda e demos a ele nosso cartão. – ela disse. – No dia seguinte ele nos ligou.
- Sim, o carrinho é perfeito. – respondi chocada.
Ela me deu um papel numa prancheta pra que eu assinasse e foi embora.
Eu fiquei parada na porta da minha casa, chocada e atônita olhando o carrinho de bebê que Edward comprara.
Ele ainda disse à menina que era um casal porque num dos assentos tinha uma capa rosa e no outro uma azul.
Oh meu Deus!
Minha vontade nesse momento era sumir pra que Edward nunca mais precisasse lidar como uma pessoa como eu.
Estúpida, burra e infantil.
Comecei a chorar olhando o carrinho e pude ver pela minha visão periférica Alice entrando no meu quintal.
- Uau! Quando comprou? – ela perguntou a uns metros de mim, enquanto se aproximava.
Eu não respondi.
Quando ela parou a minha frente viu que eu estava chorando.
- Bella? O que houve minha amiga? – ela segurou meus ombros.
- Edward... – eu sussurrei.
- Bella, o que aconteceu com Edward? – Alice perguntou preocupada.
- Ele comprou esse carrinho Alice. – eu apontei pro mesmo.
- É lindo! – ela disse. – Quando foi isso? – ela perguntou.
- Nós já estávamos separados... – sussurrei.
Eu ainda não acreditava nisso. Eu encarava o carrinho como se a qualquer momento ele fosse sumir.
- Vamos entrar? – Alice segurou o carrinho e o empurrou pra dentro depois que eu entrei em casa.
Me sentei no sofá e ela deixou o carrinho ao lado da mesinha de centro.
Alice se aproximou de mim e sentou em cima do baú que era minha mesa de centro.
- Bella, eu sei que você não gosta quando falamos sobre isso, mas você e Edward precisam conversar. – ela disse calmamente.
- Eu sei Alice, pior que eu sei. – minhas palavras saíram entre meus soluços.
- Vou ligar pra Rose, ok? – eu a olhei. – Ela sabe lidar com isso melhor que eu. Ela sabe o que você está passando amiga, mas vou ficar aqui com você, está bem?
Eu apenas assenti.
Ela pegou seu celular no bolso do jeans e discou o número de Rose.
- Rose? – pausou. – Não, eu estou bem. – ela sorriu. – É Bella, Rose. – Alice afastou o aparelho da orelha. – Não, os bebês estão bem, mas é ela e Edward. – pausou. – Sim, eu sei. Você é melhor do que eu nisso, Rose. – outra pausa. – Não eu vou ficar aqui com ela, mas precisamos de você, ok? – uma pausa. – Tá. Ok. Beijo.
- Rose, está vindo. – ela me disse guardando o celular no jeans.
- Eu me sinto horrível. – escondi o rosto nas mãos. – Eu julguei Edward e fiz o que eu achava que era melhor sem saber a opinião dele. Você teve que sair da loja pra ficar comigo e agora Rose tem que largar a casa dela por minha causa.
- Hey! – Alice tirou minhas mãos do rosto. – É pra isso que estamos aqui Bella. Eu e Rose, lembra? Nós nos apoiamos e quando precisamos nos sustentamos umas nas outras, não é? – eu assenti. – E eu sei que você e Edward vão se acertar.
- Ele deve me odiar Alice. – revirei os olhos.
- Acredite, eu tenho certeza absoluta que não. – ela me garantiu.
Eu me mexi desconfortável no sofá. Eu comecei a sentir uma dor horrível na região lombar e me incomodava ficar sentada.
- O que foi? – Alice perguntou depois de reparar no meu desconforto.
- Minhas costas... estão doendo. – eu disse.
- Você tem que relaxar Bella. Não é bom pra você todo esse estresse tão perto do nascimento dos bebês. – Alice me lembrou.
- Eu sei Lice. Me ajuda a levantar? – estendi minha mão a ela.
Não me levem a mal, mas com aquela barriga, sentar e levantar era um desafio.
Ela pegou minha mão e no mesmo instante em que ela me puxou, eu me impulsionei, levantando do sofá.
- Urghhhhhhhhh... – gemi sentindo a dor nas costas mais forte.
Alice em dois segundos estava do meu lado massageando minhas costas.
- Consegue ir até o quarto? – ela me perguntou. – Vamos te deitar ok? Pode ser que melhore.
Eu assenti. Meus olhos estavam fechados fortemente esperando a dor aguda passar.
- Tudo bem... – suspirei. – Passou.
- Vamos. – Alice segurou um dos meus cotovelos e sua outra mão me apoiava pelas costas.
Eu deitei na cama de lado e Alice na beirada da cama atrás de mim, alisando e massageando minhas costas com suas mãos minúsculas.
Ficamos alguns minutos em silêncio e eu estava quase dormindo quando a voz de Alice preencheu o quarto.
- Está se sentindo melhor? – ela sussurrou.
- Umhum... – respondi.
A dor ainda estava ali, mas estava fraca, apenas incomodava.
Tinha hora que ela ficava mais intensa, mas logo passava.
- Isso é bom. – Alice disse. – Continue relaxada Bella. Tente descansar.
Eu fechei meus olhos e minutos depois ouvi a voz de Rose.
- O que houve? – Rose perguntou baixinho à Alice. – Bella saiu? Ela não devia ter saído sozinha pra comprar o carrinho Alice!
- Ela não saiu Rose, foi Edward que comprou. Por isso ela ficou assim... – Alice sussurrou.
- O que ela tem? – Rose perguntou.
- Eu acho que chegou a hora. – Alice disse mais baixo.
Oh meu Deus!
Eu não tinha pensado nisso!
Eu estava entrando em trabalho de parto!
Ah não! Não, não, não. Eu definitivamente não estou pronta e... e eu ainda preciso falar com Edward.
Não!
Por favor, se segurem mais uns dias ou podem ser horas.
Umas horas está bom. É o suficiente pra eu falar com Edward.
- Rose? – a chamei.
Ela deu a volta na cama e se agachou na minha frente.
- Estou aqui querida. – ela afagou meus cabelos.
Eu voltei a chorar.
- Eu... eu não estou pronta. – solucei.
- Bella, nós esperamos por isso há semanas querida. Vai dar tudo certo, ok?
A dor voltou de novo, mais forte, mais intensa.
Eu arqueei minhas costas enquanto Alice a massageava e mordi os lábios pra não soltar um grito.
- Está indo bem Bella. – Rose me dizia. – Já vai passar... apenas respire. – ela inspirava profundamente e soltava o ar pela boca, me lembrando como eu devia respirar.
A dor passou.
- Eu não vou conseguir fazer isso. – gemi. – Oh Deus! Eu queria que Edward estivesse aqui... Rose eu não agüento, não quero mais.
Ela riu.
- Bella, os bebês precisam nascer e nós precisamos de um hospital. – ela disse. – Você vai ficar bem? Vou pegar as suas coisas e as dos bebês, ok? – eu assenti. – Alice, avise ao Dr. Cox e diga que estamos indo pra clínica em 20 minutos.
Rose e Alice se olharam por alguns segundos e Alice se levantou e saiu do quarto.
- Tudo bem ficar sozinha por alguns minutos? – Rose me perguntou de novo.
- Tudo... estou bem. – lhe garanti.
Eu contei as contrações e elas vinham de 40 em 40 minutos. De acordo com a professora do curso de gestante, ainda tínhamos tempo.
Olhei pro criado mudo e vi meu celular, o peguei e resolvi ligar pra Edward e lhe agradecer pelo carrinho. É lógico que eu não deixaria que ele soubesse o que estava acontecendo, não queria que ele viesse por pena ou por obrigação. Eu não podia pedir que ele ficasse comigo nesse momento por dois motivos.
O primeiro e mais óbvio era que não estávamos juntos. Isso já dizia bastante coisa.
O segundo era que ele já havia me dito que não passaria por isso comigo.
Logo, ele não saberia que eu estava perto de ganhar os bebês.
Disquei seu número e chamou algumas vezes. Quando eu pensei em desligar, ele atendeu.
- Bella? – ele atendeu.
- Sim... Oi Edward.
- Você está bem? – ele perguntou.
- Sim. – menti. – E você? Está na faculdade? Te atrapalho?
- Eu estou bem Bella. – ele riu. – E não, não estou na faculdade. Tive um compromisso hoje de manhã.
Compromisso... sei. Minha língua coçou pra perguntar o que era.
- Não se preocupe. Logo você irá saber por que eu faltei um exame importante na faculdade em plena quinta-feira. – ele disse divertido.
- Você sabe que não precisa me contar... – o lembrei.
- Eu faço questão. – ele disse. – Ou melhor, eu vou precisar te contar.
Resolvi falar o motivo da minha ligação.
- O carrinho chegou agora de manhã. – mordi meus lábios. – É lindo, mas eu não posso aceitar Edward.
- Porque não Bella? – ele perguntou sentido.
- Porque ninguém dá um presente de 2.000 dólares Edward. – disse irritada.
- Primeiro... não é um presente pros bebês, é uma necessidade. Eles vão precisar do carrinho e segundo eu quis comprar, então, não brigue comigo por causa disso.
Nós rimos.
- Ok, mas eu vou te devolver seu dinheiro. – falei.
- Eu não vou aceitar Bella. – ele disse sério. – Você pode não acreditar, mas esses bebês são tão meus quanto seus, mesmo que meu sangue não corra na veia deles, eles são meus Bella. Eu os amo. – ele suspirou. – Mesmo que você não volte pra mim, eu quero ser o pai deles e vou implorar se preciso pra que você permita isso.
- Edward... por favor. – fechei meus olhos sentindo-os arderem por conta das lágrimas.
- Bella, eu preciso te ver. – ele disse. – Eu preciso que você me ouça, por favor. Eu tenho muita coisa pra te falar.
Rose e Alice voltaram pro meu quarto e ficaram em silêncio quando viram que eu estava no celular.
- Edward, acho melhor... – eu não pude continuar, porque a dor voltou mais forte.
Eu gemi alto, alto mesmo e deixei o celular cair da minha mão.
Alice correu e começou a massagear minhas costas e eu vi Rose pegar o aparelho.
Alice era um anjo e eu agradeci mentalmente por ela fazer o curso. A massagem nas costas aliviava bastante a dor.
Fechei meus olhos esperando a dor passar. Eu gemia e meus ouvidos zuniam.
A dor durava cerca de 1 minuto, mas era o suficiente pra me deixar cansada e ofegante.
- Edward? – Rose colocou meu celular no ouvido. – Fique calmo, ok? Bella precisa de você agora. – ela pausou. – Os bebês vão nascer Edward. Não, não! – ela fez uma cara de entediada e afastou o aparelho do ouvido. De onde eu estava eu conseguia ouvir a voz de Edward. – Porra! Cala a boca! – Rose gritou. – Se for pra você vir assim, não venha. Bella precisa de calma e... – ela saiu do quarto.
Eu gemi de frustração.
- Não era pra ter contado pra ele. – disse cansada.
- Ele quer estar aqui Bells. – Alice disse.
- Não, ele não quer Alice. Ele mesmo me disse isso. – falei.
- Vamos tomar um banho quente? Vai te ajudar. – ela me estendeu a mão. – Estão vindo de quanto em quanto tempo?
- 40 minutos. – eu disse segurando sua mão e levantando com dificuldade.
Enquanto eu estava sentada na beirada da cama, Alice foi até o banheiro e ligou a torneira da banheira.
- Vem. Vamos tirar essa roupa. – Alice me apoiou pra que eu levantasse da cama e me ajudou a tirar o pijama.
- Eu não estou preparada Alice. – disse baixinho. – Eu não quero ter os bebês sozinha.
Voltei a chorar.
- Bella, nós estamos aqui... – Alice foi cortada por Rose.
- Edward está vindo Bella. – ela disse quando entrou no banheiro ajudando Alice a me colocar na banheira.
- Me lembrem de nunca mais ter filhos. – fechei os olhos e encostei minha cabeça na borda da banheira.
As duas riram e Rose prendeu meu cabelo num coque alto.
A dor voltou.
- Oh meu Deus! – me contorci na banheira sentindo minha barriga ficar dura como uma pedra. – Puta merda... eu não vou agüentar. – eu dava pequenos socos na borda da banheira.
Pobre porcelana.
- Respire Bella. – Alice me lembrou.
Estou respirando porra, mas não adianta!
Alice fazia círculo com a palma da mão na minha barriga e Rose alisava minha franja.
Quando a dor passou relaxei na banheira e fechei os olhos. Eu tinha meia hora de descanso até outra contração.
- Está diminuindo. – avisei a elas. – Meia hora agora.
- Você está indo bem. – Alice me encorajou. – Quando chegar a hora vamos pro hospital.
Duas contrações e quase uma hora depois que falei com Edward ao telefone ele ainda não havia chegado.
Minhas contrações agora vinham de 15 em 15 minutos e eu não tinha tempo pra descansar.
Graças a Deus estava evoluindo rápido, só fazia algumas horas que eu estava em trabalho de parto.
Rose e Alice me mantinham na banheira e a água quente realmente ajudava. Alice a renovava pra que ela não esfriasse.
- Preciso avisar ao Emmett. Ele terá que pegar as crianças na escola. – Rose disse.
- Vá Rose. Eu vou ficar bem. – eu disse a ela.
- Eu jamais te deixaria agora Bella. – ela fez uma careta. – Parece até que não me conhece. – ela revirou os olhos. – Só preciso dar um telefonema, tudo bem? – eu assenti fechando os olhos. – Já volto Ali. – ela sussurrou pra Alice.
Rose saiu do banheiro já falando ao telefone.
- Lice, levanta do chão, você está grávida. – eu disse a ela.
- E você está parindo, então você ganha de mim. – nós rimos.
Continuei de olhos fechados e cabeça tombada pra trás enquanto eu acariciava minha barriga.
Ouvi Rose conversando na sala, mas ao invés de ouvir somente a voz dela, havia um homem com ela na sala e só podia ser Edward.
Eu não conseguia distinguir a voz ou ouvir nitidamente porque meus ouvidos zuniam, mas eu acreditava que fosse ele. Eu queria que fosse ele.
- Urghhhhhhhhhhhhhhh... – outra contração. Mais forte e diminuindo o intervalo. – Alice eu vou morrer... eu sei que vou morrer.
Meu corpo se contorcia na banheira e nenhuma posição era confortável pra mim.
- Bella! – Edward quase gritou quando entrou no banheiro, caindo ajoelhado ao meu lado do lado de fora da banheira. – Eu estou aqui... shhh... eu estou aqui amor. Vai ficar tudo bem, ok?
Eu assenti fazendo careta. Estava doendo muito, mas eu consegui sentir o conforto que sua mão me transmitia ao pegar a minha.
- Oi... – eu gemi ainda sentindo dor.
- Apenas respire Bella, por favor. – ele pediu. – Eu estou aqui, me desculpe a demora...
Ele substituiu a mão de Alice pela dele na minha barriga e sua palma passeava pela minha pele.
Logo a dor passou e eu relaxei meu corpo na água.
- Melhor? – Edward me perguntou.
- Muito. – eu não estava só me referindo a dor. – Obrigada por vir.
Ele sorriu e beijou minha mão.
- Porque não me contou quando me ligou Bella? – ele perguntou.
- Eu não queria te incomodar. – mordi meus lábios.
- Você é absurda! – ele sorriu. – E teimosa. São nossos bebês Bella!
- Nossos... – eu sussurrei assentindo.
- Sim nossos. – ele colocou uns fios do meu cabelo que soltaram do coque atrás da minha orelha. – Eu amo você Bella.
- Eu também amo você. – eu disse. Era fácil, simples e prazeroso como beber água quando se está com muita sede.
- Vou pegar uma roupa pra você. – Alice se levantou e saiu do banheiro.
- Eu não acredito que está aqui. – pousei uma mão na sua bochecha.
- Eu não acredito que finalmente vamos conhecê-los. – ele disse. Uma de suas mãos estava na minha barriga e a outra em cima da minha em seu rosto.
Outra contração.
Eu apertei a mão de Edward com força e soltei um gemido.
Minhas costas já arqueavam sozinhas e eu tentava não gritar.
- Eu não vou conseguir... – eu quase gritei.
- Você está indo bem amor, só falta um pouco. – Edward tentava me tranqüilizar. – Só mais um pouco Bella... respire... isso.
Fechei os olhos quando a dor passou.
- Eu preciso descansar. Eu quero dormir. – disse chorando.
- Logo, logo, ok? – Edward me fazia carinho.
Eu assenti.
- Eu... eu preciso te pedir desculpas. – eu disse com a respiração ofegante. – Eu fui estúpida e infantil quando eu te mandei embora. Oh Deus, eu te amo tanto que achei que estava te fazendo bem, mas depois percebi que estava sendo egoísta Edward. Por favor, me perdoe. – pedi.
- Bella, eu não tenho porque te perdoar. – ele me deu um selinho demorado. – E vamos conversar depois que estivermos com eles nos braços, ok?
- Não. – eu disse. – Eu quero falar... – assenti. – E preciso que você me perdoe... – outra dor. – Oh meu Deus, eu quero uma cesárea, por favor Edward, eu não quero mais isso...
Ele alisava minha barriga e fazia "shhhh, shhhh" ou falava "está tudo bem".
Não está, merda!
Dói pra caralho! Eu tô sendo partida inteira!
Alguém consegue entender isso?
- Como estamos? – Rose perguntou entrando no banheiro.
- 7 em 7. – Edward respondeu a ela. – Acho melhor irmos agora Bella.
Eu apenas assenti.
Edward e minhas amigas sabiam da minha vontade.
Meu médico e a professora do curso me falaram que eu só precisava ir pro hospital com intervalo menor que 10 minutos.
Eles sabiam que minha vontade era ficar no conforto da minha casa até eu chegar nesse estágio, por isso não insistiram pra ir pro hospital assim que comecei a sentir a dor.
Edward me ergueu da banheira e Rose me secou.
Elas me ajudaram a vestir uma calcinha e um vestido enquanto Edward assistia da porta do banheiro.
Edward me abraçou de lado e fomos andando até meu carro.
Eu pedi a ele pra que fossemos no meu. Além de ser maior a cadeirinha de Nicolas e Olívia estava nele.
Rose colocou as bolsas na mala do meu carro e veio até a porta do carona me dar um beijo.
- Vou no meu carro. – beijou minha bochecha. – Eu e Alice estaremos logo atrás de vocês.
Eu assenti e a agradeci por tudo.
Edward dirigiu rápido, mas com cuidado até a clínica.
Pegamos trânsito e o caminho que era de 20 minutos passou pra 40.
A dor aumentava cada vez mais e eu tentava não manifestar pra não deixar Edward nervoso, mas não estava tendo um bom resultado.
- Estamos chegando amor. – ele alisava meu joelho. – Só mais um pouco, consegue?
- Umhum... – gemi.
- Ótimo. – ele sorriu pra mim. – Segure a minha mão, eu vou estar aqui, tudo bem?
Ele colocou o carro no automático e me deu sua mão.
- Eu amo você Bella e estou aqui, fique comigo, ok? – sua voz saia como um sussurro tentando me passar calma, mas eu ouvia preocupação.
Quando chegamos à clínica uma enfermeira nos esperava do lado de fora com uma cadeira de rodas.
Me sentei e ela se virou pra Edward.
- O senhor precisa preencher algumas coisas na recepção. – a enfermeira disse a ele.
- Não! Eu vou com ela. – ele disse firme.
- Sem os papéis preenchidos eu não posso levá-la senhor. – a enfermeira disse com uma cara de tédio.
- Edward, vá, por favor. – eu pedi.
- Bella, não! – ele disse. – Não vou te deixar sozinha.
- Bella! – Rose passava pela porta principal da clínica.
- Rose, preencha os papéis necessários, eu vou com Bella. – Edward disse a ela. – E pegue as bolsas no carro, por favor. – Edward deu a chave a ela e ela assentiu, se virando e indo pra recepção.
Alice ficou com ela e Edward guiava a cadeira enquanto a enfermeira mostrava o caminho.
Ela me fez vestir uma camisola aberta na parte de trás e me colocou no soro, me fazendo deitar na cama do quarto que foi reservado pra mim.
Deitar só piorava meu desconforto.
A dor parou e eu consegui descansar por alguns minutos. Tinha sido um longo dia e ainda nem estava de noite.
Eu só esperava que a sensação que eu senti ao acordar fosse a sensação de ser mãe e ter meus filhos em meus braços e não a sensação ruim de que algo vai dar errado.
Adormeci sentindo a mão de Edward na minha e seu polegar fazendo círculos nos nós dos meus dedos.
Continua...
Ahhh os bebês estão nascendo! E ainda bem que eles fizeram as pazes antes do nascimento... espero que corra tudo bem no parto. Amanhã volto com o próximo. Beijos.
Que lindo, finalmente eles vão nascer! E ainda bem que eles fizeram as pazes!! Tomara que corra tdo bem mesmoo, até amanhã!
ReplyDeleteahhh q cute!!! finalmente! eles fiseram as pases e os bebes vão nascer!! estou louca pelo cap de amanha! Beijusculo
ReplyDeletePOV Kristen??? Alguém se confundiu.... A FIC TÁ LINDA!!
ReplyDeleteMarcela
aaaaaaaaaaaaa os bebes vao nascer e eles fizeram as pases, ansiosa pra amanha!! ate amanha
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