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Monday, September 26, 2011

FANFIC - SEGUNDO PLANO - CAPÍTULO 23


Boa tarde turma! Preparem seus lencinhos por que no capítulo de hoje Bella enfrentará um momento muito triste e difícil de sua vida...

Título: Segundo Plano
Autora(o): Bruna Matheus
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Humor
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Segundo Plano
By Bruna Matheus

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 23

Eu sempre soube que algo ruim aconteceria.
Eu senti isso.
Inúmeras vezes eu senti isso.
Na maioria das vezes eu não falava pra ninguém porque quando eu contava sempre falavam "é impressão sua".
Eu falei com Rose, com Emm, Alice, Jasper, Zoe, Mark, Edward e até Esme.
Até com Nicolas e Olívia eu falei, mas eles só me olhavam e me davam aquele sorriso lindo e molhado sem um dente na boca.
Pensar neles me faz lembrar o motivo de eu ainda estar de pé.
Meus filhos.
Zoe se foi.
Três dias depois do seu casamento ela faleceu.
E agora parte do meu coração estava enterrada com ela.
Me lembro da manhã seguinte ao seu casamento. Eu fui até o asilo conversar com ela, mas ela me disse que estava tudo bem e foi mais uma com "É impressão sua querida!". Ela estava normal. Quando cheguei ao asilo ela se exercitava como em todas as manhãs e tomamos café no jardim pra que Nicolas e Olívia pegassem o sol da manhã.
Naquele dia também conversei com Mark e ele me disse a mesma coisa que Zoe. Hoje eu sei que ele estava apenas fazendo a vontade dela, mantendo seu segredo. Me preservando.
Ela sabia que estava doente. Ela sabia que ia morrer, mas não me contou.
Mais uma vez ela quis me poupar da parte dolorosa da vida, mas nesse momento eu não consigo definir o nível de dor que eu estou sentindo.
Acho que é algo entre anormal e insuportável.
Segundo Mark ela descobriu que estava doente antes da minha inseminação e por isso ela me deu força pra fazer, pra que eu não ficasse sozinha quando ela partisse. Ele disse que ela não queria se casar e deixá-lo viúvo, mas ele disse a ela que ele queria o casamento e que era pra ela esperar por ele onde quer que ela fosse.
Depois ela não me contou por causa da gravidez e depois por causa dos bebês.
Enxuguei algumas lágrimas que caiam dos meus olhos, mas não por vergonha. Hoje eu não me permitiria ser forte.
Eu tinha perdido meu exemplo de vida. Meu espelho havia se quebrado.
Minha mãe, minha avó... havia partido e eu agradeci a Deus por ter as crianças e Edward, porque senão eu não agüentaria.
Olhando para uns meses atrás eu percebia o quanto eu fui certa nas minhas escolhas e decisões. Eu fiz a coisa certa, como se soubesse o que estava pra acontecer.
Zoe nunca aprovou a inseminação e de uma hora pra outra ela passou a aceitar.
Eu devia ter visto isso na época. Eu devia ter percebido que ela estava indo embora.
Lembrei de ontem...

FLASHBACK:

Eu acordei de novo com meu celular tocando.
É claro que soltei um palavrão. Eu e Edward tínhamos acabado de dormir por causa dos gêmeos e o toque do celular acabou acordando Edward também.
Depois de sussurrar um "Desculpe" a Edward eu atendi sem olhar o visor.
- Alô? – atendi. Acho que fui um pouco grosseira.
- Bella? É Mark. – ele disse.
- Oi Mark, desculpe não olhei antes de atender. – eu disse.
- Tudo bem minha Bella. Como estão os bebês? – ele quis saber.
- Estão bem, acabaram de dormir. – falei.
- Não te acordei, não foi querida? – ele perguntou.
- Não Mark, eu estava acordada por causa dos bebês. – menti.
Edward estava ao meu lado de olhos fechados, mas não estava dormindo.
- Está tudo bem? – perguntei a ele. - Zoe?
- Querida ela quer te ver. – ele disse triste. – Pode vir aqui agora? Ela não está bem Bella...
Eu me sentei na cama num pulo.
- O que ela tem Mark? O que aconteceu? – perguntei exasperada me levantando e já indo pro meu closet.
- Eu prefiro conversar com você pessoalmente Bella. – ele disse.
Nos despedimos, eu coloquei qualquer coisa que vi no meu closet e voltei pro quarto.
- Zoe está bem? – Edward me perguntou.
- Não... eu não sei. – segurei os cabelos. – Eu vou dar um pulo lá. Te atrapalha olhá-los pela manhã?
Ele revirou os olhos e deitou de novo, me ignorando totalmente. Ele sempre fazia isso quando achava que eu estava sendo estúpida ou idiota.
Como agora.
Me inclinei na cama e dei um selinho nele. Sussurrando em seguida um "eu te amo".
Peguei meu carro e segui até o asilo. Mark me esperava impaciente na recepção.
- Cadê ela? – perguntei a ele depois que o abracei.
- Está no quarto dela. – eu comecei a andar, mas ele me parou. – Precisamos conversar antes que você a veja querida.
Ele me contou que ela estava com câncer há meses, na verdade quase um ano e que por conta dos seus 92 anos os médicos e ela, acharam melhor não fazer nenhum tipo de intervenção médica contra o câncer, apenas amenizar sua dor e dar conforto até que chegasse a hora.
Mark me explicou que como ela é muito idosa, os médicos não queriam operá-la.
Ele me disse que ela corria um risco de 70%, de morrer durante a cirurgia por causa da idade avançada e quando Zoe descobriu isso ela disse que preferia que nada fosse feito, assim ela viveria mais.
- Eu não acredito nisso! – disse a Mark chorando. – Vocês deviam ter me contado Mark. Eu tinha o direito de saber.
- Eu sei querida, me desculpe. – ele afagou minhas costas. – Eu apenas fiz a vontade dela. Você sabe que eu faria tudo por ela.
Aquilo me derrubou.
- Como você está? – perguntei a ele.
- Mal, triste e me sentindo impotente, mas eu sei que logo chegará minha hora e eu estarei com ela novamente. – ele deu um sorriso tímido.
- Eu sinto muito Mark. – o abracei.
Saímos dali e fomos até o quarto de Zoe.
Ela estava deitada de olhos fechados, mas não parecia estar dormindo.
- Vó. – a chamei.
Ela abriu os olhos lentamente e me fitou.
Era tão difícil vê-la assim. Eu nunca tinha visto Zoe doente e tão entregue.
- Oi querida. – ela sorriu. – Cadê meus bisnetos?
- Estão em casa com Edward. Eu vim na pressa. – eu disse me ajoelhando ao seu lado na cama.
- Mark te ligou não foi? – ela fez uma careta.
Sua voz estava tão fraquinha, era quase um sussurro.
- Ligou vó. Você deveria ter me contado. – eu disse. – Se eu soubesse que estava doente, teria passado mais tempo com você, teria te levado pra morar comigo e com Edward... – ela me cortou.
- Querida, você esteve ao meu lado durante toda a sua vida. Agora você está realizando um sonho Bella e não seria justo eu estragar sua felicidade com uma bobagem.
- Bobagem vó? – minha voz se alterou. – Eu nem posso pensar em te perder. – falei com a voz embargada.
- Oh minha querida. Minha abelhinha. – ela me chamava assim quando eu tinha 8 anos. – Eu já estou velha Isabella, a morte sempre vem pra quem é velho e eu já não tenho mais nada pra viver.
- Não diga isso. – pedi.
- Mas é verdade querida. Eu tive seu avô, tive sua mãe, tive você, o Mark, tive bisnetos Bella! – ela sorriu. – O que mais eu ainda tenho pra viver? Me deixe ir querida e não sofra por isso.
- Vó, eu te amo, como não vou sofrer se sei que nunca mais a verei. – funguei enxugando minhas lágrimas. – Quem mais chamará Olívia de abelhinha, Zoe? Por favor.
Segurei sua mão e a coloquei em minha testa.
- Bella, eu quero que você seja feliz querida. Viva pra sua família e seja ótima em tudo, como eu lhe ensinei. Tenha uma vida saudável e assim, um dia, você terá a honra de conhecer seus bisnetos, como eu tive.
- Nós precisamos de você Zoe. Mark precisa de você. – a lembrei.
- Chame-o pra mim Bella. – ela pediu.
Eu fui até a porta e chamei Mark que estava sentado no corredor.
Eu me ajoelhei no chão de frente pra Zoe e Mark se sentou ao seu lado na cama.
- Nunca esqueça que eu amo vocês. – ela nos disse. – Eu quero que vocês sigam em frente e não quero que sofram por mim. Eu vou estar bem Bella, eu vou olhar por você todos os dias minha abelhinha. Seja feliz e cuide de Mark pra mim, ok?
Eu apenas assenti. Meus soluços não me permitiriam falar nada.
Minutos depois ela se foi enquanto eu segurava sua mão.
Edward teve que me buscar naquele dia porque eu não tinha condições de dirigir.

FIM DO FLASHBACK

- Bella? – a voz doce e serena de Edward me chamou da porta me resgatando das minhas lembranças.
Eu virei minha cabeça e o vi parado na soleira da porta.
- Minha mãe veio pegar as crianças. – ele disse se aproximando.
- Ela não pode ficar aqui com elas? – perguntei.
Eu não queria que elas ficassem na mesma casa que Carlisle.
- Ela se sente mais confortável na casa dela amor. – ele pegou minha mão. – Eles vão ficar bem...
- Eu sei que sim. Eu confio na sua mãe, mas seu pai não gosta deles. – lembrei-o.
- Ele está na fazenda amor e ela vai ficar com eles aqui no Centro. – ele disse.
- Tudo bem. – me rendi.
- Como você está? – ele perguntou.
Eu me virei e deitei minha cabeça em seu colo. Ele começou a pentear meus cabelos com os dedos.
- Eu não sei. É estranho... parece que a qualquer momento que eu for ao asilo eu vou vê-la lá tomando sol, ou se exercitando pela manhã. – uma lágrima desceu dos meus olhos. – Eu... eu não sei o que fazer.
- Eu estou aqui pro que você precisar Bella. – ele me lembrou.
- Eu sei amor. – fechei meus olhos. – Só fique onde está e continue fazendo isso. – apontei pra sua mão nos meus cabelos.
Um tempo depois Esme trouxe Nicolas e Olívia e nos despedimos deles.
Íamos sepultar Zoe hoje e eu não queria meus bebês em um cemitério.
Eu não sabia quanto tempo demoraríamos então eu e Edward decidimos ligar pro pediatra das crianças e ele liberou um leite artificial pra hoje.
Eu me sentia tão culpada por isso, mas não queria amamentar meus filhos no espírito que eu estava e eu também tinha que estar presente durante todo o tempo no velório.
Eu era a única família de Zoe e durante 24 anos da minha vida, ela foi minha única família.
- Bella... – Edward sussurrou. Ainda estávamos do mesmo jeito. Eu estava deitada com a cabeça em seu colo. – Se houvesse uma maneira de eu sentir essa dor por você... – ele disse.
Eu me sentei na cama e o olhei.
- Edward, você é minha força. – eu disse. – Nesse momento o que me sustenta é você e nossos filhos. Você não sabe o quanto eu já agradeci a Deus por ter vocês na minha vida. – funguei. – Se não fosse por vocês minha vontade seria ir com ela.
- Por favor, não diga isso. – ele segurou meu rosto entre suas mãos. – Eu não posso pensar em te perder Isabella. Nunca.
- Eu sei amor. – fiz um carinho em seus cabelos. – Eu também não posso te perder, ok?
Ele assentiu e me deu um beijinho suave.
- Eu amo você. – ele disse.
- Eu sei que sim. – sorri pra ele. – Eu também amo você.
Ficamos alguns minutos abraçados na cama e eu me permiti chorar mais um pouco.
Depois que tomamos banho. Eu e Edward fomos pegar Mark no asilo.
Eu estava insistindo que ele morasse com a gente, mas ele não queria.
A idéia de deixá-lo sozinho naquele asilo me atormentava, mas eu também tinha que respeitar sua vontade.
O enterro foi mais doloroso que eu imaginava. Meus amigos e Edward estavam ao meu lado me passando conforto e eu os amo por isso, mas eu passei todo o tempo abraçada a Mark que chorava e soluçava baixinho, tentando esconder sua dor.
Depois que o padre acabou de falar suas palavras, Mark disse algumas e eu também quis dizer.
- Zoe, eu espero que você possa me ouvir agora. – suspirei. – Tive uma vida inteira ao seu lado e hoje eu vejo que não foi suficiente. Eu vou obedecer a sua vontade e tentar não sofrer, mas eu te aviso que será quase impossível. Você era única pra mim. Minha única família nesse mundo, uma Swan como eu. – Mark apertou seu abraço a minha cintura. – Hoje a única coisa que eu posso te dizer é obrigada Zoe. Obrigada por me amar, por me acolher, por me criar e me fazer crescer, por estar do meu lado, por ser minha família e por me deixar uma família. – enxuguei minhas lágrimas. – Eu amo você vó.
Quando acabei de dizer minhas palavras, eu e Mark jogamos rosas brancas em cima do seu caixão.
Quando chegamos em casa tomamos um banho de banheira, na verdade, Edward me deu banho na banheira.
E depois que ligamos pra saber das crianças, ele deitou comigo na cama. Me abraçou e me deu carinho.
Eu não sabia o que eu tinha feito pra merecer uma pessoa como Edward, mas estava agradecida por ele estar na minha vida de uma forma tão completa.
Enquanto seus dedos penteavam meus cabelos eu adormeci.
Dormi sabendo que um dia aquela dor iria passar e no final restaria apenas uma imensa saudade.

Continua...

É tão difícil se despedir das pessoas que amamos. Ainda bem que Bella tem Edward e as crianças para ajudá-la nesse momento. Amanhã volto com mais um. Beijos.
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3 comments:

  1. Mts lenços o "retorno da cachoeira" eu! mt triste:( mas adorei ate amanha:) beijusculo*+*

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  2. Que cap triste... chorei agora... Tadinha da Bella, deve ser muito difícil perder alguém que foi tudo pra ela... Ainda bem mesmo que ela tem Ed e os filhos, tomara que ela fique bem!
    Bjoos,até amanhã!

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  3. nossa i como precisei de lencinhos, chorei bastante pq ja passei por isso, mas é sempre bom ter as pessoas q mais amamos por perto isso ajuda a esquecer!! ate amanha

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