FANFIC - SEGUNDO PLANO - CAPÍTULO 5

Boa tarde gente! Bella e Edward estão cada vez mais apaixonados, mas a possível gravidez de Bela pode acabar atrapalhando o romance...

Título: Segundo Plano
Autora(o): Bruna Matheus
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Humor
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Segundo Plano

By Bruna Matheus

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 5

1 MÊS E MEIO DEPOIS...

Eu estava totalmente, irrevogavelmente e incondicionalmente apaixonada por Edward.

A ponto de me sentir uma adolescente com seus hormônios em ebulição e não se segurar nas pernas, tudo bem que não havíamos transado ainda, mas só eu sei o quanto é difícil me conter quando os "amassos" vêm de um homem como Edward.

Eu estava desesperada por conta da inseminação e a essa altura tudo que eu pedia era que não tivesse dado certo, afinal agora eu tinha Edward e podíamos fazer nossos próprios bebês de uma forma bem convencional, digamos assim.

Hoje era uma sexta-feira e havia um dia que eu não via Edward.

Ele havia prometido me levar pra jantar hoje à noite e eu estava esperando ansiosamente por isso como uma criança na véspera de natal.

Hoje eu também tinha uma consulta com o Dr. Cox e ele me instruiu a fazer um teste de gravidez. Ele insistiu que eu fizesse um de sangue na clínica, mas eu estava com pressa e disse que voltaria depois.

O motivo da minha pressa?

Eu precisava comprar um vestido pra sair hoje com Edward.

Assim que saí da clínica eu passei na farmácia e comprei um daqueles testes que podem ser feito a qualquer hora do dia.

Sinceramente eu não estava com pressa de fazê-lo, apesar de não menstruar mais há alguns anos por causa de injeções de hormônio trimestrais eu sabia que havia uma chance mínima da inseminação ter dado certo.

Vários motivos me levavam a acreditar nisso.

O primeiro são as injeções. Para os meus ovários funcionarem em 100% eu deveria ter parado de tomar a injeção meses antes de fazer a inseminação, segundo o Dr. Cox. Considerando que com minha idade eu já produzo menos óvulos e com a injeção eu produzo menos ainda, isso deveria me dar cerca de um óvulo a cada ciclo.

Eu sei, sou dramática às vezes.

Segundo, eu já tenho 32 anos e depois dos 35 fica cada vez mais difícil engravidar pra algumas mulheres, culpem a genética por nos dar óvulos contados e preguiçosos. Acreditem é um longo caminho até ele ser fecundado.

E terceiro, as chances de uma inseminação funcionar de primeira é considerada baixa, uma a cada 10 mulheres conseguem, as outras tem que pagar mais 3.000 por outro procedimento.

É... a vida, o destino e o maldito relógio biológico não são justos.

Como eu não menstruo mais, o Dr. Cox me instruiu a fazer um teste por semana até o final do mês e por isso eu optei pelos de farmácia, imagine se eu seria furada toda semana. Jamais.

Saí da clínica e liguei pra Rose. Ela me acompanharia nas compras.

Conversamos animadas durante o almoço, falamos principalmente de Edward e no final da tarde Alice se juntou a nós.

Eu não sabia pra onde Edward me levaria, então optei por um vestido preto – que é sempre básico – e peep toe estampados.

- Vai ser hoje? – Alice me perguntou enquanto tomávamos um café no shopping. Não era como o nosso café, mas...

- Do que exatamente você está falando? – me fingi de desentendida.

- Sexo Bella! S-e-x-o! – ela soletrou como se eu fosse uma retardada.

Rose deu uma gargalhada e quase cuspiu seu café em resposta a sua "direta".

- Bom, eu vou fazer o primeiro teste hoje e se der negativo, sim, será hoje. – meu corpo tremeu com esse pensamento.

Oh Deus! Eu juro que não via à hora e deixar apenas de acariciá-lo e sentir aquilo tudo.

- Bella? – Alice passava a mão na frente do meu rosto.

- Uh... oi? – a olhei deixando meus pensamentos perversos com um Edward totalmente desabitar minha mente.

- Eu perguntei... e se... der positivo? – ela fez uma cara de preocupação.

Rose me olhou atenta.

- Se der positivo... nós vamos sentar e conversar... – falei.

- Ao invés de transarem como loucos. – Rose completou.

Nós rimos!

Colocando no ponto de vista de Rose, meu corpo acendeu ainda mais. Tive que esfregar uma coxa na outra pra tentar aliviar meu "desconforto".

- Eu acho... – Alice deu um gole no seu café e levantou o dedo indicador, fazendo um gesto com ele. – Que você deveria... como mesmo Rose? – ela pediu ajuda de Rosalie.

- Transar como loucos. – elas riram.

- Isso! – Alice deu um salto animado da cadeira. – E depois sim, sentarem e conversarem.

- Não está ajudando Alice! – massageei minhas têmporas com o indicador.

- Concordo com ela. – Rose disse. Eu a olhei. – Você disse que ele é quente, certo? – assenti tentando não pensar em suas mãos em mim. – E que ele está super afim, certo? – assenti mais uma vez tentando não imaginar as minhas mãos nele. – Junte o útil ao agradável minha amiga, depois da conversa se ele quiser ir... deixe-o ir.

Sei que a intenção de Rose não era me deixar triste. Rose sempre foi assim direta, independente e prática.

Mas a questão era... eu o amava. Como poderia deixá-lo ir?

Eu não conseguiria! Nunca, jamais.

Mas eu sabia que se eu contasse, ele iria.

- Não é tão simples assim Rose... eu o amo. Como vou ficar se ele for embora e eu sei que ele vai se eu estiver grávida. – dei um gole no meu café e elas me olhavam com pena. – Acho que é por isso que ainda não fiz amor com ele, talvez porque eu ache que esse é o laço mais forte e eu sei, tenho certeza disso, que a partir do momento que isso acontecer não tem volta. – olhei-as – E eu sei que se ele me deixar... eu... vou ficar destruída.

- Bells, eu sinto muito. – Alice segurou minha mão por cima da mesa.

- Me desculpe Bella, mas eu sempre fui contra a inseminação. – Rose disse séria. – Eu não vou te dar um sermão ou coisas do tipo "eu te falei", mas... eu te falei. Você devia ter esperado mais um pouco antes de ter tomado uma decisão tão séria como ser mãe solteira.

- Mas Rose, talvez Zoe tenha razão. – falei. – Se eu não tivesse feito a inseminação, ido à clínica naquele dia, eu não teria cruzado com Edward e hoje eu estaria sentada aqui sem nenhuma das minhas opções, ou seja, sem ele e sem o bebê, entende?

- Talvez. – ela deu de ombros.

- Ain vamos falar sobre outra coisa. – Alice disse animada e começou a puxar o assunto sobre seu casamento dali a alguns meses.

Eu a agradeci mentalmente por isso.

Depois da falação de Alice nós pagamos pelo café, pegamos nossas compras e fomos pra casa.

Assim que eu cheguei cuidei de Beka, que estava impossível hoje. Nota mental de perguntar aos meus funcionários se ela bebeu café de novo.

Cachorra louca!

Deitei na minha cama e apaguei.

Quando acordei já estava na hora de me arrumar.

Tomei um banho quente e demorado e ainda tive tempo de secar meus cabelos no secador dando uma alisada nas minhas longas ondas.

Coloquei o vestido preto que eu havia comprado à tarde, os sapatos e um brinco dourado.

Peguei uma bolsinha preta que eu tinha e coloquei algumas coisas básicas dentro.

Quando acabei de me maquiar eu vi o teste.

Merda!

Resolvi fazer logo aquela merda e tirar isso da cabeça.

Olhei o relógio. Ótimo! Tenho 10 minutos até Edward chegar.

Corri até o banheiro, abaixei minha calcinha de renda preta e fiz xixi naquele bastãozinho.

Enquanto eu ficava ali naquela situação deprimente eu me vi pensando como agora eu desejava que isso não tivesse funcionado.

Como pode?

Eu dava minha vida por um filho, sem contar a grana alta e agora eu não queria.

Não, não me leve a mal. Não é que eu não queira ter um filho, eu quero, mas agora eu tinha Edward.

Talvez eu estivesse sendo precipitada, afinal só estamos juntos há um mês.

É isso! Relaxa Bella. Um mês nem é certeza de relacionamento.

A campainha tocou...

E eu quase deixei o bastão cair dentro do vaso.

Merda!

O coloquei no suporte do papel higiênico, me levantei, subindo minha calcinha, e lavando as mãos, fui até a porta.

Eu já sabia quem era.

- Oi. – ele sorriu e me pegou em seus braços assim que eu abri a porta.

- Oi. – respondi infiltrando minhas mãos em seus cabelos e o puxando pra um beijo apaixonado.

- Vamos? – ele disse assim que eu separei meus lábios dos deles.

Eu quase me virei pra pegar minha bolsa, mas então eu me lembrei... o teste.

- 05 minutos, ok? – me afastei dele e fui em direção ao banheiro. – Fica a vontade!

Ele sorriu e se encaminhou até o sofá.

Edward conhecia a minha casa como a palma de sua mão e eu ficava feliz de saber que ele se sentia tão à vontade ali.

Quando tranquei a porta do banheiro e me virei eu vi Beka e... não, não, não, não!

Menina má!

- Beka me dá! – sussurrei.

Ela tinha a porra do bastão na boca. Comendo meu teste!

- Beka, por favor, seja uma menina boazinha e dê isso à mamãe. – resolvi pedir educadamente talvez funcionasse. Não, não funcionou.

Ela continuou sacudindo ferozmente o bastão entre os dentes.

Merda! Merda!

Eu precisava disso agora!

Quando finalmente eu consegui tirar o bastão de sua boca minúscula eu vi que ela tinha engolido a parte que mostra o resultado.

- Sua estúpida! – gritei com ela.

Estúpida! Estúpida! – continuei gritando mentalmente enquanto tentava inutilmente emendar a porra do bastão.

- Amor? – Edward me chamou do lado de fora. – Está tudo bem?

- Está sim, me dê um minuto. – pedi.

Joguei os destroços do meu ex-teste na lixeira e me levantei do chão.

Ajeitei meu vestido, cabelos e enxuguei umas gotas de suor da minha testa.

Quando eu saí um Edward preocupado me esperava em pé perto da porta.

- Está tudo bem? – ele perguntou de novo se aproximando de mim.

- Perfeito! – o beijei. - Vamos?

- Não antes de eu te dizer como você está linda. – ele sorriu.

- Obrigada. – com certeza eu estava corada. Edward ainda tinha esse efeito sobre mim. – Você também está.

- Agora sim, vamos. – ele estendeu sua mão pra mim e eu a peguei, entrelaçando nossos dedos.

Fizemos o caminho no carro de Edward e quando paramos eu fiquei confusa, porque não paramos em frente a um restaurante.

Edward desceu e abriu a porta do carro pra mim, me conduzindo até um imenso portão preto de metal.

- É aqui? – perguntei confusa.

- Sim. – ele mexeu no portão.

Tinha uma placa branca, com letra douradas que dizia "J. F. Kennedy Jardim Público".

- Você... fechou...um jardim? – gaguejei ao perguntar.

- Sim. – ele sorriu e me olhou ainda mexendo no portão, pra logo em seguida abri-lo.

O lugar era lindo, maravilhoso.

E eu me perguntei dezenas de vezes em como eu negligenciei esse lugar ao passar por ali inúmeras vezes sem enxergá-lo.

Andamos por um caminho de pedras, até avistar uma mesa na beira de um lago. Era uma mesa simples pra duas pessoas, mas era tão lindo, tão romântico e tão... Edward.

- Oh meu Deus! É lindo! – me virei pra ele quando chegamos à mesa.

- Eu sabia que você ia gostar. – ele me deu um selinho.

Nós sentamos pra jantar e no fundo em algum lugar tocava uma música suave, onde se ouviam apenas instrumentos clássicos afinadíssimos.

Depois de muita conversa, caricias e do jantar, Edward me chamou pra dançar e ficamos ali, na beira daquele lago embalando nossos corpos como se fossem apenas um.

- Vem pra fazenda comigo? – Edward me perguntou depois de um longo silêncio enquanto dançávamos.

Eu tirei o meu rosto do seu peito e o fitei.

- Vou. – sorri.

Meu Deus! Será que ele ainda não tinha entendido que eu iria a qualquer lugar com ele?

- Ótimo! – ele também sorriu. – Podemos passar na sua casa e pegar algumas coisas se você quiser. – ele disse.

- Você diz hoje? – parei de dançar e o encarei.

- Sim. Meus pais estão viajando e eles pediram pra eu dar uma olhada lá pra eles. Já que a livraria não abre no final de semana, eu vou, mas iria adorar se você me acompanhasse.

- Eu vou. – falei.

Agora eu tinha que ligar pra Alice e pedir pra ela olhar a loja pra mim amanhã.

Saímos do jardim e voltamos a minha casa.

Liguei pra Alice e ela disse que não tinha problema algum em me cobrir e que quando precisasse, eu retribuiria o favor.

Se eu estivesse ao lado dela eu beijaria seus pés.

Fiz uma pequena bolsa com umas coisas, roupas, sapatos e fui até o banheiro pegar minhas coisas de higiene pessoal.

A primeira coisa que eu vi quando entrei no banheiro foi que Beka tinha vomitado.

- Ah não Beka! – fiz uma cara de nojo e ia saindo do banheiro pra buscar uma toalha de papel.

Mas então eu me lembrei.

Ela tinha comido meu teste e se ela vomitou... oh meu Deus, ele devia estar ali.

Em dois segundos eu estava agachada no chão cutucando com meu indicador no vomito do cachorro.

Tive que reprimir minha própria náusea e a vontade súbita que me deu de vomitar.

Vi um pedacinho de papel branco e peguei.

OH MEU DEUS!

Deu positivo!

Meu corpo funcionou instantaneamente ao ler aquilo.

Agradeci que estava abaixada e só foi o tempo de virar e vomitar no vaso sanitário.

- Está tudo bem? – Edward perguntou da sala.

- Está, por favor, saia. – pedi.

Eu não podia deixar que ele me visse assim.

- Você é absurda! – ele se ajoelhou ao meu lado e começou a massagear minhas costas.

Oh por favor, não seja gentil comigo, em poucas horas você irá me deixar, por favor.

Me levantei ignorando Edward atrás de mim e escovei meus dentes.

Eu nem sabia se queria ir mais. Eu queria ir, mas minha consciência dizia que era melhor não.

- Quer ir ao médico? – ele perguntou com cautela quando fomos pra sala.

- Não, estou bem. – eu queria dizer que isso era normal no meu estado, mas me freei.

- Podemos ir? – ele me olhou.

- Não sei se é uma boa idéia Edward. – eu disse sem olhá-lo.

- Por favor, não posso ficar 02 dias longe de você e se você continuar passando mal em uma hora estaremos aqui meu amor. – ele disse carinhoso.

Pare de ser gentil. – eu quis gritar.

- Ok, podemos ir. – desisti de lutar contra minha própria vontade.

O caminho até lá ficamos em silêncio. Quando Edward falava, eu apenas assentia ou sorria de volta.

Eu estava perdida e desesperada.

Eu não podia enganá-lo, não com uma gravidez. Daqui a alguns meses estaria evidente e o que eu faria pra continuar a mentira.

Eu precisava contar logo pra ele.

E eu me detestava por isso.

Eu o amava e sabia que ele gostava de mim, logo eu estaria magoando os dois.

Talvez, apenas talvez, se ele gostar o suficiente de mim ele aceite o bebê. – pensei.

E foi com esse pensamento que me enchi de confiança pra contar a ele.

Continua...

E agora? Como Bella vai fazer pra contar a verdade? E será que Edward vai aceitar? Amanhã tem mais. Beijos.