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Monday, September 26, 2011

FANFIC - WAKE UP - CAPÍTULO 2


Olá galera! O capítulo de hoje é contado pelo Rob, e ele explica muita coisa da história...

Título: Wake Up
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Wake Up
By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 2

POV Rob

Como sabemos que estamos num pesadelo?
Eu me sentia em um.
Mas sabia que estava acordado. Apesar de todo horror.

Tudo começara exatamente igual naquele dia.
Mais uma viagem.
Eu acordara com a voz do comandante. Estávamos pousando em LA.
Era estranho estar de volta depois de meses.
Mas era esta a minha vida. Entre Los Angeles e a Inglaterra.
Inglaterra era minha casa. Los Angeles era trabalho.
Me lembrei que teve uma época da minha vida que eu pensara diferente, Los Angeles também era minha casa e Inglaterra era onde eu ia visitar família e amigos...
Mas isto foi antes. Foi quando havia alguém me esperando em LA.
Agora eu não tinha nada lá.
Como sempre quando chegava ali, lá iam meus pensamentos.
Para aquele lugar proibido. Obscuro.
Era fácil não pensar estando em Londres. 
Mas ali, com o sol queimando acima da minha cabeça, mergulhando no ar quente da cidade, eu me lembrava dela.
Quantos anos se passaram desde que nos encontramos pela última vez?
Não falo de encontros casuais, em alguma premiação ou algo do gênero, onde apenas nos olhávamos e no máximo acenávamos como se acena para algum conhecido. 
Eu falo de realmente se encontrar. Muito tempo. Tempo demais.
Tempo suficiente pra já ter esquecido.
Mas talvez fosse o fato de ter acontecido tanta coisa... ruim.
Eu parei a linha de pensamento. Não. Nunca era inteligente seguir aquele pensamento.
Era apenas reviver um sofrimento que devia ficar trancado a sete chaves.
Nada poderia ser mudado mesmo.
E a vida seguia.

Nick me pegou no aeroporto e estava de bom humor.
-Temos uma reunião hoje à tarde. Leu o roteiro?
Eu acendi um cigarro, enquanto o carro prosseguia pelas ruas engarrafadas de LA, me lembrando do motivo de eu estar ali.
-Li sim. 
-E aí?
-Estou aqui não estou?
-Precisa tirar esta barba.
Eu ri, coçando a barba que eu não fazia há mais de um mês.
-É sério Rob. Vamos pra uma reunião de trabalho. Pelos amor de Deus.
Eu ri mais ainda.
-Tudo bem Nick... você venceu. 
-Está animado com este filme?
Eu dei de ombros, o cigarro acabou e eu acendi outro. Precisava mesmo de uma cerveja.
Já estava com saudades de Londres.
-Só isto? - Nick indagou com o semblante preocupado – Rob, vai aceitar não é?
Já faz meses que está parado. A indústria não perdoa...
-Eu sei. Mas eu preciso de descanso também.
-Seis meses é descanso demais.
-Não reclama Nick, vai estrear meu último filme daqui algumas semanas não é?
-Sim, queria entrar neste assunto também. Já fecharam a agenda. Depois eu te passo. 
Nick me deixou no hotel com ordem expressas para que eu fizesse a barba e tomasse banho.
-Eu passo daqui a três horas, tudo bem?
-Ok, Nick. 
-E vê se tira isto hein?
Eu ri enquanto ele se afastava.
Quartos de hotéis.
Eu os odiava.
Mas aquele hotel em específico... Havia lembranças demais ali.
Da próxima vez precisava me lembrar de pedir a Nick para me colocar em outro lugar... menos no Chateout Marmont.

Três horas depois, como prometido Nick me buscou e ficou satisfeito por eu ter finalmente tirado a barba.
-Estou apresentável?
-Podia ter colocado uma blusa sem furo, mas tudo bem.
Eu olhei pra minha camiseta. Poxa, eu gostava dela.
A reunião transcorreu sem maiores problemas.
Summitt.
De novo.
Mas eles gostavam de mim. Tinham investido na minha carreira.
Eu fazia outros filmes, outras empresas... Mas eles sempre me chamavam de volta.
Assinamos o contrato e anoitecia quando saímos dos escritórios da Summit.
-Minha esposa te convidou pra jantar lá em casa. – Nick falou quando entramos no carro.
-Ok. – concordei.
Não estava a fim de ficar sozinho mesmo.
E sempre podia assaltar a adega do Nick.
A noite foi agradável. 
E no fim, Nick perguntou se eu não queria ficar por ali, no quarto de hóspedes.
Eu concordei, afinal, estava chovendo e não queria obrigá-lo a me levar no hotel, e chamar um táxi com aquele aguaceiro era só pra ficar esperando interminavelmente.
-Eu vou fumar. – falei saindo pra varanda.
Olhei a noite escura, o barulho da chuva que caía.
De repente pensei em Kristen.
De novo.
Era sempre assim. Me perguntava o que ela estaria fazendo. 
Se estranharia se eu ligasse pra ela. Perguntasse como estava?
Às vezes eu chegava a pensar seriamente em ligar. 
Mas sempre acaba desistindo. Ligar pra que?
Pra no final apenas reviver aqueles mesmos sentimentos?
Para não falar daquilo que nos separou?
Isto era assunto proibido. Sempre fora.
Eu comecei a sentir de novo aquele principio de dor.
Mas esmaguei do mesmo jeito que apaguei o cigarro sobre meus pés.
Entrei e não vi sinal de Nick e nem de sua esposa na sala. 
Sabia que no escritório de Nick era o lugar onde ele guardava umas bebidas boas. 
Entrei lá e olhei seu bar, lendo as garrafas.
Peguei um whisky que parecia interessante e um copo, me sentando na sua mesa e a brindo a garrafa.
Seu notebook estava aberto e ligado.
Bem, podia aproveitar e entrar nos meus e-mails.
Apertei qualquer tecla e entrou um e-mail de Nick.
Eu já ia fechar, afinal não era da minha conta quando o assunto me chamou a atenção.
Era de um tal Albert Caldell em Nova York. Um advogado. E ele comunicava a Nick sobre uma criança chamada Ava Lilly Alexander e sobre os custos de um colégio que estava em atraso.
Eu franzi o cenho. O que o Nick tinha a ver com isto?
Apertei para a tela rolar e Nick já estava começando a escrever a resposta. Pedia desculpas e dizia que já estava providenciando a quantia e no final dizia ao tal Caldell a necessidade de manter aquele assunto em sigilo. "Como sempre".
-Sabia que o encontraria bebendo.
Eu me assustei com a voz de Nick entrando no escritório.
Eu o encarei.
-Você tem alguma filha fora do casamento? - indaguei a primeira opção que me veio.
Nick franziu o cenho e riu.
-Não, claro que não. Da onde tirou isto?
-Quem é Ava Lilly?
Nick parou de sorrir. Eu o vi empalidecendo.
-Como achou este nome?
Eu dei de ombros.
-No seu e-mail.
Ele se aproximou rapidamente e fechou com um estrondo o notebook.
-Não é nada. Apenas, alguém que eu ajudo em Nova York... uma órfã.
-E porque é segredo, isto é muito legal.
-Não gosto de ficar alardeando...
-Ok.
-Porque não vai dormir? - indagou ainda visivelmente nervoso. O que me fez pensar que havia mais coisas naquela história.
-Estou sem sono e estou degustando seu whisky. Muito bom...
-Rob eu...
-Nick! Suba aqui! – sua esposa gritou e eu ri.
-Melhor subir...
-Eu achava realmente melhor você sair daqui...
-Hei Nick, calma, cara...
-Nick, por favor, preciso que suba agora!
Ele saiu soltando um palavrão e eu ri.
Mas ainda estava encucado com aquela história.
Alguma coisa estava esquisita.
Porque eu ficara com a impressão que Nick queria esconder alguma coisa. De mim?
Dei de ombros, voltando a encher o copo.
Mas devo ter feito isto com força demais, pois respingou nos seus papéis na mesa.
-Fuck – murmurei, melhor tirar aquilo dali antes que causasse mais algum acidente.
Juntei tudo e então algo chamou minha atenção.
Algo com meu nome.
Certo, não era nada anormal ter meu nome em algum documento na casa do meu agente.
Mas com certeza era estranho ter o nome de Kristen Stewart junto.
Nunca fiquei sabendo de nenhuma ligação de Kristen com Nick.
Nem profissional e nem pessoal.
Tirando a época que estávamos juntos... Depois cada um foi pro seu lado com sua respectiva equipe.
Mas o que o nome dela estaria fazendo ali junto com o meu, tantos anos depois?
Curioso, eu peguei o envelope.
Era a letra de Nick, a caneta, meio rabiscado. 
Coloquei a mão dentro e havia uma foto.
De alguma maneira eu sabia que aquela era a tal Ava Lilly Alexander. De Nova York.
Era uma menina de uns 8 ou 9 anos.
Os cabelos compridos num tom de loiro escuro, meio ruivo e os olhos muito verdes.
Eu não consegui desviar o olhar.
Aqueles olhos... onde eu os tinha visto antes...?
De repente eu o vi. Outros olhos, idênticos.
O chão fugiu dos meus pés.
-Rob, é serio, chega de acabar com meu whisky e vai pra cama... - Nick entrou no escritório e eu o fitei ainda com a foto na mão.
-O que é isto?
Se daquela vez ficara nervoso, desta vez ele parecia a ponto de desmaiar.
-Rob...
-É a filha da Kristen, é... a minha filha? - eu consegui fazer a pergunta embora parecesse ainda surreal. Bizarro. Monstruoso.
A nossa filha estava morta. Há quase nove anos. 
Mas aquela criança... Ava.
O nome dela era Ava. Seus olhos... Eram os olhos de Kristen. Perfeitos. Inconfundíveis.
Nick deu um passo em minha direção.
-Não, claro que não.
Era mentira. Eu sabia que ele estava mentindo.
Sua testa suava e ele gaguejava. O sempre tão controlado Nick estava apavorado.
Eu senti o choque me dominando.
Deus, não podia ser real.
Era um pesadelo.
A criança estava morta. Morta.
-Nick, quem é esta criança? - voltei a indagar.
-Eu já disse, é uma menina...
-Que você sustenta, eu entendi, mas por quê?
-Rob, fique calmo. 
Eu me levantei, passando a mão por meus cabelos.
Frustrado. Horrorizado.
-Nick, esta menina tem os olhos idênticos ao da Kristen...
-Quantas pessoas têm olhos verdes no mundo? Não crie coisas absurdas Rob...
-Vocês disseram que ela estava morta. Nasceu morta. Antes do tempo... Eu não a vi. Kristen não a viu. Ninguém a viu a não ser os médicos!
Quanto mais eu pensava, mas minha mente ia enxergando os furos... Deus, era cruel demais para ser verdade.
-Sim, o bebê nasceu morto.
-Onde foi enterrada?
-Ora, eu não sei.
Eu bati na mesa.
-As pessoas mortas são enterradas! Você disse que cuidou de tudo não foi? Você deve saber...
-Nunca quis saber disto até agora Rob, por que...
-Porque você sustenta uma criança em segredo. Com a idade que aquela criança que morreu, naquela noite, deveria ter hoje. Uma criança que tem os olhos idênticos ao da Kristen. E você guarda uma foto dela num envelope com nosso nome!
-Rob, tenha calma tudo tem uma explicação...
-É bom mesmo que tenha. Esta criança estava morta até poucos minutos!
-Eles não me deram alternativa! - Nick quase gritou as palavras.
Eu senti como um murro no estômago e por um momento eu achei que tinha mesmo caído.
Mas ainda estava ali. Parado no mesmo lugar.
-Então é verdade... ela está viva? - balbuciei perdido.
-Pelo amor de Deus Rob, esquece isto. Já faz quase nove anos. Esquece esta história...
-Esquecer? Estamos falando da minha filha! Que eu achava que estava morta! Meu Deus, vocês nos disseram que ela estava morta e ela estava viva. Viva.
-Eu sinto muito Rob... Não era pra você saber... nunca...
Eu respirei fundo várias vezes. Cores escuras dançavam em frente aos meus olhos numa miríade de sentimentos.
Raiva. Dor. Horror.
-A Summit achou melhor assim. Vocês eram jovens demais... Nem estavam juntos... Aquela criança não podia existir e veja só, foi melhor assim, ela foi adotada e a vida continuou pra vocês...
Eu não vi a hora em que minha mão se movimentou.
Mas eu esmurrei Nick.
Várias vezes.
Eu apenas o espanquei com toda força. Ignorando o grito de sua esposa que descera para ver o que estava acontecendo.
-Seu filho da puta! – gritei - Eu quero matar você!
-Rob, pelo amor de Deus, o que está fazendo? - sua esposa se aproximou, tocando meu braço, eu a afastei com um safanão.
Olhei para Nick, voltando a enxergar. Ele estava ensangüentado e com o olho inchado.
O larguei no chão.
Com nojo.
Juntei todos os papéis e a foto saí dali.
Entrei no seu carro e vaguei sem rumo.
Talvez por horas. Não sei ao certo.
A chuva caía incessante a minha volta.
Viva. Ela estava viva.
Aquele bebê. Que nascera morto.
O bebê de Kristen.
Eu me lembrava como se fosse hoje seu olhar vazio no hospital.
A dor que era a mesma que a minha, mas que nunca nos foi permitido compartilhar. 
A dor da morte. Da perda.
A mesma dor inconfessável que nos separou depois.
Em vão. Era tudo mentira.
Ela estava viva. Há nove anos. Uma criança nossa vagava por aí.
Ava.
Eu parei o carro no meio fio incapaz de continuar e encostando a cabeça no volante, eu chorei.
Algum tempo depois eu percebi onde estava. Estava em frente à casa de Kristen.
A chuva ainda caía.
Saí do carro e bati na sua porta.
E lá estava ela. Os cabelos mal presos num rabo de cavalo.
A mesma pele pálida. Os mesmos olhos verdes.
Os olhos da nossa filha.
-Rob?
-Kristen...
-O que faz aqui? - indaguei.
-Kristen... nós não a perdemos.
-O que?
-Ela está viva!
-Quem? Quem está viva. De quem está falando?
-Nossa filha.

Continua...

Nossa! Descobrir que sua filha está viva, depois de nove anos acreditando que estava morta, e saber que pessoas próximas a você, pessoas em quem você confiava, eram responsáveis por essa atrocidade, é pra deixar qualquer um com vontade de matar mesmo. Quero ver o que eles vão fazer com essa informação agora... Amanhã tem mais. Beijos.
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7 comments:

  1. Meu Deus, que horror!! Isso é coisa que se faça??? Isso foi maldade com o Rob e a Kris... Agora eu quero q eles voltem e vão atras do que é deles!!!

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  2. mais olha o Rob devia matar msm o Nick, mas tomara q agora por causa disso o Rob e a Kris voltem e cuidem da filha deles!! ate amanha

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  3. Minha nossa, muito tenso isso.
    Isso não se pode ser feito. Mesmo eles sendo jovens, elees tem o direito de cuidr da filha deles.

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  4. Juliana, eu adoro tudo o que vc escreve quero acompanhar todas as suas fics....são ótimas... Fã

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  5. Juliana, suas historias são muito boas!!

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  6. Juliana Dantas sou uma viciada na saga Twilight e suas historias são perfeitas, a primeira que li foi DOOMED LOVE e simplesmente ameiii .. agr estou lendo essa e já mergulhei de cabeça na hist. Todas as fics q vc postar eu vou ler ... elas são simplesmente maravilhosas .. PARABÉNS MESMOO ...

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  7. This comment has been removed by the author.

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...