Bom dia gente! O capítulo de hoje está quente. Rob e Kris estão tensos e preocupados com a situação e acabam se consolando...
Título: Wake Up
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Wake Up
By Juliana Dantas
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 5
POV Kristen
Eu estava um poço de contradições.
De emoções desencontradas.
Tirei os sapatos ao entrar no quarto e puxei as cortinas. As paredes de vidro revelaram a noite cheia de luz de Nova York.
Acendi um cigarro e me sentei, abraçando os próprios joelhos.
Eu e Rob voltamos da maldita reunião com os abutres e jantamos juntos no restaurante do hotel, mas não falamos nada.
Acho que ele estava tão sem saber o que falar quanto eu.
Minha mente vagava com a felicidade sufocante de ter visto Ava finalmente. Tão linda, tão perfeita. Tão minha. Mas sem ser minha realmente.
Havia saído de dentro de mim e fora levada para outra cidade, outros pais. Outra vida.
Eu ainda sentia ganas de matar ao pensar em toda crueldade sem tamanho deste ato.
Mas do que ia adiantar remexer nisto? Para fazê-los pagar? Como? Processo? Polícia? Escândalo?
Eu estremeci em pensar em todas as conseqüências.
Pra mim. Pra Rob. Nossa carreira. Nossas vidas.
E para Ava. Principalmente Ava.
Ela era apenas uma vítima. Apenas uma criança; que não fazia idéia de quem era.
Mas era minha filha.
E como eu podia simplesmente virar as costas e ir embora, continuar a vida como se nada tivesse acontecido?
As horas passaram se que eu me desse conta.
Pensei em ligar para minha mãe. Mas ainda não contara nada a eles. Nem sabia como ia contar. Se ia contar.
Cansada de ficar ali, eu peguei o maço de cigarros e saí do quarto.
Entrei no elevador e apertei o último andar.
Saí para terraço, onde havia uma piscina fazia àquela hora.
Não exatamente vazia. Havia um vulto solitário envolvido pela fumaça de cigarro.
Rob estava sentado em uma das cadeiras em volta da piscina, pensativo.
Eu caminhei e sentei ao seu lado.
-Não conseguiu dormir? – indaguei.
Ele passou o cigarro pra mim e eu dei uma longa tragada.
-Nem você. – foi sua resposta.
Ficamos em silêncio por um tempo, apenas fumando.
-Eu não sei se consigo fazer o que parece ser mais certo... – murmurei.
Ele não perguntou o que eu achava mais certo. Ele sabia.
-Não sei se consigo entrar no avião e voar de volta para LA e continuar, como se nada tivesse acontecido.
Ele me encarou.
-Não podemos envolvê-la nisto, Kristen. Você sente isto?
-Sinto.
-É só uma criança. Ela tem uma vida aqui. Uma vida que não inclui nem eu ou você.
-Somos os pais dela.
-Não somos.
Eu fechei os olhos. Sua negação vinha carregada de um pesar profundo. Doeu dentro de mim.
-Você tem noção que a gente poderia passar a vida sem saber? Sem ter idéia da sua existência?
-Sim. Talvez tivesse sido mais fácil.
-Sim... Talvez...
-Eu queria... que as coisas fossem diferentes.
Por um momento eu também imaginei isto.
Se ela não tivesse sido arrancada de mim. Se não houvesse aquela farsa.
Como seria? Eu estaria com o Michael? Eu a criaria como minha?
Durante a gravidez eu me abstivera de pensar no que aconteceria quando o bebê nascesse.
Era tudo tão surreal. Tão estranho e fora do lugar.
Havia uma parte de mim que apenas esperava. Sem fazer planos. Sem pensar no depois.
Porque eu não tinha idéia de como ia ser o depois.
Eu estava grávida de outro cara que não era meu namorado.
Um namorado que eu não deixara mais por a mão em mim.
Porque ele também parecia fora do lugar.
Errado.
E eu também não queria pensar no outro cara. Em Rob.
E eu também não queria pensar no outro cara. Em Rob.
Eu agia como se ele fosse apenas meu colega de trabalho.
Não meu amante.
Amante talvez fosse um exagero. Fora apenas uma vez. Uma noite.
Algo perdido no tempo. Que teria ficado apenas em nossas lembranças se eu não tivesse ficado grávida.
Eu nunca parara pra me perguntar por que eu fizera aquilo. Trair Michael.
Eu não queria encarar o que eu sentia. Era demais pra mim.
Era ir contra tudo aquilo que eu acreditava até aquele momento.
Eu acreditava que amava Michael.
Fora apenas depois de perder o bebê, de saber o que era realmente sofrer por algo que se amava mais que tudo, que eu admitira pra mim mesma que não o amava.
E então, eu pude olhar para o outro lado. O outro cara.
E então, eu pude olhar para o outro lado. O outro cara.
E admitir que talvez o que eu realmente amava estava do outro lado.
E o que fora tão errado agora era certo.
E foi certo e lindo durante um tempo.
Eu fora feliz. Quando ele me beijava, me tocava, quando se perdia dentro de mim...
Era perfeito.
Era perfeito.
Mas existiam aqueles momentos em que ele não me bastava.
Havia um vazio dentro de mim que não poderia ser preenchido.
Era o vazio que minha filha deixara.
E fora isto que acabara com nós dois.
Era uma dor não revelada. Nunca falada.
Será que se eu tivesse falado na época como realmente me sentia, teria servido pra alguma coisa? Talvez.
E eu também nunca soube como ele se sentia.
Agora eu podia vislumbrar.
E se fosse diferente, eu me perguntei novamente. Se Ava estivesse comigo, eu teria visto que Michael não era pra mim?
Teria admitido que estava apaixonada por Rob, nós estaríamos juntos ainda hoje?
Por um momento eu vislumbrei nós dois. E Ava.
A imagem foi tão poderosa, tão perfeitamente certa, que um nó se formou no meu peito.
Vazio.
A realidade nunca seria aquela. Nós nunca estaríamos juntos.
Ava nunca estaria ali.
O nó no meu peito subiu pra minha garganta.
Eu não queria chorar. Mas a dor ameaçava me sufocar.
-Eu queria saber que ela ficará bem; Se eu souber pelo menos que ela ficará bem... Talvez eu consiga...
-Fazer o que é certo - ele completou.
-Podemos conversar com a tal tia. Garantir que ela é uma boa pessoa e que cuide dela direito.
-Sim. Podemos.
-Vamos fazer isto amanhã. Acha que... acha que ela deixará que nós nos encontremos com ela, com Ava?
-Talvez não seja uma boa idéia... nos envolvermos ainda mais...
-Eu preciso... vê-la de novo. Ouvir sua voz. Saber que ela é feliz. Que ela não precisa de mim.
Eu me calei incapaz de continuar.
Era dolorido pensar nisto.
-Amanhã. - Rob falou respirando fundo - Amanhã nós iremos até a tia dela.
-Então é isto? - falei apagando o cigarro.
-Sim, é isto. Acho que não tem nada que possamos fazer mais.
Mordi os lábios com força.
Eu ainda não sabia como aplacar aquela dorzinha por dentro.
Mas talvez ela não passasse nunca.
A única certeza que eu tinha era que Ava precisava ficar bem.
Mesmo que fosse longe de mim.
Nós ficamos em silêncio por algum tempo.
Eu sabia que devia me levantar e ir dormir. Mas não queria ficar sozinha.
Não naquela noite, não ainda pelo menos.
E Rob era a única pessoa no momento que entendia o que eu estava sentindo.
Porque ele sentia o mesmo.
E de certa forma era reconfortante tê-lo ali. Seria mil vezes pior se estivesse sozinha.
Olhei os reflexos das luzes na piscina e de repente me lembrei de uma outra noite, em outro hotel, em outro tempo e esta lembrança me fez rir.
Ele me fitou, intrigado.
-Estou lembrando de uma noite em que pulamos naquela piscina com roupa. Lembra?
Ele sorriu. Sim, ele também lembrava.
Ele sorriu. Sim, ele também lembrava.
-Onde era mesmo?
-Acho que era Paris, alguma premiere... eu fiquei espirrando por uma semana.
-Estava calor.
-Só se foi pra você.
-Mas foi divertido.
-Sim, foi sim. - murmurei, ainda perdida em lembranças.
Era difícil eu deixar aquilo acontecer. Lembrar.
E lembrar como algo realmente bom e não só os momentos ruins.
De repente ele se levantou e tirou o tênis.
-Ah não! Não vai fazer isto.
Ele riu, tirando a toca preta.
-Nós vamos fazer.
-Nem pensar...
Mas ele já estava puxando minha mão.
-Deixa tudo de fora Kristen e esfria a cabeça.
-Iremos congelar. - mas eu já estava embarcando na dele. Como fazia a tanto tempo atrás.
-Congelaremos juntos então.
E dando um impulso ele fez um mergulho perfeito.
Eu pulei atrás.
A água fria me envolveu e eu perdi o ar por uns segundos até vir à tona, respirando uma longa golfada de ar e ouvindo a risada de Rob.
Ele flutuava a minha frente, os cabelos molhados sobre a testa.
Me deu vontade de me aproximar e ajeitar as mechas úmidas. Meus dedos chegaram a coçar para isto.
Talvez porque fora exatamente isto que eu fizera da outra vez. Meus dedos em seus cabelos.
E depois por toda parte.
E os dele estiveram em toda parte em mim também.
De repente a água já não estava tão fria.
Não em relação a minha pele que esquentava movida pelas lembranças.
Nossos olhos se encontraram através da água. Havia algo ali. Algo quase palpável.
Algo como uma linha invisível que me puxava em sua direção.
Ou era o contrário?
Talvez fossem as duas coisas.
Não fora assim que tudo começara? Se fechasse os olhos ainda podia me lembrar.
As palavras que não eram suas em meu ouvido, as mãos que não eram suas nos meus cabelos, os lábios que não eram seus em minha boca.
E então eu já não sabia onde terminava a ficção e começava a realidade.
Apenas me deixei levar por todas aquelas sensações tão novas. Algo que não era apenas físico. Vinha de algum lugar desconhecido dentro de mim.
E assim, já não éramos dois atores ensaiando uma cena.
Estávamos fazendo nossa própria história.
Abri os olhos, voltando ao presente. Ele ainda estava ali.
Era tão igual. Ainda tão deliciosamente fácil de se deixar levar...
Um barulho nos fez olhar em direção a porta que bateu.
-Acha que tinha alguém ali? - indaguei preocupada.
-Se tinha, foi embora. Não se preocupe. Deve ser só algum funcionário há esta hora. Mas vamos sair daqui.
Saiu da piscina e estendeu a mão. Eu a peguei, e ele me puxou pra fora.
Senti o frio da noite através das minhas roupas encharcadas quando me soltou, se virando para pegar seu tênis e a toca. Eu peguei meus cigarros e nós nos apressamos para o elevador em silêncio.
Em minutos estávamos na porta do meu quarto. O dele era no mesmo corredor.
Mas eu abri a minha porta e entrei.
E a deixei aberta atrás de mim.
Eu não precisei olhar para saber que ele estava atrás de mim, fechando a porta.
Senti frio e estremeci ao me virar.
Rob se aproximou e tirou as coisas das minhas mãos.
-Você está gelada. – murmurou, as mãos deslizando por meus braços, que eu levantei para que ele retirasse minha camiseta molhada.
-Você também. – respondi e fiz a mesma coisa com a dele, encostando meus seios desnudos em seu peito.
E estremecemos juntos. De frio e de prazer.
-Ainda está gelada. – ele falou divertido, seu hálito quente em meu ouvido.
Eu dei uma risadinha trêmula.
-Você também.
Ele segurou minha mão e me levou para o banheiro, onde acabamos de tirar a roupa e entramos sob o jato quente do chuveiro.
E quando eu voltei a me encostar nele, seu corpo estava deliciosamente quente.
E então seus lábios estavam entreabrindo os meus para a invasão de sua língua e seus dedos estavam abrindo caminho dentro de mim.
Eu gemi contra sua boca, agora estremecendo de puro prazer.
Sua boca se apartou da minha para deslizar por meu rosto, os dentes mordiscando meu pescoço, a barba por fazer arranhando de leve, enquanto seus dedos continuavam me torturando.
-Goze para mim... - sua voz carregada do mais doce sotaque inglês estava dentro do meu ouvido e eu não tive escolha a não ser obedecer e mergulhar num orgasmo intenso.
E depois, ele estava me beijando de novo. Várias vezes, sob a água quente até que os tremores diminuíssem, mas não o desejo.
Ainda estava ali. Minha mão o envolveu e o acariciou.
-Agora dentro mim. – pedi e com um gemido rouco, Rob me segurou pelos quadris e me penetrou com uma única e perfeita investida, que se transformou em várias, rítmicas e profundas, e de novo eu me vi arrastada por uma onda de prazer que começava onde nossos corpos se uniam e se espalhava por todos meus poros. Eu era pura sensação.
E de novo os espasmos me tomaram, junto com ele agora, o que tornava tudo mais perfeito e intenso.
Rob me levou pra cama e puxou a coberta sobre nós, os dedos acariciando de leve minhas costas.
Fechei os olhos e encostei a testa em seu peito, onde o coração batia tranqüilo agora.
Eu só queria dormir. Nada mais.
Por hoje deixaria os problemas para depois.
Para amanhã.
Mas não se pode fugir dos pesadelos.
E eles vieram. Terríveis e sem aviso.
Imagens onde eu estava de novo na sala de parto e eram aqueles advogados da Summit quem tiravam Ava de dentro de mim e eles riam enquanto a levavam. Eu gritava e chamava de volta, mas ninguém me ouvia.
Eu acordei ainda gritando e sentei na cama.
Já amanhecia e eu respirei fundo várias vezes e de repente me lembrei que não deveria estar sozinha.
Mas estava.
Olhei para o lado e não havia ninguém ali.
Rob não estava lá.
Não soube bem o que sentir com aquela ausência. Havia um certo alívio.
Mas também pesar.
Porém aquilo não tinha a menor importância. Fora sexo.
Sexo do bom, como sempre fora com ele.
Mas fora também conforto, pensei. Eu precisava dele e talvez ele precisasse de mim também naquele momento. Éramos adultos e conseguíamos lidar com aquilo.
Assim eu esperava.
Assim eu esperava.
A questão era que eu já não estava preocupada com Rob e eu. Outras preocupações me tomavam.
Ava. A dor estava lá de novo.
O telefone tocou e eu atendi.
-Kristen, sou eu.
Rob. Que horas ele teria ido embora? Será que só esperara eu dormir?
Ou ficara até de manhã?
-Eu liguei para aquele advogado da tia da Ava e ele marcou para nos encontrarmos com ela hoje à tarde. Tudo bem?
-Sim. – respondi. Embora tudo estivesse longe disto. – Estarei pronta.
-Ok, nos encontramos aqui em baixo?
-Tudo bem.
Eu desliguei.
Hoje iríamos conhecer a mulher responsável por Ava.
A figura materna na sua vida.
Que não era eu. Nunca seria.
E eu rezava para que tudo desse certo.
Jogando as cobertas para o lado, eu me levantei e fui me preparar.
Continua...
Esses dois não podem ficar a um metro de distância que as coisas já esquentam. Nós sabemos que não seja só sexo, como disse a Kris, mas acho que ela logo vai descobrir.
E essa tia, como será? Vamos ver no capítulo de amanhã. Beijos.
é vdd nao conseguem msm ficar mto tempo juntos sem q leve a sexo, mas claro por causa do amor deles!! curiosa pra amanha quando eles encontrar a tia de Ava!! ate amanha
ReplyDeleteAh, isso ñ é só sexo ñ... é amor mesmo!!!! haha... e o q será q vai acontecer nesse encontro??? *** só amanhã mesmo, né?! rsrs! Até amanhã então
ReplyDeleteAiai, porque será que eu estou com um mal presentimento dessa tal tia de Ava. Vou tentar tirar isso da minha cabeça.
ReplyDeleteAté amanhã. Bjus