FANFIC - WAKE UP - CAPÍTULO 6

Oi galera! Hoje Rob e Kris vão conhecer a tia responsável por Ava...

Título: Wake Up
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Wake Up

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 5

POV Kristen

Eu estava nervosa quando caminhamos pelo corredor e entramos numa sala de reunião do advogado da tia de Ava.

-Sentem-se, por favor, querem alguma coisa? - a secretária indagou olhando para Rob como se fosse desmaiar a qualquer momento e eu tive vontade de rir.

-Não obrigada. – ele respondeu com um sorriso e eu acho que a ouvi suspirar antes de sair.

-Eu achei que ela fosse desmaiar, – comentei baixinho, sentando numa cadeira ao seu lado – tinha me esquecido de como elas ficam perto de você.

Rob apenas deu de ombros e não respondeu.

Ele estava meio calado.

Ou melhor, ele falava comigo, mas nada foi comentado sobre a noite anterior.

Ok, eu merecia isto. Na verdade eu deveria até estar aliviada.

Mas de alguma maneira isto me deixava decepcionada. 

Enquanto percorríamos o caminho até ali, eu fiquei esperando a hora em que Rob ia falar. Mas nada foi dito. Era como se não tivesse acontecido.

Bom, se ele ia ignorar, eu podia fazer o mesmo. Já não ia fazer de qualquer jeito?
Assunto resolvido, ou jogado para baixo do tapete, me restou a preocupação com o encontro com a tia de Ava.

A porta do escritório se abriu e um homem, trajando um terno elegante e uma mulher, que deveria estar na casa dos trinta, também trajando um eficiente terninho, entraram na sala.

-Espero que nos perdoem pelo atraso. – o advogado falou – Esta é Sharon Alexander.

A mulher nos lançou um olhar entre curioso, impaciente e por fim surpreso ao nos reconhecer.

-Vocês não são...?

-Sim, somos. – falei rapidamente – E você é a responsável legal por Ava.

-Então são vocês... - ela agora parecia abismada.

Eu e Rob trocamos um olhar alarmado.

Então ela não sabia?

-Sharon... - o advogado a chamou.

-Nossa, por isto eu não esperava! Eu sabia que devia ser alguém importante, mas nunca imaginei que fossem astros de Hollywood!

-Isto não vem ao caso agora. – Rob interviu seriamente – Nós estamos aqui para falar sobre Ava.

-Deus, vocês dois são...

-Os pais biológicos de Ava. – completei.

-Uau...

-Sharon, para com isto. – o advogado pediu e nos encarou – Bom, como vocês insistiram, eu concordei com este encontro. Mas devo dizer que não acho prudente...

-Acho que somos nós que decidimos isto. – falei.

-E porque agora? Por que isto agora? - a mulher falou irônica – Estão aqui na minha frente enchendo a boca pra falar que são os pais dela, mas onde estavam nestes nove anos? Ava foi adotada por meu irmão e cunhada há nove anos. Tinha acabado de nascer. E depois que eles morreram, eu virei a responsável. Eu sempre soube que existia alguma coisa importante rolando por trás desta história. Os pais da Ava sabiam, claro. Eles eram deste meio, trabalhavam para aquela empresa aqui em Nova York, como é mesmo o nome? Summit. Aquela produtora. E depois que eles morreram, nosso querido Callder aqui apenas pediu que eu cuidasse dela e que iriam me ajudar com dinheiro. Claro que tinham que ajudar né? Vocês se livraram dela para evitar um escândalo, aposto, sei como são estas coisas em Hollywood...

-Você não sabe de nada. – sibilei contendo a minha ira – Nós não sabíamos que ela estava viva. Eu achei que ela tinha morrido.

Ela riu, com incredulidade.

-Ok, eu acredito nisto!

-Não precisa acreditar. – Rob falou secamente – Não estamos aqui para falar do passado. E sim sobre Ava.

-Ava está muito bem. Pode perguntar para aquele figurão lá que manda dinheiro.

-Nick. – Eu falei.

-Sei lá o nome dele! Contando que ele continue mandando dinheiro... Sabem como é difícil cuidar de uma criança nos dias de hoje? Não fazem idéia, né? Continuam vivendo a vida de vocês cheia de glamour...

-Sharon, - o advogado segurou seu braço numa advertência – não estamos aqui para saber sua opinião sobre a vida deles. E sim para garantir que Ava está sendo bem criada.

-Ela está ótima! Está num colégio excelente, um dos melhores de Nova York.

-Um colégio interno. – Rob falou – Porque ela não mora com você?

-Eu trabalho. Tenho minha carreira no ramo imobiliário. Não posso cuidar dela 24 horas por dia e este colégio é muito bom.

Eu mordi os lábios com força enquanto ela descrevia todas as qualidades do colégio. A vontade que eu tinha era de perguntar tudo sobre Ava, mas a minha paciência estava se esgotando e eu sentia que de nada ia adiantar aquela conversa.
Rob deve ter sentido o mesmo.

-Será que nos poderíamos conhecê-la? – ele pediu interrompendo o fluxo interminável de palavras da tal Sharon.

Ela parou e encarou o advogado.

-Senhor Pattinson, não achamos prudente... Pense na própria criança. Acho que é o bem estar dela que está em foco aqui... - o homem falou devagar.

-Nós não vamos dizer quem somos. – falei sem pensar – Claro que não queremos confundi-la. Queremos apenas passar um tempo com ela. Ver se é feliz.

-Ela é feliz. - Sharon revirou os olhos.

É o que você diz. – eu quis dizer mais me calei. Algo me dizia que era melhor não arranjar confusão com aquela mulher.

-Nós precisamos conhecê-la. É a única coisa que pedimos. – falei.

O advogado não parecia convencido, mas acabou concordando.

-Tudo bem, se é isto que eles querem, mas o que vou dizer a ela? - Sharon indagou.

-Nada. Apenas diga que somos velhos conhecidos seus. – Rob deu de ombros.

-E quando isto vai acontecer?

-Amanhã? - pedi. - Eu estava tão ansiosa que não queria esperar mais nenhum dia.

-Amanhã é sábado.

-Sim, e ela não estará na escola não é?

-Estará sim. Eu tenho uma viagem marcada.

-Desmarque ou adie. – Rob pediu – Acho que você quer resolver esta questão tão rápido quanto nós.

Ela não parecia nem um pouco feliz.

-Tudo bem. Podem ir ao meu apartamento amanhã. Ava estará lá. Assim espero que se convençam que ela está muito bem.

Eu e Rob nos encaramos ansiosos.

Íamos conhecer Ava. Finalmente.

POV Rob

Nós entramos no carro e Kris me encarou.

-Não gostei dela.

-Nem eu. – respondi dando partida.

Eu não tinha gostado nada da tal Sharon.

Tudo bem que eu já estava pré-disposto a não gostar de qualquer jeito. Afinal, ela era a pessoa que tinha todo o direito de estar com Ava e mesmo assim a mantinha num colégio.

-Mas pode ser só uma primeira impressão não é? - Kristen continuou como se tivesse tentando arranjar desculpas para suas próprias desconfianças - Quer dizer... só porque ela mantém a Ava num colégio interno não quer dizer que seja uma má pessoa.

-Não. 
-Na Inglaterra isto é até normal não é? - continuou e eu sorri.

-Depende.
-E ela pareceu... naquele dia que a vimos... ela pareceu muito bem. Saudável. Estava rindo.

-A gente a viu tão rápido Kristen...

-Eu sei. Mas amanhã nós a conheceremos de verdade.

Eu parei o carro em frente ao hotel e nós nos encaramos.

Ela sorria num misto de ansiedade e medo.

E eu tive vontade de me inclinar e beijá-la.

Mas apenas sorri de volta, porque sentia a mesma ansiedade e o mesmo medo.

E isto me fazia lembrar os reais motivos de estarmos juntos naquela viagem.

Era por Ava.

E só porque tinha passado boa parte da noite dentro dela, não queria dizer que eu tinha qualquer direito de ir mais além agora.

Não éramos um casal.

E fora por isto que eu levantara naquela manhã e a deixara dormindo.

E não tocara mais no assunto.

Não havia nada pra ser dito. 

Nós saímos do carro e meu celular tocou.

Era Sam que estava na cidade pra um show naquela noite.

-Eu estou em Nova York também. – respondi.

-Jura? Então você vem?

Eu olhei para Kristen e tapei o fone.

-Hei Kristen, que ir num show hoje à noite?

-Show?

-Do Sam.

-Ele está aqui?

-Está. 

Ela deu de ombros.

-Tudo bem.

-Sim, nós vamos. – respondi para Sam.

Entramos no elevador.

-Nós quem? 

-Kristen e eu.

-Kristen? Puta que pariu o que a Kristen está fazendo com você aqui?

-Uma longa história... 

-Posso até imaginar. Mas depois você me conta. Estou indo ensaiar. Até a noite.

-Até.

Eu desliguei e chegamos ao nosso andar.

Kristen me encarou.

-Você contou a ele?

-Não. Não contei a ninguém.

Ela pareceu aliviada.

-Também não contei... a ninguém. Quer dizer, contei ao John só.

Nós chegamos em frente ao seu quarto. O meu era mais pra frente.

-Eu vou... fazer umas ligações. Nos vemos que horas?

-Umas nove, tudo bem?

-Tudo bem.

Ela entrou no quarto e eu segui sozinho para o meu.

Nove em ponto eu desci e lá estava ela. Fumando um cigarro e vestindo um capuz.
Me lembrei de outros tempos, quando a encontrava assim e podia passar os braços em volta de sua cintura e deslizar os lábios por sua nuca. Ela riria e ficaria olhando ao redor preocupada com quem estivesse olhando. E eu a puxaria pela mão até um local onde eu poderia fazer o que quisesse com ela sem nos preocupar se tinha alguém vendo.

Mas este tempo não existia mais.

-Pronta?

-Sim. - ela jogou o cigarro e trouxeram o carro.

-Vai ser legal termos algo pra fazer. - ela disse - Ia passar a noite pensando em amanhã; Estou morrendo de ansiedade. Acho que já fumei um maço inteiro.

Eu ri.

-Sam vai gostar de te ver.

-O que falará pra ele. Sobre... eu estar aqui? Ele deve achar estranho.

-Eu não sei... Podemos dizer que estamos aqui a trabalho.

-Ele não vai acreditar, porque você não sabe mentir.

-Eu sei mentir.

-Sabe nada. Ainda mais pra um cara de te conhece como ele.

-Quer falar a verdade então?

-Você quer?

Eu não sabia dizer. Era tudo tão complicado, mesmo Sam sendo um amigo e de muita confiança, não sabia se queria envolver outra pessoa naquela história.

-Não. Deixe que ele tire suas próprias conclusões. No fim ele vai acabar achando que estamos tendo uma recaída.

-Recaída... - ela murmurou olhando pela janela e eu imaginei o que se passava por sua mente. 

Falar em recaída até que não estava tão longe da verdade.

Tivemos mesmo uma recaída, não tivemos?

Chegamos ao bar e entramos.

Sam estava perto do backstage e nos cumprimentou com um sorriso.

-Não acredito que vocês estão aqui!

-E Kristen quanto tempo... - ele a abraçou.

-É bom te ver também.

-Vamos sentar e beber alguma coisa. Ainda tenho uns minutos antes do show.

Nós pegamos umas cervejas e nos sentamos.

-E aí, o que estão fazendo em Nova York?

-Trabalhando. – Kristen respondeu rápido.

Sam me encarou, com a testa franzida. Óbvio que ele não acreditava naquilo.

Mas eu não falei nada.

Agora que ele estava ali, um dos meus melhores amigos, eu tinha vontade de contar tudo sobre Ava.

Mas não sei se Kristen aprovaria.

Nós falamos sobre algumas amenidades e ele subiu pra cantar.

-Tinha esquecido como é bom vê-lo tocar. – Kris comentou em um momento.

E eu tinha esquecido em como era bom estar ouvindo Sam cantar com ela.

Depois do show, chamei Sam para ir para o hotel com a gente.

Nós sentamos no bar e ainda bebemos mais um pouco.

Kristen se despediu algum tempo depois.

-Estou com sono, vou subir. – ela abraçou Sam – Adorei ver você.

-Eu também.

Ela se afastou e então Sam me encarou.

-E aí?

-Aí o que?

-O que está rolando aqui? É uma recaída ou estão juntos de novo? E nem me vem com este papo de trabalho que eu não acredito.

-Cara... a história é bem mais complicada do que imagina.

-E o que não é complicado com a Kristen?

Eu ri.

-Então, cara, pede mais umas cervejas e me conta. Eu tenho a noite inteira.

Horas depois eu subi para meu quarto meio cambaleante, mas me sentindo mais leve depois de me abrir e contar tudo para o Sam.

Ele ficava chocado, claro. 

E apenas disse que estaria ali para o que eu precisasse. E o que mais ele podia dizer?
Nem eu sabia como íamos sair daquela confusão.

Passei em frente o quarto da Kristen e pensei o que ela diria se eu batesse.

Não, melhor deixar as coisas como estavam.

Já tinha muita confusão em nossa vida no momento.

Continua...

E aí, o que acharam dessa tia? Será que ela é boa para a Ava? E como será esse encontro deles com a filha? Vamos saber amanhã. Beijos.