FANFIC - CONSEQUENCE - EDWARD - CAPÍTULO 1

Olá galera! Chegando com o primeiro capítulo. Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

Título: Consequence
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Consequence

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 1

Eu não gostava de viajar de noite.

Mas Esme, ou melhor, minha mãe para todos os efeitos, fizera um pequeno drama sobre minhas faltas na escola.

Não que ela conseguisse nos segurar na escola sempre que queria. Meus pais adotivos, Esme e Carlisle eram tremendamente indulgentes comigo e com meus irmãos. Talvez porque fossemos adotados. Ou porque ainda eram jovens.

Mas o fato era que eu e meus irmãos vivíamos uma vida sem muitas rédeas.

Podia parecer o paraíso para todos os adolescentes. Mas pra mim era um tédio.

Ter dinheiro para fazer o que quisesse. Viajar a hora que bem entendêssemos. Ir à escola quando tivéssemos vontade.

Tudo isto não era novidade. E nem implicava em desafio.

Ainda mais agora que estávamos em Forks.

A chuvosa e fria Forks.

Carlisle era um filantropo. Um cara que herdara tanto dinheiro que poderia morrer e ainda sobraria para umas três gerações.

E ele era um médico brilhante e adorava ficar mudando de cidade, para os cantos mais remotos e exercer sua medicina.

Adotar órfãos desafortunados e com provável futuro brilhando era seu hobby favorito. Ele dizia que via algo em nós. Algo que merecia ser notado.

Eu não sei, por exemplo, o que é que ele via em Emmett, mas tudo bem. Ou na linda e vaidosa Rosalie.

Mas como o primeiro a ser adotado por Carlisle eu não questionava suas escolhas.

Amava meus irmãos como se fossem de sangue.

Assim como amava Carlisle e Esme como meus pais.

Meu celular tocou. 

-Oi Emmett.

-E aí, já estamos sabendo da novidade, claro. 

-Rose é uma linguaruda.

-Foi Tânia em pessoa que me contou e não Rose. Você deveria saber que assim que ela conseguisse finalmente te pegar, ela iria contar. E Edward, todos nós já esperávamos por isto. Há pelo menos 2 anos. Tânia tem uma pequena obsessão por você. Era questão de tempo. Não sei por que a fez esperar tanto! - ele riu - Eu ganhei do Jasper, ele vai ter que me dar àquela arma da segunda guerra mundial dele.

-Achei que pra você aquilo era uma velharia. – falei.

-Era uma aposta, temos que apostar aquilo que mais apreciamos.

-Não acho que você ganhou a aposta, Emmett.

-Como não? Você finalmente está namorando com a Tânia! Eu apostei que isto ia acontecer, este convite pra passar o fim de semana com ela, tinha algo. 

Sim, Tânia Denali e sua pequena obsessão por mim, como Emmett falava não eram novidade.

Eu apenas não tinha interesse nela. Não como ela queria.

E por mais que Esme adorasse que eu a namorasse eu conseguira me safar neste último fim de semana.

Rosalie gostava de dizer que havia algo errado comigo.

-O que está esperando, Edward? Uma princesa encantada? - ela ria, me provocando.

Mas claro, que isto tinha a ver com o fato dela mesma ter dado em cima de mim quando fora adotada há 3 anos e fora demais para a vaidade dela que eu não demonstrara nenhum interesse.

-Ou se acha bom demais pra todo mundo? - ela continuava, sempre que tinha oportunidade - Só porque é o mais inteligente de nós? Ou o primeiro que Carlisle colocou sobre suas asas? 

-Cala a boca, Rose. - eu resmungava ignorando-a.

E ha dois anos nós nos mudamos para o Alasca e conhecemos os Denali.

Tânia Denali era loira e linda.

E deixara bem claro seu interesse.

Mas ela só me causava tédio.

Assim como Rosalie.

E porque agora eu aceitara seu interesse?

Eu não sei.

Talvez o tédio tenha chegado a um nível insuportável.

E eu tenha começado a dar ouvidos as sandices de Rosalie.

A mulher perfeita não existia.

-Eu falei que ia dar uma chance a Tânia, - falei para Emmett - mas não sei se podemos considerar um namoro...

-Pelo amor de Deus, Edward, você ainda não comeu ela?

Eu ri.

-Não quero saber. - ele continuou - Tânia confirmou que é namoro!

Eu ia continuar a insistir com Emmett apenas para irritá-lo quando vi o carro parado à frente.

-Emmett, tenho que desligar.

Será que o motorista estava com problemas?

Parei o carro e saltei.

Dei uma olhada na caminhonete vermelha e antiga.

Claro que o motorista tinha ficado na mão com um carro velho daquele.

Me aproximei e a janela do motorista foi aberta.

Eu fiquei surpreso. Vindo daquela lata velha eu esperava um senhor barrigudo e saudoso dos velhos tempos que não queria se desfazer do carro antigo.

Mas não uma garota pálida e de olhos assustados, que não deveria ter mais do que 18 anos.

O vento despenteou seus cabelos castanhos e ela focalizou os olhos em mim.

Olhos cor de chocolate num rosto comum.

-Precisa de ajuda? - indaguei solícito.

Ela respirou aliviada para depois simplesmente parar de respirar e ficar me encarando, com os lábios entreabertos e os olhos arregalados.

Eu senti um princípio de irritação.

Aquela atitude eu já vira em várias garotas. Muitas.

E de alguma maneira ver aquele deslumbre nos olhos daquela desconhecida me irritou ainda mais.

E nem sei por quê.

-Moça? - eu a chamei novamente e ela ficou vermelha.

-Meu carro não quer funcionar, não sei o que aconteceu... – balbuciou.

Bem, com isto eu podia lidar.

-Posso dar uma olhada para você.

-Oh... certo.

Eu fui até a frente do carro, abrindo o capô.

Como eu previra, o motor estava fundido.

Fechei o capô e fui até ela.

-Acho que fundiu o motor. Terá que mandar guinchar.

-Saco. - murmurou - Não trouxe um celular.

Eu peguei meu celular.

-Quer que eu chame pra você?

-Faria isto? Eu não conheço nada nesta cidade e teria que chamar meu pai. 

Claro que eu não sabia o número de nenhum guincho, então liguei para Jasper.

-Preciso que arranje um guincho.

-O que, tá louco?

-Se vira, estou na estrada... - eu disse as coordenadas e desliguei.

-Pronto. Estão vindo.

Ela assentiu.

-Muito obrigada por me ajudar.

Eu reparei que ela estava toda encolhida, sua figura diminuta parecendo ainda menor.

E ela não vestia um casaco e com certeza aquele carro não tinha um aquecedor.

Eu poderia ir embora para minha casa. Afinal, já tinha prestado minha ajuda. Mas algo me fez permanecer ali.

Como se aquela garota pálida precisasse de proteção extra.

-Eu esperarei com você. – falei.

-Não precisa.

-Não vou deixá-la sozinha numa estrada. – insisti.

Ela pareceu sem graça e não falou nada.

-Está frio aqui, porque não vem pro meu carro, lá estará mais aquecida. – falei.

Ela parecia mesmo que ia congelar ali.

Depois de um minuto de hesitação, ela saiu do carro.

Eu abri a porta do Volvo para ela entrar e dei a volta para sentar no banco do motorista.

-Da onde vem tão tarde da noite?

-Da casa do meu namorado. - respondeu sem hesitar.

Eu sorri comigo mesmo enquanto me inclinava para aumentar o som do carro.

Claro que ela tinha namorado.

-Quer que eu troque de música? – indaguei.

-Gosto de Debussy.

Eu a encarei, surpreso.

Ela conhecia Claire de Lune?

-Não sei seu nome.

-Isabella Swan. – respondeu.

-Muito prazer Isabella.

-Bella. – havia uma nota de irritação em sua voz – só Bella.

-Ok, “só Bella”.

Eu sorri.

Estava começando a gostar de Isabella Swan.

Ou, como ela preferia "só Bella".

De repente eu parei o fluxo dos meus pensamentos.

Da onde vinha aquilo?

Só porque ela era a primeira garota que eu conhecia que gostava de música clássica?
Eu devia estar muito entediado mesmo.

Ela olhava para frente, mordendo os lábios.

E assim, na tênue luz do carro, ela parecia interessante, com seus longos cabelos marrom escuro e a pele super branca. Seria tão macia como parecia?

Meu olhar masculino desceu um pouco, analisando seu corpo disfarçadamente.

Sim, Isabella Swan era interessante.

-Você não perguntou, mas meu nome é Edward. – eu disse para preencher o silêncio – Edward Cullen.

Ela arregalou os olhos castanhos.

Sim... cor de chocolate quente, pensei.

-Certo... Edward. – murmurou.

E eu gostei do meu nome em seus lábios.

-Acho que o guincho já deveria estar aqui... – murmurou impaciente, olhando o relógio.

-Sim. Vou ligar de novo. – liguei para Jasper e ele disse que não tinha achado nenhum guincho.

-Más notícias. – eu disse desligando.

-O que foi?

-Parece que não têm mais nenhum guincho para mandar a esta hora.

-E o que eu vou fazer?

-Não se preocupe. Eles mandarão alguém amanhã de manhã. Eu a levo pra casa.

-Não precisa...

-Eu levarei pra casa Bella. - insisti dando partida.

Ela mordeu os lábios, nervosa.

-Me desculpa por todo este trabalho.

Eu sorri e dei partida.

-Então, Isabella Swan, acho que nunca te vi aqui em Forks. Onde mora?

Ela me falou o endereço.

-Me mudei hoje. Vim morar com meu pai. Era de Phoenix.

-E já arranjou um namorado? - indaguei curioso.

Ela rolou os olhos. Algo que eu achei divertido.

-Eu passo todos os verões aqui.

-Era um namoro a distância então?

Ela pareceu irritada com minha curiosidade.

-Me desculpe... - disse - estou sendo muito curioso?

-Está sim, – respondeu sincera. Eu gostei daquilo também - mas tem razão. Era distante. Agora não é mais.

-Sorte dele. – falei, de repente pensando em mim e Tânia.

Namoro a distância.

Isto não me parecia algo que pudesse dar certo.

Talvez se eu fosse apaixonado pela namorada em questão...

Obviamente o namorado de Isabella Swan devia ser apaixonado por ela, para esperar tanto.

-Também é novo na cidade. – comentou e ficou vermelha em seguida, mordendo os lábios daquele jeito que eu já estava começando a achar que lhe era característico.

-Como sabe?

-Eu... vi seus irmãos na escola hoje cedo. E me contaram que se mudaram há alguns meses.

-Sim.
-E eram da onde?

-Alasca. Mas viajamos bastante.

-Porque não estava na escola com seus irmãos? Estava viajando?

Eu sorri divertido.

-Quem está sendo curiosa agora?

Ela ficou vermelha de novo.

Algo que acontecia bastante também, eu estava percebendo.

Era... adorável.

-Me desculpe. – murmurou.

-Sim, Isabella. - respondi sua pergunta.

-Bella.

-Bella – corrigi.

Chegamos a sua casa e eu dei a volta abrindo a porta para ela, que deu um sorriso sem graça ao saltar.

-Obrigada pela carona.

-Foi um prazer ajudar.

-Certo... boa noite, Edward.

-Boa noite Bella.

Ela foi se afastando e então parou.

-Droga! Esqueci meu livro no carro!

-Era importante?

-Saco. - resmungou - Era pra um trabalho. Mas tudo bem. Eu darei um jeito. 

-Bella é você? - uma voz masculina falou de dentro e casa. Provavelmente seu pai.

-Acho melhor você ir.

-Certo. Tchau.

Eu entrei no carro e voltei à estrada.

Mas não em direção a minha casa e sim em direção onde estava o carro de Isabella Swan.

Porque eu me dava ao trabalho de fazer isto, eu não soube dizer.

Mas voltei lá e resgatei seu livro.

Olhei o título.

Orgulho e Preconceito.

Eu ri. De alguma maneira combinava com Isabella Swan.

Voltei para sua casa e pensei se deveria bater à porta.

Vi o carro de polícia ali parado. Ela era filha do chefe de polícia.

Melhor não criar problemas.

Joguei uma pedrinha na sua janela.

Ela apareceu e me encarou surpresa.

-O que faz aqui? 

Mostrei o livro.

-Fui buscar pra você.

-Não precisava fazer isto.

-Você disse que era importante.

Ela pareceu sem fala por um instante.

-Tudo bem, eu vou descer. - falou relutante.

E eu imaginei se minha presença ali lhe traria problemas.

-Não precisa, - falei de repente - eu subo aí.

Não seria difícil.

Eu e meus irmãos gostávamos de exercícios ao ar livre. E praticávamos escalada também.

Eu comecei a escalar a árvore em frente a sua janela.

-Hei ficou louco? - ela exclamou espantada.

Eu ri, continuando a subir com facilidade até chegar a sua janela.

-Você tem problemas, Edward Cullen? – indagou.

Eu lhe passei o exemplar de Orgulho e Preconceito.

-Não acredito que fez isto, poderia quebrar o pescoço!

-Não seja absurda Bella. - eu ri e ela riu também.

E algo estranho aconteceu.

E queria me inclinar e beijar Isabella Swan.

-Obrigada. – ela murmurou por fim, parando de rir.

-Tchau, Bella. - eu desci facilmente e entrei no Volvo.

Não, meu primeiro julgamento estava longe de ser verdadeiro. 

Isabella Swan estava longe de ser comum.

Ela era deliciosamente intrigante.

Continua...

Ahh... E nasce o amor! Que lindo esse Edward todo atencioso, cavalheiro... Quero ver o que vai acontecer no próximo encontro. Gostaram do primeiro capítulo? Espero pelas opiniões. Vejo vocês amanhã. Beijos.