FANFIC - FOR TEN YEARS - CAPÍTULO 16

Olá pessoas! Preparem para um capítulo tenso. Teremos a Premiere do filme deles e algo inesperado acontece...

Título: For Tem Years
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

For Tem Years

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 16

POV Kristen

Cheguei em casa e Ruby estava dormindo, coloquei-a no berço e pensei nas palavras de Tom.

-Você tem que contar... talvez nem deva contar nada. Talvez seja melhor assim...
E agora?

Eu sabia que eu errara desde o começo. Rob deveria saber de Ruby desde que eu soubera que estava grávida. 

Eu entendi tarde demais o absurdo de minhas decisões.

Sai do quarto apagando a luz a me sentei no escuro na sala. A noite caía e eu estava sozinha.

Minha mãe levara Michael na fisioterapia e eu apenas me sentei ali.

Era incrível que eu ainda sofresse.

Mas eu sofria.

Claro que naqueles 10 anos eu já tinha ouvido falar de várias mulheres em sua vida, incluindo aquela modelo do último MMA. 

Mas ele não ia casar com nenhuma delas.

Senti um vazio imenso no peito. Rob se fora.

Pra sempre.

E como eu poderia culpá-lo?

Eu virara as costas pra ele incontáveis vezes. E de alguma maneira ele sempre voltava.
E da última eu estava casada com Michael.

E depois Michael sofrera o acidente. Eu não podia deixá-lo sozinho. Não quando ele tinha ficado do meu lado quando eu soubera de Ruby. Quando brigara com a família inteira que achava um absurdo ele ainda ficar comigo.
E eu gostava dele. Gostava de verdade.

Mas não era nem de perto o que eu sentia por Rob.

Senti um nó se formando em minha garganta e não contive mais a vontade de chorar.
Quatro meses agüentando firme. Cuidando de Michael. Ruby crescendo e ficando cada vez mais parecida com Rob.

As malditas fofocas que sempre chegavam até mim, mesmo ele estando do outro lado do país.

Não que eu não soubesse sobre Emma.

Ainda me lembrava de como ficara mal quando ele se negara a me escutar e saíra dizendo que não ia voltar mais.

Eu passara quase um mês me martirizando.

Pensava sobre Ruby o tempo inteiro. Ele tinha que saber afinal.

Então eu pegara um vôo para Nova York.

Apenas para a porta do quarto de hotel abrir com Emma vestindo uma de suas camisas.

Ela sorriu surpresa pra mim.

-Kristen, o que faz aqui?

-Oh... Rob está aí? - indaguei tentando me recompor.

Era óbvio o que Emma estava fazendo ali.

E eu senti um ciúme doentio.

-Não, ele foi gravar, mas entra.

Eu entrei. Nem sei por quê?

Ela fechou a porta.

-Nossa, que vergonha! Acabei de acordar. Não dormi nada a noite. – ela deu uma risadinha.

Eu senti vontade de vomitar.

-Olha.. eu nem deveria ter entrado, se o Rob não está...

-Fica. – ela pediu – Por favor, eu quero falar com você.

Eu a encarei.

Ela mordeu os lábios e então me fitou.

-Kristen, tem que parar com isto. Parar de correr atrás do Rob.

-O que?

-Eu sei que vocês tiveram um rolo, e sabe Deus quanto tempo isto dura, mas... ele está comigo agora. Estamos juntos. De verdade. Eu gosto dele e quero ficar com ele. E você... você é casada... não deveria ficar correndo atrás dele e bagunçando a sua vida deste jeito.

-Você não sabe de nada! - murmurei mortificada.

-Eu sei que ele tinha uma espécie de obsessão por você. Todo mundo sabe. Mas acabou. E você precisa ficar longe. Pro próprio bem dele. Deixa ele em paz. 

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo. A vontade que eu tinha era de pular na jugular daquela vaca.

Mas eu não fiz nada disto.

Eu apenas peguei minha bolsa e a encarei antes de sair.

-Não diga ao Rob que eu estive aqui.

-Não direi.

E assim, a idéia de contar qualquer coisa ao Rob ficara esquecida.

Emma tinha razão. Eu não tinha o menor direito de bagunçar a vida dele de novo.
Mas e agora? Eu ainda teria?

Será que Tom contaria algo a ele?

Como é que eu podia contar sobre Ruby agora que ele ia se casar?

Eu não sabia o que fazer.

Michael apareceu e acendeu a luz.

-O que está fazendo aqui no escuro?

-Pensando. Como foi a fisio?

-O de sempre.

-Está indo bem – eu falei ao vê-lo caminhar ainda mancando, mas pelo menos ele já andava.

-Sim. – ele sentou na minha frente – Kristen, acho que nunca poderei agradecer pelo o que fez por mim.

-Não precisa. Eu fiz o que tinha que ser feito.

-Nós nem estávamos mais casados, não tinha obrigação.

-Você é meu amigo ainda. E de qualquer forma a culpa era minha de não ter sua família aqui.

-E o Rob? Sua mãe comentou um dia...

Eu revirei os olhos.

-O que minha mãe falou?

-Ela disse que você teve um encontro com ele, antes de eu sofrer o acidente.

-Minha mãe fala demais.

-Eu nem sei porque ela comentou isto... 

Mas eu sabia.

Ela queria que o Michael soubesse sobre Rob. Sobre as minhas intenções antes dele sofrer o acidente. Ela queria que Michael não voltasse a nutrir nenhuma esperança comigo.

E ela estava certa.

Eu errara várias vezes em tentar ter um relacionamento com Michael.

E sabia que nunca ia dar certo.

Não era porque ele estava ali que iria insistir no mesmo erro. Pelo menos isto eu aprendera.
-Eu sinto muito. – Michael murmurou.

-Não sinta. Eu e o Rob... acho que nunca ia dar certo mesmo. E agora... agora ele vai casar.

-Vai? Uau.

Eu dei de ombros, tentando parecer que não me importava.

-Tomara que seja feliz.

-E Ruby? Nunca contará a ele?

-Não sei. Acha justo eu contar logo agora?

-Também não sei.

Eu me levantei.

-Vou dormir, boa noite.

-Boa noite.

Eu fui pro meu quarto.

Mais alguns dias passaram. Eu imaginava que Rob estava de volta a Los Angeles se Tom estava por ali e aquele carrinho cheio de cerveja e a tal comemoração devia ter algo a ver com o casamento talvez?

Só de pensar nisto eu sentia arrepios de horror.

Na última semana de novembro, o telefone tocou. Era Catherine.

-Oi Kristen, tenho novidades.

-Oi.

-Finalizamos o filme e acharam que ficou tão bom que queremos colocá-los nas premiações.

-Não dá tempo, estréia só em março...

-Sim, mas faremos uma estréia especial ainda no mês de dezembro apenas em pequeno circuito.

-Entendi.

-Então marque na sua agenda a Premiere para 10 de dezembro.

Que ótimo, pensei, irritada. Um dia antes do aniversário da Ruby.

Eu comentei isto com Catherine e ela riu.

-Pelo menos não é no mesmo dia, não é? Tchau!

-Por favor, Michael.

-Não.

-Eu juro que nunca mais te peço nada!

-Kristen, isto é absurdo.

-Não posso ir sozinha nesta Premiere! O Rob vai estar lá com a noiva dele.

Eu tremia só de pensar em ter que encará-los. Juntos.

-Vai ter que se acostumar com isto, Kristen.

-Eu sei. Mas... por favor. É só uma Premiere, por favor...

Eu insisti tanto que Michael acabou concordando mesmo a contra gosto.

E lá estávamos nós no tapete vermelho.

Michael me deixou sozinha e entrou.

Ele nunca, nem quando éramos namorados posava comigo.

Eu nunca me importei. Mas hoje, eu queria que ele ficasse ali.

Eu tentei não parecer tensa. Mas era impossível.

E de repente lá estava ele.

Meus olhos focalizaram a porta do carro se abrindo e Rob saindo. Lindo, todo vestido de preto, a barba por fazer.

E então ele se virou e ajudou mais alguém sair do carro.

Emma.

Meu estômago deu um nó.

E Rob olhou pra cima e me viu.

Nós olhares se encontraram por alguns segundos atordoantes, antes que eu desviasse os meus para as câmeras.

A noite ia ser um suplício.

POV Rob

A noite ia ser um suplicio.

Mas não era sempre assim? Eu deveria saber.

Afinal, Kristen Stewart estava ali. Depois de meses sem nem ao menos vê-la de longe, agora lá estava ela, a poucos metros de distância.

Emma apertou meu braço, sorrindo.

Eu tentei sorrir de volta.

-Tudo bem? - ela indagou.

-Sim, vamos?

Nick apareceu e pediu para Emma esperar.

-Já que Kristen está terminando suas fotos, as próximas serão de vocês dois.

Eu sacudi a cabeça afirmativamente.

Kristen encarava os fotógrafos sem sorrir, como se quisesse sair correndo, como já era de praxe. 

Não havia mudado quase nada naqueles meses. Os cabelos talvez estivessem um pouco mais compridos e...

Ela estava usando o mesmo vestido. O mesmo maldito vestido do nosso último encontro.
Seria algum tipo de piada de mal gosto?

-Rob. – Nick chamou.

Eu me aproximei e ela me encarou.

Os mesmos olhos verdes, indecifráveis. 

E eu me senti de novo como há 10 anos atrás.

Era incrível. Passaram-se quatro meses. Eu lutara todos os dias desde então para nem pensar que ela existia.

E em apenas alguns segundos fitando aqueles olhos, eu estava de novo de quatro.
Eu era mesmo um idiota.

Afinal, Michael deveria estar em algum lugar ali perto.

Pensar em Michael me fez voltar a realidade e eu me voltei para os fotógrafos e passei os braços a sua volta.

Sorria e finja que ela é apenas uma colega de trabalho.

Eu fizera isto quantas vezes em 10 anos? Inúmeras.

Ela parecia tensa ao meu lado.

Que ótimo pelo menos não era só eu.

A sessão pareceu durar uma eternidade até que Nick disse que bastava.

Ela se afastou de mim, como se eu tivesse uma doença contagiosa.

-Agora só você Rob, depois pode tirar algumas com Emma.

Eu não gostei daquilo.

Mas Nick tinha razão. Já era tempo de eu e Emma assumirmos.

Já que iríamos nos casar.

Eu me senti tenso com aquele pensamento.

Até aquela noite, casar com Emma me parecera uma boa idéia.

Eu gostava dela. E estava dando certo.

Tudo bem que quatro meses talvez fosse pouco, mas eu já esperara tempo demais.

Não podia esperar a vida inteira. 

E eu descobrira que queria ter filhos.

Talvez isto tivesse a ver com uma certa garotinha de olhos verdes de cabelos loiros arruivados.

Ruby.
Era um inferno também sentir falta dela.

Mas eu precisei me afastar de tudo que tivesse a ver com Kristen.

Finalmente as fotos acabaram e nós entramos para a sessão.

As primeiras pessoas que vi foram Kristen e Michael.

Eu senti vontade de dar meia voltar e sumir.

Emma me puxou para nossos lugares.

-Estou ansiosa pra ver o filme! - ela cochichou no meu ouvido.

Eu já tinha visto e sabia que Kristen também. Graças a meus compromissos em outro estado, não vimos no mesmo dia. O que foi providencial.

As luzes se apagaram e o filme começou.

Eu não gostava de ver meus filmes e senti uma vontade imensa de beber algo.

De preferência alcoólico.

Me levantei e fui pro saguão.

E parei ao ver suas pessoas discutindo.

Michael e Kristen.

Mas que inferno. Porque eles não estavam lá dentro?

Eu já ia me virar para sumir dali, mas parei.

Eu fiquei ali, ouvindo a discussão. Sabia que devia me mexer, mas algo me impedia.

-Você não pode ir embora e me deixar sozinha! - Kristen gritou.

-Eu nem deveria estar aqui Kristen!

-Mas está! Do que adianta ter vindo e me deixar na pior parte? Ainda tem esta maldita festa!

-Tem que aprender a se virar sozinha, estou cansado de ficar servindo de apoio pra você. – Michael falou com uma frieza que eu nunca tinha escutado antes.

-Mas você é meu acompanhante...

-Cresce Kristen. Nós dois sabemos por que eu estou aqui.

-Por favor, Michael. – Kristen implorou.

Eu senti aquele velho ciúme. Ver Kristen implorando algo pra outro cara.

Eu deveria ter saído dali naquele momento.

-Não. Eu tenho outro compromisso.

-Porque não me disse antes?

-Porque eu sou um idiota. Eu sempre digo sim pra suas idéias. Eu sempre concordo com você e tarde demais me dou conta da enrascada que me meti.

-Eu sei que... - a voz de Kristen saiu vacilante. Era demais pra mim.

Michael a interrompeu.

-Não, você não sabe. Não posso mais ficar fingindo que somos casados.

-Nós somos casados!

-Por pouco tempo. Eu voltei a falar com o advogado e os papéis do divórcio vão sair. E eu irei procurar uma casa esta semana.

Então eles estavam se divorciando? Eu senti algo por dentro. Algo parecido com alívio.
Mas parei. Eu quase ri. Não era a primeira que eu ouvia aquilo.

-Tudo bem, mas por favor, apenas hoje... - Kristen pediu no mesmo tom queixoso e eu me virei para ir embora.

Já chega.

Mas parei ao ouvir a próxima frase de Michael.

-Não, Kristen. Eu... estou saindo com alguém.

-O que? - Kristen parecia tão surpresa quanto eu.

E de alguma maneira eu quis esmurrar Michael, por estar traindo Kristen.

Eu era mesmo um idiota.

-Eu devia ter te contado, eu a conheci na fisio... ainda não é nada sério... mas.... - ele respirou fundo – eu preciso seguir minha vida. Um dia eu quero ter meus próprios filhos Kristen e não criar a filha de outro cara.

Eu parei.

O que? O que ele dissera?

Minha mente demorou alguns segundos para registrar.

“...e não criar a filha de outro cara.”

Michael não era pai de Ruby?

Se ele não era, então...

Eu entendi.

Como um estalo na minha mente. 

Eu me senti sem ar por alguns instantes.

Fechei os olhos com força, lutando para respirar. Não podia ser.

Não podia... sim podia.

Eu abri os olhos.

Kristen estava sozinha ali, Michael tinha desaparecido.

Eu dei um passo à frente e ela se virou me vendo.

-Ruby é minha filha?

Ela não respondeu.

E nem precisou.

Estava escrito em seus olhos.

Continua...

OMG! Que maneira horrível dele descobrir sobre a filha. Nem quero ver o que ele vai fazer agora. Ansiosa pelo próximo capítulo. Beijos e até amanhã.