FANFIC - FOR TEN YEARS - CAPÍTULO 22

Boa tarde gente! Hoje Kris tem a difícil missão de deixar Ruby viajar com Rob e Emma, mas um imprevisto pode mudar as coisas...

Título: For Tem Years
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

For Tem Years

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 22

POV Kristen

Foram dois dias de preparação.

Não só de tudo o que Ruby iria precisar para viajar, mas sobretudo preparar a mim mesma para deixá-la ir.

-Vai ficar com esta cara de enterro? - minha mãe indagou enquanto eu colocava as coisas de Ruby no carro. 

-Queria que eu estivesse feliz?

-Eu sei como é difícil. Mas é o pai dela e você terá que se acostumar com ele levando-a sempre. Podia ser pior. Ele podia querer a guarda dela ou coisa assim.

Eu estremeci.

-Às vezes acho que ele quer e nem sei o que farei se isto acontecer. Não vou deixá-lo tirar Ruby de mim, ainda mais pra viver coma aquela Emma.

Minha mãe riu.

-Você morre de ciúmes dela não é?

-Claro que não. – menti. - Mas eu não acho que ela tenha lá muita paciência. Eu estou sendo muito legal deixando Rob levá-la estando com esta Emma. Depois do que ela fez no aniversário de Ruby...

-Ela perdeu a paciência.

-Não me interessa. Que tenha seus próprios filhos pra bater. A minha não.

-Está preparada pra isto? Para Rob tendo outros filhos com esta moça?

Eu mordi os lábios, jogando a última sacola com força no porta-malas do carro.

-Não me interessa. – menti mais uma vez.

Eu tinha vontade de bater a cabeça na parede só de pensar.

O que era ridículo.

-Bem, eu já vou. - minha mãe olhou o relógio.

-Você é uma traidora. – resmunguei indo buscar Ruby.

-Você ainda pode vir com a gente.

Meus pais iriam viajar pra Austrália.

O que queria dizer que eu passaria o Natal sozinha.

Michael viajara na noite passada com a nova namorada.

-Não terei cabeça pra ir a lugar algum.

-É bobagem ficar aqui sozinha só porque a Ruby não está...

-Justamente por isto não quero ir.

-Tudo bem, você quem sabe.

Ela se despediu de Ruby e entrou no carro, indo embora.

Eu coloquei Ruby na cadeirinha e entrei no meu próprio carro.

Respirei fundo rezando pra ter forças pra deixá-la ir.

Eu cheguei em frente a casa de Rob e buzinei saindo do carro e indo até o porta-malas.

Era melhor fazer aquilo rápido.

Ele apareceu seguido de Emma.

Meu estômago revirou.

-Oi. – falei tentando sorrir. Era difícil – Pode tirar a Ruby pra mim?Ela já está impaciente.

-Oi Kristen, como vai? - Emma falou com um sorriso.

Que era tão falso como o meu.

-Tudo bem e você?

-Tudo ótimo. Estou ansiosa pra chegar em Londres. Tantas coisas legais pra fazer...

-Sei...

Comecei a tirar as malas do carro.

Rob pegou Ruby abraçando-a e ela ria.

Emma chegou perto deles.

-Oh, como ela está linda. Vem com a tia Emma, Ruby.

Emma pegou Ruby no colo e eu tive vontade de voar em cima e arrancar Ruby dali.

Respirei fundo.

Rob deve ter visto a minha cara.

-Está tudo bem Kristen. - ele se aproximou, me ajudando a tirar tudo.

-Certo. 

-Nossa, são apenas alguns dias.

-Eu sei. Mas você não tem idéia do que um bebê precisa. É bastante coisa mesmo. Coloquei tudo aí. Acho que não faltou nada. Coloquei até uns brinquedos preferidos dela, pra não sentir falta.

-Tudo bem.

-Que horas sai o vôo?

-Daqui quatro horas.

-Me liga assim que chegar, tudo bem?

-Eu ligarei de hora em hora se isto te deixa mais tranqüila.

Eu ri, ou tentei, mas apenas comecei chorar.

Justamente o que eu temia.

Respirei fundo.

-Não liga pra isto. Eu estou bem. – falei rápido.

Mas ele me encarava com o semblante preocupado.

-Kristen... Venha com a gente.

Eu o encarei surpresa.

Mas sacudi a cabeça negativamente.

-Ah claro. Você, eu e Emma, bancando a família feliz. Não obrigada. Eu tenho que me acostumar com isto. Você tem todo o direito de passar um tempo com ela. E eu não posso fazer drama toda vez nos afastarmos. Um dia ela irá pra universidade não é? 

Ele sorriu.

-Neste dia, acho que nós dois choraremos.

Nós rimos.

-Vai ficar tudo bem, Kris. – ele murmurou por fim – Meus pais estão ansiosos para cuidar dela. Ela ficará protegida.

-Isto me lembra uma coisa... – eu peguei um álbum de dentro de uma das sacolas e dei a ele – são fotos de Ruby, desde pequena. Acho que seus pais gostarão de ver.

-Eles gostarão sim. Obrigado.

-Bem, preciso ir. 

-Vai ficar com seus pais?

-Vou sim. – menti.

Emma se aproximou com Ruby.

-Olha, já somos amigas, não é Ruby?

Eu disse a mim mesma que o fato de Ruby parecer à vontade com Emma era uma coisa boa.

Mas o ciúme me corroia.

Melhor eu ir embora antes que desse vexame.

Peguei Ruby e a abracei.

-Eu te amo querida. – ela passou os bracinhos em volta do meu pescoço, beijando meu rosto e um nó se formou na minha garganta. 

Passei-a para o colo de Rob.

-Feliz Natal pra vocês. – eu disse e entrei no carro, dando partida.

Olhei a imagem de Ruby no colo de Rob e Emma enganchada em seu braço.

E comecei a chorar.

Era como estar com o coração partido duas vezes.

Por Ruby.

E por Rob.

Nenhum dos dois me pertenciam naquele momento.

Agora era rezar para que as horas e os dias passassem muito rápido.

E eu tivesse Ruby de volta.

Porque Rob não voltaria pra mim nunca mais.

Eu voltei para casa e liguei para minha mãe.

-Mãe, eu a deixei lá. – solucei.

-Ah Kristen, eu sinto muito. Ainda não pegamos o avião. Por favor, venha conosco.

-Eu não quero. Seria uma péssima companhia.

-Ficar sozinha é pior.

-Ele me chamou pra ir junto.

-E porque não foi?

-Com a Emma? Deus me livre!

-Ah Kristen, olha a confusão que você fez na sua vida. Eu te aconselhei tanto!

-Eu sei...

-Estão chamando nosso vôo. Se cuida. 

-Boa viagem.

Eu desliguei e deitei no sofá, chorando.

Já sentia uma falta desesperada de Ruby.

Talvez devesse ter aceitado o convite de Rob e ido junto.

Mas seria pior.

Eu e Emma na mesma equação não combinávamos.

E eu precisava dar um voto de confiança a eles.

Seria uma constante eles estarem com Ruby a partir de agora.

Mesmo que isto me rasgasse por dentro, eu tinha que me acostumar a dividi-la.

Eu chorei tanto que adormeci.

Acordei assustada com o telefone tocando.

Era o número de Rob. 

-Rob?

-Kris, fica calma.

Meu coração gelou.

-O que aconteceu? Ruby? Estão no aeroporto?

-Não, não estamos, Kris... - ele parecia tenso. Minhas pernas bambearam – Nós estamos no hospital.

-Ruby? Ela está bem? O que aconteceu?

-Ela caiu. 

-Ah meu Deus. Onde vocês estão?

Ele falou o nome do hospital.

-Estou indo para aí agora.

Eu mal sentia o chão sobre meus pés enquanto corria pegando as chaves do carro.

Eu cheguei ao hospital em tempo recorde.

Eu estava gelada por dentro e por fora.

Entrei feito louca e encontrei Emma na sala de espera.

-Cadê a Ruby? - indaguei desesperada.

-Está fazendo alguns exames, o Rob está com ela...

Eu não esperei ela continuar e fui entrando. A enfermeira me barrou, mas me deixou passar ao ver que eu era a mãe.

Ruby estava deitava numa maca e eu quase desmaiei ao vê-la de olhos abertos.

O rosto vermelho, banhado em lágrimas e um curativo em sua testa.

-Mama... - ela murmurou ao me ver.

-Ruby. – eu comecei a chorar, tocando-a, me certificando que ela estava realmente bem.

-Ela está bem, Kris, fique calma. – Rob falou. Ele segurava sua mãozinha e estava pálido.

-O que aconteceu?

-Ela estava andando pela sala, segurando nos móveis como sempre faz e acho que decidiu ser corajosa e saiu andando sem se segurar e caiu.

-Mas você não estava com ela? Como deixou isto acontecer?

-Eu estava ao telefone com meus pais.

Eu sentia que havia mais ali.

-Onde estava Emma?

-Estava na sala com ela.

Eu senti um ódio frio dentro de mim.

-Ela não ficou nem três horas com a minha filha e ela já está machucada.

-Kristen, podia ter acontecido comigo também.

-Não me interessa! Eu confiei em vocês e ela está no hospital! E se tivesse acontecido coisa pior?

-Mas não aconteceu. Acha que também não me apavorei? - ele passou a mão pelos cabelos, tenso – Na hora em que eu ouvi o baque e seu choro, eu não sabia o que fazer. Eu teria feito qualquer coisa pra não vê-la machucada. 

-Tem certeza que ela está bem? O que o médico disse? Ela só machucou a testa?

-Sim, tiraram várias radiografias. Está tudo bem. Ela bateu a testa na quina de um móvel e levou dois pontos.

-Ah Deus.

-Ela foi corajosa, Kris. Na hora de levar os pontos. 

-Eu queria estar aqui com ela.

-Eu pensei em te ligar na hora, mas preferi correr pro hospital e me certificar que ela estava bem.

-Sim, era o certo mesmo. Pelo menos você estava com ela. 

-Eu sinto muito, Kris. Eu não queria que nada disto tivesse acontecido.

-E agora? - eu o encarei.

-Ela terá que ficar algumas horas aqui, em observação.

-Mas e a viagem?

-Está cancelada, claro.

Naquele momento Emma entrou na sala.

-Rob, vamos perder o vôo.

-Emma, Ruby terá que ficar em observação. Não iremos viajar. Não agora pelo menos.

-Como assim? Sabe que todos os vôos estão lotados! Não acharemos mais vôos pra mais tarde e mesmo se acharmos não dará tempo e...

-Sinto muito Emma. Mas ficaremos aqui.

-Porque não a deixa com a Kristen? Ainda dá tempo de pegarmos o vôo.

-Eu não vou deixar minha filha, Emma. 

-Mas... ela está bem, não está?

Eu estava me mantendo fora da discussão até aquele momento, mas foi demais pra mim.

-Não graças a você não é?

Emma me encarou.

-O que está querendo dizer?

-Estou afirmando que a culpa é sua que Ruby tenha caído.

-Não foi culpa minha! Eu estava olhando ela andar e de repente ela caiu!

-Ela não sabe andar.

-Eu não sabia!

-Kristen, pare. – Rob pediu.

-Não! Você pediu pra eu confiar nela e olha no que deu! Bastou pra mim!

-Se alguém tem culpa este alguém sou eu. Eu devia estar prestando atenção em Ruby. Mas não adianta ficarmos aqui discutindo agora. O importante é que ela está bem.

Eu respirei fundo.

-Sim, tem razão. - eu encarei Emma – Você tem muito sorte dela estar bem, porque eu arrancaria sua pele se fosse o contrário.

-Está me ameaçando?

-Entenda como quiser.

-Não pode falar assim comigo...

-Chega Emma! – Rob exclamou.

Emma o encarou.

-Não pode cancelar a viagem.

-Mas está cancelada.

-Mas e seus pais? E meus amigos? Estão todos nos esperando!

-Meus pais vão entender.

-Não vou passar o Natal aqui em LA!

-Ótimo Emma, então pode ir pra Londres, eu não me importo.

-Está me dispensando?

-Estou falando que eu não vou viajar. Eu ficarei com a minha filha. Se não quer ficar aqui, ainda dá tempo de pegar o vôo. Faça como quiser.

-Eu vou mesmo. Do que vai adiantar ficar aqui num hospital? Não passarei o Natal aqui nem morta!

Eu mordi os lábios com força. Esta Emma era insuportável.

Mas parecia que eu não teria que agüentá-la por muito tempo.

-Esta é sua decisão?

-É sim. - Rob falou friamente.

-Tudo bem. Espero que não se arrependa. Estou indo para o aeroporto. Eu te ligo quando chegar.

E sem mais ela saiu intempestivamente do quarto.

Rob voltou para o lado de Ruby.

-Sinto muito por sua viagem.

-Não sinta. O que interessa agora é apenas Ruby.

Eu quis dizer que a Emma pensava bem diferente, mas me calei.

Se eu falasse mal de Emma agora ia parecer recalque.

Era esperar que Rob descobrisse por si só.

Mas uma coisa era certa.

Ela teria que ficar longe da minha filha.

Continua...

Tadinha da Ruby... tão pequenininha e já tendo que levar pontos. E essa Emma está cada dia mais insuportável. Não sei como o Rob agüenta? A única coisa boa é que eles vão passar o Natal juntos. O primeiro Natal dos três juntos. Vamos ver como será amanhã. Beijos.