FANFIC - WAKE UP - CAPÍTULO 16

Boa tarde galerinha! No capítulo de hoje vamos descobri o que aconteceu com a Ava...

Título: Wake Up
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Wake Up

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 16

POV Kristen

Era um pesadelo.

Eu não sei como conseguimos chegar em tão pouco tempo na escola de Ava no trânsito caótico de Nova York.

A diretora nos recebeu e quase caiu para trás ao nos reconhecer.

-Vocês são os responsáveis por Ava?

-Sim, somos. - Rob respondeu.

-Certo, Sharon nos avisou que ela não iria mais ficar na escola o tempo inteiro e que teriam outros guardiões...

-Olha, isto não interessa. Cadê a Ava? - a cortei.

-Eu sinto muito. Nós já a procuramos por toda a escola. Tínhamos esperança que tivesse ido para a casa...

-Não, ela não foi.

-Como ela pode ter saído daqui sozinha? Ninguém viu? Que tipo de escola é esta? - Rob indagou.

-Eu não sei como aconteceu. A professora diz que ela pediu para ir ao banheiro. Parecia mais quieta do que o habitual e quando ela percebeu que Ava demorou a voltar pediu para irem procurá-la e não a encontramos. Procuramos por tudo. Perguntamos para suas amigas. Achamos que poderia estar no dormitório, mas nada. Agora estamos procurando nas redondezas.

-Há alguma possibilidade de alguém ter entrado aqui e a levado? - Rob perguntou tenso.

-Não acreditamos nisto. 

-Acha mesmo que ela fugiu então?

-Sim.

Encarei Rob sem saber o que fazer.

-Chamaram a polícia?

-Preferimos chamar vocês primeiro.

Eu fiquei mais nervosa ainda.

-Rob... se chamar a polícia, se a Assistente Social descobre disto...

-O importante é acharmos Ava em segurança Kristen.

-Sim tudo bem.

A diretora fez a ligação para a polícia.

-Não acredito que isto está acontecendo... – murmurei.

-Vamos achá-la, Kris.

-Ela pode estar em qualquer lugar, sozinha... é só uma criança Rob.

-Ela é esperta.

-Porque será que fez isto?

-Não temos certeza se fez sozinha.

-Acha que alguém pode...

-Não sei. 

-A polícia já está a caminho - a diretora avisou.

Rob pegou o celular.

-Eu vou ligar para Sharon.

-Ela não está no Caribe? Duvido que possa ajudar.

-Ela pode saber aonde Ava iria.

Rob se afastou para falar com Sharon e eu torcia as mãos, nervosa.

-Sharon? É Robert Pattinson... Ava desapareceu da escola... Sumiu, provavelmente fugiu... Eu sei que está de férias no Caribe, mas é sua sobrinha... Achamos que podia ter uma idéia... Tudo bem, tudo bem. Não a importunaremos mais.

Ele desligou irritado.

-Ela não sabe de nada, óbvio!

A polícia chegou e fez várias perguntas.

-Aconteceu alguma coisa que a faria querer fugir? - o policial indagou.

Eu e Rob nos entreolhamos.

-Ela morava aqui no colégio e com uma tia. Apenas ontem ela se mudou para nossa casa. Somos os responsáveis por ela agora.

-E ela aceitou esta mudança? Demonstrou alguma resistência?

-É tudo novo para ela, claro. Mas fazemos tudo para deixá-la bem.

-Notaram algo de diferente nela? 

-Não... Acho que não. – respondi.

-Ela chorou ontem à noite.

As palavras de Rob me surpreenderam.

Ele me encarou culpado.

-Ela chorou quando? – indaguei.

-Depois que foi dormir. Mas eu conversei com ela. Achei que estava tudo bem.

-Certo. Se lembrarem de algo nos comunique. – o guarda falou e foi interrogar os colegas de Ava e os funcionários da escola.

-Porque não me disse? - indaguei irritada.

-Não queria preocupá-la.

-Tinha que ter me contado! Droga, Rob!

-Não adianta nada ficar brava com isto agora, Kristen. 

Eu suspirei cansadamente.

Sim, ele tinha razão. Agora a única coisa que interessava era achar Ava.

-O que faremos? Odeio ficar aqui tendo que esperar.

-Estamos fazendo busca em toda a região e já demos o alerta em toda cidade. – o policial respondeu.

-Deus...

A tarde ia passando lentamente sem nenhuma novidade e eu já estava ficando maluca.

Mil coisas se passavam pela minha cabeça.

-Se não a acharmos... – murmurei.

Rob apertou minha mão.

-É só uma criança Kristen, não deve te ido longe.

-Porque ela fez isto Rob? Será que nos odeia? 

-Ela está confusa. Vamos dar um jeito.

-Eu achei que seria mais fácil. Achei... que nós bastaríamos para ela. Mas acho que me enganei. Ela não quer ficar com a gente.

-Não fala assim. Foi apenas uma mudança muito brusca. Talvez devêssemos ter feito as coisas mais devagar, pra não traumatizá-la. 

-Sim, mas o que faremos agora? 

-A tia dela está no Caribe e não está nem aí. – Rob respondeu bruscamente.

-Mas talvez ela preferisse... - de repente algo me ocorreu – eu sei onde ela talvez tenha ido!

Me levantei e saí quase correndo e Rob me seguiu.

-Onde?

-Para a casa da Sharon!

-Sim, porque não pensamos nisto?

Nós dirigimos rapidamente pra lá e quando chegamos o porteiro nos recebeu.

-Ava? Sim, ela está aqui, chegou sozinha de manhã. Eu estranhei, porque achei que a tia tinha viajado...

Nós não esperamos o resto e corremos para o apartamento de Sharon.

A porta estava encostada e o apartamento silencioso.

Rob segurou meu braço.

-Calma, Kristen, não queremos assustá-la.

Eu me obriguei a respirar.

Nós seguimos até o quarto dela e eu quase desmaiei de alívio ao vê-la ali.

Ainda vestindo seu uniforme escolar.

E pintando.

Por um momento ela não nos viu. 

Eu encarei Rob e ele estava tão aliviado quanto eu.

-Ava? - ele a chamou devagar.

Ela levantou o olhar assustada.

-Está tudo bem. – Rob tentou acalmá-la.

O pincel caiu de sua mão e ela deu um passo atrás.

Como se estivesse com medo de nós.

-Ava não estamos bravos com você... – eu falei tentando sorrir – apenas ficamos preocupados porque saiu da escola sem avisar e veio para cá. 

-Sim, estamos aliviados porque está bem. – Rob completou, se aproximando e pegando o pincel do chão.

-Me desculpe. – Ava murmurou com os lábios trêmulos.

-Tudo bem. Apenas não faça mais isto. Ficamos apavorados...

Ela começou a chorar.

Eu quis me aproximar, mas fiquei com medo que ela se afastasse. 

Rob me tranqüilizou com um olhar e se aproximou devagar.

-Ava, porque veio para cá? Se queria vir, podia pedir. Nós faremos qualquer coisa que pedir.

-Eu queria vir buscar minhas telas...

Eu suspirei, como se um peso fosse tirado de mim.

Ela não fugira de nós. Apenas queria suas coisas de volta.

Rob tocou seu rosto molhado, enxugando suas lágrimas.

-Não precisa chorar. 

-Vão me deixar de castigo?

Eu quase ri de seu medo infantil.

Rob sorriu.

-Não vamos castigá-la.

-Eu não queria que ficassem bravos comigo.

Rob a puxou para si e abraçou.

Ela não se afastou, embora se mostrasse meio tensa no início, mas foi relaxando e parando de chorar.

Eu senti um misto de inveja e alivio.

Alivio porque ela pelo menos aceitava que Rob a tocasse, mas inveja porque não ocorria o mesmo comigo.

O olhar de Rob cruzou com o meu e eu pisquei para afugentar minhas próprias lágrimas.

-Está tudo bem, Ava. Veja, vou pegar todas as suas coisas e vamos embora, ok?

Ela apenas assentiu, o rosto ainda enterrado na camisa de Rob.

Ele a pegou no colo e eu juntei todas suas telas e fomos pro carro.

Depois de ligarmos na escola avisando que a tínhamos encontrado, fomos pra casa em silêncio e Ava pelo menos não chorava mais.

Apenas ainda parecia meio receosa.

-Ava, deve estar com fome. – falei quando chegamos.

Ela assentiu.

-Porque não tira a roupa do colégio e vamos comer. Tudo bem?

Ela foi para o quarto e encarei Rob.

Ele passou a mão pelos cabelos.

-Graças a Deus a achamos.

-Sim. E eu me sinto bem aliviada por ela não ter fugido de nós. Acha que a Assistente Social vai ficar sabendo disto?

-Eu não sei.

-Espero que não. Vou fazer alguma coisa pra comer.

O telefone tocou e Rob foi atender.

Ele voltou minutos depois.

-Quem era?

-Adivinha? Sharon.

-O que ela queria?

-Queria saber se achamos Ava.

-Agora que ela se preocupa? Que cara de pau.

-Foi o que eu falei pra ela.

Ava apareceu na porta nos fitando timidamente.

Eu sorri.

-Venha Ava, sente-se aqui.

Ela se sentou e comeu em silêncio.

Eu encarei Rob, sem saber o que fazer.

-E então Ava – ele começou – como foi a escola?

Ela deu de ombros.

-Eu não gostava da escola. – comentei.

Ava me encarou curiosa.

-Porque não?

-Porque eu tinha que trabalhar, eu já fazia filmes. E foi um alívio quando não precisei mais ir pra lá.

-Não ia mais a escola?

-Eu estudava com professor particular. Mas você gosta da sua não é?

-Eu gosto...

-Aposto que é a primeira nas aulas de desenho...

Ela ficou vermelha.

-Eu gosto de desenhar.

Me passou pela cabeça uma idéia naquele momento que eu depois falaria com Rob.

Provavelmente Ava iria adorar.

E eu comecei a tirar os pratos da mesa.

-Ava, hoje é o dia da Kristen lavar a louça. - Rob falou. Eu o fuzilei com o olhar.

-O que acha de, enquanto ela lava a louça, escolhermos um filme pra assistir?

-Eu não posso. Tenho lição de casa. – respondeu com sua voz contida.

-Tudo bem. – respondi – O Rob pode ajudar você com a lição, não é Rob?

-Vou pegar meu caderno. – ela falou pulando da cadeira e indo para o quarto.

Rob me encarou aturdido.

-Porque eu que tenho que ajudar?

-Porque eu tenho que lavar a louça. Ah pelo amor de Deus, está com medo? Ela está na quarta série! - eu ri e ele se afastou.

Acabei de lavar a louça rapidamente e liguei para minha mãe.

Ela ficou bastante preocupada quando contei do que tinha acontecido, mas eu a tranqüilizei.

-Se tiver qualquer problema, me liga.

-Pode deixar.

Eu desliguei e fui até a sala.

Rob estava sentado em volta da mesa de centro com Ava, que parecia entretida em fazer contas.

-Kristen, vem aqui. – pediu e eu me sentei ao seu lado – Ava precisa de ajuda com estas contas...

Eu o encarei divertida, pegando o caderno.

-E você não pode ajudar? Por favor, Rob!

Então eu olhei para aquele emaranhado de números.

O que era aquilo?

Encarei Ava.

-O que está aprendendo?

-Trigonometria.
-Trigo o que?

Eu tentei me lembrar de ter aprendido aquilo na escola, mas sinceramente se aprendi, já tinha esquecido.

Números não eram meu forte.

E pela cara de Rob também não era o dele.

-Certo. – falei devagar.

-Eu já fiz todas as contas, mas não sei se está certo. – Ava murmurou nos encarando em busca de aprovação.

Eu e Rob nos fitamos sem saber o que falar.

Que dois grandes burros nós éramos!

-Acho que deve estar certo. – falei – Tenho certeza que se tiver algum erro também não tem problema, não é Rob?

-Claro. Sua professora corrige amanhã.

-Tudo bem - Ava falou baixinho, fechando o caderno e jogando tudo dentro de sua mochila.

-Acho que ainda podemos assistir a um filme. - Rob propôs.

-Sim, quer escolher Ava?

Nós tínhamos trazido alguns DVDs de Los Angeles e Ava foi até a estante.

Eu cutuquei Rob.

-Você é muito burro, que vergonha. – cochichei.

-E você é muito esperta não é? Aposto que nem sabe o que é trigonometria.

-Nunca vi este. - Ava falou chamando nossa atenção com um DVD na mão – Último Tango Em Paris.

-Não! - eu e Rob falamos ao mesmo tempo, enquanto eu já levantava e tirava o DVD das mãos dela, super vermelha – Você não vai gostar deste. – falei, devolvendo a estante.

Rob estava rindo.

-E este aqui? - Ava falou voltando a atenção aos DVDs.

Eu mordi os lábios.

Ótimo. Ela queria ver Crepúsculo?!

-Podemos ver este? Eu já vi, mas eu gosto deste filme. Minha tia não me deixava ver em casa.

-Porque não? – indaguei.

-Ela não gostava de filmes de vampiros. Na verdade... acho que ela não gostava de filmes mesmo; Dizia que era uma grande perda de tempo.

-Mas nós gostamos... - respondi - e podemos ver quantos você quiser e todos que quiser.

-Menos este do tango né? - ela falou com sua lógica infantil e eu e Rob rimos.

-Sim, menos este. Mas um dia a gente deixa você ver. - respondi, colocando o DVD e indo sentar no sofá ao lado de Rob, com Ava no meio.

-Um dia bem distante... - Rob murmurou e eu ri.

Ava acabou adormecendo quando o filme ainda não estava nem na metade.

-Ops. Nossa crítica de cinema dormiu. – Rob comentou divertido.

-Ela preferia ver “o filme do tango”.

Nós rimos baixinho para não acordá-la.

Rob a pegou no colo e a levou para a cama.

Puxei a coberta sobre ela e beijei sua testa.

-Ela fica mais a vontade com você, percebeu? - indaguei apagando a luz e saindo do quarto com Rob atrás de mim.

-É impressão sua.

Eu o encarei.

-Porque não me disse que ela chorou?

-Eu não queria deixar você se sentindo mal.

Eu respirei fundo.

-Tem razão, eu ficaria mal. Fiquei mal.

Ele sorriu, se aproximando e tocando meu rosto.

-Tudo vai se resolver com o tempo Kris. Hoje ela já parecia mais a vontade.

-Sim, acho que tem razão. - murmurei e num gesto automático, segurei seu pulso e beijei sua mão.

E então o clima mudou sutilmente. O ar se tornou cheio de eletricidade entre nós.

-Vou dormir no sofá hoje Kristen? - sua voz de sotaque inglês delicioso chegou até mim quase como uma carícia.

-A sua filha muito esperta vai perguntar se eu briguei com você de novo. - respondi e nós rimos.

E no minuto seguinte ninguém ria mais, porque estávamos ocupados nos beijando.
-Kristen? - ele indagou contra meus lábios, as mãos se infiltrando dentro da minha blusa, segurando meu seio.

-Hum? - suspirei, repuxando seus cabelos.

-Posso te levar pra cama então?

Eu ri, mordendo seus lábios e me colando ainda mais a ele.

-Sim, por favor.

E foi fácil deixar que ele me levasse pra cama, tirasse nossas roupas e fizesse amor comigo. E enquanto ele se movia devagar e profundamente dentro de mim, como se houvesse todo o tempo do mundo, tudo o mais deixou de ter importância. A não ser os movimentos em perfeita sincronia de nossos corpos e o prazer incontestável que tirávamos um do outro.

Eu acordei assustada.

Sentei na cama, meu coração batendo acelerado.

Era um pesadelo.

Olhei para o lado e Rob dormia tranquilamente.

Joguei as cobertas para o lado e vestindo sua camisa, fui até o quarto de Ava.

Ela dormia toda descoberta.

Me aproximei e puxei as cobertas sobre ela.

E sentei no chão ao seu lado.

-Hei Kris.

Eu levantei o olhar e Rob estava ali, me fitando com os olhos sonolentos.

-O que faz aqui?

Eu dei de ombros.

-Tive um pesadelo.

Ele sentou ao seu lado.

-Quer me contar?

-Sonhei que eu acordava e vinha até aqui e a cama estava fazia. E eu me desesperava e a chamava por toda casa, mas ela tinha desaparecido.

Rob passou os braços a minha volta e eu deitei a cabeça em seu ombro.

-Ela não vai desaparecer, Kristen.

-Eu sei. Mas fiquei com medo. Tanto medo.

-Vamos dormir.

-Podemos ficar mais um pouco aqui? - indaguei baixinho – Eu gosto de vê-la dormir.

-Sim, podemos.

E nós ficamos ali, abraçados no chão do quarto. Ouvindo a respiração cadenciada de Ava.

Até que eu mesma pegasse no sono e nem visse quando Rob me levava de volta para o quarto.

Continua...

Que susto eles passaram heim? Ainda bem que ficou tudo bem. E parece que as coisas entre eles também vão melhorar. Amanhã eu volto com mais um. Beijos.