FANFIC - CONSEQUENCE - EDWARD - CAPÍTULO 22

Boa tarde turma! De volta com o capítulo do Edward. E como vocês leram no último capítulo da Bella as coisas vão ficar bem feias entre eles...

Título: Consequence
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Consequence

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 22

Eu cheguei a Forks à tarde e me perguntei enquanto estacionava se deveria ter avisado Bella.

Ela poderia não estar em casa afinal.

Mas agora era tarde.

Saí do carro e entrei em casa.

-Bella? - chamei, tirando o casaco.

Nenhuma resposta.

Eu já ia pegar o telefone e ligar para ela quando ouvi risos no andar de cima.

Ela estava em casa.

Ansioso, subi e ouvi mais risadas no quarto que seria do bebê.

Ela não estava sozinha.

Intrigado, entrei no quarto.

E estaquei ao ver a cena a minha frente.

Bella e Jacob.

Eu senti todo meu sangue congelar.

Incredulidade. Ciúme. Raiva.

-O que está acontecendo aqui? – indaguei.

Eles se viraram surpresos.

Claro que estariam surpresos!

-O que este cara está fazendo aqui, Bella? - indaguei a ponto de explodir.

-Está me ajudando a pintar o quarto. – ela respondeu simplesmente.

-Está me dizendo que este imbecil está dentro da nossa casa...

-Hei, olha como fala! - Jacob deu um passo à frente - Estou aqui ajudando a Bella sim! Porque você não está aqui pra cuidar dela? 

Era demais para mim ter que ouvir aqueles desaforos.

-Jacob, pára... - Bella começou, mas era tarde.

O ódio me cegou e tudo o que eu precisava era jogar Jacob para fora da minha casa. Para longe de Bella.

Mas como sempre Bella se colocou entre nós dois.

-Chega vocês dois!

-Deixa Bella, deixa ele me bater, se isto faz bem pra ele! - Jacob sibilou.

-Cala a boca, seu cretino! - gritei – Eu devia te matar por estar aqui com ela...

-Pára Edward! Está exagerando! Não está acontecendo nada demais aqui! Jacob está apenas me ajudando!

-Eu sei muito bem o que ele está fazendo aqui!

-Chega! Jacob vai embora, por favor. – pediu.

Jacob largou o pincel e se afastou com seu pedido.

Eu ouvi seus passos descendo as escadas e a porta se fechando atrás dele. Bella me encarou.

-Espero que não ache que estava acontecendo alguma coisa aqui. Você viu. Ele estava me ajudando a pintar o quarto.

-O que ele é agora? Um pedreiro? Ele não deveria estar aqui e sabe disto!

-Ele veio com a irmã me entregar o convite do casamento dela e...

-Quer mesmo que eu acredite nisto Bella? Eu achei que ele tinha saído da sua vida! E encontro ele na nossa casa!

-Jacob é meu amigo! 

Deus, aquilo não podia estar acontecendo.

Eu deixara Bella em Forks e a encontrava justamente com o cara que eu mais odiava.

O cara que, era óbvio, a queria de volta.

E ele estava no quarto do meu filho.

Eu mal a via, o ódio escurecendo minha visão.

-Não, não é! Ele é seu ex-namorado!

-Não é assim mais! Ele é apenas um amigo agora.

O que ela queria dizer?

De repente um alarme soou na minha mente.

-O que está querendo dizer Bella? Você ainda tem algum contato com este cara?

Ela ficou vermelha e a resposta estava estampada no seu rosto.

Eu soltei uma imprecação.

A raiva agora vinha mesclada com outro sentimento.

Decepção.

-Há quanto tempo isto vem acontecendo? – indaguei.

-Não fale assim, não fale como se eu tivesse encontros ilícitos com Jacob ou algo assim!

-Então porque nunca me disse nada?

-Porque nem é grande coisa! Ele é amigo do meu pai. A nossas famílias são amigas! E às vezes eu o encontrava na casa de Charlie e...

-E você achou conveniente mentir pra mim.

-Não menti!

-Mentiu sim! Deus, eu não consigo acreditar que foi tão dissimulada, Bella!

-Está sendo injusto! 

-Injusto é eu chegar em casa, e encontrar seu ex no quarto do nosso bebê! É saber que você o traz para dentro da nossa casa, que se encontra com ele escondido, há meses!

Eu me perguntava quantas vezes Jacob estivera ali.

Na minha casa. Com minha mulher.

Tudo debaixo do meu nariz.

De repente a vontade de Bella de voltar a Forks tomou um novo significado para mim.

Eu mal podia respirar tamanha era a dor.

-Eu sei que deveria ter te contado. - ela murmurou - Mas eu sabia que ia agir exatamente assim. Me acusando de coisas ridículas! Eu queria que entendesse que ele é meu amigo de uma vida inteira e...

-Não quero saber, Bella!

Eu me afastei frustrado. Ferido.

Na minha mente apenas passava um filme

Todas as horas, dias, semanas que Bella passara sozinha em Forks.

Ou eu achava que ela estava sozinha.

Mas não estava. Ele estava sempre por ali.

Espreitando.

-Não quero mais que se encontre com ele. – falei friamente.

-Está sendo irracional. – murmurou.

-Que seja.

Peguei o pincel do chão.

-O que está fazendo?

-Pintando o quarto do meu filho. Isto não é trabalho para seu ex-namorado.

Comecei a pintar o quarto furiosamente.

Até isto ele estava tentando tirar de mim.

Mas o filho era meu. Isto nunca iria mudar.

Nem que fosse o desejo de Bella.

Ela ainda permaneceu ali por um instante, mas então saiu do quarto.

Era melhor assim.

Eu não a queria perto de mim.

A raiva ainda me consumia.

Ela mentira. Por quê?

Porque no fundo ela lamentava que fosse eu e não Jacob a dividir a vida com ela agora?

Eu tive vontade de ir atrás dela e perguntar.

Porque se era isto que ela queria... O que?

Eu a deixaria ir?

Só de pensar nesta hipótese eu sentia meu coração parar.

Eu precisava de tempo para pensar.

Eu não sabia mais o que fazer.

Depois de arrumar tudo eu fui para a casa dos meus pais.

Eles ficaram felizes em me ver e eu não falei nada sobre o que tinha acontecido.

Bella me ligou horas depois.

-Onde você está? – perguntou.

-Na casa dos meus pais.

-Você virá para casa ou...

-Não irei agora.

-Quer que eu vá...

-Não. - e desliguei.

Eu sabia que estava fugindo.

Mas não conseguia agir de outra maneira no momento.

Se eu ficasse com Bella, eu não sabia do que seria capaz.

E ela ainda estava grávida. Discussões podiam prejudicar o bebê.

E acabei nem indo para casa naquela noite.

Inventei alguma desculpa para meus pais e se eles notaram que havia algo errado, não falaram nada.

Mas de manhã, eu voltei para casa.

Infelizmente, ainda havia a dor, a decepção e a incerteza.

-Onde dormiu? - Bella indagou ao entrar na cozinha.

-Ficou tarde, dormi no meu antigo quarto.

-Estamos brigados, é isto?

Eu a encarei.

-Acha que eu deveria estar feliz com o que aconteceu ontem?

-Eu acho que deveria me contar até quando ficará assim comigo.

-Eu não sei,Bella.

-Então quando decidir me avisa.

Ela fez que ia sair, mas então se voltou.

-Eu aceitei a sua ex maluca dentro da nossa casa lá em Hanover. Eu passei por cima de tudo o que ela fez e aceitei.

-Tânia não tem nada a ver com isto.

-Você é um idiota se pensa que não. Mas tudo bem, não estamos aqui para discutir a Tânia. Eu só queria entender porque sou eu que sempre tenho que fazer sacrifícios aceitando sua ex-namorada porque ela é amiga da sua família e você não pode aceitar o Jacob, que é amigo da minha.

-Eu nunca menti pra você, é esta a diferença.

-Tem razão. Eu menti. E parece que não vai me perdoar tão cedo não é?

-Eu nem sei se consigo te perdoar Bella. - falei sinceramente.

Ela empalideceu e se afastou, sem olhar para trás.

Eu pensei em ir atrás.

Mas para que? Brigar mais um pouco?

Ouvi seus passos descendo as escadas minutos depois e a porta batendo.

Olhei pela janela e a vi colocando uma mala no carro.

Contendo a onda de pânico, eu saí correndo pela porta e a parei.

-Aonde vai Bella?

-Para casa do meu pai.

-Não vai não.

-Não vai me dizer o que fazer!

Eu respirei fundo e abri a porta do carro.

-Bella, saí deste carro agora. Está sento absurda.

Ela saiu.

-Porque devo ficar aqui? Porque devo ficar agüentando sua frieza e desconfiança? Não foi você que acabou de dizer que nem sabe se vai conseguir me perdoar?

-Isto não é motivo para correr para a casa do seu pai. Ou está indo encontrar o Jacob lá?

Ela me bateu antes que eu terminasse a frase.

-Eu odeio você por isto! - murmurou e entrou em casa, batendo a porta.

Eu dei um soco no capo do carro, frustrado.

Deus, em que estávamos nos metendo?

Eu precisava ir embora.

Me afastar.

Antes que qualquer um dos dois fizesse alguma coisa que pudesse se arrepender depois.

Entrei em casa e subi para o quarto, pegando minha mala intocada e voltei para a sala.

Ela estava sentada lá feito uma estátua.

-Estou voltando para Dartmouth.

-Já?

-Acho que será melhor assim.

-Agora quem que está fugindo?

-Eu estou indo porque não quero mais discutir com você. Isto não faria bem ao bebê.

Ela riu sem humor.

-Claro, o bebê! É por isto que estamos aqui não é?

Isto doeu.

Será que era esta a resposta? No fim, o único motivo de estarmos juntos era o bebê?

Sem falar nada, eu me afastei e entrei no carro.

Não, não estávamos juntos apenas por causa do bebê.

Eu estava com ela porque a amava.

Demais. Mais que a minha própria vida.

E doía imaginar que ela poderia não sentir o mesmo.

Que havia um outro cara, de quem ela fora obrigada a se separar justamente por causa daquela gravidez.

Talvez eu tenha esperado demais dela.

Eu só queria que ela me amasse.

E naqueles meses em que estivemos juntos, eu cheguei a pensar que ela amava.

Mas agora...

Eu já não tinha certeza.

Eu cheguei em Hanover à noite e havia uma necessidade fremente de ligar para Bella.

De ouvir sua voz. De saber se estava bem.

-Bella, sou eu. - eu disse quando ela atendeu.

-Edward?

-Você está bem?

-Sim. – respondeu simplesmente.

Nós ficamos em silêncio por um instante.

Eu respirei fundo.

E só me perguntava como é que as coisas tinham chegado àquele ponto?

-Já está em Hanover? – perguntou.

-Sim, acabei de chegar.

-Certo. 

-Bem, vou desligar. Foi uma longa viagem.

-Ok. Tchau.

Eu desliguei e fiquei olhando para o aparelho.

O que restava agora? O que ia acontecer?

Eu ainda tinha todas àquelas aulas, todos aqueles trabalhos para poder voltar para casa no fim do mês.

E então veríamos o que ainda restava de nós.

O mês passou. Eu falava com Bella todos os dias.

Mas aquele abismo persistia.

Eu já não sentia raiva.

Apenas medo.

Um pavor frio e cru de que quando eu voltasse ela me dissesse que sim, queria voltar para Jacob.

Então eu adiava a conversa que eu sei que precisávamos ter.

Até que finalmente eu consegui finalizar todas as aulas.

Ainda faltavam umas três semanas para o bebê nascer e eu poderia voltar para casa.

Continua...

Parece que as coisas ficaram mesmo complicadas pra eles. Acho que a situação chegou num limite e se eles não conversarem e se entenderem não vai sobrar muito sentimento pra manter esse relacionamento. Espero que eles se entendam o mais rápido possível. Beijos.