FANFIC - CONSEQUENCE - EDWARD - CAPÍTULO 25

Boa tarde amores! Chegando com mais um capítulo do Edward e ele vai nos contar como será o período de coma da Bella...

Título: Consequence
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Consequence

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 25

Eu voltei todas as semanas. Religiosamente.

E ela continuou dormindo. Alheia as vidas que se desintegravam a sua volta esperando-a acordar.

Rennesmee estava mais bonita a cada dia. E a dedicação de Rosalie era surpreendente.

Mas enquanto ela se tornava cada vez mais próxima de Rennesmee, ia se afastando cada vez mais de Emmett.

E muitas vezes eu os vira discutindo.

De alguma maneira eu não tirava a razão de Emmett.

E cheguei a conversar com Rose sobre isto, mas ela fora irredutível.

-Eu posso levá-la para Hanover. Ela está crescendo...

-Crescendo? Ela tem meses ainda! Precisa de dedicação, de cuidados. Uma babá nunca é totalmente de confiança.

-Eu irei cuidar dela.

Rose revirou os olhos.

-Você passa os dias na faculdade obcecado em achar uma cura para Bella.

Eu me calei. Por que ela tinha razão. Eu estava obcecado.

Fazia seis meses que Bella estava em coma.

E hoje era seu aniversário de vinte anos.

Eu levei Rennesmee comigo, e frésias.

Rennesmee ainda era muito pequena para entender e eu me perguntava se chegaria o dia em que eu teria que explicar a ela porque sua mãe não acordava.

Eu esperava que não.

Charlie também ia todos os dias. Assim como Renée.

Ela sempre estava sorrindo e tinha palavras de encorajamento.

Mas eu sabia que não estava feliz.

Seu casamento estava indo por água abaixo. Ela raramente estava com Phill agora.

E os dias continuaram passando.

O Natal chegou e se foi.

Rennesmee disse suas primeiras palavras para mim ao telefone.

Rose ria e pedia para ela falar, enquanto Rennesmee balbuciava coisas incompreensíveis.

E quando desliguei, eu só queria que Bella estivesse comigo naquele momento.

Alice voltou da Europa quando Rennesmee fez um ano, mas ela e Rose ficaram furiosas comigo quando eu me neguei a dar qualquer festa.

Eu simplesmente não poderia comemorar sem Bella ali.

Em vez disto. Eu levei Rennesmee ao hospital. Com seus dedinhos minúsculos ela colocou as frésias no vaso e eu me sentei com ela no colo ao lado de Bella, enquanto lia seus livros preferidos.

Rennesmee ficava quietinha enquanto eu lia Orgulho e Preconceito. Talvez ela tivesse puxado a Bella.

E no mês seguinte, Harry Clearwater, melhor amigo de Charlie morreu.

Foi a primeira vez que Charlie passou dias sem ir ao hospital, ajudando a viúva e os filhos a superarem a perda.

Eu fui ao velório e vi Jacob Black, que abraçava uma moça morena que chorava.

E o tempo continuou passando, inexorável.

E as pessoas a nossa volta foram lentamente voltando a suas vidas.

Os amigos que antes sempre apareciam, ligavam, foram se distanciando... como se ela não existisse mais.

Meus irmãos continuavam em suas rotinas.

Alice em Paris... ia e vinha... e Jasper sempre a esperado.

Emmett parecia ter aceitado as resoluções de Rosalie.

Mas eu acreditava que aquela aparente calma, em vez de ser algo bom, na verdade dizia outras coisas mais doídas.

Distanciamento.

E um dia Tânia me abordou na faculdade, quando fui buscar Emmett para almoçar.

Eu quase não a via. Ela me ligara depois do acidente de Bella, dizendo que sentia muito, mas eu estava tão concentrado em minha dor, que fora apenas mais um telefonema sem sentido.

E quando voltara para Hanover, sem Rosalie junto, fora natural ela se afastar de vez.

-Oi, Edward, quanto tempo.

-Oi Tânia.

-Fiquei sabendo que mudou de curso.

-Mudei sim.

-E Bella, como está?

-Na mesma.

-Que pena... Será que não quer ir almoçar comigo?

Eu parei e a encarei.

Seria possível que Tânia ainda tivesse alguma esperança?

Eu não podia acreditar.

-Cadê seu namorado?

-Alister? - ela sorriu dando de ombros – Está em aula ainda.

-Achei que ele não gostasse de mim.

-Ele tem ciúmes.

-Acho que não deveria ter. Eu nunca ficaria com você de novo.

Tânia parou de sorrir.

-Nem que a Bella estivesse morta, o que não está. Jamais ir rolar novamente.

Ela entendeu.

Por um momento seus olhos perderam o foco.

-Vá chamar seu namorado para almoçar, Tânia. É o melhor que você faz.

-Sim, tem razão... – ela sorriu – espero que a Bella fique bem.

-Ela ficará.

E eu me afastei.

Fora a última conversa que eu tive com Tânia.

Na ocasião dos dois anos de Rennesmee as coisas começaram a mudar.

Eu voltei para Forks, como sempre e achei Rosalie e Alice preparando a festa.

E fiquei furioso.

-Não irá acontecer nada aqui.

-Edward, por Rennesmee, por favor... – Alice insistiu.

-Acha certo que a gente comemore quando a mãe dela está num hospital?

Rose me fitou.

-Ela é apenas uma criança e eu achei que você quisesse que ela fosse feliz como uma criança qualquer! Não é justo que ela tenha que sofrer também. Nós estamos vivos! A vida continua pra todo mundo Edward, inclusive para Rennesmee! E você deveria continuar a sua também e esquecer. Bella nunca vai acordar, será que não vê?

Eu não sei que força se apoderou de mim, quando eu bati no rosto de Rosalie.

Ela deu um passo atrás, a mão sobre o rosto vermelho, os olhos chocados.

-Edward, pelo amor de Deus! - Alice murmurou.

Rosalie respirou fundo, os olhos cheios de lágrimas.

-Eu estou apenas falando a verdade.

-Eu não quero ouvir suas verdades! Guarde-as para você! Bella está viva! E ela vai acordar. Rennesmee tem uma mãe. Não pense nem um minuto que você é mais do que a tia dela, porque eu a deixei com você!

Rosalie se afastou, chorando.

Alice me encarou.

-Você foi cruel.

-Ela passou dos limites.

Alice tocou meu braço.

-Edward... Talvez Rose tenha razão. Já se passaram dois anos. Todos nós sentimos a falta dela. É horrível o que aconteceu, mas... é uma fatalidade. A vida continua.

-O que está querendo dizer?

Ela deu de ombros, os olhos sombrios e sérios.

-Que talvez precise aceitar que Bella não vai mais voltar.

-Eu não posso aceitar Alice. Simplesmente não posso. 

Eu me afastei, pensando em suas palavras.

Quando entrei em casa. Carlisle e Esme estavam lá, com Emmett e Jasper.

Esme se aproximou.

-Você e Rose brigaram? Ela entrou chorando e não quer falar com ninguém.

-Sim, eu não quero esta maldita festa.

-Edward, é para a Rennesmee.

Passei a mão pelos cabelos frustrado, encarando-os.

Foi então que eu percebi.

Todos eles pensavam como Rosalie e Alice.

Eles achavam que Bella não ia mais voltar.

-Estão errados... – murmurei.

Carlisle tocou meu ombro.

-Tem que aceitar Edward. Por sua filha.

-Justamente por ela que eu não posso. Existem estudos, existem casos de pessoas que acordaram depois de anos...

Mas claro que eles não queriam saber.

Para eles, Bella estava morta.

Mas eu não ia deixar isto acontecer.

Eu me levantei.

-Eu vou ao hospital ver Bella.

E então eu me voltei na porta.

-Fale para Rosalie que ela pode prosseguir com a festa. Por Rennesmee.

Quando cheguei no hospital, Charlie e Renée estavam discutindo.

-O que está acontecendo?

Renée desviou o olhar, vermelho de chorar.

-Que bom que chegou Edward. Precisamos conversar. – Charlie falou gravemente.

-O que aconteceu?

-Eu não concordo com isto! – Renée gritou antes que Charlie falasse algo.

-Não concorda? Acha que Bella ia querer ver você aqui acabando com sua vida?

-Ela é minha filha!

-É minha filha também! Acha que eu não sofro de vê-la assim? Mas precisamos pensar racionalmente...

-Matando-a?

-Do que estão falando? – indaguei.

-Ele acha que devíamos pensar em desligar os aparelhos! – Renée gritou e eu gelei.

-Charlie, está maluco? - exclamei horrorizado.

-Eu não agüento mais vê-la assim! Ela não vai voltar. Renée está destruindo seu casamento, e por quê? Bella não está entre nós...

-Isto é problema meu!

-Seu marido vai embora para a Europa! Ele está pedindo o divórcio! 

-Phill está sendo egoísta.

-Ele apenas a ama. Ele está sofrendo. Ele está agüentando esta situação há dois anos. Quanto mais deve agüentar? E você vai deixá-lo ir? E se passarem mais 10 anos e Bella no mesmo jeito? Que vida você terá tido? Acha que Bella estaria feliz com isto?

Renée chorava cada vez mais.

Era uma situação horrível.

Eu toquei seu ombro.

-Renée, Charlie tem razão em algumas coisas. Não deixe Phill partir.

-Não posso deixar Bella.

-Bella continuará no mesmo lugar. Eu tenho fé nela. Ela vai voltar... e acho que gostaria de ver você feliz.

-Como posso partir e deixá-la aqui?

-E Phill? Não pensa nele?

-Não quero perdê-lo também.

-Então pense bem. Eu continuarei aqui cuidando dela. 

Renée foi se acalmando e foi embora um tempo depois.

Eu encarei Charlie.

Eu podia esperar que minha família pensasse daquele jeito.

Mas não o pai de Bella.

-Jamais volte a falar em desligar os aparelhos.

Ele passou a mão pelos cabelos.

Parecia ter envelhecido 10 anos.

-Estou cansando... Depois que Harry morreu... é duro a morte. Mas pelo menos temos a certeza de que a pessoa que amamos se foi para um lugar melhor. Eu tenho tanto medo que... ela permaneça assim pra sempre.

-Ela vai voltar.

-Como podemos saber?

-Eu sei. Não vou desistir.

Ele respirou fundo.

Alguém bateu À porta.

Era a viúva de Harry. Ela e Charlie tinham se tornado bastante próximos depois da morte de Harry.

Estavam se ajudando mutuamente.

-Vamos, Charlie?

-Sim, vamos.

Ele beijou os cabelos de Bella e me encarou.

-Eu também quero tê-la de volta. Espero que tenha razão.

-Apareça lá em casa amanhã. É aniversário de Rennesmee. Rosalie está organizando uma festa. Leve Sue.

Eles se afastaram e eu segurei os dedos frios de Bella entre os meus.

-Não desistirei de você, não se preocupe.

Renée decidiu dias depois ir para a Europa com o marido.

E alguns meses depois fiquei sabendo que ela adotara uma criança.

Ela sempre voltava para ver Bella, quando era possível.

Mas como todos, talvez ela estivesse aceitando que a situação de Bella era irreversível.

E um ano depois eu entrei no quarto de Bella com Rennesmee, ela levava as frésias e colocou no vaso ao lado da cama.

-Cuidado, Rennesmee. – eu a adverti.

E ela riu, subindo no degrau da cama e se inclinando sobre Bella.

-Oi mamãe! – sussurrou.

Eu sorri.

Havia uma parte de mim que sempre esperava que Bella iria abrir os olhos e sorrir para Rennesmee neste momento.

Mas isto nunca acontecia.

Rennesmee passou os pequenos dedos pelos cabelos de Bella.

-Sabe o que eu descobri papai?

-O que?

-Que a mamãe é como aquele personagem da história que a tia Rose lê para eu dormir. Chama Bela Adormecida.

-Sim, conheço esta história.

Era triste pensar que para Rennesmee sua mãe era um personagem etéreo de conto de fadas. Mas eu preferia que fosse assim. Melhor do que ela sofrer também.

-A tia Rose falou que é só o príncipe dar um beijo que ela acorda.

-Sim, isto geralmente funciona nos contos de fadas.

-Você podia dar um beijo nela, será que ela acorda?

Eu sorri tristemente.

Quem dera fosse tão fácil assim.

Eu me inclinei e beijei seus lábios.

A saudade de um tempo em que ela gemeria contra minha boca, se enroscando em mim em seguida destruía meu peito.

-Ah, não funcionou... – Rennesmee falou, na sua decepção infantil.

Eu a peguei no colo, me sentando com ela ao lado da cama.

-É por que eu não sou um príncipe.

Ela riu, aninhando a cabeça em meu peito.

-Podemos tentar um sapo, então.

Eu ri, abraçando-a.

Minha Rennesmee também era absurda.

Na semana seguinte eu tive uma surpresa.

Charlie iria se casar com Sue.

-Que coisa mais esquisita... – Rose comentou, enquanto vestia Rennesmee para o ballet.

-Sue vai ser minha avó? - Rennesmee perguntou.

-Acho que sim querida. – Rose sorriu para ela.

-Eu acho bem bonitinho. - Alice falou, olhando criticamente para a roupa de Rennesmee – Quando vai ser o casamento?

-Não pense que será uma grande festa Alice... – falei – será apenas uma cerimônia para a família.

-Não fomos convidadas, Alice, se toca – Rose riu.

Emmett entrou no quarto.

Rose ficou séria.

Faltavam poucos meses para Emmett terminar a faculdade e acho que este era o prazo máximo para Rose se decidir.

E eu tinha medo do que ia acontecer.

O telefone tocou e Alice atendeu, animada.

Rennesmee aproveitou para correr para fora do quarto.

-Oi Tânia.

Ela conversou um pouco e depois desligou.

-Tânia manda beijo para todos. Disse que está tão gorda que vai sair rolando por aí.

Rosalie riu.

-Eu queria que ela tivesse ficado por aqui.

-Ela deve ter medo que você roube o filho dela. – Emmett falou rindo acidamente e Rosalie fechou a cara, saindo do quarto, batendo a porta.

-Não precisa falar assim Emmett. – falei.

Ele apenas deu de ombros.

Fora uma surpresa para todo mundo quando Tânia engravidara meses atrás e se casara com Alister.

E ela e Alice resolveram abrir uma loja juntas. Estavam indo muito bem.

No dia seguinte, eu e Rennesmee fomos ao casamento de Charlie e Sue.

Depois eles deram um almoço na casa de Charlie, como prometido, apenas família e alguns amigos próximos.

Eu vi Jacob conversando com a mesma moça morena. Agora eu sabia que era a filha de Sue, Leah.

Era claro como água que ela estava apaixonada por Jacob.

-Oi Jacob. – eu o cumprimentei.

-Oi. – ele sorriu para Rennesmee – Rennesmee está linda. Me lembra Bella.

Eu sorri.

-Ela é maravilhosa.

-Bella ficaria orgulhosa.

Nós ficamos em silêncio por um momento.

Leah nos fitava de longe.

Eu sorri.

-Ela está apaixonada por você.

-O que?

-Leah Clearwater.

Jacob riu, ficando vermelho.

-Ela me detesta isto sim.

-Achei que fosse mais esperto Jacob. Ela está apaixonada por você.

Jacob a fitou, agora com novos olhos.

Leah desviou o olhar.

Eu vi Rennesmee bocejar, sonolenta.

-Bom, eu vou embora. Rennesmee precisa dormir. Se eu fosse você aproveitava a festa com a filha da noiva.

Jacob riu.

-Quem sabe...

Eu peguei Rennesmee no colo e fui embora.

Não foi surpresa para mim quando meses depois fiquei sabendo que Jacob estava noivo de Leah.

E também não foi surpresa quando Emmett e Rosalie romperam de vez.

Eu tentei conversar com Emmett.

-Está errado! Eu sei que ela gosta da menina, que quer cuidar porque Bella não está, mas... não é certo o jeito como ela faz! Eu apenas pedi que fosse morar comigo em Hanover! Ela não quer ir.

-A culpa é minha.

-Não. Rose é obsessiva. Ela precisa entender que Rennesmee não é filha dela, Droga! Eu pedi para ela casar comigo.

-Pediu?

Ele riu sem humor.

-Ela não aceitou. Disse que nunca vai poder ter filhos, então não seria justo se casar comigo. Como se eu me importasse. Eu gosto dela. Com filho ou sem filho. E podemos adotar se ela quiser.

-Rosalie nunca aceitou direito o que aconteceu.

-Ela precisa superar. Primeiro não podia nem ver um bebê. Agora, está obcecada por uma criança que não é dela.

-Eu posso levar Rennesmee comigo. Talvez seja melhor para Rose. 

-Não vai adiantar nada. Eu já desisti. Se ela quer viver assim, que seja. Problema dela. Eu vou curtir minha vida. Ela que se enterre aqui!

Rosalie parecia triste com o fim do namoro com Emmett e não quis falar sobre isto.

Mas eu comecei a pensar seriamente em levar Rennesmee comigo para Hanover. Estava cada vez mais difícil me separar dela.

Do mesmo jeito que era difícil deixar Bella.

E eu comecei a ajeitar tudo para transferi-la para um hospital em Hanover.

Carolyn iria me ajudar.

E o marido dela que era corretor, me ajudaria a achar uma casa perfeita.

Rennesmee ficaria comigo ali. Eu já previa um pequeno terremoto com Rosalie, mas ela teria que aceitar.

Quem sabe assim, ainda haveria uma chance para ela e Emmett?

Eu conversaria com todos após o casamento de Alice.

Mas eu não precisei de nada disto.

Porque numa tarde chuvosa, em que eu saía da aula recebi o telefonema mais esperado por mim em 4 anos.

-Edward, ela acordou.

Era Carlisle.

Eu senti uma vertigem.

Será que tinha ouvido direito?

-O que? – murmurei.

-Bella voltou. Ela acordou finalmente.

Depois de quatro anos esperando. Ansiando. Ela voltara. Minha Bella voltara para mim.

Continua...

OMG ela acordou! Que maravilha, e que capítulo lindo. Fiquei emocionada em vários momentos. Espero que agora com a volta da Bella eles possam, enfim, ter uma conversa definitiva com muitas declarações de amor. Amanhã eu volto. Beijos.