Bom dia gente! Hoje Bella e Edward conversaram sobre Rennesmee e um pouco sobre como foi o tempo em que ela ficou em coma...
Título: Consequence
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Consequence
By Juliana Dantas
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como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 31
Eu tremia ligeiramente quando cheguei em casa.
Edward ainda não estava em parte alguma.
Será que Rosalie me ouviria? Era bom ela ter ouvido.
Porque eu estava falando sério. Embora só de pensar em ficar frente a frente com Rennesmee de novo já me assustava.
Não demorou nem dez minutos para Edward aparecer.
E eu podia perceber que ele estava se contendo para não explodir.
-Rosalie me contou o que você fez.
-Sim, eu fiz! A filha é minha e eu a quero aqui!
-Bella, as coisas não são tão simples assim...
-Quem está complicando é a Rosalie!
-Rosalie apenas quer proteger Rennesmee.
-Eu não acredito nisto. Ela quer a minha filha para ela! Mas não vai ter! Se ela quer um filho que faça um com o Emmett!
-Emmett e Rosalie não estão mais juntos.
-Não?
-Não, mas isto não vem ao caso agora.
-Sim, eu quero saber que horas ela irá trazer a Rennesmee.
-Ela não vai trazer.
Eu respirei fundo várias vezes.
Não era possível!
-Você está do lado dela?
-Não seja absurda, Bella, não existe nenhuma guerra aqui.
-Será que é difícil de entender? Eu passei quatro anos longe da minha filha, mesmo nem me dando conta disto! A minha própria filha me trata como uma estranha e agora vocês querem mantê-la longe de mim.
-Ninguém quer manter você longe de Rennesmee!
-Não? Pois me parece o contrário.
-Bella entenda. São quatro anos que a Rosalie cuida dela. Que você estava em coma. Não se pode mudar tudo de uma hora para outra.
-Eu sei! Mas do que vai adiantar ela ficar lá? Ela nunca vai me conhecer assim!
-Haverá tempo. Apenas tenha paciência.
-E enquanto isto ela continua com a Rosalie fazendo a cabeça dela contra mim!
-A Rosalie não faz isto.
-É difícil acreditar.
-Bella, por favor. Pense em Rennesmee. Eu sei como deve ser difícil para você. Apenas...
-Não. Eu não posso aceitar isto, Edward. E você deveria ficar do meu lado. Ela é sua filha também! Como pode deixá-la lá, como se não tivesse pai nem mãe?
-Eu estava em Dartmouth.
-Ah claro! Estava terminando a porcaria da faculdade! Óbvio que era mais importante que sua própria filha! - “mais importante do que eu”, quis acrescentar, mas me calei. - Mas não me interessa agora. Eu quero a Rennesmee aqui, eu sou a mãe dela e tenho este direito!
Não, Edward não ia me convencer. Eu tinha perdido quatro anos. Não podia perder mais tempo.
Ainda mais sabendo que Rennesmee estava com Rosalie.
Ele passou a mão pelos cabelos, frustrado.
-Tudo bem Bella, venha comigo.
Subiu as escadas e eu o segui. Ele entrou no quarto de Rennesmee e eu me surpreendi ao ver tudo ainda do mesmo jeito. Como se o tempo tivesse parado por ali. Ainda era um quarto de bebê.
Mas eu não devia me surpreender. Afinal, Rennesmee não morava naquela casa.
Ela morava na casa dos Cullens.
-Ela não pode ficar aqui. – falei como se pra mim mesma.
-Sim, precisamos mudar este quarto. Então, talvez seja melhor esperar para trazê-la quando tudo estiver pronto, pode ser?
Eu mordi os lábios.
A vontade que eu tinha era de correr até a casa dos Cullens e tirar Rennesmee de lá o mais rápido possível, mas Edward tinha razão.
O bem estar de Rennesmee vinha primeiro.
-Tudo bem. – disse com a voz sumida.
Eu teria que agüentar mais um dia, pensei desanimada.
Edward deve ter percebido meu desânimo, pois se aproximou de mim.
-Tudo vai ficar bem, Bella.
E ele levantou a mão, talvez para tocar meu cabelo ou meu rosto, mas isto não aconteceu.
Ele simplesmente abaixou a mão.
Eu o encarei por um minuto, com mil perguntas, mil dúvidas dentro de mim.
E então recuei, ao me dar conta do que aquele simples gesto poderia significar.
-Eu vou... - e não consegui continuar, apenas dei de ombros e me afastei, tentando parecer casual.
Mas havia um buraco dentro de mim.
Eu me sentei na cama e fiquei olhando o vazio.
Quatro anos talvez fosse tempo demais.
Tempo bastante para acabar com tudo.
Eu não sabia mais se tínhamos um casamento.
Ele entrou no quarto um tempo depois e eu ainda estava no meu lugar.
-Bella, vem comer.
Ele parecia estranhamente distante.
Eu o fitei.
Pra onde tinha ido tudo o que tínhamos?
Mas será quer tínhamos algo mesmo?
Me lembrei dos meses que ele me deixou sozinha, depois de descobrir que eu me encontrava com Jacob. De como eu me sentia sozinha.
Será que desde esta época já tinha acabado?
Por isto fora tão fácil ele jogar minhas coisas naquela mala e pedir que eu fosse embora?
Será que fora por isto que ele simplesmente largara nossa filha com Rosalie e voltara para a faculdade?
Talvez agora eu não passasse de um desagradável inconveniente para ele.
-Bella? - ele me chamou novamente, desta vez com uma nota de impaciência mesclada com preocupação – Está se sentindo bem?
Eu sacudi a cabeça afirmativamente e me levantei.
-Sim, estou.
E o segui para fora do quarto.
Quando cheguei à cozinha que percebi que já tinha anoitecido.
Eu me sentei e nós jantamos em silêncio.
Era estranho.
Nós estávamos agindo como estranhos.
Mas foram quatro anos, não é?
Pra mim ainda era a mágoa de uma briga horrível.
Para ele eram 4 anos em que eu não existira.
E de novo eu me perguntei, o que acontecera na sua vida durante estes quatro anos?
Eu teria coragem de perguntar?
Eu queria saber?
Talvez eu devesse me concentrar em outras questões mais simples.
-Porque Emmett e Rosalie terminaram?
Edward deu de ombros.
-Nem todo relacionamento dura para sempre.
O que era isto? Uma indireta para definir nosso caso?
Eu ignorei o medo dentro de mim.
-Ainda é difícil acreditar que Rosalie cuide de uma criança.
-Eu falei que ela cuida direito de Rennesmee, Bella. Acha que eu deixaria nossa filha com alguém que não fosse tratá-la direito? - havia alguma acusação na sua voz.
-Eu não sei. Não estava aqui. E pelo visto nem você.
Ele não respondeu.
-Por que, Edward? Porque abandonou nossa filha? - perguntei baixinho.
Talvez esta fosse a parte mais difícil de entender. De perdoar.
Ele me fitou e havia dor em seu olhar.
-Não foi sempre assim. Ela ficou no hospital no começo. Todos nós nos preocupávamos. E achávamos que você ia voltar, mas Rennesmee teve alta e você não acordou. E quanto mais as semanas passavam, mas ficava claro que talvez nunca fosse acordar.
E ele decidira seguir com a sua vida, pensei amarga.
-E Rosalie simplesmente largou a faculdade?
-Ela praticamente já tinha perdido o ano. Você viu como ela era.
-Rosalie não gostava de bebês.
-Ela nunca disse isto.
-Ainda é difícil para mim entender.
-Rosalie ficou em Forks. E acho que foi natural cuidar de Rennesmee.
-E você vinha nos fins de semana?
-Sim, religiosamente. Como o tempo... foi mais fácil ir lidando com tudo.
-E vocês desistiram não é? Vocês achavam que eu nunca mais ia acordar.
-Não tínhamos com saber.
-Acha que Rennesmee... acha que ela vai gostar de mim um dia?
-Apenas dê-lhe tempo Bella. Todos nós precisamos de tempo.
Eu o encarei.
Ele precisava de tempo para gostar de mim de novo também? Me perguntei.
Ou era tarde?
-Não está mais com fome?
Eu olhei para meu prato praticamente intocado e me levantei levando-o comigo para a pia.
-Não.
Edward se levantou também.
-Deixe que eu lavo a louça. – falei.
-Não precisa...
-Precisa sim. Você fez o jantar.
Ele não falou nada.
Enquanto eu fazia aquela atividade tão corriqueira me lembrei de outro tempo, enquanto fazíamos isto juntos, porque queríamos estar juntos todo o tempo.
O telefone tocou e Edward atendeu.
-Só um minuto... - ele se aproximou - Bella, sua mãe.
Eu sacudi a cabeça negativamente.
-Não quero falar com ela.
-Bella, é a sua mãe... - ele parecia perplexo.
-Não, diz pra ligar depois. - falei friamente, voltando à atenção para a louça; Eu ainda não consegui perdoar minha mãe.
Ela tinha me abandonado. Colocado outra criança em meu lugar.
Talvez fosse infantil da minha parte, mas não conseguia agir de outra maneira.
Quando terminei de lavar a louça, eu fui para a sala e Edward estava lá falando com alguém ao telefone bem baixinho.
Quando ele me viu, desligou e eu me perguntei quem seria.
-Quem era? - indaguei tentando não soar desconfiada.
-Rose.
Eu senti uma pontada no peito ao pensar em Rose ainda com Rennesmee.
Será que eu podia sugerir que fôssemos vê-la?
Mas de repente eu me senti muito cansada. E muito medrosa.
De alguma maneira depois de tudo o que ocorrera naquele dia eu não me sentia preparada para ver o olhar hostil de Rennesmee de novo.
Edward foi até a estante e pegou uma pasta. Ou seria um livro?
-Vem aqui. Quero te mostrar algo.
Ele se sentou e eu sentei ao seu lado.
Talvez fosse a primeira vez que estávamos tão próximos depois de tanto tempo.
Eu podia tocar seus cabelos com meus dedos se quisesse.
E de repente eu tive mesmo muita vontade de fazer exatamente isto. Seu cheiro ainda era o mesmo que eu me lembrava. Delicioso em minhas narinas e me traziam lembranças demais.
Demais que chegavam a doer. Porque agora eram só isto. Lembranças.
Eu respirei fundo e voltei à atenção para o que ele tinha nas mãos e agora abria.
Não era um livro.
Era um álbum de fotos.
Fotos de um bebê, com ralos cabelos cor de areia e olhos castanhos chocolate.
Rennesmee.
Meu coração deu um salto mortal.
-Rennesmee... - murmurei com um nó na garganta e praticamente arranquei o álbum de suas mãos, meus dedos tocando as fotos, enquanto percorria o álbum.
Eram muitas fotos, registrando seu crescimento.
De um bebê rechonchudo a uma criança perfeita.
-Ela é tão linda...
-Sim, se parece com você.
Eu ri, mas era mais um engasgo.
-Tem seus cabelos.
-Mas os olhos são seus.
-Espero que ela tenha herdado sua inteligência.
Foi a vez dele rir.
-Acho que ainda é cedo pra saber. Mas ela é muito esperta.
-Claro que é... - murmurei. O nó na minha garganta quase me impedindo de respirar.
Eu tinha perdido tudo aquilo. Todas aquelas ocasiões com Rennesmee.
Isto não tinha mais volta.
Eu fechei o álbum, achando que agora me sentia pior do que antes e o coloquei de lado, me levantando.
-Acho que vou dormir.
Eu me afastei, subindo as escadas e quando entrei no closet, procurando algo para vestir, me perguntei se Edward iria dormir comigo.
Na noite passada eu tinha certeza que ele não dormira.
E eu me perguntei se não era melhor assim.
Encarar de uma vez que era o fim.
Mas como é que eu fazia com a dor? Com o vazio?
Com aquele sentimento horrível de que nada mais ia dar certo.
Eu não tinha Rennesmee. Eu não tinha Edward.
Eu não tinha mais nada.
Mas quando eu saí do closet, eu ouvi o chuveiro ligado. Edward estava no banheiro.
Eu me deitei, me sentindo subitamente nervosa.
Tentei respirar normalmente e dormir.
Quem sabe adormecesse antes dele aparecer.
Mas eu não consegui e mesmo de olhos fechados eu ouvi seus passos pelo quarto e o colchão se mexendo quando ele deitou ao meu lado.
Talvez eu fosse uma idiota por ficar feliz dele estar ali.
A distância agora era emocional.
E eu não sabia como vencê-la.
-Está acordada?
Sua voz na escuridão me sobressaltou e abri os olhos.
-Não. - respondi. E eu acho que podia ver um riso em seu rosto.
-Está se sentindo bem?
Eu revirei os olhos no escuro, fitando o teto.
-Estou ótima. Não me trate como doente.
-Desculpe se me preocupo com você... - falou meio seco.
Eu mordi os lábios com força, não devia, mas agora me sentia culpada.
-Eu estou bem Edward. Não precisa ficar me tratando deste jeito, como se eu fosse de vidro.
Ok... era uma deixa, eu podia admitir para mim mesma e me senti até um pouco ruborizada com isto.
Mas sinceramente acho que Edward não entendeu, ou se fingiu de desentendido.
Pois não falou nada e no silêncio da noite só se ouvia o som da nossa respiração.
E eu suspirei, desanimada.
Acho que deveria encarar mesmo que Edward não tinha o menor interesse em mim.
De repente algo horrível me ocorreu, fazendo gelar meu sangue
Será que nestes quatros anos Edward tinha saído com alguém?
Só de imaginar aquela hipótese eu sentia vontade de vomitar.
Mas éramos casados não éramos?
Ele ainda usava uma aliança; Isto queria dizer que não havia ninguém?
Ou que ele tinha encontros casuais?
Eu tinha medo de saber.
Talvez eu não quisesse saber.
Do que ia adiantar? Eram quatro anos... que eu não estava ali.
Acho que de alguma maneira não dava nem para culpá-lo.
Mas eu me sentia horrível.
Fechei os olhos com força. Eu queria dormir.
E esquecer.
Me deu vontade de pedir que Edward fosse dormir em outro lugar.
Mas não tive forças para tanto. Havia algo de reconfortante em ouvir sua respiração ao meu lado. Era quase como voltar no tempo e fingir que tudo estava bem. Que Rennesmee ainda estava dentro de mim. Tão completamente minha. E bastaria eu estender a mão que Edward estaria me abraçando.
E eu me deixei embalar por minhas lembranças, até estar quase adormecendo.
E então ouvi a voz de Edward do meu lado, quando já imaginava que estaria dormindo.
-Quando você fecha os olhos, eu tenho a impressão que não vai voltar mais. Que ainda está naquele hospital, e nada do que eu faça é capaz de fazer você voltar.
Eu tive vontade de abrir os olhos e perguntar se foi por isto que ele não dormiu comigo ontem. E se foi assim, porque estava comigo hoje?
Mas estava cansada demais.
-Você pode me abraçar? - me vi pedindo sonolenta.
Ele hesitou. Eu senti uma dor.
-Eu não vou quebrar. – sussurrei.
E então ele passou os braços a minha volta.
Quente. Forte. Tão deliciosamente familiar.
E eu finalmente adormeci.
Continua...
Finalmente parece que eles estão começando a se aproximar de verdade. Espero que daqui pra frente eles consigam derrubar essa barreira estranha que está entre eles e voltem a ficar bem. Beijos e até mais tarde com o Edward.
Ai adorei mt!! Espero msm q eles volte e sejam felizes!! Beijusculo ate.
ReplyDeleteChorei com a Bella contando sobre a falta dele, sobre as lembranças boas... tomara que eles voltem logo, e que acabe logo essa distância, tanto entre eles como entre a Renesmee... bjo, até mais tarde!
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