Olá pessoas! Hoje o capítulo está muito lindo, mas um telefonema pode atrapalhar o entendimento entre eles...
Título: Consequence
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Consequence
By Juliana Dantas
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
Capítulo 32
Quando acordei já era de manhã e Edward não estava mais comigo.
Eu me perguntei se tinha sonhado e imaginado ele me abraçando.
Não, tinha que ser verdade.
Eu precisava que fosse.
Desci as escadas e ele estava na cozinha, parecia que estava preparando o café enquanto falava com alguém no celular.
Ele se despediu da pessoa me encarando.
-Oi. - eu disse me sentindo meio sem graça.
E eu não sei por que me sentia assim.
Mas acho que estava começando a entender.
Era o afastamento de Edward que me deixava deste jeito.
Ele parecia sempre... hesitante.
Como se não soubesse o que esperar de mim.
Mas eu ainda era a mesma. Ou achava que era.
O problema era saber se Edward ainda era o mesmo.
De qualquer forma nosso último contato antes do acidente fora aquela briga terrível, onde ele me colocara pra fora da sua vida.
Será que ainda era isto?
De alguma maneira eu achava que não.
-Oi. - ele respondeu.
-Nós vamos comprar as coisas do quarto de Rennesmee? - perguntei, me atentando as questões mais importantes.
-Sim, se você se sente bem pra sair... eu posso ir sozinho...
-Não, eu vou com você. Vou subir e tomar um banho.
Eu subi as escadas e entrei no chuveiro.
Havia um novo ânimo em mim.
Depois que o quarto de Rennesmee estivesse pronto, não haveria mais desculpas.
Ela voltaria para casa.
E talvez nem tudo estivesse perdido com Edward afinal.
Tudo bem, que ainda agora ele parecia estranhamente reticente, mas eu tinha que dar um desconto. Foram quatro anos de ausência. Era como se eu tivesse ido embora e voltado do nada.
Possivelmente eu era mesmo uma estranha para ele.
Mas Edward tinha que entender que eu ainda era a mesma Bella.
Eu só não sabia como fazê-lo entender.
Mas será que ele queria? - uma vozinha incomoda falou dentro de mim, mas eu ignorei.
Eu não tinha mais tempo para hesitações. Já perdera quatro anos.
Não ia perder mais quatro.
E o que eu tinha a perder?
Neste momento eu não tinha praticamente nada.
Saí do chuveiro e me enrolei na toalha indo para o closet.
E parei à porta ao ver Edward em frente a um armário, ele estava sem camisa, enquanto procurava uma.
Ele me encarou e eu parei, hesitando.
Mordi os lábios me sentindo por um momento estranhamente envergonhada.
Como se momentos assim não fossem corriqueiros em nossa vida.
Mas há quatro anos, há quatro anos eu não hesitaria em entrar no closet, largando a toalha em qualquer lugar e deslizar nua pelo carpete, procurando uma roupa.
Ignorando a voz repressora dentro de mim, que dizia que talvez eu estivesse exagerando, desamarrei o nó da toalha que caiu no chão aos meus pés e caminhei até a porta do armário, a poucos passos de Edward.
Não sem antes lançar um olhar para ver sua reação, e eu tremi ao ver que ele estava me medindo, ainda na mesma posição.
Eu me virei para o armário, tentando achar algo, mas minha mente embaralhada não via nada.
Eu apenas podia sentir o olhar de Edward me queimando.
E então, eu não sei como aconteceu, mas ele estava do meu lado, a mão me puxava pelo braço, enquanto a outra infiltrava se nos meus cabelos, levando minha boca até a dele.
A emoção que me varreu por dentro foi como uma tempestade. E colei meu corpo nu ao dele, minhas próprias mãos subindo para se enterrar nos cabelos cor de areia, minha boca devorando a sua, sentindo seu gosto tão familiar e tão diferente ao mesmo tempo. E ele gemeu contra meus lábios e em um instante o beijo já não era mais suficiente. A energia represada explodiu num mar de sensações quente, feroz, incontrolável.
Não havia tempo para hesitações, apenas para sua boca e dentes e língua deslizando por minha pele e os gemidos entrecortados que saíam da minha garganta, sentindo as mãos deslizando por meu corpo, apalpando, apertando, devorando. Eu estava além de qualquer limite e a excitação me dominou completamente ao perceber que ele também estava.
Isto! Era isto que eu queria. Sua voz em meu ouvido “Bella”, sussurrando vezes sem fim e eu derretia um pouco mais, um desejo líquido me deixando fraca e forte ao mesmo tempo. Com dedos trêmulos e impacientes, eu agarrei suas calças a abrindo e em um segundo, eu me vi indo ao chão.
Não havia tempo para ir a qualquer outro lugar. Havia apenas um desejo fremente e intenso que precisava ser saciado.
-Agora... - pedi com a respiração entrecortada, sentindo seu bem vindo peso sobre mim.
-Sim. – respondeu finalmente me penetrando e eu gritei, içando os quadris em sua direção, e ele foi ainda mais fundo, e mais rápido. Impulsionando e recuando num ritmo preciso, perfeito e eu comecei a me desfazer, a realidade a minha volta se dissolvendo, abstraindo, restando apenas as sensações, o cheiro, a textura, os sons. E Edward. E seu gemido longo e baixo em seu ouvido, quando os dois estremeceram no mesmo prazer.
E depois, nós ficamos ali, a respiração voltando ao normal.
E eu mantinha meus olhos fechados. Me sentindo pela primeira vez desde que voltara feliz.
Ainda não era tudo. Mas era uma parte.
Mas de repente eu senti que tinha algo errado. Edward estava tenso.
Abri os olhos e ele me fitou.
-Me desculpe... - pediu - eu não devia.
E ele se levantou, me puxando com ele.
Eu franzi a testa.
Como é que é?
-Está pedindo desculpas? - indaguei tentando manter minha voz num nível normal.
Ele passou a mão pelos cabelos frustrado.
-Você acaba de sair de um hospital.
Eu ri.
Juro que eu ri. Mas não era com humor.
-Você é um idiota, Edward. E eu odeio que faça isto. Já falei que não estou doente. Eu estou aqui. E somos casados. Se há algum problema com isto é melhor falar logo e já resolvemos e você não será mais obrigado a me agüentar!
Eu desabafei e antes que ele pudesse dizer qualquer coisa, eu voltei para o banheiro e bati a porta.
Liguei o chuveiro de novo e fiquei ali, a água escorrendo por meu corpo.
Era isto então. Agora era com ele.
Eu dera a deixa.
O difícil era saber se eu me manteria firme se ele dissesse que a questão era exatamente aquela.
Eu não sei se agüentaria.
E então a porta do box se abriu e Edward estava ali na minha frente.
Nu e lindo.
E ele se aproximou... as mãos enquadrando meu rosto.
-Nunca pense que eu não quero continuar com você. Eu te esperei quatro anos, Bella. Apenas... me dê tempo.
-Para que?
-Para eu aprender a não ter medo de perder você de novo.
Eu tive vontade de chorar.
Tive vontade de fazer mil perguntas.
Mas não queria que nada causasse seu afastamento de novo. Ou o meu.
E eu desconfiava de alguma maneira estranha, que isto ia acontecer.
Então eu apenas passei meus braços em volta de sua nuca.
-Eu não vou a lugar algum.
-Bella, eu...
-Shii... - eu aproximei meus lábios do dele - agora não. Depois.
E ele me beijou.
E eu queria que o depois nunca chegasse.
Por algum tempo eu pude fingir que aqueles quatros anos não existiram.
Edward estava comigo. Suas mãos em mim conheciam cada centímetro da minha pele. Seus lábios tinham gosto de algo conhecido e delicioso.
Eu estava em casa em seus braços.
Era só fechar os olhos e sentir. E não pensar.
Mas depois, quando seu corpo já não estava firmemente grudado ao meu, minha mente começava a girar com todas as questões não respondidas.
As dúvidas. Os medos.
Quatro anos de vazio.
Eu tive dificuldade de respirar.
-Bella? - sua voz linda soou preocupada ao meu lado e eu o fitei – O que você tem?
Eu me obriguei a respirar.
Um passo de cada vez.
Meu cérebro foi atingido pelo oxigênio.
-Estou bem. – murmurei.
Mas Edward não parecia convencido.
-Vamos passar no hospital primeiro.
Estávamos no carro a caminho do centro para comprarmos as coisas do quarto de Rennesmee.
-Não, não precisa...
-Precisa sim.
Eu não discuti.
Carlisle me examinou e disse que não parecia ter nada de errado comigo.
-Acho que devemos ver um especialista. – Edward falou e eu revirei os olhos.
-Sim, seria bom.
-Acha que ela está bem para viajar?
-Espere um tempo.
-Ok.
Eu queria reclamar por eles estarem falando como se eu não estivesse ali, mas me calei.
Estava farta de discussões.
Eu só queria ir logo comprar as coisas de Rennesmee para que assim ela pudesse ir para a casa.
Edward me levou em uma loja de móveis em Port Angeles e seu telefone tocou enquanto escolhíamos.
Ele se afastou para atender.
Eu mordi os lábios, curiosa, mas não precisei perguntar quando ele voltou.
-Era Alice. Pediu para te levar na loja dela. Parece que quer fazer você experimentar um vestido de dama de honra, algo assim.
Eu tive que rir.
-Algumas coisas não mudam.
Ele riu também.
-Não mesmo.
O vendedor prometeu que entregaria tudo naquela tarde ainda e eu senti um frio na barriga.
Isto significava que Rennesmee podia ir para casa ainda hoje.
-Quer mesmo ir a loja de Alice? Eu posso arranjar uma desculpa...
Eu dei de ombros.
-Não, vamos logo.
Eu estava mesmo curiosa para ver.
Como eu esperava a loja de Alice era super chique.
Ela sorriu ao me ver, se aproximando e me abraçando.
-Achei que Edward se recusaria a trazê-la.
-Eu tentei. – Edward respondeu.
-Sua loja é linda.
-Esta é uma das lojas! Precisa ver as outras. Deslumbrantes.
Ela me mediu.
-E esta sua roupa... muito “quatro anos atrás”. Precisamos dar um jeito nisto urgente, mas antes eu quero que você prove o modelo de dama de honra e...
Ela parou de falar e olhou para a porta, onde alguém tinha acabado de entrar.
Eu acompanhei seu olhar e gelei.
Tânia em carne e osso estava ali.
Vestido num espetacular vestido preto de frio. Os mesmos cabelos loiro morango. A mesma beleza estonteante.
Mais uma coisa que não tinha mudado.
Além do meu mal estar por vê-la.
Isto também era imutável pelo visto. Tanya ainda era amiga dos Cullens.
-Oh... Bella? - ela parecia que estava vendo um fantasma. Acho que ninguém tinha avisado que eu voltara dos mortos.
-Oi Tânia. – consegui dizer como se fizesse semanas que não nos víamos.
Como se ela não fosse a ex-namorada de Edward que me atormentara por meses.
-Tânia, pelo amor de Deus, parece que viu fantasma! - Alice riu – Eu ia te ligar e contar que Bella finalmente acordou. Não é maravilhoso?
-É... claro que sim... nossa me desculpe, Bella, mas é que é realmente incrível vê-la depois de tanto tempo...
-Sim, eu imagino. - respondi meio irônica.
-E você está muito bem.
-Obrigada.
Que conversa mais bizarra.
-Bella, vamos? - Edward pediu. Parecia meio tenso.
-Achei que eu fosse experimentar o tal vestido. – eu disse e nem sei por quê.
Claro que eu queria sair dali.
Tânia nunca fora uma companhia que eu apreciasse.
-Acho que a Alice tem negócio a tratar agora.
-Negócios?
-Eu não te contei? – Alice falou animada – Tânia é minha sócia!
-Sócia? - indaguei chocada.
Como é que é?
Agora além de praticamente da família, amiga íntima de Rosalie, ela ainda era sócia de Alice?
Eu quase não lamentei ter ficado desacordada por quatro anos.
-Sim, somos sócias. Mas Tânia cuida das lojas na Europa e eu aqui nos EUA.
-Então você mora na Europa?
-A maior parte do tempo sim. Mas estou aqui para o casamento.
Eu quase respirei aliviada. Se ela vivia na Europa não passara o tempo inteiro atrás de Edward.
Eu acho.
-Faz tempo que mora na Europa?
-Alguns meses.
Ante que eu pudesse ter tempo para digerir a informação, uma senhora entrou na loja carregando um bebê no colo.
Um bebê de cabelos loiros.
-Senhora, ele não para de chorar.
Tânia revirou os olhos e retirou o bebê do colo da mulher.
-Nossa... como ele está lindinho. - Alice comentou.
Tânia sorriu. Um sorriso de orgulho.
E eu reconheci. Era um sorriso de orgulho materno.
-Você tem um filho... – murmurei.
-Sim, este é Peter, meu bebê.
-E onde está Alister? - Edward indagou – Achei que ele viria com você para o casamento.
Então Tânia ainda estava com Alister, afinal?
Então Tânia ainda estava com Alister, afinal?
-Ele chagará apenas um dia antes. Tem negócio a tratar.
A criança no colo dela voltou a se debater e a chorar.
Ela murmurou algumas desculpas e se afastou para dentro da loja com a senhora, que devia ser a babá seguindo-a.
-Bom, acho que o Edward tem razão. Voltem outra hora. - Alice disse - Talvez amanhã? Eu te ligo para a gente marcar uma hora Bella!
-Sim, vamos embora. – Edward falou e me guiou para fora da loja.
Eu olhei de relance e ainda vi Tânia tentando acalmar o bebê.
E senti inveja dela.
Ela estava cuidando do seu bebê.
E eu nem tinha mais o meu.
Edward deve ter percebido meu estado de humor quando saímos da loja.
-Espero que não tenha ficado mal por causa da Tânia...
Eu me virei querendo perguntar “existe algum motivo para ter que ficar mal?”. Mas antes que eu pudesse falar qualquer coisa ouvi um grito e me virei.
Jessica e Mike Newton se aproximavam.
Jéssica lançou os braços a minha volta.
-Oh meu Deus, não acredito! É mesmo verdade, você saiu do coma!
-Sim, é verdade. – falei sem graça.
Ela riu.
-Não é incrível Mike?
Mike sorriu mais comedido.
-Sim, muito bom ver você bem Bella.
-Ainda mais que todo mundo achava que já estava mortinha e...
-Jess. – Mike a repreendeu, ficando vermelho.
-Ué, mas é verdade! Enfim, o importante é que você está bem agora! E estava saindo da loja de Alice Cullen? Nossa, é tão maravilhosa! A melhor loja de Port Angeles, sem dúvida, já falei pro Mike, meu enxoval, quero que seja dai, mas ele acha tão caro...
-Enxoval?
-Nossa, que cabeça a minha. – ela riu e mostrou o dedo anular um grande anel – Mike finalmente me pediu em casamento! Vamos nos casar no próximo verão.
-Uau. Parabéns! – falei atordoada.
-Mas nós precisamos nos encontrar e eu vou contar todas as novidades para você! Mal posso esperar para chegar em casa e ligar para Ângela. Ela mora em Chicago agora! Aliás, fiquei sabendo que Alice e Jasper vão se casar, você não conseguiria assim, um convite?
-Jéssica, desculpa, mas nós estamos com um pouco de pressa. – Edward segurou meu braço, me salvando e eu agradeci quando entramos no carro.
-Obrigada. A Jéssica continua cansativa. – falei respirando aliviada e ele riu.
-Acho que forma um casal perfeito com o Newton.
Eu o olhei de soslaio.
Não parecia mais haver implicância com Mike em sua voz.
Talvez porque Mike ia casar? Ou porque Edward tinha mudado nestes quatro anos?
Tânia voltou a minha mente.
-Tânia casou com Alister? – indaguei.
-Sim.
-Faz tempo?
-Pouco mais de um ano.
-Eles casaram na faculdade? Nem achei que era tão sério.
-Tânia engravidou e eles casaram.
-Sério? - isto era uma surpresa.
-Ela largou a faculdade, mas acho que nunca levou a sério mesmo e juntou esta sociedade com Alice. Depois que o bebê dela nasceu ela foi para a Europa, quando abriram lojas lá... mas deixe Tânia de lado um pouco. - ele parou o carro e parecia um pouco tenso.
Eu olhei em volta e não reconheci o local.
Era uma rua arborizada e um portão grande.
-Onde estamos?
-Na escola de Rennesmee.
Eu comecei a sentir meu coração bater forte.
-Nós viemos buscá-la? - indaguei com um pouco de receio.
-Sim. Tudo bem para você?
Eu lutei para respirar de novo.
Era tão bom e assustador ao mesmo tempo.
Eu ansiava mais que tudo estar perto da minha filha.
Mas ainda me lembrava do seu olhar.
Edward segurou minha mão.
-Eu pensei no que você me disse, Bella. E acho que tem razão. Mantê-la longe não vai ajudar. Ela precisa se acostumar com você.
-Eu estou com medo.
Ele sorriu.
-Não fique. Estou com você.
E nós saímos do carro quando o portão se abriu.
Eu senti meu estômago revirando enquanto algumas crianças saíam e então eu a vi.
Rennesmee.
Minha pequena Rennesmee.
Cabelos cor de areia balançando ao vento enquanto ela corria em nossa direção.
Então ela parou ao me ver. Hesitando.
Edward deu um passo a frente.
-Oi querida... – falou tirando sua mochila das costas – olha quem eu trouxe para te buscar também.
Edward falava com uma voz descontraída.
Mas era o único ali. Por que eu não conseguia me mexer.
E nem Rennesmee.
Ele olhou para mim e para ela e então segurou na mão de Rennesmee.
-Lembra do que nós conversamos ontem, amor?
Ela sacudiu a cabeça afirmativamente, mas ainda não falou nada.
Edward me encarou.
Eu respirei fundo e tentei sorrir.
-Oi Rennesmee. – murmurei.
Rennesmee olhou para o chão.
-Oi. – sua voz era tão baixinha que pensei ter imaginado ouvir.
Edward suspirou.
-Vamos para casa.
Ele a pegou no colo levando-a para o carro. Rennesmee mantinha os olhos fixos em mim enquanto ele a levava.
Edward a colocou no banco traseiro e fechou a porta me encarando exasperado.
-Bella, ela não vai te morder.
Eu cobri o rosto com as mãos soltando um gemido.
-Eu me sinto horrível. Ela deve me odiar.
Edward riu.
-Ela não te odeia. É apenas estranho que você esteja aqui. Mas ela é uma criança. Se acostuma com tudo. Você tem que dar o primeiro passo.
-Eu?
-Sim. Vamos embora.
Nós entramos no carro e eu tentei pensar no que faria.
Edward ligou o som e Rennesmee se inclinou para frente.
-Coloca aquela música da Claire, papai.
Edward riu, colocando Debussy para tocar.
-Você a fez gostar de Debussy? - indaguei e ele sorriu.
-Eu estou ensinando-a a tocar piano. Não é Rennesmee?
-Sim, eu vou tocar a música da Claire.
Era a frase mais comprida que ela usava na minha frente e eu fiquei feliz com isto.
Ela já estava falando. Era alguma coisa.
Mas daí para frente, ela se calou.
E eu podia perceber seu olhar em mim, pela espelho, mas toda vez eu que olhava, ela desviava o rosto.
Nós chegamos à casa dos Cullens e Rosalie esperava na porta.
Parecia tensa.
-Oi tia Rose. – Rennesmee saiu do carro, pulando para o colo de Rosalie.
Eu tentei não sentir inveja.
-Oi, querida. Vá lavar as mãos para comer.
Ela correu para dentro e Rosalie nos encarou.
-Como estão?
-Estamos ótimos. Compramos tudo para o quarto da Rennesmee.
Ela mordeu os lábios.
-E quando ela vai? - sua voz era tensa.
-Assim que tudo estiver arrumado. Vamos almoçar?
Edward me puxou pela mão e fomos para a sala de jantar dos Cullens.
Esme estava lá e Rennesmee apareceu sentando ao lado de Rosalie, que serviu sua comida.
Rennesmee fez uma careta.
-Você vai comer tudo. – Rosalie falou firmemente.
Rennesmee começou a comer e Edward me cutucou.
-Coma Bella.
E eu percebi que não tinha mexido no meu prato, ocupada em observar Rennesmee.
Eu me obriguei a comer.
-Como é que você comia quando estava dormindo?
A voz infantil nos fez parar e encará-la.
Ela me encarava, cheia de curiosidade. Como se somente agora esta questão tivesse aparecido em sua mente e fosse muito importante.
Eu não soube nem o que falar.
Era a primeira vez que Rennesmee falava comigo.
-Ela comia por canudinhos, que levavam a comida direto para dentro dela.
A voz veio da porta da copa e eu levantei o olhar para ver Emmett.
Eu tinha me esquecido dele. Achei que tivesse voltado para seja lá onde vivesse.
Porque não parecia que era ali.
Ele entrou e se sentou.
-Oi Bella.
-Canudinhos? - Rennesmee ainda parecia não entender direito – Ah... aqueles que entravam no seu braço no hospital? - ela ainda me encarava.
-Sim... creio que sim. – respondi aturdida.
-Rennesmee, pare de falar e coma. Não vai me enrolar. – Rosalie falou colocando o garfo em sua mão.
-Deixe a menina conversar com a mãe dela, Rosalie. – Emmett falou.
Rose o encarou fuzilando-o com o olhar.
Eu me lembrei que Emmett e ela não estavam mais juntos.
Será que se detestavam agora?
E por que será que tinham terminado?
Rennesmee não fez mais nenhuma pergunta e Edward sorriu para mim quando nossos olhares se encontraram.
Era um sorriso de encorajamento.
Eu queria ter seu otimismo.
Eu precisava.
Quando acabamos de comer. Rosalie se levantou e levou Rennesmee, que parecia sonolenta e não reclamou.
Eu não queria que ela fosse ainda.
-Ela sempre dorme depois de comer. - Edward explicou.
O telefone da casa tocou e Esme atendeu, dizendo que era uma ligação para Edward.
Ele se afastou para atender.
Esme saiu da sala, levando os pratos sujos.
Emmett me encarou.
-E aí, como está sendo viver novamente entre os vivos?
Eu ri, sem humor.
-Estranho.
-Eu imagino.
-E você? O que andou fazendo nestes quatros anos que em eu não estava entre os vivos?
Ele deu de ombros.
-Eu terminei a faculdade há alguns meses e trabalho em Hanover mesmo. Com investimentos.
-Edward me contou que você e Rosalie...
-Sim. – ele não parecia muito satisfeito com o assunto – Não estamos mais juntos.
-Eu sinto muito. Sempre achei que... iriam ficar juntos para sempre.
Ele riu.
-Eu também.
-Então porque terminaram?
-Eu queria que ela fosse comigo e não ficasse aqui.
De repente eu entendi.
Rosalie não queria ir embora de Forks.
-Por causa de Rennesmee. – eu completei.
Ele não respondeu, mas eu entendi que era exatamente isto.
Rennesmee era um fator de discórdia entre Rosalie e Emmett.
Era o motivo deles terem terminado.
Eu me senti mal com isto de repente e me levantei.
-Vou procurar o Edward.
Eu estava no corredor quando Esme me interceptou.
-Esqueci de te dizer. Seu pai ligou. Parecia bem preocupado. Ligue para ele Bella. Pode usar o telefone aqui.
Eu respirei fundo, olhando para o aparelho.
Ainda me sentia meio ressentida com meus pais, mas não poderia ficar assim para sempre.
Peguei o aparelho e então parei ao ouvir a voz de Edward.
Era uma extensão.
“Então estamos combinados assim...” - ele dizia.
Eu já ia desligar quando ouvi a voz de uma mulher.
“Então você não vem agora?”
“Não mais.” - Edward respondeu.
“Agora que sua mulher voltou, você não precisa mais de mim.” - a mulher falou.
E eles riram.
"Tchau Carolyn." - ele se despediu e desligou.
Eu ainda permanecia ali com o aparelho em mãos.
Sem conseguir me mexer.
Que diabos era aquilo?
Continua...
Pronto... agora ela vai começar a achar que a médica é amante do Edward... já posso até ver as engrenagens da cabeça absurda dela imaginado a situação. Espero que ela, pelo menos, dê tempo do Edward explicar tudo. Beijos e até mais tarde.
Vixi agora a ferrou!!! Adorei lindo. A rose bem q mereceu qnd emmet falou pra ela q bella e a mae da renesmee
ReplyDeleteJá to até vendo a Bella imaginando besteira... OMG!! Eles ñ podem começar a brigar de novoo!!! tomara q o Edward consiga se explicaar!!! bjoo, até mais tardee
ReplyDeletePorra que diabos é isso? Vixii ferrou de vez
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