FANFIC - CONSEQUENCE - EDWARD - CAPÍTULO 28

Boa tarde pessoal! Hoje Edward consegue contornar a situação entre Bella e Rosalie e começa uma pequena aproximação entre eles...

Título: Consequence
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Consequence

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 28

Naquela tarde, enquanto Bella dormia, seus pais ligaram novamente.

-Ela ainda está bem confusa. Rennesmee não reagiu bem...

-Eu não deveria ter vindo embora. – Renée se culpou.

-Seu filho precisava de você aí.

-Bella também é minha filha. Me sinto péssima por ela estar aí sofrendo...

-Bella tem a mim.

-Sim, eu sei. Só por isto eu suportei todo este tempo longe; Cuide dela Edward. Ela vai precisar.

-Ligue mais tarde, quando ela estiver acordada.

-Tudo bem.

Charlie também ligou para saber como estava tudo e tivemos uma breve conversa.

Depois eu saí e fui ao hospital buscar os remédios com Carlisle.

Quando voltei, Esme andava de um lado para o outro preocupada.

-O que foi?

-Rose está transtornada...

Eu subi as escadas e encontrei Rose no quarto de Rennesmee.

Ela andava de lá para cá pegando as coisas de Rennesmee, jogando tudo numa mala.

E chorava.

-O que aconteceu? – indaguei.

-Bella esteve aqui e exigiu que levasse Rennesmee agora para o chalé.

-O que? Ela fez isto?

-Sim. – fungou.

-Pare o que está fazendo, Rosalie. Rennesmee não vai embora agora.

-Ela deixou bem claro que se eu não a levasse, ela viria buscá-la, nem que fosse a força!
-Rennesmee ouviu isto?

-Não! Ela fugiu agora à tarde sem que eu visse e foi até o chalé, Bella acordou e a viu lá. Rennesmee voltou correndo, eu a repreendi e Bella ouviu. Ela estava muito brava. E pediu que eu levasse Rennesmee.

-Não vai precisar fazer isto. Não agora. Pare de chorar, pelo amor de Deus.

-O que quer que eu faça? Ela é a mãe não é? Talvez seja melhor mesmo que eu a leve, assim já acaba logo com isto...

-Não seja dramática. Você mesma disse que temos que pensar em Rennesmee. No momento não há condições que ela vá. Bella ainda passa mal às vezes. E as duas mal conseguem se olhar direito.

-O que vamos fazer? Bella me detesta. Até posso entender por que.

-Isto não vem ao caso agora. Coloque tudo no lugar. Vou falar com Bella.

Eu encontrei Bella no chalé.

-Rosalie me contou o que você fez.

-Sim, eu fiz! A filha é minha e eu a quero aqui! – gritou.

Eu tentei me manter calmo.

-Bella, as coisas não são tão simples assim...

-Quem está complicando é a Rosalie! 

-Rosalie apenas quer proteger Rennesmee.

-Eu não acredito nisto. Ela quer a minha filha para ela! Mas não vai ter! Se ela quer um filho que faça um com o Emmett!

-Emmett e Rosalie não estão mais juntos.

-Não?

-Não, mas isto não vem ao caso agora.

-Sim, eu quero saber que horas ela irá trazer a Rennesmee.

-Ela não vai trazer.

-Você está do lado dela?

-Não seja absurda, Bella, não existe nenhuma guerra aqui.

-Será que é difícil de entender? Eu passei quatro anos longe da minha filha, mesmo nem me dando conta disto! A minha própria filha me trata como uma estranha e agora vocês querem mantê-la longe de mim.

-Ninguém quer manter você longe de Rennesmee!

-Não? Pois me parece o contrário.

-Bella, entenda. São quatro anos que a Rosalie cuida dela. Que você estava em coma. Não se pode mudar tudo de uma hora para outra.

-Eu sei! Mas do que vai adiantar ela ficar lá? Ela nunca vai me conhecer assim!

-Haverá tempo. Apenas tenha paciência.

-E enquanto isto ela continua com a Rosalie fazendo a cabeça dela contra mim!

-A Rosalie não faz isto.

-É difícil acreditar.

-Bella, por favor. Pense em Rennesmee. Eu sei como deve ser difícil para você. Apenas...

-Não. Eu não posso aceitar isto, Edward. E você deveria ficar do meu lado. Ela é sua filha também! Como pode deixá-la lá, como se não tivesse pai nem mãe?

-Eu estava em Dartmouth.

-Ah claro! Estava terminando a porcaria da faculdade! Óbvio que era mais importante que sua própria filha! 

Eu queria explicar porque eu voltara para Hanover, mas me calei.

Não era o momento.

Primeiro precisava resolver a questão de Rennesmee.

E por um lado eu sabia que ela tinha razão. 

Rennesmee era sua filha. E eu entendia que ela estava ansiosa para tê-la ali.

De repente eu me senti culpado. Eu a mantinha longe porque eu temia por Rennesmee, mas será que não estava apenas adiando o inevitável?

Rennesmee pertencia àquela casa. Comigo e com Bella.

Eu suspirei. Talvez fosse a hora de nos arriscar.

-Tudo bem Bella, venha comigo. – pedi.

Eu a levei até o quarto de Rennesmee que continuava do mesmo jeito. Um quarto de bebê.

-Ela não pode ficar aqui. – Bella concordou.

-Sim, precisamos mudar este quarto. Então, talvez seja melhor esperar para trazê-la quando tudo estiver pronto, pode ser?

E eu esperava ter este pequeno tempo para resolver com Rosalie e com a própria Rennesmee.

Ela mordeu os lábios, concordando.

-Tudo bem.

Eu percebi seu desânimo e me aproximei.

-Tudo vai ficar bem, Bella.

E levantei a mão para tocá-la, mas desisti.

Era tudo tão estranho.

Meus dedos pareciam ainda existirem para tocar sua pele, mas eu tinha dúvidas se era isso que ela queria.

Ainda parecia haver tanto ressentimento. 

-Eu vou... - e ela deu de ombros de afastando.

Foi como levar um pedaço de mim.

Eu quis ir atrás. Abraçá-la forte. Nunca mais soltar.

Mas apenas desci para a cozinha.

Liguei para Rose e disse que conversara com Bella e que Rennesmee ficaria com ela até mudarmos o quarto.

Rose assentiu e desligou.

Eu sabia que ela ia sofrer. Mas não tinha como mudar aquilo.

Ela sempre seria a tia de Rennesmee.

Mas ela nos pertencia.

Eu a chamei para comer e ela ainda parecia chateada.

Nós comemos em silêncio, até que ela perguntou.

-Porque Emmett e Rosalie terminaram?

Dei de ombros. Não queria falar de coisas que não eram da minha conta.

-Nem todo relacionamento dura para sempre.

-Ainda é difícil acreditar que Rosalie cuide de uma criança.

-Eu falei que ela cuida direito de Rennesmee, Bella. Acha que eu deixaria nossa filha com alguém que não fosse tratá-la direito?

-Eu não sei. Não estava aqui. E pelo visto nem você. – sua voz era cheia de acusação - Por que, Edward? Porque abandonou nossa filha? - perguntou baixinho.

-Não foi sempre assim. Ela ficou no hospital no começo. Todos nós nos preocupávamos. E achávamos que você ia voltar, mas Rennesmee teve alta e você não acordou. E quanto mais as semanas passavam, mas ficava claro que talvez nunca fosse acordar. 

-E Rosalie simplesmente largou a faculdade?

-Ela praticamente já tinha perdido o ano. Você viu como ela era.

-Rosalie não gostava de bebês.

-Ela nunca disse isto. 

-Ainda é difícil para mim entender.

-Rosalie ficou em Forks. E acho que foi natural cuidar de Rennesmee.

-E você vinha nos fins de semana?

-Sim, religiosamente. Como o tempo... foi mais fácil ir lidando com tudo.

-E vocês desistiram não é? Vocês achavam que eu nunca mais ia acordar.

-Não tínhamos com saber.

-Acha que Rennesmee... acha que ela vai gostar de mim um dia?

-Apenas dê-lhe tempo Bella. Todos nós precisamos de tempo.

Ela não falou nada, remexendo na comida a sua frente. 

-Não está mais com fome?

Ela se levantou levando o prato para a pia.

-Não. 

Me levantei também.

-Deixe que eu lavo a louça. – ela falou.

-Não precisa...

-Precisa sim. Você fez o jantar.

Eu quis impedi-la. Mas era só uma louça.

Talvez eu precisasse mesmo deixar de ser tão super protetor.

O telefone tocou e eu atendi.

Era Renée.

-Só um minuto... Bella, sua mãe.

Ela sacudiu a cabeça negativamente.

-Não quero falar com ela.

-Bella, é a sua mãe... – insisti.

-Não, diz pra ligar depois. - falou friamente, voltando à atenção para a louça.

Eu me afastei.

-Renée, desculpa, ela não quer falar com você.

-Como assim?

-Olha... lhe dê espaço. Acho que está sendo difícil para ela lidar com esta nova realidade. Você com outro filho, Charlie casado. Acho que ela se ressente com isto.

Renée suspirou.

-Eu voltarei para Forks daqui uns dias. Acho que Phill e James poderão ir comigo. Então conversaremos pessoalmente.

-Sim, será melhor.

-E ela está bem?

-Ela ficará.

Eu desliguei.

Rosalie ligou em seguida.

-Rennesmee perguntou por você.

-Diga para ela ir dormir. Amanhã eu falo com ela.

-Ela perguntou por Bella também.

-Amanhã eu e Bella a veremos.

-Tudo bem. Boa noite.

Eu desliguei e Bella apareceu.

-Quem era?

-Rose. – respondi - Vem aqui. – chamei-a - Quero te mostrar algo. – falei e peguei o álbum de fotos de Rennesmee.

Ela sentou ao meu lado.

Talvez fosse a primeira vez que estávamos tão próximos depois de tanto tempo.

Eu podia tocar seus cabelos com meus dedos se quisesse.

E de repente eu tive mesmo muita vontade de fazer exatamente isto. Seu cheiro ainda era o mesmo que eu me lembrava. Delicioso em minhas narinas e me traziam lembranças demais.

Demais que chegavam a doer.

Eu respirei fundo e voltei a atenção para o álbum em minha mão, abrindo-o.

-Rennesmee... - ela murmurou praticamente arrancando o álbum de minhas mãos, seus dedos tocando as fotos, enquanto percorria o álbum.

Eram muitas fotos, registrando seu crescimento.

De um bebê rechonchudo a uma criança perfeita.

-Ela é tão linda...

-Sim, se parece com você.

Ela riu.

-Tem seus cabelos.

-Mas os olhos são seus.

-Espero que ela tenha herdado sua inteligência.

Foi a minha vez de rir.

-Acho que ainda é cedo pra saber. Mas ela é muito esperta. 

-Claro que é... - murmurou. 

E havia tanto pesar em sua voz que um nó se formou na minha garganta quase me impedindo de respirar.

Ela tinha perdido tudo aquilo. Todas aquelas ocasiões com Rennesmee.

Isto não tinha mais volta. 

Ela fechou o álbum e se levantou.

-Acho que vou dormir. - e subiu as escadas.

Eu fiquei ali, pensando em como conseguiria romper aquela distância.

Era uma distância de quatro anos.

Será possível começar tudo de novo?

Esquecer o que eu havia feito com ela antes do acidente?

Esquecer que ela passara quatro anos em coma?

Mas ela era a minha Bella.

Eu tinha que acreditar que algo de bom restará para nós.

Da minha parte ainda era a mesma coisa. Os mesmos sentimentos, mas eu precisava dar tempo para saber como ainda eram os dela.

Eu subi para o quarto depois de apagar tudo e ela estava na cama. Eu apenas troquei de roupa e me deitei ao seu lado.

-Está acordada?

-Não. - respondeu abrindo os olhos e eu sorri.

-Está se sentindo bem?

-Estou ótima. Não me trate como doente.

-Desculpe se me preocupo com você...

-Eu estou bem Edward. Não precisa ficar me tratando deste jeito, como se eu fosse de vidro. - sua voz era cheia de impaciência.

Mas também pensei ter ouvido algo mais.

Ou estaria imaginando coisas?

Não ousei me mexer.

Ela fechou os olhos e se virou.

-Quando você fecha os olhos... - murmurei - eu tenho a impressão que não vai voltar mais. Que ainda está naquele hospital, e nada do que eu faça é capaz de fazer você voltar. - confessei.

-Você pode me abraçar? - ela pediu num fio de voz.

Eu hesitei. Não porque não queria. Mas porque passara quatro anos querendo exatamente aquilo.

-Eu não vou quebrar. – sussurrou.

Então eu me aproximei e passei meus braços a sua volta.

Ela pertencia àquele lugar, entre meus braços.

Eu aspirei seu cheio único me sentindo completo.

Bella estava em casa.

Estava comigo.

Era o que bastava para mim.

E eu adormeci.

Continua...

Ahhh parece que agora as coisas vão se acertar entre eles. Que lindo os dois dormindo juntinhos. Quero ver o que vai acontecer amanhã com o novo encontro com Rennesmee. Beijos.