FANFIC - CONSEQUENCE - EDWARD - CAPÍTULO 30

Boa tarde a todos! No capítulo de hoje, depois de deixar Rennesmee com os pais, Rosalie terá uma discussão com Emmet e Edward tentará ajudar...

Título: Consequence
Autora(o): Juliana Dantas
Shipper: Bellard
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo

Consequence

By Juliana Dantas

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

Capítulo 30

Rosalie estendeu a mão com a mala. Bella parecia petrificada.

Eu me aproximei e tomei a mala de suas mãos.

-Rose? Achei que... - nós não tínhamos combinado que ela traria Rennesmee agora.
Os móveis já tinham chegado, mas ainda precisávamos de tempo.

Ela deu de ombros. Estava muito séria.

-Não vamos mais adiar o inevitável. – sua voz era fria - Vá, Rennesmee. – Rose soltou a mão da menina que a encarou com os olhos incertos e Rose sorriu e eu podia jurar que era um sorriso forçado – Vá, lembra o que conversamos?

Rennesmee assentiu, mas ainda parecia incerta.

Eu ia matar a Rosalie por estar fazendo isto.

Peguei Rennesmee no colo.

-Vem querida, vamos entrar, está muito frio aqui fora. Dê tchau para a tia Rose.

-Tchau tia Rose.

Rose sorriu mais uma vez e se aproximou segurando seu rosto e beijando-a.

-Tchau, querida.

E ela deu meia volta, subindo rapidamente o caminho para a mansão dos Cullens.

Eu fechei a porta.

Por um momento nenhum de nós falou nada.

Coloquei Rennesmee no chão.

-Achei que estaria dormindo.

-A tia Rose disse que eu ia me mudar para cá.

Eu sorri para deixá-la segura.

-Sim, você vai gostar de morar aqui.

-Vocês vão morar aqui também?

Eu e Bella trocamos um olhar e sorrimos.

A briga anterior já esquecida.

-Claro que sim. Eu, você e o Edward. – Respondeu.

-Achei que você morasse lá no hospital do vovô Carlisle.

-Apenas quando ela estava doente. Eu expliquei para você Rennesmee...

-E você não vai mais para a faculdade?

-Por enquanto não. - eu ainda tinha que pensar nisto.

Rennesmee pulou no meu colo, satisfeita.

-Eba! Vai ficar sempre aqui?

Eu sorri.

-Nós três vamos ficar sempre juntos agora Rennesmee.

Ela olhou para Bella, ainda com aqueles olhinhos tímidos e sussurrou em meu ouvido.
-A mamãe também vai ficar para sempre?

Eu sorri para Bella.

-Sim, querida, a mamãe também. – e a coloquei no chão - Vamos ver seu quarto novo?

-Eu tenho um quarto novo?

-Claro que sim.

Ela riu e subiu as escadas, animada.

Olhei para Bella.

-Está tudo bem?

-Mais ou menos. Ainda estou com medo.

Eu ri, tocando seu rosto.

-Não seja absurda Bella. Ela está feliz de estar aqui.

-Tem certeza? – indagou incerta.

-Ela esperou quatro anos para ter você. Como eu.

E nós subimos atrás de Rennesmee, que pulava em cima da cama quando entramos no quarto.

Eu a tirei de lá.

-Vai ficar sem cama se continuar a fazer isto.

-E a tia Rose iria me pôr de castigo.

Me lembrar de Rose me fez sentir culpa misturado com raiva. Ainda tinha que conversar com ela.

-Estou com fome. – Rennesmee disse.

-Vamos comer então.

-Aqui tem comida? - indagou curiosa.

Eu ri.

-Claro que sim Rennesmee.

-Achei que fosse uma casa de boneca. Ninguém morava aqui.

-Mas agora nós moramos.

Meu celular tocou.

-Bella, porque não desce com a Rennesmee e vê alguma coisa para ela comer.

Bella arregalou os olhos por um momento, mas concordou.

-Sim, vamos Rennesmee... - e estendeu a mão.

As duas desceram as escadas e eu atendi ao telefone.

Era Esme.

-Edward, venha até aqui, não sei mais o que fazer!

- O que foi?

-É Rose e Emmett. Eles estão discutindo feio, não sei mais o que fazer...

Eu soltei um palavrão.

-Tudo bem, eu já vou.

Eu avisei Bella na cozinha.

-Preciso ir à casa dos meus pais.

-Algum problema?

-Não se preocupe. Nada que não possa ser resolvido, eu já volto.

Quando cheguei em casa, podia ouvir os gritos de Emmett e de Rose de longe.

-Eu não sei por que ainda perco meu tempo falando com você! - Emmett gritava.

Rose estava chorando e igualmente descontrolada.

-Então porque não desaparece? Estou farta de ouvir suas críticas.

-Você está precisando ouvir! Alguém tem que dizer a verdade a você!

-Eu não quero ouvir nada de você!

-Certo, o que adiantou ficar se iludindo quatro anos? Agora fica aí choramingando...

-Cala a boca!

-Hei... o que está acontecendo aqui? – intervi.

-Eu estou apenas falando algumas verdades. - Emmett sibilou.

-E eu não faço questão de ouvir! Porque não vai embora e me deixa em paz? - Rose gritou.

-Porque eu ainda gosto de você! E eu quero que você pare com esta obsessão!

-Obsessão? Eu cuidei dela como se fosse minha e...

-Ela não é sua! É este o problema! Deixe-a ir!

-É exatamente isto que estou fazendo! Eu acabei de levá-la embora, não era isto que eu tinha que fazer? Agora acha que eu não posso sofrer com isto? 

-Precisa viver a sua vida.

-A vida com você, quer dizer?

-Porque não? Antes era por causa de Rennesmee. Você se prendeu aqui com ela, deixando de viver. Uma criança que nem era sua. Agora ela se foi Rose. Vai ficar fazendo o que aqui sozinha?

-O problema é meu.

-Rose, Emmett tem razão. - eu me aproximei.

Eu tinha pena de Rose. Sinceramente.

-Porque vocês não cuidam da suas vidas e me deixam em paz?

-Porque nos preocupamos com você. - respondi - Eu acho que errei deixando Rennesmee com você. Não foi justo. Um dia isto podia mesmo acontecer. Bella voltar. E você sofreria. Eu sinto muito.

-Não sinta. Eu cuidei de Rennesmee porque gosto dela.

-Cuidou porque não pode ter seus próprios filhos. - Emmett falou - Porque gostava de fingir que ela era sua filha.

-Chega! - Eu pedi a Emmett.

-Sim, já chega pra mim. Eu ainda fiquei aqui com você, porque tinha esperança que agora que Rennesmee foi embora você podia ver a realidade a sua volta. Mas estou cansado de lutar. 

E ele saiu da sala batendo a porta.

Rose começou a chorar ainda mais.

Eu a abracei.

-Eu sinto muito.

-Ele me odeia.

-Não, ele te ama. E você podia dar uma segunda chance.

-Não quero. 

-Por que não? Sei que você gosta dele também.

Ela me fitou.

-Eu nunca vou poder ter filhos...

-Emmett não se importa com isto.

-Mas eu me importo. Eu achei que não me importava. Mas importa sim. Eu quis mesmo que Rennesmee fosse minha... Agora ela se foi.

-Você vai continuar sendo a tia dela.

-Não é a mesma coisa. Mas tudo bem... - ela se afastou enxugando os olhos - eu vou superar isto.

-Rose...

-Volte para casa, Edward. 

Eu me dei por vencido.

Rosalie já tinha vestido sua máscara de frieza habitual.

-Eu vou mesmo.

E quando cheguei em casa levei um susto ao ver Bella segurando Rennesmee que parecia estar sufocando.

-Edward, ela está sufocando! – Bella murmurou apavorada.

Eu corri e a segurei, e comecei a tentar fazê-la vomitar.

-Rennesmee...? - a chamei quando tudo saiu.

Ela gemeu fracamente.

-O que está acontecendo com ela? - Bella indagou fracamente.

-O que ela comeu?

-Manteiga de amendoim e...

-Ela é alérgica. Vamos levá-la ao hospital. Agora. – peguei-a no colo levando-a para o carro.

-Pode dirigir? - perguntei a Bella.

Ela sacudiu a cabeça afirmativamente.

Rennesmee foi logo atendida quando chegamos.

-Vai ficar tudo bem, Bella. Ela já vomitou o que estava fazendo mal. – tentei acalmá-la.

-A culpa é minha.

-Não tinha como você saber.

-Eu deveria saber! – gritou.

Segurei suas mãos.

-Hei... pare com isto. O importante é Rennesmee ficar bem.

Não demorou para o médico nos chamar e dizer que Rennesmee ficaria apenas algumas horas em observação, mas que estava bem e seria liberada naquela mesma noite.

Observei-a, seu rosto muito branco contra os lençóis do hospital. Ela dormia.

Era horrível vê-la doente. E também era horrível ver Bella se culpando.

Mas a culpa era nossa, minha e de Rosalie. Devíamos tê-la alertado antes.

-Ela já está bem, Bella – toquei seu ombro.

Ela não falou nada. 

Rennesmee foi liberada horas depois e ainda dormia.

E quando passamos com o carro em frente a casa dos meus pais, Bella pediu que eu parasse.

-O que?

-Pare o carro Edward. – insistiu.

Uma chuva fina caia quando ela saiu do carro, segurando Rennesmee e batia a porta.

Que diabos ela estava fazendo?

-Bella o que está fazendo? - indaguei saindo do carro.

A porta se abriu e Rosalie apareceu surpresa.

-O que aconteceu?

-Pegue-a. – Bella pediu.

-Ela está bem? - Rose a pegou sem hesitar, examinando Rennesmee com um olhar preocupado.

-Agora sim. 

-Bella, o que...? - eu finalmente cheguei ao seu lado.

-Porque a trouxe aqui? - Rosalie perguntou aturdida.

-Estávamos no hospital com Rennesmee, ela comeu manteiga de amendoim. Mas já está bem... – expliquei – aliás, você podia ter dito isto a Bella. – acusei.

-Eu não... - começou a dizer, mas Bella a cortou.

-Chega! - gritou – Rosalie, fique com Rennesmee.

-Mas... - Eu e Rose a fitamos aturdidos.

-Eu não... eu não posso fazer isto. Não ainda. Está claro que... eu não estou preparada para cuidar dela, eu não posso...

-Bella. – segurei seu braço, mas ela se desvencilhou e correu para o chalé.

-O que deu nela? - Rose indagou.

-Coloque Rennesmee na cama. E me ligue se precisar de alguma coisa.

E saí correndo atrás de Bella.

-Bella, o que deu em você? - indaguei quando entrei no chalé, logo depois dela.

-Eu não posso mais... está tudo errado... não posso cuidar de Rennesmee. – ela chorava, tremendo. As roupas molhadas de chuva.

Meu coração se estraçalhou por vê-la daquele jeito.

-Está sendo muito exigente consigo mesma, não fale assim. Podia acontecer com qualquer um.

-Não... todos vocês sabem, todos a conhecem... menos eu... eu não sou a mãe dela.
-Você é sim.

-Não, não sou... eu não sou nada mais pra ninguém, nem pra Rennesmee, nem para meus pais, nem pra você...

-Bella, pare! – segurei seu rosto, obrigando-a a me fitar – Nunca mais diga isto... Deus será que não vê? Você é tudo par mim! Eu passei um inferno desde que te conheci. Primeiro o Jacob e depois este maldito acidente, mas eu nunca desisti de você.

-Nunca desistiu? - se afastou com um safanão - Você me pôs pra fora de sua vida por que achou que eu queria ficar com o Jacob!

-Eu sei que errei. E fiquei quatro anos me martirizando por isto. A culpa do acidente foi minha, porque eu não podia suportar que estivesse comigo querendo estar com outro.

-Eu nunca quis o Jacob! Não deste jeito, nem quando a gente namorava. Acha que eu transei com você por quê?

-Por que estava bêbada.

-Sim, eu estava bêbada, mas se fosse o Mike Newton ali comigo nada ia acontecer. Não é possível que fosse tão burro Edward!

-Eu mereço ouvir você me chamar de burro. Eu fui isto e muito mais, mas você não perdia a chance de jogar na minha cara que amava o Jacob.

-Porque eu achava que amava, mas mesmo antes da gente casar, eu já tinha percebido que não era isto o que eu sentia, não o que eu sentia por você... mas você tinha ficado comigo por causa de uma aposta e tinha a Tânia...

-Eu disse pra você que nunca liguei para aquela aposta. E a Tânia foi só um erro. Eu já tinha terminado com ela quando ficamos juntos. Devia ter acreditado em mim. Eu esperei alguém como você a vida inteira. E quando você apareceu, eu nem sabia o que fazer. Eu estava apaixonado por uma garota absurda que namorava outro cara. Eu nunca devia ter apostado, mas eu ia correr atrás de você do mesmo jeito. E se eu for ser sincero comigo mesmo, eu gostei quando ficou grávida, assim eu teria uma chance com você. Mesmo vivendo na dúvida, porque você podia preferir não estar comigo. - confessei. E assim que as palavras saíram da minha boca eu percebi que deveria ter dito isto há muito tempo.

Ela me encarou.

-Eu te amei tanto, Edward, não devia ter duvidado de mim... - murmurou num fio de voz. E antes que eu pudesse falar qualquer coisa, ela começou a socar meu peito – porque nunca me disse isto? Porque agora? Agora que tudo está perdido?

E eu ri.

Esta era Bella, minha garota absurda.

-Deixa de ser absurda, amor. - pedi, segurando seus braços.

-Você é absurdo! Como pode rir?

-Você está aqui, está brigando comigo e sendo absurda. E eu estou feliz.

Ela fungou, encostando a testa em meu peito.

Eu a segurei, levando-a para o sofá, perto da lareira. Estava gelada da chuva.

-Precisa se aquecer, está gelada.

-Rennesmee vai ficar bem não é? – indagou.

-Sim, ela ficará bem. Todos nós vamos ficar bem.

-Eu queria ter esta sua certeza.

-Eu tenho sim.

-Quem é Carolyn?

-É uma médica. Ela é especialista em coma.

Ela me fitou surpresa e eu queria saber como ela sabia de Carolyn.

-Eu vou te contar Bella. Vou contar a você o que aconteceu nestes quatros anos...

Esse foi o último capítulo contado por Edward. A continuação vocês terão apenas pelo ponto de vista da Bella.

Mas começaremos com uma nova fanfic na segunda.

Espero que vocês tenham gostado da parte contada pelo Edward e quero contar com a companhia de vocês na próxima estória.

Beijos, um ótimo fim de semana e até segunda.