Olá pessoal! No capítulo de hoje Rob e Kristen darão um novo passo no relacionamento dels...
Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Finding Happiness
By Belitta
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 10
‘’Se tu vens às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. ’’
Antonie de Saint-Exupéry
– Eu também vou sentir sua falta Mel. – eu disse abraçando-a enquanto ouvíamos a segunda chamada de seu vôo.
– Me ligue Kiki, sempre ok?
– Eu prometo. – sorri a ela.
– Se cuide irmãzinha e me ligue para qualquer coisa. – Taylor apareceu do meu lado me abraçando.
– Eu me cuido, você sabe.
– É claro. – ele riu buscando Mel pela cintura.
Acenei uma última vez antes de eles irem para o portão de embarque. Eles seguiriam para Palo Alto, para a universidade de Stanford agora e ficariam no campus durante a palestra de psicologia, tinham vindo antes apenas para me ver, com o que eu fiquei muito grata, já que sentia uma falta imensa dos dois.
Peguei um táxi ainda no aeroporto partindo pra casa, Robert deveria estar trabalhando e não adiantava eu querer falar com ele agora, seria impossível com ele estando na empresa onde fazia o estágio e onde também tentava garantir a sua vaga para depois da formação.
Fiz meu almoço básico, apenas um frango com queijo com uma latinha de Coca-Cola do lado, minha diversão durante toda a tarde foi ver TV, a nova temporada de The Big Bang Theory sendo lançada no canal me fazendo lembrar de Robert e sua risada gostosa enquanto assistíamos juntos.
Lembrei-me do sonho, não fora um sonho normal onde você e um cara estão de mãos dadas passeando por um jardim ao pôr-do-sol, não, não fora essa coisa clichê e sem noção.
Fora um sonho bem comum na verdade, apesar de eu não ter entendido nada.
Era uma estação de trem, eu estava dentro de um deles, era um vermelho com bancos de carvalho escuro e pude ver pelas janelas que Robert me esperava olhando o tempo inteiro para o relógio rotineiro que existia em qualquer meio de transporte. E quando eu cheguei, eu não corri em seus braços como no final de um filme, mas ele veio até mim deixando suas mãos mornas em meu cabelo e no meu rosto se abaixando em minha altura pra sussurrar perto dos meus lábios.
– Eu senti sua falta baby.
E antes mesmo que eu pudesse responder, eu havia acordado.
Não fora incomum, nem anormal, mas eu fiquei boas horas da madrugada tentando entender o maldito sonho.
Sim, aquilo fora um sonho, eu tinha certeza. Se fosse um pesadelo Robert não estaria esperando por mim e eu não estaria sorrindo ao vê-lo, pelo contrário.
Em meus pesadelos em geral, eu apenas corria, corria sem rumo, eu sabia que minha inconsciência estava relembrando as coisas enquanto eu dormia, por isso que com pesadelos eu sempre acordava ofegante e suando frio com medo até mesmo do barulho que o vento fazia na janela de vidro do meu quarto.
Pareciam séculos que eu não tinha um pesadelo assim e eu preferia continuar dessa forma, mas seria pedir muito para que não só os pesadelos parassem, mas também as lembranças?
Lembranças de uma época que eu sempre iria ter horror e nojo, assim como as cicatrizes em minhas costas, para me lembrar de tudo o que eu passei.
Mas que eu havia sobrevivido, era nisso que eu me agarrava quando o medo ameaçava me consumir.
Eu era uma sobrevivente, que só agora depois de conhecer Robert, estava aprendendo a finalmente viver.
E mesmo que o que tínhamos – seja lá o nome disso ou do que eu sentia por ele – não durasse; eu seria eternamente grata pelo que ele estava me dando.
Por que eu tinha sido mais feliz nesses quase dois meses, do que eu fui desde que tinha nove anos, a droga de nove anos de idade.
Suspirei sorrindo e me libertando dos pensamentos, voltei minha atenção pra TV e fiquei nela durante toda a parte da tarde, é claro que acabei adormecendo e acordei com algum celular tocando, quase dei um tapa na minha testa percebendo que era o meu celular.
– De quem mais seria Stewart? – bufei irritada atendendo a droga do aparelho.
– Estava dormindo? – perguntou a voz rouca e inglesa do outro lado da linha.
– Não. – disse rápido com um sorriso no rosto.
– Não queria te acordar. – ele riu enquanto eu revirava os olhos.
– Já estava na hora mesmo. – ele riu de novo.
– Você está pronta?
– Não... ainda não está na hora. – olhei de relance para o relógio da parede da cozinha e vi que ainda eram 20:00, eu tinha 1 hora para me arrumar o que no meu caso era tempo de sobra.
– Eu sei. – ele estava sorrindo. – Acho que vou chegar mais cedo. Se importa?
– Claro que não. – me amaldiçoei depois que disse as palavras saíram rápidas e altas demais, é claro que ele ainda estava rindo.
– Okaay então, estarei aí em meia hora.
– Tudo bem, eu devo estar me arrumando, então apenas entre certo?
– Tudo bem.
– Até daqui a pouco.
– Até baby.
Desligamos e eu fui direto para a área de serviço buscar minha toalha, entrando em meu banheiro logo em seguida.
Abri a torneira e deixei a banheira encher com muita água quente, entrei logo em seguida quase adormecendo de novo.
Saí de lá enrolada na toalha pegando uma calça em meu guarda-roupa e uma rasteirinha como sandália, que tinha uma flor na frente. Prendi meu cabelo em rabo de cavalo deixando algumas mexas solta por sobre meu ombro e pus uma T-shirt com o desenho do Snoop na frente.
Eu mesma revirei meus olhos para aquele desenho, mas até que ele era divertido.
Fechei a porta do meu quarto ainda ajeitando minha sandália que eu tinha me esquecido de prender com os fios.
– Hey.
Eu quase me assustei com a voz de Robert no sofá antes dele se levantar sorrindo e vir até mim.
– Hey. – desisti de prender a sandália e me ergui ficando na altura de seu peito é claro, ele riu baixo vendo que eu estava realmente comparando nossa altura.
– Sabe que você é linda assim toda pequenininha. – rolei os olhos pra ele. – Estou falando sério. – ele riu para deixar suas mãos em minha cintura e depositar com carinho um beijo em minha testa.
– Está bonito. – mordi o lábio olhando pra baixo logo após fazer o elogio, é lógico que ele riu.
– Estou? Essa definitivamente é a primeira vez que alguém me chama de bonito.
Arregalei os olhos.
– Não acredito.
– Pois acredite. – ele ainda ria. – Venha aqui. – ele me puxou pro sofá me fazendo sentar em seu colo, eu não senti medo, apenas um desconforto, era muita intimidade, mas...
Aaah, a quem eu queria enganar?
Eu adorava cada coisa que ele fazia comigo.
E aqueles momentos apenas mostravam como estávamos realmente bem juntos e que ele me queria com ele, pois se não quisesse não estaria ali agora não é mesmo?
Ainda mais ali abotoando minha sandália com tanto cuidado que me fazia querer chorar, pelo modo que ele me tratava, como se eu fosse uma boneca que quebraria a qualquer momento.
Mas o que ele não sabia, era que eu estava longe de ser uma boneca.
– Vamos? – sua mão colocava uma mexa de meu cabelo atrás da orelha e seu sorriso me tirou instantaneamente dos pensamentos anteriores.
– Vamos.
Ele segurou minha mão entrelaçando nossos dedos e eu me perguntei novamente sobre aquela coisa toda de namorados. Mas não queria tomar a iniciativa daquilo, até mesmo porque eu não sabia o que pensar disso, então apenas me deixei guiar por ele.
Chegamos ao pub do mesmo jeito que saímos do meu apartamento, ele sorriu abrindo a porta pra mim e nos guiando para a mesa.
Dakota apareceu sorrindo e animada antes que nos sentássemos.
– Sam está te procurando no palco, agora vai e deixa que eu cuido da Kris. – ele riu bagunçando o cabelo dela.
– Eu não demoro. – me deu selinho leve nos lábios antes de se afastar de mim, me deixando nervosa com sua ausência e com seu gesto.
– Venha Kris. Estamos sentados aqui.
Ela me levou, me puxando pela mão até o outro extremo do bar onde nos sentamos em algumas cadeiras vermelhas e já havia várias cervejas na mesa.
– Tom está no palco também com Sam, eles já voltam. – disse sorrindo pra mim que retribui pra ela.
– Tom toca também?
– Um pouco. – eu me sentei de frente pro palco enquanto ela ficava na minha lateral levando uma caneca de cerveja nos lábios. – Quer beber alguma coisa?
– Haam, cerveja eu acho. – sorri a ela que retribuiu chamando o garçom e pedindo mais duas cervejas, ela iria me acompanhar.
– Então como vão as coisas? Passou no semestre?
– Sim, já estou de férias, quer dizer estamos.
– Ai graças a Deus viu, acho que vou pra Ohio, tenho que ver meus pais.
– Eles são de Ohio?
– Sim, moram em Colombus.
– Legal. E veio pra cá fazer faculdade?
– Pois é. – ela riu. – Tom viria pra LA com Rob e eu não queria deixá-lo, nem queria que ele deixasse suas coisas e mudasse os planos para ficar em Ohio comigo. Era mais simples os meus pais entenderem que eu viria pra cá.
– Então eles sabem de Tom? – era tão fácil conversar com Dakota e eu gostava disso. Ela tinha uma alegria e uma energia que seria invejável a qualquer ser vivente na terra.
– Sim, sabem sim, eles se dão super bem. – ela falou sorrindo bebendo sua cerveja enquanto o garçom deixava mais duas na mesa.
Peguei uma pra mim e fiquei bebendo e conversando com Dakota durante vários minutos.
– Kriiiis. – ouvi meu nome sendo cantado e desviei minha atenção de Dakota para ver Tom em minha frente com uma garrafa de cerveja em mãos olhando pra mim e sorrindo.
Sorri de volta ficando de pé e o abraçando.
– Hey Tom.
– Hey Kristenzinha. – rolei os olhos, divertida, para meu novo apelido e voltei a me sentar à mesa enquanto ele ia para o lado de Dakota lhe dando um beijo de leve nos lábios.
– Cadê o Rob? - Ela perguntou.
– Está com Sam, ele já volta. – ele me olhava enquanto falava.
E não demorou muito para que Robert voltasse sorrindo pra mim.
– Demorei? – perguntou se sentando do meu lado me puxando pela cintura e beijando meu cabelo.
– Não sei... – mordi os lábios fazendo-o rir.
– Certo. Não vou mais sair daqui então.
– Obrigada. – eu sorri praa ele contente por ele ter voltado.
– Vou pedir mais cerveja, quer? – mostrei minha caneca cheia pra ele que sorriu assentindo com a cabeça e levantando a mão pra chamar o garçom e pedir mais bebida.
– Que horas o Sam começa a tocar? – Dakota perguntou aos dois.
– Acho que daqui a pouco, umas 22:30, por aí. – Robert respondeu olhando em seu relógio de pulso.
– E você? Não vai tocar?
– Acho que não. – ele me olhou sorrindo.
– Por quê? – perguntei.
– Eu não sei, só não acho legal tocar hoje. – eu mordi os lábios, queria tanto que ele tocasse.
– Deixa de besteira Rob, é claro que você vai tocar. – Dakota disse a ele que riu pegando a cerveja das mãos do garçom.
– Talvez. – ele bebeu me olhando.
Dakota e Tom voltaram a conversar outras coisas e eu me apoiei nos ombros de Robert deitando minha cabeça ali enquanto conversamos amenidades.
Ele tinha uma mão em volta da minha cintura que logo após subiu e imiscuiu em meu cabelo, acariciando os fios do começo, onde eles estavam presos, até o final em minhas costas.
Num movimento tão carinhoso e delicado que eu estava quase dormindo.
– Você poderia tocar alguma coisa, você sabe. – disse tentando parecer indiferente, mas querendo que ele aceitasse.
– Você quer que eu toque? – perguntou sorrindo em meu cabelo. Mordi os lábios suspirando e olhando-o nos olhos em seguida.
– Eu quero. – foi a vez dele de morder os lábios.
Ele não me respondeu, em vez disso, seus lábios desceram sobre os meus pedindo passagem com sua língua, em um beijo calmo e quente.
Antes mesmo de eu me importar em estarmos desse jeito em meio a tanta gente, uma voz irritante nos interrompeu.
– Olá. – ela parecia concentrada em cerrar o maxilar para conseguir falar aquele comprimento.
Separei meus lábios do de Robert enquanto Dakota virava as costas pra Nina e se voltava pra mim sorrindo e piscando um olho.
– Oi Nina. – Tom falou com ela, Robert travou seu braço em minha cintura, me impedindo de sair de seus braços, não que eu quisesse de verdade.
– Que bom que encontrei um lugar para sentar, está cheio hoje aqui. – ela sorriu para os garotos.
Tom deu um sorriso de consternação a ela que pareceu não perceber e chamou o garçom pedindo uma bebida.
Ela jamais olhava pra mim ou Dakota que apenas parecia estar segurando o riso na garganta e ora outra me olhava sorrindo.
– Quer fumar lá fora? – ele me perguntou colocando uma mexa de cabelo atrás da minha orelha.
– Claro. – ele me ajudou a levantar e saímos do bar com sua mão colada a minha cintura.
Ele se encostou a parede me chamando para abraçá-lo, eu fui na mesma hora, para sentir seus braços me envolvendo enquanto ele tirava um cigarro do bolso acendendo e tragando para passar pra mim depois.
Peguei o cigarro entre os dedos deixando minha cabeça em seu peito e sua outra mão em minhas costas alisando minha cintura em movimentos calmos e carinhosos.
– Você quer ir embora?
– É claro que não. Por que iria?
– Não se importe com Nina ok? Daqui a pouco ela desiste e sai de lá.
– Se importa que ela esteja lá?
– Não me faz diferença, mas não gosto quando algo te incomoda. – falou pegando o cigarro me olhando nos olhos.
– Ela não está me incomodando. – disse sorrindo pra ele que me retribuiu largamente.
E era verdade. Ela não me incomodava, não muito pelo menos.
Ficamos fumando e trocando alguns beijos lá fora com suas mãos em meu rosto até que anunciaram Sam no palco, entramos e nos sentávamos no mesmo lugar de antes, com Dakota e Tom ao meu lado.
Dakota me sorriu de novo revirando os olhos na direção de Nina que se balançava devagar no ritmo da música.
– Vai mesmo tocar não é? – ele riu apertando seu braço em minha cintura e não me respondeu.
– Como está a faculdade Rob?
– Ótima. – respondeu a Nina.
– Já está nas férias de verão?
– Sim, estou.
– E não vai pra Londres? – era impressão minha ou ela estava se aproximando?
Robert não a olhava enquanto respondia suas perguntas, ele olhava pra mim, colocando meu cabelo atrás da orelha ou deixando suas mãos paradas em minha cintura.
– Não, eu não vou.
– Oh, seus pais irão sentir sua falta. – ela conhecia os pais de Rob?
– É eles vão. – ele sorriu pra mim novamente me dando um selinho nos lábios. – Preste atenção ok? – disse a mim e se levantou indo para o palco.
Abri um sorriso quando o vi pegando o violão das mãos de Sam, se sentando e começando a tocar.
– Sabia que você ia convencê-lo. – disse Dakota animada com Tom acompanhando sua risada.
– Mas eu não fiz nada. – falei indignada.
– Você disse que queria vê-lo tocando?
– Sim... mas foi apenas isso e ele não me respondeu. – respondi a ela que ainda sorria.
– Como se ele não fosse fazer o que você quer. – ela piscou pra mim e eu arregalei os olhos.
– Ele não faz tudo que eu quero.
– Em geral... ele faz Kris – ela respondeu confiante com um sorriso nos rosto.
Mordi os lábios sem saber o que achar daquilo, mas algo no fundo de minha alma se remexeu.
Alegria.
Eu estava alegre em ouvir aquilo.
Argh. Estúpida.
Bebi minha cerveja e olhei pro palco ele já começava a tocar e tinha os olhos cravados em mim.
A melodia doce ecoou pelo pub com o som de mais instrumentos acompanhando, mas eu só ouvia a voz dele e sentia seus olhos me queimando por dentro.
Que dia é hoje
e de que mês?
Esse relógio nunca pareceu tão vivo
Eu não consigo prosseguir e não consigo voltar
Tenho perdido tempo demais
Porque somos você, eu e todas as pessoas
Com nada para fazer, nada para perder
E somos você, eu e todas as pessoas e
Eu não sei por que não consigo tirar meus olhos de você
Engoli em seco sentindo meu coração querendo pular do peito, eu podia sentir uma emoção diferente correndo por minhas veias me fazendo sentir mais viva que antes.
Mais viva que nunca.
Eu jamais havia me sentindo desse jeito... tão pura e leve e...
Apaixonada.
OMG.
Se controle Kristen. Se controle.
Ele não podia estar querendo dizer aquelas coisas.
Era apenas uma música. Era apenas uma música.
Eu tinha que me controlar.
Todas as coisas que quero dizer
Não estão saindo direito
Estou tropeçando nas palavras você deixou minha mente girando
Eu não sei pra onde ir daqui
Porque somos você, eu e todas as pessoas
Com nada para fazer, nada para provar
E somos você, eu e todas as pessoas e
Eu não sei por que não consigo tirar meus olhos de você.
Eu sentia minhas mãos tremendo e suando por debaixo da mesa onde elas estavam, eu sentia meus olhos marejados.
Ouvia gritos e aplausos, de garotas principalmente, perto do palco, mas eu continuava apenas ouvindo-o e deixando que seus olhos fizessem sua mágica em mim, me transformando por dentro e me deixando intoxicada com todos os sentimentos que reverberavam fazendo eu me sentir tonta e sem ar.
Existe algo sobre você agora
Que não consigo compreender completamente
Tudo o que ela faz é bonito
Tudo o que ela faz é certo
Porque somos você, eu e todas as pessoas
Com nada para fazer, nada para perder
E somos você, eu e todas as pessoas e
Eu não sei por que não consigo tirar meus olhos de você.
Ele repetiu o refrão mais uma vez antes de se calar recebendo mais e mais aplausos. Tom ficou de pé na mesa assoviando pra ele e rindo.
Ele deixou o palco sorrindo apertando a mão de Sam e voltando à mesa, eu não conseguia desviar meus olhos dos deles.
– Isso foi incrível Rob. – Dakota o abraçou depois que Tom lhe deu um murro no ombro.
– É isso aí cara.
Ele voltou a se sentar do meu lado buscando minhas mãos embaixo da mesa e me fazendo olhar pra ele.
– Gostou? – engoli em seco com minha respiração se tornando rarefeita.
– Lifehouse? – ele sorriu.
– Sim. Não é sua música, mas você é a inspiração para cantá-la de qualquer forma.
Certo. Agora eu já estava passando mal.
Eu precisava de oxigênio.
– Obrigada. De verdade.
O quão idiota eu era por querer chorar?
Aquela foi a coisa mais incrível e significativa que alguém já tinha feito pra mim.
E só podia ser Robert. Apenas ele faria isso por mim.
Ninguém mais.
– Então você gostou? – perguntou sorrindo tirando alguma coisa molhada do meu rosto que eu me amaldiçoei por ter deixado escapar.
– Sim. Eu adorei Robert. Muito obrigada.
Num impulso que eu não pude refrear, eu me abracei a ele enterrando meu rosto em seu peito sem me importar com quem estava perto ou com quem estava os vendo.
Existíamos apenas eu e Robert ali.
Como em uma bolha.
Eu adorava essa bolha.
Ele retribuiu meu abraço e senti seus beijos em meu cabelo me mostrando ainda mais seu carinho por mim.
Eu me deixei ficar ali. Sem medo e sem pressões em minha cabeça. Tudo que eu queria era estar ali com ele, em seus braços me sentindo tão segura e protegida.
Já tinha passado tanto tempo do que havia acontecido comigo, mas eu ainda tinha uma necessidade inexplicável de me sentir assim...
Segura e protegida.
De ser colocada entre muralhas e ser capaz de confiar que nada e nem ninguém nunca mais iria me machucar.
E eu me sentia assim com Robert.
Os braços dele eram minha muralha e nada iria me abalar enquanto eu estivesse entre eles.
Ele não me soltou durante todo o resto da noite, mantinha meu rosto em seu peito e uma mão em meu cabelo enquanto conversava com Tom e com Sam que agora estava na mesa.
Nina, em algum momento que não percebi havia saído dali, mas pela cara risonha de Dakota, fora um momento bem interessante para ela.
– Mas nós já estamos pensando em comprar outro lugar não é honey?
– Sim, sim, eu já falei com algumas pessoas, só nos resta achar uma casa que preste agora. – Dakota respondeu a Tom enquanto falávamos deles irem morar juntos.
– No meu prédio tem dois apartamentos vagos. Posso te dar o número do proprietário se você quiser.
– Claro Kris. Estamos procurando de tudo. – eu sorri e ela me passou o celular, eu peguei o meu em meu bolso digitando os números de um para o ouro.
– Aqui. O nome dele é Adam Muller. Ou algo assim. – entreguei o aparelho a ela que estava sorrindo.
– Na segunda nós vamos lá não é Tom.
– Claro honey.
Nós rimos da maneira meio trôpega que Tom falava com ela e senti os lábios de Rob em meu rosto.
– Vamos? – olhei pra ele que sorria.
– Claro. Já está ficando tarde.
Ele me ajudou a levantar e nos despedimos de todo mundo saindo para o ar um pouco frio da noite de Los Angeles.
– Frio? – perguntou já me abraçando.
– Um pouco. Eu acho. – ele riu baixo dando um beijo em minha têmpora.
– Não vai mesmo pra Londres?
– Não. Vou ficar aqui com você.
– Oh... mais Rob... seus pais... você não precisa... fazer isso por mim ou algo do tipo...
– Eu quero ficar aqui Kristen.
Mordi os lábios assentindo e em mais um impulso passei meu braço por cima sua cintura, deixando o outro em seu abdômen por cima da camisa escura que ele usava.
Ele sorriu e continuamos a andar até chegar à frente do meu apartamento.
Engoli em seco. Não queria que ele fosse embora. Não agora.
– Eu te vejo amanhã. – se aproximou dando um beijo em minha testa e um selinho demorado nos lábios.
Apenas assenti com a cabeça, incapaz de dar um passo para me afastar dele.
– Er... haam... Rob? – eu queria me matar por estar fazendo aquilo.
– Oi. – ele se abaixou ficando na altura de meus olhos, ele estava sorrindo.
– Er... haam.. você não quer ficar aqui? Quer dizer... já é tarde e você bebeu. – ele riu do meu apontamento. – Não seria melhor... você fic..
– Eu posso? – arregalei os olhos.
– Mas é claro que pode Robert.
– Você quer que eu fique?
Respirei fundo antes de responder.
– Eu quero. – ele apenas sorriu me abraçando e entrando comigo pela portaria. Eu mordia os lábios para esconder meu sorriso gigante que queria sair.
Entramos no apartamento e eu pedi que ele trancasse a porta, eu tinha medo de dormir com as coisas abertas aqui em casa.
– É melhor jogar uma água no rosto. Você parece que vai dormi em pé. – apontei sorrindo pra ele.
– Você bebeu tanto quanto eu Kris. – disse sorrindo se apoiando na parede da cozinha onde eu tinha uma garrafinha de água nas mãos.
– Mas eu não trabalhei o dia inteiro. – sorri me aproximando. – Vem, meu quarto é o primeiro da direita. - Apontei a direção pra ele que sorriu entrando pelos corredores.
Deixei a garrafinha em cima da pia e segui para o quarto, peguei uma calça de flanela pra mim e uma blusa de malha branca que me colava no corpo e me deitei tirando a presilha de meu cabelo.
Parei um momento para assimilar que tinha um garoto em minha casa, no meu quarto e no meu banheiro.
Parei outro momento me lembrando que era Robert ali e este fato foi suficiente para fazer um sorriso aparecer no meu rosto levando todo medo embora.
Ele saiu do banheiro me olhando sorrindo.
– Eu usei a sua escova de dente extras do armário do banheiro. – ele riu baixo recebendo meu sorriso de volta.
– Fique a vontade. – ele me olhou se aproximando para me dar um beijo na testa.
– Boa noite baby. - Como? – Eu durmo na sala Kris, sem problemas. – ele pareceu ter ouvido a minha confusão com suas palavras.
Suspirei e o olhei nos olhos para depois me afastar mais em cima da cama levantando o edredom, num sinal claro, para que ele se deitasse.
– Tem certeza? – rolei os olhos pra ele que riu baixo de novo se deitando do meu lado.
Ficamos nos olhando por algum tempo, sem nenhum tipo de contato, quando, do nada, sua mão veio para minha cintura me puxando pra ficar perto dele. Eu me rendi aos meus impulsos e fiz exatamente o que queria.
Deitei minha cabeça em seu peito sentindo o cheiro de sua camisa e seu perfume me invadir por completo me deixando sonolenta. Meu coração disparava com tanta força no peito que chegava a machucar.
Braços longos e fortes me rodearam, circulando minha cintura e apertando meu corpo pequeno ao dele, como se para ter certeza que eu estava ali.
Senti seu beijo no topo da minha cabeça e suas mãos me envolvendo com seus toques carinhosos.
– Bons sonhos Kris.
Foi o bastante para eu fechar os olhos me deixando ser intoxicada com sua presença.
Eu nunca havia me sentido tão bem na minha vida.
E eu estava ali, por mais irreal que fosse, eu estava nos braços de Robert.
Minha muralha protetora.
Eu estava em casa. Depois de tantos anos. Eu finalmente estava em casa.
Continua...
Ahhh que lindo eles dormindo juntos. Pena que por enquanto é só isso mesmo. Mas já é um começo, tenho certeza que logo, logo a Kris vai se render ao charme dele e se entregar de corpo também, por que de alma ela já se entregou faz tempo. Até mais tarde. Beijos.
Awww, lindos demais!! mesmo que seja só uma dormida, kkk' já é um começo né?!?! hehe...
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