Oi turma! Hoje descobriremos quem chegou na casa deles e trouxe o inferno de volta à vida da Kris...
Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Finding Happiness
By Belitta
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 21
“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente.”
(William Shakespeare)
(William Shakespeare)
– Rob? Quem é baby? – disse caminhando pelos corredores até chegar à sala. Ele estava com a porta aberta e com o cenho franzido, seus braços estavam cruzados em frente ao peito e tinha uma expressão que não pude identificar. – Rob? – ele me olhou quando o chamei.
– Kristen...
Em um momento de pura rapidez, eu vi uma silhueta magra e feminina adentrar o apartamento, meu coração começou a disparar no peito, meu corpo entrou em uma tremedeira sem fim e eu já estava ficando entorpecida.
– Kristen? – ela falou com a voz sufocada pelas lágrimas que eu já podia ver em seu rosto.
– Mãe? – minha voz ainda mais abafada que a dela, a descrença atingia minhas veias como rajadas fortes de uma ventania.
Era impossível que minha mãe estivesse realmente ali.
Eu só podia estar vendo coisas, ainda estava esperando que ela desaparecesse como fumaça ou que eu acordasse suando no meio da noite depois de um sonho...
Ou um pesadelo. Eu ainda não sabia identificar onde eu estava.
Ela deu um passo em minha direção com o corpo sendo sacudido pelo que eu achei serem espasmos por causa das lágrimas.
Não consegui andar, eu não conseguia me mover. Nem pensar eu estava conseguindo.
– Kris? – ela me chamou e eu arfei por um momento percebendo que era ela realmente.
Os cabelos curtos e escuros, a pele branca como a minha, os olhos tão claros de um verde intenso apagava as marcas do tempo em seu rosto.
A expressão maternal que eu tentava afundar a cada dia em minha mente estava ali. Estava novamente na minha frente.
– Mamãe...
– Filha... nós viemos te ver... e ... eu só queria ver você...
E eu já não pensava mais, num impulso que foi impossível de controlar eu estava andando até ela e me jogando em seus braços com as lágrimas caindo de meus olhos sem que eu pudesse mantê-las dentro de mim.
Ela me segurou tão forte, mais tão forte que eu não achei que ela tivesse essa força, rodeei sua cintura com meus braços e afundei meu rosto em seu pescoço sentindo o cheiro de amor de mãe que há anos eu não sentia.
– Oh Kristen... – ela soluçou. – Eu achei que não fosse querer me ver. – nós duas chorávamos agora, os soluços se perderam em algum momento e tudo o que restou foi o meu paraíso nos braços da minha mãe. – Você está bem? – ela perguntou me olhando, eu me esqueci de tudo ao meu redor, eu nem me importava mais onde estava, a única coisa que minha mente ainda se lembrava era de Robert e eu sorri quando olhei por trás dela e o vi ainda na porta aberta com um sorriso perfeito no rosto.
– Eu estou ótima mamãe. Eu estou muito bem. – disse limpando minhas lágrimas.
– Sim, eu estou vendo filha. Você está feliz. – suas mãos trêmulas tiraram meu cabelo do rosto.
– Sim, eu estou muito feliz...
Minha frase morreu no mesmo instante em que eu escutei a voz dolorosamente conhecida, olhei novamente por sobre o ombro dela para ver o meu horror crescendo mais e mais a cada segundo.
– Boa noite. – Robert o cumprimentou educado.
NÃO.
Não. Ele não merecia educação.
Ele não merecia entrar em nossa casa.
Meus braços saíram imediatamente da minha mãe e eu os cruzei em frente ao meu peito dando um passo totalmente defensivo pra trás.
Meus olhos se arregalaram no espanto e no medo que já começava a me envenenar, me fazendo querer sair dali...
Foquei meus olhos em Robert que me olhava com a testa franzida e implorei com o olhar para que ele chegasse perto de mim já que eu não conseguia fazer nenhum movimento.
– Filha? – voltei minha atenção pra minha mãe tentando focar meus olhos em um único ponto, mas eu não estava conseguindo, a presença daquele homem na sala me deixava perigosamente com medo e completamente sufocada.
Em menos de um segundo Robert já estava do meu lado, passando seus braços por minha cintura me deixando mais calma por tê-lo ali comigo.
Nada me aconteceria enquanto eu tivesse Robert.
Seu amor por mim e o meu amor por ele era como uma proteção, para ambos.
Ele era minha fortaleza.
– Boa noite Kristen.
Eu quis vomitar, meu estômago se embolou e eu tive que resistir ao impulso de levar as mãos na boca.
O tenente Brian Wood me olhava com aqueles mesmos olhos em tons escuros que eu me lembrava, ele ainda me dava nojo e me fazia sentir suja só de respirar o mesmo ar que eu.
Eu não iria agüentar prender o vômito por muito tempo.
Me desvencilhei de Robert e cheguei ao banheiro social em passos rápidos e ligeiros, meus joelhos cederam ao mesmo tempo em que a bile amarga subia por minha garganta.
Senti as mãos grandes de Robert segurando meu cabelo e minha testa enquanto me debruçava sobre o vaso e colocava até o que eu não tinha pra fora.
– Nós vamos ao médico. – ele disse enquanto me pegava no colo e se sentava no chão frio do banheiro.
– Não, não vamos, por favor.
– Eu não vou deixar você assim Kristen.
– Eu estou bem Rob. – coloquei minhas mãos em seu rosto ainda respirando com dificuldade. – Acredite em mim, eu estou bem.
Ele resmungou algo que não entendi.
– Onde eles estão? – perguntei de repente não querendo dizer nomes.
– Sua mãe queria vim até aqui, mas achei melhor não. Estão te esperando na sala.
Assenti com a cabeça o agradecendo silenciosamente por aquilo.
Eu estava morrendo de saudades da minha mãe e tudo que eu queria era passar algum tempo com ela, mas talvez isso não fosse possível... não com aquele homem com ela.
– Quer ir deitar? Acho melhor você descansar um pouco. – ele passou os dedos em meu rosto me beijando de leve.
– Eu também acho melhor. – de repente eu me sentia cansada demais ou talvez fosse só uma desculpa para não ver aquele homem de novo.
– Vai se despedir da sua mãe?
– Vou. – disse querendo chorar novamente. Mas eu não poderia magoá-la.
Ele me ajudou a levantar e prendeu meu cabelo em um rabo de cavalo alto, por um momento eu me lembrei que estava de short e corri para o quarto colocando uma calça de moletom preta.
– Pra que isso? – Rob perguntou na porta do quarto.
– Pra nada, acho que estou ficando com frio.
Não sei dizer se ele acreditou em mim, mas seus braços me rodearam e seguimos para a sala.
– Você está bem? – minha mãe perguntou assustada, crispei minhas mãos na blusa de Robert engolindo em seco e assentindo com a cabeça.
– Sim... está tudo bem... – ela concordou comigo.
– Nós estamos em um hotel, eu posso te ver amanhã filha? – seus olhos me eram tão intensos que eu me vi concordando.
– Sim... eu... te ligo. – eu achei que ela fosse chorar novamente, mas ela apenas me abraçou me deixando um pouco desconfortável por sair dos braços de Robert, mas eu também havia gostado de tê-la tão perto.
– Boa noite Sr. Pattinson.
– Boa noite Sra. Wood. – eles se cumprimentaram e eu virei o rosto, encarando a camisa de Rob quando Brian se aproximou para apertar a mão dele.
Vi Robert por um momento vacilar em apertar sua mão, como se não o quisesse fazê-lo e apenas depois de um segundo eles se encararam, Robert tinha a expressão um pouco fechada e meio que relutante ele apertou a mão de Brian.
– Boa noite Kristen. Espero te ver amanhã querida. – ele disse.
O idiota não se atreveu a se aproximar de mim.
Covarde estúpido e imbecil.
Ele não tinha coragem pra se meter com alguém do tamanho dele e ele estava intrigado com Robert para tentar algum tipo de aproximação.
Foi apenas quando Rob trancou o apartamento que eu me permiti chorar, chorar imensamente.
Ele se assustou e me embalou em seus braços como um bebê, sussurrando melodias para me acalmar.
De repente senti minhas costas em algo macio e percebi que estávamos no nosso quarto, ele me depositou na cama e já ia se levantar quando minhas mãos se travaram em seu pulso.
– Não. Por favor, não... me deixe aqui Rob.
– Shii... sabe que não vou te deixar... eu estou aqui. – eu chorei ainda mais.
Ele se deitou ao meu lado me puxando para seu peito, eu ainda me lembro de ter chorado por muito tempo sem que ele fizesse nenhuma pergunta.
Meus soluços foram diminuindo gradativamente e eu me sentia um pouco, apenas um pouco melhor com o decorrer das horas.
O cheiro calmo e perfeito de Robert me inebriando e me deixando em um delicioso estado de torpor que eu abracei e que era muito bem vindo naquele momento.
Eu não queria pensar em nada que não fosse Robert.
Nada que não fosse estar nos braços deles como eu estava agora.
“Essa é uma das coisas que as pessoas não nos ensinam quando falam de crescer: como lhe dar com as dores que não passam com um beijo.”
(Soul Love)
Eu não dormi naquela madrugada.
Tudo estava acontecendo rápido demais.
Em menos de 12 horas eu estava na cozinha da nossa casa comendo um hot pocket com Robert enquanto falávamos besteira e no minuto seguinte, meu mundo desmoronava em pedaços que eu não sabia se seria capaz de juntar novamente.
Robert tantas vezes me chamou de forte, mas forte, era a única coisa que eu não me sentia quando estava na presença de Brian ou quando era obrigada a encarar meu passado nojento assim, tão de perto.
Minha mente gritava que eu devia ser corajosa e racional o suficiente para enfrentar isso de cabeça erguida, e por diversas vezes eu me sentia assim. Forte, corajosa.
Mas no segundo seguinte, minhas lembranças me traiam e as marcas do meu corpo me gritavam, como em aviso para que eu nunca ficasse livre daquelas coisas em mim.
Mas no segundo seguinte, minhas lembranças me traiam e as marcas do meu corpo me gritavam, como em aviso para que eu nunca ficasse livre daquelas coisas em mim.
Eu tinha consciência que minha mãe tinha que saber de tudo, não por mim é claro, mas por ela mesma, ela tinha que saber que convivia com um monstro dentro de casa.
Por que Brian era perigo para qualquer um a sua volta, não que ele fosse fazer com todos o que fez comigo, ele adorava apenas crianças, por isso ele me escolheu naquele maldito caminhão rumo ao México.
Sua expressão de fome enquanto me olhava ainda ali na sala me deixava sufocada, fazendo minha garganta travar impedindo meus pulmões de circularem com o oxigênio.
Apertei mais forte minhas mãos na blusa de Robert e testei meu ar, respirando fundo a pele de seu pescoço onde eu me mantinha encolhida e totalmente protegida e aquecida.
Ergui meu rosto e tracei as linhas do rosto de Rob com a ponta dos meus dedos, eu não sabia o que seria de mim se não fosse ele. Se não fosse seus braços para me abraçar naquele momento e me aquecer.
Eu estava sentindo tanto frio, mas ele me esquentava; Robert era capaz de esquentar minha alma.
Não sei em que momento daquela madrugada eu adormeci, mas tinha consciência para sentir que ele me abraçava com cada vez mais força em seu sono, eu me sentia tão bem e segura que não foi difícil fechar os olhos cansados e já vermelhos de tanto chorar.
Acordei o que me pareceram ser minutos, mas eu sabia que já tinha se passado horas desde que eu havia dormido.
Tateei a cama ao meu lado encontrando o lençol já frio e vazio, meu peito se apertou e eu abri os olhos que doeram um pouco por conta da claridade que entrava pela parede de vidro.
– Rob? – perguntei meio difusa e com os olhos meio apertados retirando o edredom de cima de mim e me sentando na cama. – Rob? – repeti meu chamado constatando que ainda era cedo para ele ter saído já que ainda eram 06:07 da manhã.
Olhei ainda pelo quarto para ver se ele estava em algum lugar por ali numa vã esperança de que ele não tivesse me deixado sozinha, foi quando escutei sua voz.
– Hey amor. – me virei rapidamente pra onde vinha sua voz e o vi com a calça e a blusa de ontem, os cabelos em um total caos e ele não podia estar mais lindo. – Eu não quis te acordar. – disse se aproximando e me beijando os lábios de leve. – Ainda está muito cedo. – sua mão colocou uma mexa de meu cabelo pra trás.
Eu me levantei, ficando de pé na cama para me sentar em seu colo novamente, escondendo meu rosto em seu pescoço e ouvindo seu riso baixo.
– Onde estava? – perguntei tentando não parecer manhosa, mas ele sorriu me enlaçando o corpo todo.
– Estava no escritório. Tenho que terminar algumas coisas para hoje.
– Ah sim. – disse apenas, eu entendia que ele tinha que trabalhar.
– Não quer dormir mais um pouco? Te acordo na hora da faculdade. – ele me deu um beijo na testa, carinhoso, fazendo com que eu não quisesse sair dali nunca mais.
– Não. Não estou mais com sono. – respirei seu cheiro gostoso pra mim, me deixando intoxicada e levemente tonta.
– Demorou a dormir ontem. – ele comentou.
– Me desculpe pelo meu surto, eu não queria te deixar assustado. – respondi sincera.
– Não me assustou, só fiquei preocupado. – suas mãos faziam um carinho tão bom em meu cabelo que eu já estava cogitando a idéia de poder mesmo voltar pra cama. – Quer conversar sobre isso? Sabe que vou te ouvir. – Respirei fundo, eu não queria falar sobre aquilo, não agora. – Tudo bem. – ele disse quando viu que eu não iria falar nada. – Olha pra mim. – Eu o fiz e ele segurou meu rosto entre suas mãos. – Não precisa fazer nada que não queira. Se não quiser me contar, não precisa fazer isso. Se não quiser ver sua mãe, também não precisa, sabe que vou fazer o que você quiser.
– Obrigada. – disse com a voz embargada. Abracei seu pescoço com força tentando me impedir de chorar. – Eu só tenho medo. Tenho tanto medo. – E o meu principal medo, era de perdê-lo.
– Eu sei. Vou estar aqui Kris.
Assenti com a cabeça me escondendo de novo em seu pescoço.
– Está tudo bem. – e ele me embalou de novo, eu não chorava, mas queria senti-lo comigo.
Seus braços me deitaram na cama e ele se deitou do meu lado, puxando minha cabeça pro seu peito e acarinhando meus fios de cabelo até que eu estivesse melhor.
– Canta pra mim? – eu pedi necessitada de ouvir sua voz.
– Quando você quiser.
Ele começou com a melodia suave que não demorei a reconhecer, era The Fray.
E ele estava cantando pra mim.
– Há algumas coisas sobre as quais não falamos, melhor continuarmos assim, e simplesmente segurar o sorriso, apaixonando e desapaixonando, envergonhado e orgulhoso, juntos todo tempo...
Você nunca pode dizer nunca
Ainda não sabemos quando
Mas de novo e de novo
Mais jovens do que éramos antes
Não me deixe ir
Não me deixe ir
Não me deixe ir
Você é a rainha de tudo... até onde o olho enxerga sob seu comando, eu serei o seu guardião, quando tudo estiver desmoronando, vou segurar firme a sua mão.
Você nunca pode dizer nunca
Ainda não sabemos quando
De novo, de novo e de novo
Mais jovens do que éramos antes
Não me deixe ir
Não me deixe ir
Não me deixe ir
Nós estamos nos separando, e chegando juntos, novamente e novamente, nós estamos distanciando um do outro, mas nós nos mantemos juntos, nos mantemos juntos, juntos de novo...
Eu estava junto com Robert.
Era isso que importava.
Continua...
Caramba! Receber o cara que destruiu a infância e quase acabou com a vida dela na própria casa é terrível mesmo. E o pior é ter que disfarçar pra mãe não desconfiar. Seria tão mais fácil se ela contasse tudo pra mãe e pro Rob e colocasse o monstro na cadeia... Quem sabe ela não toma coragem agora. Até mais tarde. Beijos.
AAh.. mais ainda vai demoraaar.... ~olha a vidente! AHSUAHUSHAUHSUAHSUAHSUA
ReplyDeleteOMG!!! Ela tem contar pro Rob. Ele vai apoia-lá!!! Eles vão ter um bebe. Que fofo!!!
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