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Thursday, December 15, 2011

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 7


Olá galera! Hoje teremos muitos momentos românticos e carinhos com nosso casal...

Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; Violência

Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 7

É claro que a série na TV ficara esquecida, nós nos afastávamos apenas eventualmente para buscar ar e eu descobria sensações gostosas a cada segundo que passava com ele.
Podia ser com seus beijos calmos e envolventes ou com a urgência e fome que ele parecia demonstrar a cada vez que eu tocava seu rosto ou deixava minhas mãos pousadas em seu peito.
Uma hora ou outra nós sorriamos um ao outro e no segundo seguinte ele já estava novamente com os lábios grudados nos meus e pedindo passagem para ter o meu gosto em sua boca.
Meus bons momentos não podiam durar muito mais tempo por que logo depois das 15:00 ele foi embora.
– Tenho que ajudar Sam em algo da banda.
Ele havia dito.
Eu disse apenas um okay baixo recebendo seu beijo em minha testa e suas palavras dizendo que jantaríamos no dia seguinte.
Fechei a porta do apartamento e peguei um pote de sorvete no meu refrigerador, mas não consegui ficar séria ou abalada por muito tempo.
Seu cheiro ainda estava no sofá quando me sentei de novo pra continuar assistindo a série que logo acabaria e começaria outra.
Acabei dormindo ali como de praxe.
Minha secretária eletrônica bipou umas duas vezes, mas eu simplesmente ignorei.
Hoje eu só atenderia meu celular e mesmo assim só depois de ver quem era.

ROBERT

– E aí cara?! – sentei-me à mesa em quê Sam estava sentado esperando o resto de sua banda chegar. Eu já estava quase me arrependendo de estar ali, não devia ter saído de um onde estava, sorri involuntariamente tentando disfarçar para que Sam não visse.
– Fala Sam. Cadê o Tom?
– Tá chegando, foi deixar a Dakota no campus. – ele me passou uma caneca de cerveja enquanto nos sentávamos.
Assenti com a cabeça bebendo.
– E então?
– Então o quê? – perguntei, mas já sabia do que ele estava falando.
– Desenrola Rob, como estão as coisas com a Kris?
Não pude evitar sorrir continuando a olhar pro palco.
– Ah meu Deus, eu não estou vendo isso cara.
– Vendo o quê Sam?
– Esse sorriso idiota.
– Não tem sorriso idiota nenhum. – mas eu sabia que tinha.
– Ah meu Deus de novo. Vocês estão juntos?
– Nós estamos saindo.
Sorri de novo ao pensar em nossa conversa de hoje mais cedo...
‘’Eu nunca tinha saído com ninguém antes.’’
Isso explicava por que tinha ficado um pouco nervosa no nosso primeiro beijo.
E eu era um idiota por ficar feliz com aquilo.
– Isso parece que vai ficar sério.
Suspirei. Bebendo novamente minha cerveja.
– O que vai fazer com Nina? – olhei pra Sam.
– Eu não tenho que fazer nada com ela.
– Ela acha que tem.
– Já deixei bem claro as coisas pra ela Sam, não tenho mais nada haver com isso.
– Eu sei cara, ela só gosta de você, sabe disso.
Eu não respondi.
Nina era o tipo de garota previsível demais e normal demais.
Ela não tinha olhos verdes intensos e nem cabelos castanhos escuros que ficavam levemente avermelhados na luz do sol ou da lua.
Ela não sabia sorrir no momento certo e nem me fazer ficar encantado com um jeito mal humorado.
Ela não era misteriosa, nem me deixava sentir respeito por ela e não era uma garota forte também.
Mas eu estava pedindo demais se quisesse que alguma outra garota fosse assim e eu não queria.
Não existia mais ninguém como Kristen, disso eu tinha certeza.
– Nunca aconteceu nada demais entre a gente Sam.
– Já disse isso a ela? 
– Sim, mas ela não parece me escutar. Não que eu me importe.
– Vocês podem conversar e resolver isso logo Rob, ela me liga até de madrugada cara. – eu ri dele e seu desespero pra que Nina parasse com suas chateações.
– Não existe um ‘’vocês’’ Sam. Já disse.
– E existe ‘’ vocês‘’ com a Kris?
Eu sorri de novo antes de responder com o olhar ainda no palco.
– Talvez.
Disse evasivo, mas eu já sabia que existia.

KRISTEN

Minhas costas doeram um pouco de ficar tanto tempo dormindo no sofá, mas incrivelmente eu não sentia falta de uma cama.
Acordei naquele sábado já de noitinha, o pote de sorvete ficara vazio e ainda estava no chão ao lado do sofá, me levantei ajeitando a cozinha e fazendo algo decente para comer. Acabei por um macarrão com queijo básico, mas que me manteve satisfeita pelo resto da noite.
Tomei um remédio para minha dor nas costas que não demorou a passar e já que estava sem sono fui rever matérias passadas, afinal eu não podia bobear com a faculdade, no próximo ano eu já estaria me formando com a licenciatura e queria arranjar um bom emprego já de cara, eu não aceitaria ficar parada e sozinha.
Além do quê, a herança de meu pai apesar de ser grande, não iria me durar a vida toda.
Comecei meus estudos com álgebra e porcentagem, seguindo para gráficos e etc.
Fazer matemática me dava chance de forçar meu pensamento e trabalhar minha mente de forma mais objetiva e racional que foi o que eu procurara quando resolvi fazer o curso. Na época eu tinha 19 anos e estava saindo da depressão graças à ajuda de meu irmão e sua mulher que eram psicólogos.
Os dois sabiam de tudo que ocorrera comigo e não fora fácil convencê-los a deixar tudo pra trás sem fazer alardes. Eu não permiti que contassem a minha mãe sobre nada, não suportaria vê-la sofrer ou ver seu ódio e nojo de mim.
Eu já o fazia por todo mundo.
Era nessas horas que eu pensava... se Robert soubesse de tudo, ele ainda teria coragem de me tocar? De me beijar da maneira que ele faz? Ou ele iria apenas me odiar e nunca mais querer chegar perto de mim?
Suspirei negando com a cabeça.
Não era eu quem iria arriscar isso. Não iria pagar pra ver.
Tirei minha cabeça de pensamentos duvidosos e voltei a me focar em minha matemática, eu passaria na biblioteca da Universidade para já pegar os livros avançados para o próximo semestre, assim não ficaria atrasada em matéria nenhuma e poderia me dar ao luxo de usar meu iPod durante as aulas.

Me deitei na cama eram mais de 02:00 da manhã, quando o sono começou a bater e eu abri meus olhos rapidamente ouvindo meu celular tocar embaixo de mim.
– Oi. – disse assim que atendi depois de ver o nome na tela, mordi os lábios para esconder meu sorriso.
– Hey, achei que iria te acordar.
– Não, estava estudando.
– Até agora?
– É, eu acabei dormindo de tarde e perdi o sono. E você?
– Estava escrevendo.
– As músicas? – perguntei curiosa.
– Isso, estava tentando pelo menos.
– E porque ligou?
– Por que a música é sua, e você é a inspiração.
– Ahaam. – disse irônica e rolando os olhos, não acreditando no que ele dizia.
– Estou falando sério Kristen.
– Eu também. – ele riu baixo.
– Não está não.
– Vai me mostrar a música?
– Vai acreditar em mim?
– Eu não sirvo de inspiração Robert, se for assim, ela não ser tão boa quanto às outras.
– Mais essa nem seria a primeira.
– Está brincando certo? – ele só podia estar brincando, eu não servia pra nada, ainda mais pra inspiração de uma de suas músicas.
– Não, eu não estou brincando. – ele riu baixo e eu engoli em seco.
– Certo. Está no campus? – mudei de assunto para algo mais seguro.
Ele riu é claro.
– Sim, estou no campus.
– O Tom não está reclamando de nossa conversa? – se ele estava no campus, Tom deveria estar dormindo a essa hora e devíamos estar atrapalhando.
– Não, ele saiu com a Dakota. E por falar nela, ela queria seu número...
– Tudo bem. – pude sentir que ele sorria.
Não falamos mais nada, não por um tempo, ficamos apenas ouvindo nossas respirações pelo bocal do telefone, senti vontade de fumar e acendi um cigarro que sempre guardava ao lado da minha mesinha de cabeceira.
Coloquei o cigarro na boca tragando a fumaça para dentro de meus pulmões me sentindo relaxar enquanto o gosto da canela me fazia sentir falta dele.
– Não combinamos que íamos tentar parar Kristen? – ele disse de repente me fazendo arregalar os olhos.
– Como...? Como sabe? – ele riu.
– Por que eu também eu estou fumando. – eu sorri pegando o cigarro entre os dedos.
– Então não pode estar me repreendendo por isso.
– Culpado.
De repente me veio uma curiosidade.
– Qual o seu nome todo?
– Por quê? – senti-o sorrindo novamente. Dei de ombros.
– Curiosidade, eu acho. – levei o cigarro na boca de novo.
– Pattinson. Robert Thomas Pattinson.
– É bonito. – ele riu.
– Não é tão ruim. E o seu? – eu suspirei.
– Stewart. Kristen Stewart.
– Sem nome do meio?
– Kristen Jaymes Stewart.
– É legal. – ele sorriu de novo.
– É comum.
– Eu achei legal.   
– Estou rolando os olhos pra você agora. – eu realmente estava.
– Eu sei. – ele riu. – Tenho que ir, se não a sua música não sai.
– Claro, claro. – disse irônica novamente fazendo-o rir mais.
– Até amanhã. Passo aí às 20:00.
– Aonde vamos?
– Não vou falar. – eu bufei. – Boa noite Kris.
– Boa noite Rob.
Desligamos o telefone, mas eu ainda encarava a tela, minutos depois chegou um SMS dele.
Tentei não sorrir.
‘’Se ficar na dúvida de onde vamos, não se arrume, você é linda de All Star.’’
Minha tentativa de não sorrir foi completamente esquecida e eu adormeci com meus lábios curvados abertamente.

O dia seguinte foi normal, a não ser com a falta ridícula e enorme que eu sentia de Robert. Era incabível que eu me sentisse dessa forma, afinal, havia menos de um dia que eu não o via.
Bufei irritada em meu sofá enquanto esperava algumas batatas assarem no forno, liguei a TV deixando os clipes da MTV fazerem sua parte e estourando no último volume pelo meu apartamento.
Tirei as batatas do forno e comi apenas com catchup, sem paciência para fazer algo mais.
Quando a noite foi chegando minha ansiedade crescia e eu comecei me arrumar, não muito, já que eu achava que não iríamos a um lugar cheio dessas frescuras todas.
Coloquei um vestido preto tomara que caia que ia até acima dos joelhos, que era o bastante para não deixar minhas pernas à mostra, escondendo assim minhas cicatrizes. Coloquei um All Star qualquer e peguei um casaco de moletom azul, era verão, mas não custava nada levar.
Deixei solto meu cabelo que hoje estava com alguns cachos largos na ponta e não me olhei no espelho e nem passei maquiagem, eu não gostava disso e não me servia pra nada de qualquer forma.
Robert foi pontual como sempre e como só um inglês era capaz de ser.
– Woow. Você está linda. – engoli em seco e saí do apartamento trancando a porta do apartamento.
– Eu estou normal.
– Por isso mesmo, você é sempre linda. – ele repetiu me deixando sem graça e com as bochechas coradas. Ele riu é claro colocando as duas mãos em meu rosto.
– Não falo mais isso. –ele sorriu me dando um beijo demorado nos lábios. – Vamos?
Assenti com a cabeça recebendo seu braço em minha cintura.
Descemos as escadas e começamos a caminhar pelas ruas.
– Quer pegar um táxi?
– Por mim podemos ir andando.
– Tudo bem. – ele sorriu.
– Aonde vamos?
– Spago Beverly Hills.
Eu parei arregalando os olhos pra ele.
– Está brincando?
– Porque você sempre acha que estou brincando?
– Não acredito?
– Por quê? Muita gente?
Eu mordi os lábios.
– Não se preocupe, fiz nossas reservas no andar de cima que é mais afastado.
– Obrigada. – disse mais aliviada, mas ainda estava nervosa.
Ele continuou me abraçando pela cintura e eu me sentia confortável ali com seus braços me rodeando, como se eu estivesse protegida.
– Você sempre saí em Londres? – perguntei aleatoriamente enquanto chegávamos mais perto do restaurante.
– Saía sempre com Tom e Sam pelos pub’s nada demais.
– As coisas por lá devem ser legais.
– Londres é fantástico. – ele respondeu e sorriu pra mim quando entramos no restaurante, ele deu seu nome na recepção e fomos guiados para o segundo andar como ele havia dito.
– Obrigada. – eu disse quando ele puxou minha cadeira para que eu me sentasse.
O garçom logo apareceu.
– Boa noite.
– Boa noite. – respondemos ao homem que me olhava.
– O que vai querer? – Robert me perguntou.
– Huum. – mordi os lábios olhando o menu. – Salada de lagostim. – respondi olhando pra ele que se voltou para o garçom, mais sério do que antes.
– Salada de lagostim e legumes refogados. – ele pediu encarando profundamente o garçom que tirou seus olhos de mim, eu não entendi nada, mas fingi que não percebi.
– Vinho?
– Sim, por favor.
O garçom saiu e eu vi os olhos de Robert seguindo-o.
– O que foi? – perguntei olhando pra ele.
– Nada. – ele sorriu. Mordi os lábios assentindo, seus olhos caíram para meu movimento, mas logo voltaram aos meus.
– Então... porque faz faculdade agora? Quer dizer você já deveria ser formado... – perguntei mudando de assunto. Ele sorriu de novo.
– Os bares de Londres como eu disse. – ele riu baixo me fazendo sorrir junto com ele. – Por isso vim pra cá, para fazer a faculdade, meus pais me queriam por lá... mas eu sempre gostei daqui e quando todos decidiram eu não tive mais dúvidas.
– Ah sim, seus pais trabalham por lá? – perguntei querendo saber tudo dele.
– Sim, meu pai é vendedor de carros importados e minha mãe era booker de uma agência, mas deixou de trabalhar a algum tempo.
– Legal. – respondi sincera.
– E sua mãe? Trabalha em Miami? – engoli em seco.
– Não, ela é formada em turismo, mas nunca trabalhou. Apenas meu irmão que é psicólogo. E o caçula ainda é novo demais para decidir o que quer. – sorri me lembrando de Cam, meu irmãozinho mais novo que eu sempre adorara, mas que não via há muitos, muitos, muitos anos. – Tem irmãs? – perguntei de novo.
– Sim, Victória é a mais velha e Lizzy é a do meio.
– Você é o mais novo?
– Sim, sou sim. – ele sorriu e eu retribuí encantada, para não dizer deslumbrada com quão bonito ele era.
O garçom trouxe nossos pedidos e começamos a comer.
– Aqui é bonito. – eu disse olhando ao redor levando a taça de vinho aos lábios.
Ele sorriu.
– Nunca tinha vindo aqui. – ele também pegou a taça de vinhos.
– Sério? – ele assentiu.
– Como descobriu esse lugar?
– Dakota. – eu sorri assentindo e limpando minha boca com o guardanapo.
– Achei que tinha trazido outras garotas aqui. – eu tinha que ter ficado era com a boca fechada.
Ele riu baixo descansando os talhares no prato.
– Nunca saí com uma garota pra jantar ou algo assim.
– Sério?
– Sério, nunca pensei em fazer algo assim pra uma garota.
Mordi os lábios.
– E por que está fazendo agora?
Ele sorriu deixando seus olhos nos meus.
– Por que você é diferente.
Meu coração bateu completamente acelerado no peito, minha respiração ficando mais rápida e eu engoli em seco.
– Diferente? – perguntei hesitante. Ele riu baixo.
– É... diferente. – ele disse apenas.
Assenti com a cabeça voltando a morder os lábios.
Voltamos a comer mais era como se suas palavras pairassem sobre mim, como um elefante rosa no meio de nossa mesa do restaurante.
Conversávamos besteiras e amenidades, falávamos da faculdade e ele me contava sua vida em Londres me deixando saber sobre sua família ‘’incrível‘’ nas palavras dele.
E eu não duvidava disso, Robert era incrível e sua família também devia ser, eu tinha certeza.
– Vamos? – ele perguntou depois de receber seu cartão de crédito das mãos do garçom.
– Claro. – ele puxou a cadeira pra que eu levantasse de novo me deixando sorrindo com isso.
Eu nunca fora tratada com tanto cavalheirismo.
– Quer voltar pra casa? – me perguntou já do lado de fora do restaurante. Mordi os lábios.
– Não sei. – ele sorriu e pra minha surpresa me abraçou por trás, deixando suas duas mãos espalmadas em minha barriga.
Eu fiquei estática.
Quando ele viu que eu apenas continuei andando ele riu baixo em meu ouvido - me causando arrepios violentos – e buscou minhas mãos entrelaçando nossos dedos e voltando-os juntos para minha barriga.
Nós não falamos nada, na verdade não precisava.
Não foi apenas a atitude dele que me deixou surpresa, foi também o que eu senti e eu senti tudo, menos medo.
Eu não sentia mais medo com ele, não como eu sentia de qualquer outro garoto que se aproximasse.
Eu estava me deixando levar, como ele me pedira.
Caminhamos a esmo apenas assim, seu queixo se apoiou em meu ombro e ele estava mais inclinado que o normal devido a nossa quase gritante diferença de altura.
Eu estava tão confortável com seu corpo quente me abraçado daquele jeito, era tão diferente sentir meu estômago se contorcendo daquele modo como se tivesse alguma coisa se mexendo dentro dele que me fazia querer flutuar... era intenso e... delicioso me sentir assim.
Chegamos em frente ao meu prédio, mas não entramos.
Ele encostou-se à parede da lateral do mesmo, sorrindo pra mim e me puxando pra ele.
Seus braços voltaram a envolver meu corpo dessa vez de frente enquanto eu sentia meus cabelos balançando por causa do vento e o cheiro gostoso de sua camisa direto em meu nariz.
Ele prendeu minha cabeça embaixo de seu queixo me fazendo ficar com o rosto deitado em seu peito.
Apenas me confirmando que não havia nada melhor que aquilo.
Meus braços rodearam também o seu corpo, me apertando contra ele rezando pra que ele não percebesse, mas é claro que ele percebeu e sorriu pra mim levando uma de suas mãos a meu rosto me fazendo encará-lo.
Ficamos muito tempo nos olhando, eu permiti que os azuis esverdeados me queimassem por dentro e eu senti que meus ossos derreteram quando ele passou o nariz por meu rosto para depois brincar com o meu nariz.
Seu cheiro me deixando tonta...
– Kristen.
Ele disse apenas.
Demorei um segundo para identificar que ele não estava me chamando, nem me perguntando nada e sim era uma voz de constatação.
Era como se ele quisesse constatar e afirmar que era eu mesma a estar ali.
A emoção tomou conta de mim quando percebi que era eu a estar fazendo isso, por que ele era o meu sonho e a minha irrealidade, não o contrário.
– Rob... – sussurrei com nossos olhos fechados antes que seus lábios descessem aos meus.
Suspirei antes de entreabrir os lábios permitindo que seu gosto me invadisse me deixando tonta e embriagada. Sua língua se enroscou com a minha num beijo envolvente e perfeito de tão delicioso que era.
Suas mãos me apertaram contra ele e a que estava em meu rosto foi para o meu cabelo, puxando os fios de leve sem me machucar.
Nossos rostos em uma perfeita sincronia, como se fossem feitos para isso, inclinados em direções opostas dando um melhor encaixe em nossos lábios que se devoraram sem perder o carinho e a intensidade de cada gesto dele para comigo.
Escutei meu próprio gemido baixinho quando seus dentes morderam a ponta da minha língua para sugá-la devagar logo em seguida, subi minhas mãos de seu peito imiscuindo-as diretamente em seus fios de areia bagunçados, que eu descobri adorar tocar enquanto nos beijávamos.
Abri mais minha boca para recebê-lo por completo deixando que ele tomasse de mim o que ele quisesse, eu não me oporia a nada que viesse dele.
Por que ele me fazia bem.
Ele me fazia sentir bem como ninguém jamais me fez e jamais faria.
Por que ele era o Robert.
Não importava se pra ele nada disso estava valendo.
Eu não valia a pena e mesmo assim ele estava ali.
Ele seria sempre – a partir de agora – o meu porto-seguro, me mantendo em seus braços fortes contra uma tempestade e um passado que ameaçava vir à tona a qualquer minuto que ele passava comigo.
Mas eu enfrentaria meus medos e meus receios.
Por Robert, eu enfrentaria.
Eu parecia mais confiante agora, mas sabia que não teria toda essa coragem quando chegasse à hora de falar alguma coisa, se é que essa hora chegaria.
Se é que o que tínhamos agora duraria.
Mas eu não pensaria nisso agora, não enquanto estivesse em seus braços com seus lábios grudados nos meus me intoxicando com aquele gosto e cheiro de canela que só ele tinha.
Separamo-nos eventualmente, mas não separamos nossos rostos, que continuaram com as testas coladas e seu hálito batendo direto em meu nariz, fazendo minha cabeça girar.
Ele estava sorrindo.
– É por isso que você é diferente. – ele sussurrou.
– Por quê?
– Por que você é indescritível.
– Isso é bom. – era uma afirmação e seu sorriso se alargou ainda mais.
– Sim, isso é muito bom.
E seus lábios voltaram para os meus.

– Vai pra faculdade amanhã? – perguntei enquanto tinha meu rosto afundado em seu pescoço sentindo suas mãos fazerem carinho em meu cabelo e alisar minha cintura devagar.
Ele ainda estava encostado na parede e já estávamos assim a alguns bons minutos.
– Vou ter que ir para as provas. – senti seu beijo em meu rosto e sua respiração funda chegando ao meu cabelo me deixando arrepiada.
– Já estudou?
– Não. – eu sorri fraco e ele me acompanhou sem se importar muito com esse fato.
– Você tem cheiro de mel e guaraná. – ele disse me olhando.
– Shampoo.
Ele riu.
– Mas você inteira cheira a mel. – ele disse passando o nariz em meu pescoço e apesar do arrepio eu tive medo de que ele visse uma pequena marca que eu tinha por ali, perto do meu ombro direito.
– Sabonete. – disse sorrindo.
– É bom. – ele me olhou com um sorriso divertido nos lábios.
Rolei os olhos fazendo-o rir mais ainda.
– Por que você nunca me leva a sério?
– Eu levo, às vezes. – ele continuou rindo.
– Viu, como ontem quando disse da música...
– E você fez?
– O quê?
– A música?
– Haam, não sei se te respondo isso. – cerrei os olhos pra ele que ria mais. – Ok, ok. Ainda não terminei, satisfeita?
– Não. Eu quero ver.
– Depois. – arregalei os olhos.
– Vai mesmo me deixar ver? – ele sorriu.
– Você não quer?
– Quero.
– Então você vai ver.
Assenti voltando a deitar meu rosto em seu peito.
Depois de um tempo ele retirou um maço de cigarros de seu bolso e eu sorri.
– Não íamos parar? – ele sorriu colocando o cigarro na boca e acendendo e voltando com seus braços ao meu redor logo em seguida.
– Íamos tentar, mas você quebrou isso ontem.
– Você também. – ele riu.
– Culpado. – ele pegou o cigarro entre os dedos me oferecendo e eu aceitei.
Fumamos os mesmos cigarros por um bom tempo até que foi ficando tarde e cada vez mais tarde.
– É melhor você entrar. Está tarde. – ele me fitou jogando o cigarro fora e segurando meu rosto entre suas mãos.
Assenti com a cabeça, ele tinha razão.
– Eu te vejo amanhã. Na cabine da biblioteca. – eu sorri.
– Tudo bem.
Ele sorriu antes de se inclinar para me dar um beijo na testa.
– Boa noite Kris.
– Boa noite Rob.
Ele me levou até a porta do prédio me olhando até que eu passasse pelo portão e me sorriu uma última vez antes de se virar.
Entrei pela porta do meu apartamento indo direto pra cozinha beber uma garrafinha de água. E ouvi um recado na secretária que não era da minha mãe e sim de Taylor.
– Kris? Não está em casa? – ele parou por um momento provavelmente estranhando o fato de eu não ter atendido. – Bom, assim que ouvir o recado me ligue, tenho boas notícias irmãzinha.
E desligou, pela animação em sua voz, eu tinha certeza que eram mesmo boas notícias.
Mas já eram mais de meia-noite, eles já deveriam estar dormindo.
Eu ligaria no dia seguinte antes de sair para a faculdade.
Fui pro banheiro tomando um banho quente e me lembrando de Robert quando passei o shampoo de mel e guaraná.
Fui dormir mais uma vez um sono pesado e sem pesadelos.

Caminhei pelos corredores da faculdade contra todas aquelas pessoas que saiam de suas respectivas salas, entrando no andar da biblioteca e passando pelas estantes encontrando a cabine.
Entrei já o encontrando lá dentro com um cigarro na boca e um sorriso que agora se fazia ali.
– Você demorou. – ele disse enquanto se levantava e caminhava em minha direção.
– Minhas aulas acabaram agora. – respondi recebendo seu beijo em minha testa e no rosto, para depois seus braços me enlaçarem.
– Tudo bem com os trabalhos?
– Sim, consegui passar direto.
– Isso é bom. – ele disse sorrindo me dando um selinho pequeno e carinhoso.
– Como foi nas provas de hoje.
– Fui bem eu acho. Não estava tão difícil como pensei. – assenti com a cabeça.
Ele me puxou nos levando para o chão e se sentando ali encostado me deixando recostado no meio de suas pernas com o rosto deitado em seu peito.
– Toma. – ele me passou seu cigarro sorrindo.
– Não vamos levar mesmo a sério a idéia de tentar parar? – ele riu.
– Podemos começar a parti de agora baby.
Estremeci um pouco com a parte do baby, mas gostando que ele me chamasse assim.
Tomei o cigarro de suas mãos tragando a fumaça sorrindo.
– Talvez outro dia.
– Outro dia então. – ele riu baixo.
– Está estudando? – olhei pra baixo ao seu lado, vendo muitos papéis ali. Passei o cigarro pra ele.
– Um pouco. – sorri.
– Vou te deixar estudar quieto então.
– Você não está me atrapalhando Kristen.
– Mas quero que você estude. – ele riu baixo de novo antes de me beijar demoradamente se afastando minutos depois a contragosto.
Deitei-me em seu peito como já era de praxe e me deixei pensar em nada que não fosse seu cheiro me invadindo e seu corpo onde eu estava encolhida.
Ele pegou os papéis folheando-os e ficando concentrado em sua matéria que eu não sabia qual era.
Ficamos ali e de vez em quando eu acendia um cigarro, ele sorria, mas fingia que não via, ainda mais quando ele mesmo tomava de meus dedos para seus lábios, soltando a fumaça depois, lentamente.
Eu me assustei quando a porta da cabine se abriu e uma garota loira entrou por ela, o susto me fez reconhecer apenas depois de um momento que era Dakota.
– Olá garotos.
– Hey Dak. – Robert a cumprimentou sorrindo para depois voltar a seus papéis, meus olhos ainda estavam arregalados me indicando perfeitamente onde eu estava e que ela estava nos vendo.
– Hey Dakota. – disse tentando sorrir e me levantar dali o mais rápido possível, mas Robert segurou meu pulso.
– Aonde vai?
– Tenho que voltar para sala.
– Não tinha só o tempo da manhã?
– Haam, sim... mas... eu preciso estudar. – soltei seu pulso e dei mais um sorriso de despedida à Dakota antes de sair da cabine.

Idiota. Idiota. Idiota.
Não acreditava que tinha saído de lá daquele jeito, o quão burra eu realmente podia ser?
Parei do lado de fora do campus, eu não tinha mais aulas no período da tarde e tudo o que eu queria era ir pra casa.
Peguei um táxi dando logo meu endereço e colocando meu capuz na minha cabeça, não querendo que ninguém me visse.
Cheguei ao meu apartamento apressada e me sentei no sofá com os joelhos puxados no peito e minha respiração profunda.
Eu só tinha que ficar calma.
Meu telefone fixo tocou e eu deixei a secretária atender e só depois que vi que era meu irmão eu peguei o telefone.
– Hey.
– Kris? Você está bem? Não me atendeu ontem à noite, fiquei preocupado.
– Eu saí Tay, sinto muito... e acabei me esquecendo de ligar hoje de manhã.
– Que horas chegou ontem? – ele só podia ta querendo me irritar.
– Isso importa? – ele suspirou com meu tom de voz.
– Não quero te controlar Kristen, apenas fiquei preocupado.
– Eu sei, me desculpe. – respirei fundo. – Então qual a boa notícia?
– Adivinhe?
– Taylor...
– EU VOU SER PAI!
Ele gritou no telefone e sua felicidade pode ser enviada em ondas até mim e eu sorri por ele.
– Tay, isso é muito bom...
– Não é? Melanie não está aqui agora, mas ela te ligará mais tarde. Ainda nem acredito Kiki.
– Puxa, isso é realmente muito bom.
– Eu sei. – ele riu para depois ficar em silêncio por um minuto e eu sabia no que ele estava pensando. – Escute Kris? Você foi ao médico?
– Não comece com isso Taylor.
– Você foi?
– Sabe que não vou deixar ninguém tocar em mim.
– Mas seria apenas o médico Kristen e você precisa.
– Eu não preciso de um médico. Eu estou bem. Escute, falo com Melanie mais tarde, parabéns de novo Tay. Eu te amo.
Desliguei o telefone sem esperar resposta.
Odiava que ele viesse com aquele assunto...
Não sei pra que perguntar se já sabia que minha resposta era negativa.
Não sei pra quê ir a um médico quando sabia que a resposta dele pra minha pergunta também seria negativa.
Eu jamais poderia sentir o que Melanie estava sentindo naquele momento ou fazer alguém sentir o que Taylor estava sentindo com a notícia.
Meu peito se apertou levando meus pensamentos a Robert.
Será que ele ficara chateado com o jeito que eu saí da biblioteca?
Suspirei passando a mão no cabelo e indo até o banheiro jogar uma água na cara e tentar esfriar minha cabeça com um banho relaxante.
Fiz algo para comer e me sentei em frente à TV logo depois.
Não foi até às 19:00 que Robert apareceu.
– Olá. – ele disse me dando um beijo na testa enquanto eu lhe dava espaço pra entrar no apartamento.
– Hey. – fiquei na ponta dos pés quando ele se inclinou para mim, para receber melhor seu beijo.
– A gente pode conversar? – ele passou a mão em seu cabelo em sinal de nervosismo.
Eu engoli em seco com ondas de medo sendo enviadas por minhas terminações.
– Tudo bem. – ele me puxou pela mão me sentando ao seu lado no sofá. – O que houve?
– Por que saiu daquele jeito da biblioteca?
Ele foi direto.
– Por nada... eu só...
– Não minta.
– Não estou mentindo.
– Certo, olhe. – ele me encarou deixando suas mãos em meu rosto. - Você tem algum problema em as pessoas nos verem juntos?
Arregalei os olhos negando rapidamente com a cabeça, ele estava entendendo tudo errado.
– Então por que saiu daquele jeito? A verdade.
Engoli em seco e desviei meu olhar do seu.
– Eu pensei que você tivesse algum problema em nos verem juntos... quer dizer... eu não sou... o tipo de garota legal... para se apresentar aos amigos.
Disse mordendo os lábios impedindo-os de tremerem.
– Você achou que... que eu estaria com vergonha?
– Isso seria normal. – não o encarei de novo.
– Isso é absurdo Kristen.
Eu não respondi.
– Olhe pra mim ok? – eu fiz depois de um tempo. – Eu não menti quando disse que você era incrível Kristen.
– Você pode mudar de idéia sobre isso.
– Impossível baby. – ele sorriu.
Ele sorriu seu sorriso.
– Tudo bem agora certo? – assenti com a cabeça mordendo os lábios. – Certo. O que quer fazer?
– Eu não sei, podemos ver um filme.
– Procurando Nemo? – perguntou divertido.
– É isso aí. – respondi sorrindo, ele se deitou no sofá enquanto eu ligava o DVD.
Eu ainda estava receosa e hesitante com nossa pequena conversa, mas não poderia me negar que me aliviava em muito ele não ter vergonha de mim.
Claro que ele mudaria de idéia um dia, se descobrisse...
Mas quando me deitei em seu lado com minha cabeça em seu peito e seus braços em minha volta, meus medos não fizeram diferença e se transformaram em nada.
Até mesmo a dor no peito que eu ainda carregava da minha conversa com Taylor.
Eu estava protegida.

Continua...

Essa Kristen com complexo de inferioridade é um problema... imagine como o pobre do Rob não deve ter ficado vendo-a sair da biblioteca correndo daquele jeito. Ainda bem que conversaram e ficaram bem. Quero mais momentos carinhosos amanhã. Beijos.
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1 comment:

  1. Eu quero saber o q aconteceu com a Kris pra ela ter tanto medo assim!!! aaaaah, to quase morrendo de curiosidade! E tomara q se o Rob descobrir, ñ deixe ela... Ela ta tão bem com ele... bjoos, até amanhã!
    ps: To amando a fic ;D

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Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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