FANFIC - LOVE YOU'TILL THE END - CAPÍTULO 11

Olá galera! Hoje teremos uma grande e ótima surpresa para Kristen...

Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; heterossexualidade

Love You´till The End

By Janni

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

CAPÍTULO 11

Kristen´s Pov 

Eu não acreditei no que meus olhos viam.

Há séculos que eu não a via, e quando a vejo, ela tá maior que um tanque de guerra.

Os cabelos compridos presos em um rabo de cavalo, ela ainda era magra, mas um volume gigantesco se concentrava em sua barriga.

Robert me arrastava até o casal e quando chegamos perto, Melissa passou correndo segurando o presente.

– ASHLEY! – Abracei seu corpo delicado, nossa, como eu tinha saudades dela, das nossas besteiras na época da saga, das bebedeiras e de seus conselhos sem noção – Caramba quanto tempo... - me soltei dela e olhei sua barriga – CARAMBA, VOCÊ VAI EXPLODIR!

Robert caiu na gargalhada, junto com o homem que a acompanhava e ela me deu um tapa no braço.

– Vem cá e me dá mais um abraço, por que eu tô morrendo de saudades... – Ela me abraçou, mas o volume em sua barriga me chutou.

– Nossa, que susto. – eu não pude deixar de rir.

– Desculpe por isso, acho que ele é bem ciumento.

– O que aconteceu com você menina?

– Comi uma melancia gigante.. – ela fez uma careta e eu gargalhei – o que acha que aconteceu Stew? Você não é inocente a esse ponto.

– Não seja idiota, claro que sei. Mas... nossa não sabia que estava grávida.

– Pois é, estou...estamos na verdade, né amor? – ela segurou a mão do rapaz ao seu lado que sorriu e lhe deu um beijo na testa – Deixe-me apresentá-los, Joshua, Kristen, Kristen, meu noivo Joshua.

– Ah prazer.

– E então, quando nasce? – Robert tocou na barriga dela e sorriu.

– Mês que vem.

– Já sabem o que é? – Eu perguntei quando ele tirou sua mão e meus olhos mantinham-se fixos naquela melancia em sua cintura.

– Menino. – o homem respondeu orgulhoso.

– Irá se chamar Matthew.

– Lindo nome... – eu sorri. – nossa, nem acredito que você está aqui. – a abracei novamente.

– Infelizmente nos separamos, era tão bom naquela época que estávamos sempre juntos. Agora eu não perdôo nenhum dos dois. Como vocês voltam e não tem coragem de me avisar, fiquei sabendo pelas revistas, que absurdo. Bom, acho que deveríamos sentar sabe? Isso aqui pesa. – ela apontou para a barriga.
– Ah claro... vamos para aquela mesa. – eu apontei para uma mesa que ainda estava vazia.

O aniversário da Melissa corria as mil maravilhas. Na hora dos parabéns ela ficou tímida com tantas pessoas gritando seu nome. Distribuímos as lembrancinhas e as crianças voltaram para as brincadeiras.

– Hey Rob... – meu irmão se aproximou da mesa onde estávamos, correndo – temos um problema.

– O que Cameron? 

– É algo grave Cam? – perguntei

– Bom, depende do ponto de vista.

– O que houve cara? – Robert perguntou e Ashley e seu noivo acompanhava-nos atentos. 
– A casa está cercada de paparazzis.

– Ah tá de brincadeira man... – Robert levantou irado.

– Bem que eu gostaria... a gente chama a polícia ou alguma coisa assim?

– Acho melhor não... – Ashley opinou – se fizerem isso vai ser o que eles quererem para amanhã vocês estarem sendo manchetes de todas as revistas, sendo xingados de tudo que é nome.

– O que a gente faz então? – falei olhando para Robert que mordia os lábios.
– Se eu fosse vocês eu deixava quieto. Só iria lá falar com eles e pedirem para respeitar os convidados e principalmente as crianças ainda mais aqueles que não fazem parte desse ramo. 

– Você acha que eles iriam obedecer? – Robert a encarou.

– Bom, dêem uma recompensa. Tipo, digam que vão mandar publicar fotos que vocês escolherem da festa, eles vão fazer de tudo para terem essas fotos.

– Não custa nada tentar. – eu falei.

– Ok! Vamos lá Cameron. – Robert falou dando um tapinha nas costas do meu irmão.

– Eu vou com vocês, – Joshua falou – talvez possa ajudar.

 – Ah tá de brincadeira... – falei assim que os três saíram de perto de nós duas e ouvi um barulho de helicóptero.

– O que? – apenas apontei para Ashley o que se aproximava da casa – Não é possível, será que são paparazzis?

– Não duvido nada, eles são um bando de carniceiros sabia? Nossa que ódio. Espero que eles consigam entrar em um acordo. Não quero essa espécie tentando invadir a festa da minha filha.

– Hey calma... – ela tocou meu braço e eu respirei fundo – Kris, onde é o banheiro? 

– Ah, venha comigo, fica lá dentro.

Entramos e eu mostrei a porta do banheiro, ela entrou e fiquei esperando do lado de fora. Algumas crianças passaram correndo pelo corredor e eu gritei.

– Meninos, lá fora, aqui não. 

Ouvi a descarga e depois de alguns minutos Ashley saiu. 

– Essa é a pior parte de ficar grávida, você quer sempre ir ao banheiro. Parece que sua bexiga foi reduzida a nada. – ela riu.

– Como aconteceu Ash? Digo, vocês planejaram?

– Não Kris, foi um susto e tanto. Eu estava terminando meu último filme quando descobri.

– Como ele reagiu?

– Bom, logo no início ficou super assustado, depois ficou super protetor, eu mal podia respirar fundo que ele já perguntava se eu estava sentindo alguma coisa, e agora ele está super babão. Bom analisando bem, acho que ele reagiu bem sim.

– Olá meninas. – Jules passou segurando o bolo da neta que já estava todo cortado. 

– Nossa, senhora Stewart, acho que vou querer mais um pedaço disso aí, tava muito bom. Ashley babou só em olhar para o bolo de chocolate, não pude deixar de rir. Joshua tinha reagido bem, e se eu estivesse mesmo grávida, como será que o Robert iria reagir? Não, tenho que tirar esses pensamentos. Isso é ridículo. Mas eu vinha enjoando há uma semana, e isso estava começando a me preocupar. Ashley seguiu minha mãe até a cozinha e eu fui atrás das duas.

– Deixa que eu a sirvo mamãe. – peguei a faca de suas mãos.

– E coloque um ótimo pedaço Kristen, Ashley está comendo por dois agora.

– Nem me fale...

– Eu falo... você está quase explodindo... – ri e ela beliscou meu braço enquanto minha mãe nos deixava sozinhas. – aqui tá bom? - mostrei o local onde iria cortar.

– Ótimo.

Cortei o pedaço e passei para ela em um prato pequeno.

O cheiro de chocolate me incomodava esses dias, meu estômago embrulhou, mas consegui segurar.

Ashley enfiou o garfo na fatia de bolo e tirou um pedaço marrom.

Acompanhei o pedaço até ela colocar na boca.

Ela começou a mastigar e meu estômago começou a pular em protesto a cena.

Ok, não vou agüentar, não, não, não.

Imaginei o gosto do doce e senti repulsa.

Corri em direção ao banheiro, abri a porta, levantei a tampa do vaso e me ajoelhei em frente.

Senti o líquido ácido deixar meu corpo.

Minha garganta ardia e meus olhos lacrimejavam, minha barriga contraia expulsando qualquer vestígio que insistisse em ficar no meu estômago.

– Acho que não sou só eu que vou explodir... – ela falou me olhando da porta do banheiro. 
– Eu comi uma coisa estragada, só foi...

– Você tá grávida não tá?

– O que? Claro que não Ashley. – fui até a pia e lavei a boca.

– Não minta Kristen, vai querer enganar a mim? Você está grávida, não está? Anda me diga. - Baixei a cabeça e não consegui responder. Meu coração acelerou, minhas mãos tremiam e o medo invadiu meu corpo. – Confie em mim, como nos velhos tempos, sempre contávamos tudo uma para a outra.

– Eu não sei. – falei chorando. – Eu tô com tanto medo Ash. – abracei seu corpo rechonchudo e ela alisou meus cabelos.

– Calma, esse medo vai passar, você vai ver. Você realmente não sabe? 

– Não.

– Precisamos descobrir.

– Não, não quero, Robert tá viajando hoje e vamos passar uma semana longe, não quero encarar isso sozinha.

– Ou você descobre logo ou um belo dia vai acordar e não vai conseguir ver seus pés. 

– Ashley eu não posso estar grávida, entenda. Eu tô no começo de um filme, eu e Robert estamos juntos há pouco mais de um mês. E ainda tem a Mel, um bebê agora vai bagunçar tudo.

– Hey Kris! Eu entendo que você não possa estar grávida agora. Mas não sou eu que decido quem fica e quem não fica grávida. – ela falava como se eu fosse uma criança mimada querendo fazer as vontades próprias – Comigo também foi assim, eu não podia estar grávida, mas fiquei. E hoje não vejo a hora de ver a rostinho desse bebê.

– Você se sente pronta?

– Muito pelo contrário, me sinto a pessoa mais despreparada do mundo. Nunca segurei uma criança no colo, quando os vejo chorando eu entro em pânico, é capaz de eu chorar junto. Pode ter certeza que eu não estou mais preparada para isso do que você, mas eu sei que vou conseguir e que tudo vai ficar bem.

– Como sabe? – falei ainda chorosa.

– Por que eu não tô sozinha nessa, o Josh tá comigo, ele ficou morrendo de medo, assim como eu, mas em nenhum momento me deixou sozinha.

– E se o Robert não quiser esse bebê?

– Tá louca ou o que? Kris, eu sei tudo pelo que o Rob passou, nós mantivemos contato por todos esses anos. Ele lutou pela Mel, mesmo não sendo apaixonado pela mãe dela. Pode ter certeza que ele vai estar com você nessa. E ele sabe como lidar com tudo isso, diferente do Josh. Mas antes precisamos ver se realmente tem um baby aqui dentro. – ela tocou minha barriga e ouvi alguém se aproximando – Kris, eu tô precisando de...

Olhei assustada para a mulher de cabelos loiros que apareceu, Ashley tratou de tirar a mão que estava sobre minha barriga, mas não foi rápido o suficiente.

– O que está acontecendo?

– Nada, nada... – enxuguei as lágrimas – pode falar Lizzy, o que você deseja?

– Você ta grávida? – ela falava assustada. 

– Não, claro que não.

– Então por que ela estava com a mão sobre a sua barriga? Você é a Ashley, não é?

– Isso. – Ashley parecia assustada e não sabia como agir.

– Ela ta grávida não está? Anda me falem. Por que o Robert não me falou?

– Para, para... Lizzy escuta... – segurei em seus ombros – eu não sei ainda ok? E tô morrendo de medo de descobrir. Por favor, fique quieta, não conte nada para ninguém, nem para seu reflexo, ok?

– Ok! – ela respondeu séria. – O Robert não sabe?

– Ninguém sabe. – Ashley interrompeu. 

– Nossa... não acredito, mais um bebê na nossa família, isso vai ser ótimo.

– Ai por Deus... – falei irritada - vocês duas não vêem a gravidade disso tudo? Só eu que vejo? Gente eu voltei com o Robert a menos de um mês e estou grávida. Eu estou em um problemão.

– Problemão? Claro que não. – Lizzy protestou. – Do que você tem medo?

– De tudo, de tudo...

– Kris, já falei, fica calma. – Ashley passou a mãos pelos meus ombros. – Vamos fazer um teste e se tiver um bebê, vamos cuidar dele ok? – olhei para Lizzy que parecia pensar.

– Prometo não contar para ninguém, pode ficar tranqüila. – ela respondeu.

– Vamos voltar, – falei limpando as lágrimas. – vão dar pela nossa falta. 

O restante da festa foi tranqüilo, todos já haviam ido, Ashley e a família de Robert foram os últimos, combinamos de fazer um exame de sangue no dia seguinte, eu, Lizzy e Ashley.

Melissa ficaria no hotel com os avós, supostamente matando as saudades.

Voltamos para nosso apartamento e ele já havia se despedido de Melissa, estávamos na frente do prédio.

– Tchau amor. – ele me deu um selinho antes de entrar no táxi.

– Se cuida, por favor.

– Pode deixar. Semana que vem tô de volta, ok?

– Acho bom mesmo. – tentei fazer brincadeira, mas minha cabeça estava cheia pra isso.

– Se a Melissa ficar chorando, pode me ligar ok? Sem pensar duas vezes.

– Não precisa se preocupar, vai dar tudo certo.

– Vem cá.

Ele abraçou minha cintura e beijou meus lábios.

Como eu precisava dele aqui, perto de mim, como eu queria a ajuda dele quando eu descobrisse o que me esperava.

Como eu queria ser mimada por ele, sentir seu cheiro amanhã de manhã.

Fumar um cigarro ou beber uma taça de vinho, com ele.

Mas ele estaria longe e eu teria que me contentar com sua voz pelo telefone.
– Eu te amo. – ele se separou de mim com alguns selinhos.

– Eu também, vou sentir sua falta.

– Eu também. – ele sorriu e beijou minha testa. – Bom, preciso ir. – beijou meus lábios novamente e entrou no carro – Vai passar rápido amor.

– Eu sei que vai – mandei um beijo pra ele e vi o carro se distanciando, ele virou a esquina e por um momento me senti sozinha, vazia, como se meu coração tivesse aberto um buraco em seu interior. 

Acordei cedo no dia seguinte, na verdade se eu tivesse dormido eu teria acordado cedo, mal preguei o olho.

Sentia meu corpo exausto, meus olhos insistiam em querer grudar.

Mas eu não podia dormir agora, tinha algo muito importante para fazer.

Deixei Melissa no hotel e peguei Lizzy, fomos juntas até a casa da Ashley.

– Ok, vamos direto para clínica. – Ashley falou.

– E quando eu pego esse resultado? – falei enquanto dirigia e tentava ultrapassar uma lesma a minha frente.

– Acho que hoje mesmo. – ela respondeu.

– Kris, se você estiver realmente grávida, como vai contar pra ele? – Lizzy perguntou do banco de trás.

– Vou ter que esperar ele chegar. Mas quero que ele seja o primeiro a saber, não vou contar a ninguém.

– Claro, ele tem que ser o primeiro mesmo, depois da gente, claro.

– Vocês acham que eu realmente possa estar... bom... grávida?

– Como vou saber? – Lizzy respondeu – Que eu me lembre eu não estava presente na hora do ato.

– A questão é Kris... – Ashley falou – você acha que está grávida?

Parei no sinal vermelho e analisei sua pergunta. Eu acho que estou grávida? Sim, acho. Não quero estar, mas acho que estou. Senti meus olhos arderem e lágrimas molharam meu rosto, baixei a cabeça sem falar nada, mas isso já era o suficiente para ela entender tudo.

– Não precisa responder, eu já entendi tudo.

Chegamos a clínica e pedimos o exame, uma enfermeira veio pedir meus dados. E eu quis me enterrar.

– Nome?

– Kristen James Stewart.

– Idade? 

– 26 anos.

– Estado civil?

– Solteira. – eu era solteira não era? Não era casada com ele.

– Profissão?

– Atriz.

– Tem filhos?

– Não.

Ela amarrou meu braço com um elástico, passou um algodão com álcool na minha pele e apalpou. Pegou a seringa e se aproximou da minha pele.

– Não, não, não. Para pelo amor de Deus. – levantei da cadeira e uma gota de suor brotou em minha testa.

– Kristen o que você tá fazendo? – Lizzy perguntou.

– Não dá, odeio agulhas. Ash você sabe disso. Eu odeio agulhas sabe senhora? – me virei para a enfermeira que não entendia nada – Odeio mesmo, tenho pânico. Não dá, teste de sangue não dá...

Saí do laboratório e ainda consegui ouvir as duas se desculpando por mim.

– Pirou? – Ashley perguntou.

– Não, mas tô muito nervosa com tudo isso, e ainda por cima ter agulha envolvida na história, não dá.

– O jeito é passarmos na farmácia então. - Lizzy falou olhando para Ashley.

– Mas é mais seguro fazermos o de sangue.

– Se der positivo, eu vou na minha médica e pronto. – falei ainda ofegante – peço algum outro exame e vejamos se estou ou não.

– Eu acho prudente. – Lizzy concordou.

– Ok então... Ash você dirige?

– Tá louca, tô grávida de 8 meses.

– E eu tô em estado de pânico.

– Eu não tenho carteira de motorista.

– Tá eu dirijo.

Ashley pegou as chaves e foi até uma farmácia.

Lizzy foi até lá e comprou um teste e uma garrafa de água, ela entregou a bebida pra mim e o pacote do teste.

Bebi a garrafa toda quase em um gole, voltamos ao apartamento que eu dividia com Rob e eu corri para o banheiro.

Nossa minha bexiga ia explodir.

Preparei o teste e fiz xixi.

Anda caramba, mostra logo o resultado.

Olhei na caixa e tive que esperar cinco minutos, até algo começar a mudar.

Olhei no exame, uma linha vermelha apareceu, o que isso significava?

Olhei na caixa, uma linha, não estou grávida.

Olhei novamente para o exame e uma sombra vermelha aparecia ao lado da primeira linha. NÃO, NÃO, NÃO. Não, não podia ser, aquilo era um sonho. Não, um pesadelo.

Apoiei minhas costas contra a parede, mas não consegui ficar em pé, meu corpo escorregou até o chão e eu me limitei a chorar de desespero.

Olhei na caixa, só para confirmar.

Duas linhas vermelhas, positivo, eu estava grávida.

No teste as linhas vermelhas destacavam-se, fazendo meus olhos arderem ao confrontar minha irresponsabilidade.

Ouvi batidas na porta, mas não tive voz para responder.

– Kris... – Ashley gritava.

– Kristen, abre essa porta... – Lizzy esmurrava a madeira – qual foi o resultado?

Criei forças e levantei do chão gelado, limpei inutilmente as lágrimas, girei a chave da porta e a abri. 

– O que houve? – Ashley perguntou e eu não respondi. Senti minhas mãos vazias, Lizzy havia tomado o teste e a caixa de minhas mãos.

– Duas linhas vermelhas? O que isso significa? – ela tentava achar na bula.

– I am pregnant. – sussurrei.

Lizzy esboçou um sorriso em seu rosto e Ashley começou a chorar emocionada. Elas me abraçaram, mas eu não consegui retribuir. Estava em estado de choque, sem reação a nada.

Imaginei-o ali naquele momento. Se ele estivesse ali falaria que estava tudo bem, que tudo iria ficar bem, me abraçaria e me beijaria. Mas eu estava sozinha.

– Kris, vamos ligar, vamos ligar pra ele, por favor? – Lizzy falava tentando conter sua emoção.

– Não, eu... eu tenho que esperar ele voltar. Vai ser melhor.

– A Kris tem razão Lizzy, é melhor esperar ele voltar, isso não é uma notícia que se dê pelo telefone.

– Por favor, deixe-me contar primeiro pra ele, ok? Não contem pra ninguém, guardem isso por mais uma semana. Desculpe – respirei fundo – não quero ser grosseira ou mal educada. Mas preciso ficar sozinha.

– Ah claro. – Ashley entendeu.

– Kris, fique calma, ok? Pense com carinho, coloque as coisas em ordem aqui dentro. – ela tocou minha testa com delicadeza – E pode ter certeza que vai ficar tudo bem, ok?

Apenas balancei a cabeça positivamente e forcei um sorriso.

Lizzy pegou um táxi junto com Ashley.

Fiquei sozinha, olhei meu reflexo no espelho que completava a decoração da sala, levantei minha blusa, deixando a minha barriga a mostra.

Estava lisa, virei de lado e imaginei como ela estaria dali a alguns meses.

Passei minha mão por ela, acariciando-a, não pude deixar de sorrir.

– Como você me prega um susto desses, hein? – falei olhando para meu abdômen – Não dava pra ter esperado mais alguns meses? Ou anos? – eu sorri, eu tava falando com minha barriga, era isso? – Você escolheu a mãe errada sabia? Você vai ter uma mãe louca, inconseqüente, amante de rock e que fala palavrões. Mas eu tenho uma boa notícia, você vai ter um pai maravilhoso, carinhoso, cuidadoso e lindo, espero que você puxe pra ele... – soltei um riso pelo nariz – você terá uma irmã mais velha, linda também, Melissa, ela parece um anjinho, acho que ela vai adorar saber que você está vindo. Eu tô com medo sabia? Mas prometo tentar dar o meu melhor, tá bom? 

Limpei uma lágrima que manchava meu rosto. Olhei para o telefone e senti meu coração aperta. Eu queria falar pra ele, eu precisava dele.

Fui até o sofá e peguei o telefone que estava sobre o criado mudo, disquei o número do seu celular, no segundo toque ele atendeu, com a voz rouca.

– Alô? 

– Rob? Desculpa. Tava dormindo? Não queria te acordar.

– Sweetie... não, sem problemas, tudo bem. – ele pigarreou limpando a garganta e sua voz ficou um pouco menos rouca. Ouvi a voz dele e senti vontade de contar tudo, tudo o que me preocupava, o que eu havia acabado de descobrir. Fiquei em silêncio por alguns minutos e ele percebeu que tinha algo errado.

– Kris? Está tudo bem?

– Hum hum... – concordei. Ok! Eu iria contar – Rob...

– Sim...

– Eu... - conta, desembucha, ordenei a mim mesma – Eu estou com saudades. – Kristen, você é uma covarde.

– Oh sweetie, eu também, muitas. Daqui a alguns dias eu tô de volta.

Daqui alguns dias? Não, eu não o queria daqui a alguns dias, eu o queria agora, junto comigo, queria que ele me abrasasse e que cochichasse em meu ouvido com sua voz rouca, que me fazia arrepiar. Deus, eu estava tão dependente dele. Eu precisava tanto dele, que me sentia vazia quando ele não estava por perto. Senti meu rosto arder e as lágrimas escorrerem novamente, respirei fundo e ele notou que tinha alguma coisa errada.

– Kris, você tá chorando?

– Não... não... – menti.

– Não minta Kristen. O que houve? - ele parecia preocupado.

– Só saudades. Queria tanto que você estivesse aqui.

– Quer que eu volte?

– Não, claro que não, você não pode voltar, está aí a trabalho.

– Não importa, se você está precisando tanto de mim assim eu falo com os produtores e dou um jeito, eu volto e depois faço as cenas que preciso fazer aqui.

– Não Rob. Isso é loucura. Fique, eu vou ficar bem.

– Tem alguma coisa errada então, não tem? Conta amor, o que houve? – ele falou de um modo carinhoso, que só me fez sentir o coração mais apertado.

– Não é nada... – menti mais uma vez – só saudades. Essa casa está muito vazia sem você aqui. Dormir a noite foi quase impossível, acho que vou dormir no sofá esses dias, pelo menos não é tão grande e eu não me sinto uma formiga no meio de uma savana vazia. – escutei-o soltando uma risada pelo nariz.

– Não faça isso, vai amanhecer toda dolorida. Em breve vou estar de volta, prometo. Também estou morrendo de saudades, amor. Muitas. Onde está Melissa?

– Está no hotel, matando as saudades dos avós e das tias.

– Ótimo. Mais tarde ligo pra falar com ela. 

– Ok! Bom, vou deixar você dormir, ok? – tentei sorri, mas não consegui.

– Ligo para você mais tarde para saber como tudo está, ok?

– Hum hum... tá. 

– Não pense mais nisso ok? Em alguns dias estou de volta.

– Tá bom. Rob...

– Oi...

– Te amo.

– Eu também te amo. Muito, ok?

– Tá. Até mais... se cuida.

– Vou me cuidar. Te amo, beijos.

– Tchau.

Desliguei o telefone e resolvi ligar para minha médica, iria a clínica na manhã seguinte falar com ela, precisava e queria fazer tudo direitinho.

Não, não se enganem, eu ainda tô em pânico, mas quem está na chuva é pra se molhar. Já que fiquei grávida, vou cuidar bem dele e de mim.

Liguei e marquei uma consulta logo para o primeiro horário, oito da manhã eu estaria lá, decidi tomar banho e relaxar.

Era isso que eu precisava, relaxar.

Continua...

Ahhh que maravilha! Ela está grávida! Oh, agora é que vai ficar mais perfeito ainda. Quero só ver o que Robert vai fazer quando souber. Quem acha que ele vai surtar de alegria? E a Mel quando souber que vai ter um irmãozinho ou irmãzinha? Vamos ver nos próximos capítulos. Até amanhã. Beijos.