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Saturday, December 17, 2011

FANFIC - LOVE YOU'TILL THE END - CAPÍTULO 12


Boa tarde pessoas! O capítulo de hoje está recheado de emoções, acontece tanta coisa que só lendo pra entender...

Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; heterossexualidade

Love You´till The End
By Janni

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 12

Robert´s Pov 

Tinha algo errado com ela, isso era fato. Mas ela não iria me contar pelo telefone, nem que eu morresse insistindo.
Agora o que eu tinha que fazer era aguardar que esses dias passassem para podê-la encontrá-la e aí sim iríamos conversar.
Deitei na cama e senti meu corpo pesar, relaxei e dormi. 

Pov off

O dia amanheceu.
Kristen lutou um pouco, mas levantou.
Tomou um banho rápido e decidiu tomar só um suco no café-da-manhã, só para enganar o estômago. Mas lembrou-se de um detalhe, passou a mão sobre a barriga e sorriu.
– Quer omelete? - ela perguntou olhando para o próprio abdômen. 
Ela quebrou os ovos e misturou pedaços de queijo, presunto e tomates picados, misturou tudo e colocou um pouco de sal, fritou e comeu.
Pegou as chaves do carro e foi direto para a clínica.
Quando chegou lá o local ainda estava vazio, ficou esperando por alguns minutos sentada no sofá cor de marfim até que uma moça a chamou, encaminhou-a até o consultório e ela entrou.
– Bom dia. – ela fechou a porta ao entrar.
– Bom dia Kristen, o que a traz com tanta urgência? – falou uma senhora de mais ou menos quarenta anos, de cabelos pretos, enrolados em um coque, óculos retangulares em frente aos seus olhos azuis. – Sente-se. – apontou para a cadeira a frente de sua mesa.
– Olá doutora. Bom... ok, vou direto ao assunto... – a médica soltou um riso pelo nariz – eu tô grávida.
– Tem certeza? Sua menstruação já veio?
– Ela tá atrasada, mas fiz um exame de farmácia ontem e deu positivo.
– Ok! Um minuto. – ela apertou o botão do interfone e uma voz agora invadiu a sala.
– Pois não Doutora Sanches.
– Dapheny, prepare a sala de ultra-sonografia, por favor.
– Sim senhora, em um instante.
– Kristen, vá até o corredor e beba bastante água ok? Vamos ver o que temos. – ela sorriu meigamente – Assim que sentir vontade de fazer xixi avise a Dapheny, e ela me chamará.
– Ok!
Ela tomou vários copos d’água, ficou esperando alguns minutos e de tempos em tempos voltava até o bebedouro para tomar mais um pouco.
Ficou sentada, aguardando a vontade apertar.
Ela começou a sentir um incomodo abaixo da barriga, decidiu segurar mais alguns minutos.
Comunicou à secretária que falou com a médica pelo interfone.
Quinze minutos depois foi chamada a uma salinha pouco iluminada, com dois computadores , um em frente a médica e o outro onde a secretária da médica digitava alguns dados sobre Kristen.
– Tire os sapatos e deite-se aqui Kristen. – a médica apontou para a maca e assim ela fez. - Vamos fazer uma ultra-sonografia ok?
– Sim.
– Vou passar esse gel na sua barriga... – falou levantando a blusa de Kristen – é um pouco gelado não se assuste.
Ela espremeu o gel sobre a barriga de Kristen, que contraiu o abdômen.
Começou a passar o aparelho pela extensão e observava a tela atentamente.
– Ok! Onde você está bebê? 
Kristen mordia os lábios, por nervosismo e pela dor que sua bexiga provocava por estar tão cheia.
Estava ficando nervosa também, onde ele estaria?
Será que o teste estava errado?
Ela sentiu uma espécie de tristeza ao pensar nisso, estava morrendo de medo, receosa e assustada, mas agora que sabia que ele poderia estar ali, não queria que tivesse sido apenas um alarme falso.
A médica passou o aparelho um pouco mais para o lado e apertou.
– Achei. – ela sorriu – Parabéns Kristen, você vai ser mamãe. 
Ela falou virando a tela do computador para Kristen, que comprimiu os olhos e viu uma manchinha na tela. 
– Esse... esse pontinho é... – ela não conseguia concluir a frase, um nó na garganta havia formado que impedia sua voz de sair.
– É o seu bebê Kristen. E pelo que vejo aqui, você deve estar com cerca de um mês de gestação.
 
Kristen´s Pov
 

Saí da clínica com os exames na mão.
Nossa, eu ia ser mãe.
Entrei no carro e abri a pasta com os exames.
Olhei novamente para a minha manchinha em uma foto meio borrada.
Não consegui segurar o riso e nem o choro, era a minha manchinha, a manchinha que iria virar minha vida de cabeça para baixo, mas que eu amava muito.
As lágrimas caíram sobre a foto e eu limpei o rosto, deixei a pasta sobre o banco do carona, não queria manchá-la, minha manchinha não podia ser manchada. Limpei o rosto e fui em direção a farmácia, comprei as vitaminas que a médica me recomendou e passei no hotel para pegar a Melissa.
Demorei alguns minutos esperando quando Lizzy atravessou o hall segurando a mão de Mel.
Melissa correu para mim ao me ver, peguei-a no colo e beijei seu rosto.
– Tava com saudades mamãe. Comi um montão de sorvete ontem.
– Espero que não dê dor de barriga mocinha. – fiz cosquinhas em sua barriguinha, fazendo-a rir. – Bom dia Lizzy. – ela veio na minha direção para me cumprimentar e eu não agüentei, abracei seu corpo e apertei. Nossa... como eu estava me sentindo feliz. – Ele é lindo, uma manchinha linda. – cochichei em seu ouvido.
– Você ... – ela não conseguiu terminar a frase, fechou a boca com as mãos e derramou algumas lágrimas.
– Titia, você tá chorando por quê? Tá triste? – Melissa ficou preocupada. 
– Não amor, a titia tá feliz. – consolei a criança, passando minhas mãos sobre seus cabelos. - Cadê os outros?
– Foram a um museu, decidi ficar para falar com você, e um museu não é um local ideal para uma criança de 4 anos. 
– Vamos almoçar então? Depois nos encontramos com eles, o que acham? 
– Eba! u quero McDonald’s
– Você não quer nada de McDonald’s mocinha – toquei seu nariz pequenino - Vai comer comida.
– Aahh que chato. – ela resmungou e cruzou os braços.
– Vamos a um restaurante, Lizzy, tem um restaurante árabe aqui perto, to a fim de comer comida diferente.
– Hey , tá cedo pros desejos, sabia? – ela riu e me seguiu até o carro. 

Fomos para o restaurante, fizemos nossos pedidos e comemos, logo em seguida pedimos a sobremesa, Melissa claro devorou seus morangos com creme.
– Mãe, quero brincar ali. – ela apontou para um playground que ficava dentro do próprio restaurante, separado apenas por uma porta de vidro.
– Ok, pode ir, mas se comporte ok?
– Tá.
Ela desceu da mesa e eu observei até que ela entrasse na sala e se juntasse com as outras crianças.
– Ontem falei com ele... – falei dando uma colherada na minha torta de limão. – ele está desconfiando de que está acontecendo alguma coisa errada.
– Ele ligou pra falar com a Melissa, e comentou que você tava estranha, que tava triste.
– Você não falou nada, não é?
– Claro que não Kris, não vou negar que senti vontade de falar, mas isso é direito seu. – ela sorriu e comeu a cereja do sorvete de morango – Nossa, já imaginou? Daqui a alguns meses ela vai ser a irmã mais velha. – ela sorriu olhando Melissa do outro lado do vidro.
– Pois é... será que ela vai reagir bem? Tipo... ela sempre foi sozinha, teve a atenção do pai só pra ela, tudo gira em torno dela lá em casa, nossos horários, as horas das refeições, tudo. E agora chegando mais uma criança, sei lá fico preocupada.
– Acho que vai dar tudo certo, ela é uma boa menina, quieta, sensata, acho que vai lidar bem. O que você quer? 
– Como assim?
– Menino ou menina?
– Tanto faz.
– Um menino seria legal... – ela olhou par ao nada – formaria um casalzinho... mas por outro lado, se fosse menina a Melissa teria alguém para brincar.
– Tenho certeza de que ela não vai se importar de brincar com o irmãozinho. – falei olhando Melissa brincando na gangorra de plástico verde em forma de crocodilo, junto com um menino. 

Nessa uma semana que Robert passou fora eu resolvi muitas coisas junto com Clare, encontramos uma nova escola pra Melissa, agora era uma escolinha mista, e ela havia adorados esses dias de aula.
Hoje meu tormento terminaria, Vick e Lizzy ainda estavam em Los Angeles, Clare havia voltado com Richard para Londres, um irmão dela estava doente e precisava visitá-lo. 
Já era de tarde e estávamos sentadas na grama, sob uma árvore eu, Lizzy e Vick, que ainda não sabia de nada, em um parque, Melissa corria entre os brinquedos, escorregas, balanços e gangorras, juntos com outras crianças que estavam lá.
– Nossa tá muito quente. – Victoria levantava os cabelos e abanava seu pescoço.
– Nem fale, ultimamente Los Angeles está insuportável.
– Vou comprar sorvete, vocês querem? – Lizzy se levantou.
– Quero de morango. – falei – Acho que a Melissa também vai querer de morango. 
– Eu vou te ajudar Lizzy, não vai conseguir trazer tudo.
– MAMÃE, VEM AQUI! – Melissa gritava me chamando com as mãozinhas – VOU DESCER NO ESCORREGA.
– Enquanto vocês vão lá eu vou falar com ela ok?
– Está bem.
Elas saíram e fui em direção a minha filha que me esperava no topo do escorregador.
– Pode vir. – falei, aos pés do brinquedo.
– Me segura, mamãe. – ela sentou no alumínio e segurou na lateral dando impulso, quando estava perto a segurei. Ela gargalhou – Quero ir de novo.
– Volte pra fila então.
– Tá... fica aí mamãe, tá?
– Vou ficar. Cuidado Melissa.
Vi-a indo para trás de algumas crianças e esperando com as mãos na cintura.
Uma mulher loira se aproximou de mim, como se observasse alguma das outras crianças, provavelmente seu filho.
– Sua filha? – apontou para Melissa.
– Sim. – sorri tentando ser simpática. 
– Muito bonita ela.
– É, ela é linda – olhei babando para o meu bebê.
– Acho que eu conheço você. – ela fez cara de quem pensava.
– É... sou atriz. – falei envergonhada.
– Kristen, não é? Kristen Stewart?
– Sim, sou...
– MAMÃE, ME SEGURA! – Melissa sentou novamente no brinquedo e escorregou, eu a segurei.
– Nossa, ela é linda mesmo... – falou ajoelhando-se em frente à menina. – Olá princesa, como é seu nome?
– Melissa. – respondeu tímida.
– Pegue... pra você. – ela tirou do bolso um pirulito colorido e entregou para Mel, que escondeu as mãozinhas atrás do corpo. – O que foi? É um presente.
– Papai falou que não posso aceitar nada de estranhos.
– Ah me desculpe por isso... – sorri tímida. – sabe como é, conselho que damos aos filhos, você deve ter ouvido muito isso da sua mãe... – sorri – e deve falar muito para seu filho também não é?
– É escutei sim. Mas... – ela olhou fixamente para Melissa e depois para mim - ela não parece muito com você não é?
– Bom... não... – fiquei sem jeito isso nunca havia me ocorrido – ela parece mais com o pai. Sabe como é? Sangue britânico é forte, predomina. - falei rindo.
– É... sei como é . Você é uma princesa – ela tocou no rosto de Melissa e eu ouvi a voz de Victória gritando em nossa direção.
– TIRE AS MÃOS DELA AGORA MESMO!
Me assustei quando as duas se colocaram a nossa frente.
Que merda estava acontecendo?
Por instinto coloquei Melissa no colo e meus braços se fecharam com toda a força que eu tinha.
– Vamos sair daqui Kris. – Lizzy me puxava nervosa, angustiada.
– Fique longe dela está ouvindo? – escutei Vick falando com a loira de cabelos compridos, com o dedo a centímetros de seu rosto. – Vá embora e deixe a Melissa em paz, ela não precisa de você, escutou? – Kris, vai pro carro...
– Lizzy o que houve?
– Nada, nada eu acho. – ela parecia nervosa.
Victoria veio em nossa direção, seu rosto vermelho tomado pela raiva e a mulher loira nos olhava de longe, fixamente.
Por um momento senti um medo, tinha algo nela que me deu medo.
– Ela é... é a... – tive repulsa das minhas palavras.
– Acho melhor a gente ir para o seu apartamento e lá conversamos. – Victoria falou.
– Claro, claro...
– Não mamãe, eu não quero ir, quero ficar aqui, quero brincar mais. Deixa mamãe, deixa.
– Amor, vamos fazer o que a sua tia falou ok? Amanhã a gente brinca mais.
– NÃOOOO. – ela começou a chorar e a bater os pezinhos no chão.
– Melissa sem choro, agora vamos pra casa e pronto. Pare de chorar. – ordenei.
– Hum. – ela me mostrou a língua.
– Melissa, você vai ficar de castigo.
– Não vou não.
– Entre no carro. – falei segurando a porta enquanto Lizzy e Victoria já estavam dentro do veículo.
– Não quero. – ela falava de braços cruzados.
– Melissa me obedeça, se não me obedecer você não vai assistir seu DVD hoje.
– Não, eu quero ver o DVD da princesa, você é chata, não gosto mais de você, não gosto. 
Peguei-a e coloquei-a na cadeirinha do automóvel contra sua vontade, ela resmungou e choramingou, ignorei suas manhas até ela parar.

Chegamos em casa, dei um banho nela e a deixei no quarto com as bonecas, voltei para cozinha e Lizzy e Victoria me aguardavam.
– Fiz um chá. – Vick apontou para a xícara. - Robert e seus chás ingleses... – ela riu.
– Obrigada. – peguei minha xícara e dei um gole. – O que tá acontecendo? Aquela mulher era a...
– Sophie... – Victoria me interrompeu – mãe da Mel. 
Senti toneladas de gelo sendo despejadas em meu estômago.
Como assim? Mãe da Mel? O que ela queria aqui? O que ela queria com a minha filha?
Ela queria tomá-la da gente, ela queria tirá-los de mim.
Não, ela não poderia fazer isso.
As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto e o desespero tomou conta do meu coração.
– O que? O que ela quer aqui?
– Eu não sei, ela não falou nada. – Victória falou séria.
– Ela quer a Mel de volta. – Lizzy falou em um sussurro, de cabeça baixa.
– Do que você tá falando? – Victória a encarou, mas ela não falou nada – Elizabeth, o que você sabe?
– Eu... – ela respirou fundo e prosseguiu - eu encontrei com ela há algumas semanas, em Londres.
– Você não me falou nada disso. – a irmã lhe olhava indignada.
– Desculpe... – ela falou olhando para mim – eu mandei ela ir embora, mandei ela sumir, mas ela está obcecada em ter a guarda da Melissa de volta. Eu nunca imaginei que ela fosse capaz de vir aqui. 
– Você é idiota ou o que? – Victoria levantou-se irritada, gritava de raiva, seu rosto branco ficava cada vez mais vermelho – Como você não falou nada Elizabeth? Ficou calada esse tempo todo, se tivesse dito nós poderíamos ter contratado um advogado sei lá, conseguir na justiça alguma ordem para mantê-la longe. Mas não, você achou melhor ficar calada.
– Eu não fiz por mal.
– Parem... – ordenei no meio daquela gritaria – não quero saber o que houve ou o que não houve. Temos que pensar em algo agora, ela está aqui, na mesma cidade, querendo a minha filha de volta. Ela não é a mãe da Mel, eu sou. Sou eu quem ela chama quando acorda a noite, sou eu a quem ela chama quando cai, sou eu a quem ela pede o leite todas as manhãs. Eu não vou abrir mão da Melissa assim tão fácil.
– Mamãe? – ouvi a vozinha de Melissa longe, vindo do corredor, levantei e saí a sua procura. Encontrei-a perto da porta de seu quarto.
– Oi meu anjo. – ajoelhei-me a sua frente, ficando na sua altura. 
– Desculpa... – ela falou com cara de choro - eu gosto de você mamãe, eu não falei de verdade que não gostava.
– Mamãe sabe amor. – beijei sua testa e sorri.
– Desculpa? – ela perguntou na dúvida novamente.
– Claro que desculpo.
Ela abraçou meu pescoço e aquilo me fez sentir-me bem, apertei seu corpinho e senti seu cheirinho. 

As horas se passavam, já eram quase uma da manhã, Melissa dormia, enquanto eu, Lizzy e Victoria esperávamos na cozinha Robert chegar, o vôo dele chegava meia-noite e meia, em alguns minutos ele deveria chegar.
Eu tomava água compulsivamente, tentando me acalmar, mas nada adiantava. Ouvi o barulho de chave e corri para a porta, vi-o passando pela porta e não agüentei, corri em sua direção e envolvi seu pescoço com meus braços.
Senti seu cheiro invadir minhas narinas, uma mistura de nicotina com perfume, pareceria estranho, se não viesse dele, mas aquele era o cheiro dele, o cheiro que me hipnotizava.
– Hey sweetie. - ele falou rindo – Que saudades de você.
Ele apertou meu corpo e me ergueu, beijou meu pesco, me provocando arrepios. Ele segurou meu rosto entre as duas mãos e beijou meus lábios.
Aquilo poderia ser o reencontro perfeito, mas aquela semana havia sido tão conturbada, que eu só queria desabafar, sentir seu abraço, seu cheiro, algumas lágrimas correram pelo meu rosto e ele percebeu algo de errado.
– Kris, o que houve? – ele perguntou preocupado, limpando minhas lágrimas, baixei a cabeça e ouvi passos atrás de mim, Lizzy e Victória estavam lá. – Aconteceu alguma coisa? – senti seu olhar em mim e eu balancei a cabeça positivamente – Cadê minha filha? O que houve? – ele ficou nervoso, sua voz severa.
– Calma Rob, a Mel está bem, está dormindo. – Vick tentou tranqüilizá-lo.
– Ela voltou. – Lizzy falou antes de mim – Sophie está aqui, e ela quer a Melissa de volta.
– O QUE? Isso é brincadeira não é? – ele segurou meus braços – Elas estão mentindo não é Kris, fala pra mim que estão.
– Não. Hoje nós estávamos em um parque e ela se aproximou de mim. Eu não a conhecia, deixei-a chegar perto da Mel.
– Rob, você precisa procurar um advogado o quanto antes. Não deixe que ela tome nenhum passo antes de você. – Victória aconselhou.
– Calma ok? Eu tô completamente perdido nisso tudo. Como ela aparece assim do nada? Depois de querer fazer tanto mal a minha filha?
– A Sophie chegou pra estragar tudo... – Lizzy desabafou – logo agora que a Kris... – ela me olhou percebendo que havia falado demais. Balancei negativamente a cabeça, para repreendê-la, eu estava atrás de Robert e ele não viu.
– Que a Kris o que? – ele perguntou e virou para me olhar.
– Logo agora que ela está tão próxima da Melissa. – ela tentou disfarçar, Victoria estreitou os olhos verdes desconfiando de nós duas.
– Isso não muda nada ok? – ele falou para mim – O que ela e eu sentimos por você não muda nada. – ele segurava minhas mãos e me puxou para perto do seu corpo me envolveu em seus braços e beijou minha cabeça.

Robert´s Pov 

Lizzy e Victoria voltaram para o hotel deixando Kris e eu a sós.
Ela foi para o quarto e eu fui ver como minha filha estava.
MINHA FILHA e de mais ninguém, ela era minha, minha e da Kristen, Sophie não iria estragar o que eu estava construindo.
Cheguei ao quarto e vi Melissa encolhida na cama, enrolada em seu edredom pink, dormia tranqüila.
Deus, como eu iria passar por aquilo? Eu não posso perder minha filha, lutei tanto por ela.
Ela dormia tranqüila, mal sabia o que estava acontecendo ao seu redor.
Beijei sua testa e ela resmungou, mexeu na cama e coçou os olhinhos abrindo-os em seguida.
– PAPAI! – abriu um sorriso que fez meu coração apertar. – Papai, papai... – ela levantou e abraçou meu pescoço.
– Ohh princesa, quanta saudades que eu estava de você. – beijei sua bochecha e alisei seus cabelos.
– Papai, não viaja mais não – falou chorosa.  
– Não vou princesa. - deitei-a novamente na cama.
– Promete? 
– Prometo. – beijei sua testa – Papai sentiu saudades.
– Eu também.
– Se comportou?
– Sim. – ela balançou a cabeça.
– Ótimo...
– Papai, brinca comigo?
– Amanhã o papai brinca amor, agora é hora de dormir ok? – ela balançou a cabeça concordando – Boa noite princesa.
– Papai?
– Oi...
– Fica aqui?
– Só até você dormir, ok?
– Tá...
Deitei em sua pequena cama e minhas pernas ficaram para o lado de fora, eu era grande demais para o móvel, ela deitou sua cabeça sobre meu peito e comecei a fazer-lhe cafuné.
Cantarolei a primeira música que me veio em mente, aos poucos seus olhos foram pesando e acabou vencida pelo sono.
Dei-lhe um beijo e a cobri.
Deixei seu quarto com cuidado para não acordá-la.
Quando cheguei ao meu, encontrei Kristen acordada, sentada na cama, lendo um livro, me aproximei e tirei o objeto de suas mãos.
– Eu estava lendo... – ela protestou.
– Não importa... vem cá.
Puxei-a para perto de mim, obrigando-a a ficar de pé.
Apertei sua cintura contra meu corpo e uma mão deixei sobre sua nuca. Capturei sua boca, sentindo seus lábios macios, ela me deu passagem e senti minha língua tocando a sua, macia, gostosa e apaixonante.
Ficar sem ela por uma semana foi tortura, desejava-a as 24h do dia, acordava com ela em meus pensamentos e de lá ela não saia.
Nosso beijo cheio de saudades era intenso, feroz.
Nos separamos e permanecemos de olhos fechados, nossas testas encostadas.
– Eu te amo, não importa o que acontecer, eu te amo.
– Rob – ela parecia aflita.
– O que houve? – ela engoliu seco e me fitou com seus olhos verdes hipnotizantes. Ela mordeu o lábio inferior, parecia nervosa, olhou para o chão e eu ergui seu queixo obrigando-a a olhar novamente para mim.
– Amor, tem alguma coisa te preocupando além... bom, além da Sophie?
– Na verdade... – ela parou para pensar, ela estava me escondendo algo – tô com medo Robert, do que pode acontecer...
– Vai ficar tudo bem.
– Não, não vai... – ela passou as mãos pelos cabelos, tentando controlar o nervosismo – pare de falar isso Robert, você fica repetindo isso, mas no fundo está desesperado, está tão nervoso quanto eu.
– É verdade. – coloquei minhas mãos no bolso da calça e a encarei sério – Eu estou com medo, muito medo. Mas não vai adiantar nada eu ficar me estressando Kristen, eu preciso me concentrar pra saber o que eu vou fazer. E pode ter certeza que eu acredito que vai acabar tudo bem, pode demorar, mas vai acabar tudo bem.
– Por que as coisas não podem ser fáceis?
– Por que nada é fácil, você já deveria saber disso. – me aproximei dela e envolvi sua cintura com meus braços – Fique calma. – aproximei meu rosto do dela tentando conseguir outro beijo, mas ela se desvencilhou – Kris? – fiquei confuso quando senti meus braços vazios.
– Desculpa, preciso ficar um pouco sozinha, ok?
– Sozinha? Passamos uma semana separados e você quer ficar sozinha? 
– Eu quero pensar, só isso. 
– Ah que se dane. – deixei-a sozinha no quarto e fui para o banheiro tomar meu banho, quando voltei, ela não estava mais lá. Deitei na cama e dormi. Já tinha problemas demais e não estava a fim de me estressar com as neuras da Kristen. 

Kristen´s Pov 

Sabe aquele momento em que você se sente uma completa fracassada?
Pois bem, eu estava me sentindo assim.
Eu não consegui, contar pra ele.
Por que a Sophie tinha que surgir logo agora?
Eu não podia contar pra ele, não por enquanto, as coisas teriam que se acalmar primeiro.
Olhei para meu abdômen ainda liso e imaginei o tempo que essa confusão levaria para se resolver.
– Estamos em tempos opostos não é? Quanto mais isso demorar para se resolver, maior você fica. 
Não dormi a noite toda, fiquei conversando com o meu bebê e acariciando minha barriga.
Os primeiros raios de sol invadiram a sala e o calor da luz me fez ver que horas eram.
Eu precisava dormir, realmente precisava dormir, teria gravação na parte da tarde e chegar ao set com essa cara não seria legal.
Fui para o quarto e vi a cama vazia, bagunçada, mas ele não estava lá.
Fui até o banheiro e estava vazio, vi suas pernas estendidas sobre uma mesa, na varanda, fui em sua direção e o encontrei fumando.
– Acabei de acordar... – ele brincava com o cigarro entre seus dedos - não acredito que não quis ficar comigo. – ele me olhou, parecia chateado.
– Me desculpe, eu... eu não dormi.
– Não dormiu? – ele me olhou sério – Bom, vou me arrumar, eu levo a Melissa para a escola, não se preocupe. E depois vou para uma reunião com o pessoal da produção do filme.
– Não quer tomar café?
– Não! Você quer ficar sozinha e pensar, não é? – falou irônico – Não quero atrapalhar.
Ele saiu da varanda e foi para o banheiro.
Meu corpo estava exausto, eu precisava dormir, me deitei na cama e senti cada músculo pesar toneladas, meus olhos começaram a fechar e eu apaguei, nem vi Robert saindo.
Não queria e nem tinha forças para discutir.

Quando acordei já era quase a hora de ir gravar. Tomei um banho rápido e me vesti, uma calça jeans, e uma camiseta preta, coloquei meus óculos e as chaves do carro.
Cheguei à gravação e fui recebida por um dos produtores. 
– Hey Kristen, o que faz aqui?
– Tenho gravação hoje.
– As gravações foram canceladas, houve um probleminha na locação e adiaram para amanhã.
– Ah, eu não sabia.
– Desculpe, acho que não conseguiram entrar em contato com você.
– Ok! Tudo bem, sem problemas.
– Até amanhã, ok?
– Ah claro, até.
Voltei para o carro, xingando todos que apareciam em minha mente.
Entrei no veículo e pensei em voltar pra casa, eu estava exausta, precisava descansar. Mas não, não queria voltar para casa agora, Robert já deveria estar em casa e eu não estava a fim de discutir.
Pensei em ir para casa dos meus pais, mas minha mãe iria notar algo errado e me obrigaria a contar tudo, e eu não estava a fim de falar sobre meus problemas. Ouvi minha barriga protestar por comida e lembrei que não havia comido nada ainda.
– Desculpe meu amor. – passei a mão na região lisa – Muitas coisas estão acontecendo e a mamãe esqueceu de comer, mas já vou resolver isso.
Liguei meu carro e fui em direção a um café que não ficava muito longe dali, parei o carro no estacionamento e fui em direção a porta. Até que ouvi alguém me chamando.
– KRISTEN! – olhei ao redor e não vi ninguém. – KRISTEN!
Olhei para o canto do estacionamento e vi o carro parado e quem me chamava ao lado. Sorri e decidi ir até lá.
– Michael, quanto tempo... – abracei-o e ele retribuiu.
– Como vai Stew? – ele tirou os óculos e pude ver seus olhos castanhos. – Bem e você?
– Tudo tranqüilo. Está indo comer alguma coisa?
– Sim... 
– Ótimo, nós também, quer nos fazer companhia? 
– Nós? – perguntei
– É... um minuto. – ele abriu a porta de trás do carro e colocou a metade do corpo para dentro, saiu de lá e vi uma criança pulando para fora do carro. Ele deveria ter uns dois anos de idade, era gordinho, cabelos pretos e lisos, as bochechas rosadas e os olhos castanhos. – Esse é o Steve, meu filho.
– Hi Steve. – sorri e a menino olhou para Mich. Ok! Eu não sorri por que a criança era fofa, na verdade ele era super fofinho, mas era baixinho. Ok! Realmente puxou para o pai. – E a sua esposa? Michely, certo? 
– Isso. – ele riu – Está ocupada no escritório, resolvendo uns problemas da empresa.
– Pra você deu certo ter um relacionamento com alguém que seja de fora dessa loucura de Hollywood, não é? – falei enquanto íamos andando em direção ao café.
– Na verdade, deu certo por que era ela... se ela fosse famosa também daria certo. Veja nosso caso, não deu certo, e temos a mesma profissão, com o Fernando também não deu certo com você, não foi? – ele percebeu que o nome dele me incomodou - Desculpe, fiquei sabendo pela imprensa, sinto muito.
– Tudo bem...
– Pois bem, com ele também não deu certo, também. Mas acho que você tá dando certo com o Rob. 
Sorri, entramos no local e fizemos nossos pedidos, Michael pediu uma cadeira alta e sentou o filho nela, deu pra ele um muffin de blueberry e uma caixinha de suco de laranja, enquanto nós comíamos sanduíches integrais com chocolate quente.
Observava o cuidado dele com Steve e lembrei do cuidado que Robert tinha com Melissa.
– Mich... – ele me olhou depois que limpou a boca e as mãozinhas do filho – é difícil ser pai?
– Não é difícil, é complicado. Mas... não sei explicar. Por quê?
– Por nada... – sorri – você tem o mesmo cuidado que o Rob tem com a Melissa.
– Melissa?
– É, ele tem uma filha...
– Sim, sim, eu sei... vi em um noticiário os paparazzis perseguindo-os. Mas não sabia o nome dela. 
– O que você faria se tentassem tirá-lo de você?
– O que eu faria? – ele arregalou os olhos castanhos, assustados com minha pergunta.  – Não se assuste. Mas eu seria capaz de matar se fizessem algo contra meu filho. Por que está me perguntando isso? Está com problemas com Melissa?
– Não, não, jamais. Ela é um anjo, amo-a Mich, sério, como se fosse minha filha. Ela me chama de mãe, sabia?
– Sério? – ele sorriu – Isso é muito bom, sabia? Tipo... se eu me separasse da Michely, eu iria querer ao meu lado alguém que visse o meu filho como filho também, entende? Ele é a pessoa mais importante pra mim e eu faria de tudo por ele.
– É... – eu sorri – acho que também faria de tudo pela Melissa.
– Bom... mudando de assunto. Eu queria saber uma coisa...
– Pergunte.
– Se não quiser falar tudo bem... – confirmei com a cabeça e ele prosseguiu – e aquele outro, o que lhe agrediu, o Fernando? O que houve?
– Ele pagou a fiança e vai ter que prestar trabalho voluntário em uma comunidade e em um orfanato se não me engano. – suspirei fundo.
– Ele anda te procurando ainda?
– Não... ele sumiu, há tempos não escuto falar dele.
– Tome cuidado Kris, sério.
– Pode deixar.
– Mommy – o menininho olhava para a porta, com os bracinhos esticados. - Queio a mommy.
– Já vamos encontrá-la amigão. – ele passou as mãos na cabeça da criança, tentando consolá-lo. – Preciso ir Kris.
– Ah claro, mande um abraço para Michely.
– Mando sim. – ele pegou a criança no colo - Cuide-se ok? Abraços pro Robert e pra pequena.
– Obrigada. 
O vi virar as costas e ir em direção a porta com o filho em seu colo.
Que porcaria, todo mundo tinha virado pai ou mãe em Hollywood?
Vou ver se o Taylor engravidou a Taylor fêmea.
Acho que só faltam eles.
Por sinal nunca mais tive nenhum trabalho com aquele pirralho implicante que eu adorava.
Fui em direção ao meu carro, já eram quase sete da noite e eu tinha que voltar pra casa.  
Faltava pouco para chegar em casa quando meu celular tocou, catei-o pela bolsa, sem tirar os olhos da frente do carro. Peguei e atendi.
– Alô? 
– E então, contou? Como ele reagiu? – reconheci a voz da Lizzy.
– Ah, oi Lizzy. Não, não contei. 
– Por quê? Como não?
– Não tive coragem... ainda mais depois de saber que a Sophie está rondando.
– Não seja tola.
– É sério... decidi não falar agora, vou esperar um pouco e conto.
– Vai contar quando? Quando tiver dando à luz? – suspirei entediada e ela parou – Ok!, tenho que desligar, Vick daqui a pouco aparece. Se cuida e não faça besteiras.
– Pode deixar.

Entrei na garagem do prédio e estacionei, em menos de cinco minutos cheguei ao apartamento e o encontrei em caos total.
– NÃO, EU NÃO QUERO COMER! – Melissa gritava chorando – QUERO A MAMÃE, CADÊ ELA?
– MELISSA, CHEGA DE CHORADEIRA, JÁ FALEI QUE ELA ESTÁ TRABALHANDO, AGORA COME ISSO SE NÃO VOCÊ VAI DORMIR SEM COMER NADA.
– EU QUERO MINHA MÃE.
Larguei minha bolsa no sofá junto com o script e fui em direção a cozinha.
– Hey, o que está acontecendo aqui?
– MAMÃE! – Melissa esticou os braços e a peguei no colo.
– Por que essa gritaria toda? – limpei o rostinho dela, que estava molhado pelas lágrimas e vermelho.
– Por nada... – ele colocou a última garfada na boca – ela só queria você. 
Ele largou o prato e o copo dentro da pia e saiu da cozinha deixando-nos a sós.
Parecia irritado e cansado. 
– Por que estava gritando daquele jeito?
– Onde você tava mamãe? Pensei que não fosse mais voltar.
– Amor, todos os dias a mamãe vai sair pra trabalhar, mas no final do dia a mamãe vai sempre voltar. Eu não vou embora, nunca iria embora sem falar com você. Na verdade eu nunca iria embora, não ia suportar deixar minha princesinha, ok?
– Tá. – ela sorriu.
– Vamos comer?
Ela balançou a cabeça positivamente e eu comecei a dar-lhe colheradas do seu jantar.
Ela terminou e eu a deixei assistir um filme antes de dormir, coloquei o DVD do desenho UP, para distraí-la e fui procurar o estressado do pai dela.
Cheguei ao quarto e o avistei na varanda, fumando, sentei na cadeira a seu lado e estiquei as pernas sobre a mesinha, do mesmo jeito que ele estava. 
– Você anda fumando muito, sabia?
– É por que ando estressado.
– Por que estava gritando com ela daquele jeito? Não dava para simplesmente tentar acalmá-la? Ou ligar pra mim para que eu conversar com ela?
– Eu liguei, mas você não atendeu, deduzi que estivesse gravando.
– Ahh... hoje não teve gravação. – ele me olhou desconfiado.
– E por que chegou agora?
– Percebi que não tinha comido nada o dia todo e resolvi passar em um café pra comer alguma coisa.
– E ficou comendo até essa hora? – mais desconfiança.
– Não... encontrei um amigo e ficamos conversando.
– Que amigo?
– Michael.
– Angaro? – Não Robert, pensei, foi o Jackson, Michael Jackson.
– Foi. – apenas confirmei.
– Ah, ótimo... – ele se levantou irritado – eu precisando de você em casa e você de papinho com seu amiguinho Angaro.
– Do que você tá falando? – olhei para ele, incrédula.
– Por que não volta pro seu baixinho preferido, hein Kristen? As coisas são mais fáceis ao lado dele, não são? Essa tarde você passou fazendo o que? Analisando os dois lados? O que será que vai acontecer se eu ficar com o Robert – ele falava com uma vozinha, tentando imitar a minha – e se eu voltar pro Angaro? Senti minha mão direita pesar, o ódio sumiu pelo meu corpo e senti meu rosto em chamas. Não pensei duas vezes, se tivesse pensado, não o teria feito. Coloquei toda a força que tinha sobre meu braço e espalmei minha mão no rosto de Robert, que levou um susto com minha reação. Seu rosto imediatamente ficou vermelho na área atingida, meus dedos ficaram tatuados em um vermelho vivo.
Ele tocou a região, ainda sem reação.
– O que... – eu tentava controlar minha voz, para não chorar – o que o Fernando fez, o soco que ele me deu, doeu menos do que o que você terminou de falar Robert.
Fui em direção ao closet e peguei minha mochila, comecei a enchê-la com as minhas roupas, as que estavam a vista pelo menos. Coloquei tudo e de qualquer jeito.
– O que pensa que está fazendo?
– Acha que eu vou ficar aqui? Ouvindo seus desaforos? Se está desconfiando de mim Robert, fique sabendo que o Michael está casado, tem um filho, o Steve, de dois anos. E eu não sou mulher de destruir família nenhuma.
Passei por ele e recolhi algumas coisas no banheiro, fechei a mochila e fui em direção a porta, quando senti sua mão segurando meu braço.
– Me solta! – ordenei, com a voz firme.
– Não. Não vou deixar você sair.
– ME LARGA ROBERT! – gritei deixando a raiva sair do meu corpo.
– EU NÃO VOU TE DEIXAR IR EMBORA!
– PRA ISSO VOCÊ VAI TER QUE ARRANCAR MINHAS PERNAS!
Escutei a porta se abrir e meu coração gelou. Melissa colocou o rostinho para dentro do quarto, parecia assustada.
– Vocês estão brigando? – falou chorosa. Olhei para Robert e ele soltou meu braço, Melissa nos observava atentamente, viu minha mochila e fez cara de choro.
– Mamãe, pra onde você vai? 
– Não amor, não chora ok? Mamãe só estava arrumando umas coisas.
– E por que o papai tava gritando? – olhei para Robert e ele esfregou as mãos em seu rosto e voltou para a varanda.
– Ele estava decorando o texto pra gravar amanhã.
– Jura?
– Juro. O filme terminou?
– Não.
– Quer que a mamãe assista com você?
– Quero. – ela sorriu.
Deixei a bolsa no chão e fui para o seu quarto, deitamos na cama e ficamos em silêncio observando a tela.
Ouvi a porta bater e imaginei que Robert havia saído.
Não quis ir conferir, decidi ficar quietinha na cama com a minha princesa.
As imagens na TV não me prendiam a atenção, minha mente estava mergulhada em problemas e nenhum deles parava de martelar.
Quando o filme terminou, Melissa estava dormindo, beijei sua testa e a embrulhei. 
– Eu te amo.
Sussurrei quando coloquei sua franja para o lado.
Acendi o abajur e desliguei a TV, saí com cautela de seu quarto e fui para o meu. Estava vazio, olhei para mesa e as chaves do carro do Robert não estavam.
Senti vontade de chorar, e assim fiz, fui tomar banho e sob a água morna do chuveiro deixei as lágrimas salgadas se misturarem com a água que escorria pelo restante do meu corpo. 
Como eu pude fazer aquilo?
Ele agiu errado, eu sei. Mas eu não deveria ter batido nele, não deveria ter lhe dado um tapa. 

Continua...

Nossa... fiquei com respiração presa agora de tanta confusão acontecendo de uma vez só. Como podem as coisas mudarem de uma hora pra outra dessa forma? Espero que eles conversem e se entendam logo, e que a Kris conte logo sobre a gravidez. Beijos e até amanhã.
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1 comment:

  1. Q estresse!! Espero q eles resolvam logo essa confusao. Ate amanha honey beijusculo.

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