Pages

Sunday, December 18, 2011

FANFIC - LOVE YOU'TILL THE END - CAPÍTULO 13


Olá pessoas! Hoje Rob receberá uma visita e uma notícia surpreendente e terá que tomar uma importante decisão...

Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; heterossexualidade

Love You´till The End
By Janni

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 13

Robert´s Pov

Peguei as chaves do carro e saí para refrescar a cabeça.
Pisei no acelerador, passava de 100 km/h, precisava de adrenalina.
Fiquei andando em círculos. Mas minha cabeça ficou em casa.
Ela estava presa em minha mente.
Eu tinha sido um canalha, como pude falar aquilo pra ela?
Um carro me fechou e pisei no freio, os pneus gritaram contra o asfalto e ele colocou a cabeça pra fora, provavelmente elogiando minha mãe.
Não ouvi seu xingamento, os vidros estavam levantados.
Decidi que já era hora de voltar pra casa, fiz o retorno e em menos de quinze minutos eu já estava em direção ao elevador.
Eu precisava tomar uma atitude.
Esperava o elevador quando vi o jardim do condomínio, fui até lá e arranquei uma rosa branca do vaso. Ainda era um botão, amanhã o sindico iria pirar ao ver que o único botão da roseira não estava mais lá.
– Desculpa florzinha, mas é por uma boa causa.
Subi e quando entrei a casa estava escura, fiquei com medo dela não estar mais lá.
Não lembro se o carro dela estava na garagem.
Abri a porta do quarto com receio e ela estava lá, dormindo tranqüila.
Me aproximei dela, ela dormia com as costas para cima, uma alcinha de seda branca empatava minha visão perfeita.
Passei a rosa branca sobre sua pele, com delicadeza, as pétalas eram alguns tons mais brancas que sua pele.
Sorri sozinho.
Fiquei sobre seu corpo e beijei seu pescoço, ela não se mexeu.
Espalhei beijos pelo pedaço de pele amostra, e senti seu corpo se contorcer, mas ela não conseguiu se livrar de mim, estava presa entre meu corpo e a cama.
– Me deixe sair daqui.
– Não – sussurrei em seu ouvido – me perdoe. Eu estava descontrolado, não deveria ter dito aquilo, juro que nunca mais falo uma coisa absurda como aquela. 
– Você foi insano.
– Não, fui ciumento. Eu sempre tive ciúmes dele, morria de ciúmes dele no primeiro dia que te conheci, lembra? Quando ele te pegou depois do meu teste. Tive ódio dele e o invejei. Mesmo quando começamos a namorar e ele fazia parte de seu passado, eu tinha ciúmes dele. E isso nunca vai mudar.
– Quando você vai entender que você é o único da minha vida?
– Acho que nunca... – virei meu corpo e caí sobre a cama, puxando-a para cima de mim, abracei seu corpo magro e joguei seus cabelos para trás. – não quero te perder, não suportaria ficar longe de você de novo.
– E acha que falando essas besteiras vai me manter por perto?
– Não, por isso quero que me perdoe. – mostrei o botão de rosa – Pra você, me perdoe, por favor.
– Eu te perdôo... – ela sorriu e pegou a rosa – você foi um tolo... – ela virou meu rosto e beijou o local onde havia me batido - me perdoe por isso também.
– Acho que mereci.
– Não, não mereceu. – ela sentou sobre minha cintura e eu pude ver seu pijama, um vestidinho branco, de ceda, que ficava no meio de suas coxas.
– Você está linda sabia? – passei as mãos sobre suas coxas e ela riu.
Ela se levantou e deixou a rosa dentro de um copo com água, fui até ela e a virei.
Uma semana longe dela era tortura, e ainda por cima essa briga idiota, virei seu corpo contra a parede tomei seus lábios. Ela passava as mãos em minha nuca, puxando os meus cabelos.
– Vem cá. – puxei seu corpo para cima do meu e fomos para cama.
– Espera. – ela empurrou meu peito e saiu debaixo de mim – Já volto. Kristen e suas idéias mirabolantes na hora “H”. Fiquei sozinho por alguns minutos e me livrei de minhas roupas, deitei na cama e em poucos minutos ela voltou, com as mãos para trás.
– Você é apressadinho, não? – falou ao encontrar-me sem roupas. Ela sorriu e deu alguns passos em minha direção.
– O que você tem aí?
– Nada... feche os olhos.
– Pra que?
– Por que eu quero e ponto. – falou divertida.
– Você literalmente manda em mim não é? – ri pelo nariz e fechei os olhos – Eu sou apenas um objeto em suas mãos. Um objeto grande e duro. – ouvi sua gargalhada e seu cheiro cada vez mais perto.
– Sabia que quando fechamos os olhos os outros sentidos ficam mais aguçados? – ela sussurrou em meu ouvido.
– Pensei que isso só valia pra quem tivesse perdido a visão. – falei meio tonto pela sua aproximação.
– Na verdade é... – ela mordiscou meu queixo – mas a teoria de fechar os olhos ainda não foi confirmada. Podemos tentar barrar os cientistas de Harvard. O que acha? – tentei abrir os olhos, mas ela me repreendeu – Feche os olhos. – obedeci.
– Seria ótimo. 
Falei sem pensar no que poderia vir. Ouvi um barulho, como se fosse um spray, e em seguida algo gelado sobre minha barriga. Meu corpo se retorceu em protesto.
– O que está fazendo? – ri.
– Experimentando coisas novas.
Ela acionava o spray e o creme se espalhava pelo meu corpo, logo ela limpava, me lambendo. Aquela brincadeira estava me excitando. E eu nem ao menos podia vê-la fazendo aquilo.
– Quer um pouco honey? – ela me ofereceu. Eu não consegui falar, apenas confirmei com a cabeça. – Abra a boca.
Obedeci e ela colocou um pouco de chantilly.
Ela sentou sobre minha barriga e beijou minha boca, senti seus lábios doces, literalmente, por causa do creme. Sua língua macia brincava com a minha, seus cabelos perfumados faziam uma espécie de cortina entre nossos rostos. 
Minhas mãos subiram por suas coxas, em direção a sua cintura, fazendo o vestido fino e curto se levantar, liberando cada centímetro de sua pele macia e alva.
Ela parou de me beijar e eu puxei o vestido pela sua cabeça, bagunçando seus cabelos. 
– Você é maravilhosa, sabia? – falei apertando sua cintura enquanto ela jogava os cabelos loiros para trás. – Não vejo a hora de você voltar a ficar morena?
– Por quê? Fico feia assim? 
– Jamais. Mas prefiro a minha Kristen morena. Vem cá...
Puxei seu corpo novamente para mim e o abracei, ao mesmo tempo que beijava seus lábios.
Que saudade eu estava daquilo, uma semana longe e uma briga idiota depois, eu podia beijá-los.
Beijei-a com delicadeza, mas ao mesmo tempo como se minha vida dependesse daquilo. Meu corpo implorava por ela, sentia que a qualquer momento eu seria capaz de explodir com vontade de tê-la. 
– Me chupa. – Falei direto.
Ela não falou nada, apenas riu pelo nariz, mordisco meu queixo e se afastou lentamente do meu rosto.
Senti sua boca quente me tocar, sua língua dançava ao redor de mim.
O ar me faltou, mas logo controlei a respiração. Ela me provocava arrepios.
Suas mãos a ajudavam em seu ato, tocavam-me fazendo repetidos movimentos, excitando-me ainda mais. 
– Kris...
Mordi meus lábios controlando a adrenalina que ela fazia correr pelo meu corpo. Eu precisava pará-la, senão eu não agüentaria aquelas carícias por muito tempo.
Puxei-a por seus braços e a levei até minha boca, beijando-a novamente. Virei seu corpo e fiquei por cima.
– Rob – ela falou assustava quando fiquei sobre sua cintura, ela tocou minhas pernas como se impedisse que eu me apoiasse ali. – O que foi Sweetie?
– É... cuidado... – ela sorriu – seja bonzinho.
– Como você quiser... – sussurrei em seu ouvido – eu te amo. Já falei isso hoje?
– Não, pior que não.
– Eu te amo... – beijei seu pescoço – te desejo... – espalhei beijos em seu pescoço e colo enquanto falava – te admiro, te idolatro. Eu sou perdidamente, incontrolavelmente apaixonado por você Kristen Stewart.
Voltei a beijar seus lábios, com delicadeza, como ela me pediu. Mordi de leve o inferior, fazendo-a arfar. Baixei meus beijos até seus seios, sugando-os. Minha língua fazia círculos ao redor de seu mamilo, enquanto minha mão massageava o outro.
– Rob... please...
Desci mais meus beijos até encontrar o cós de sua calcinha, toquei-a por cima do tecido e a senti úmida.
– Excitada sweetie? 
Ri malicioso e ela mordeu os lábios, livrei-me do decido e toquei-a com a ponta dos meus dedos, ela fechou os olhos e puxou o lençol, enquanto eu observava seu corpo se contorcendo. Introduzi meu dedo indicador e fiz repetidos movimentos, com cuidado, introduzi o segundo e ela gemeu. Baixei meu rosto e beijei a região, suguei sua pele enquanto ainda fazia os movimentos com meus dedos. Minha boca estava dominada pelo seu sabor e aquilo me excitava ainda mais.
– Rob, please...
Puxei-a e Kris ficou por cima de mim.
Senti meu corpo invadir o dela sem dificuldade alguma.
Segurei sua cintura e ela começou a movimentar-se cobre mim.
Suas mãos apoiadas sobre meu peito, para controlar seu peso.
Seus movimentos tornaram-se cada vez mais intenso.
O calor começou a tomar conta de mim e provavelmente dela também, seu rosto estava vermelho, em chamas, seus ombros e colo estavam com marcas de minhas mordidas.
Toquei seus seios pequenos, cobrindo-os com as mãos e os massageei enquanto ela continuava sobre meu corpo, com seus movimentos que me levavam ao delírio.
Ela jogou sua cabeça para trás assim que sentiu meu toque, mordeu os lábios e apertou os olhos.
Desci minhas mãos até sua cintura a acelerei seus movimentos.
Senti nossos corpos tremerem, uma cãibra imobilizar meus braços e pernas. Meus músculos pesaram, meu gozo invadiu seu corpo e a ouvi gemer alto, com a cabeça jogada para trás. Ela tombou sobre mim, com a cabeça sobre meu peito. Afastei os fios que estavam grudados sobre seu rosto suado e beijei seus lábios.
Sorri contra sua boca, satisfeito.
– Eu te amo. – ela sussurrou.
– Eu também. 
Meus dedos deslizavam por suas costas nuas e sua respiração quente batia contra minha pele.
Ficamos sem falar nada por alguns instantes, o silêncio não incomodava, pelo contrário, deixava o ambiente mais propício a nossa reconciliação.
Estalei um beijo em sua cabeça. Ela me olhou e sorriu.
– Me perdoa? – falei segurando seu rosto.
– Esquece o que aconteceu, ok? Está tudo bem. – ela beijou meus lábios e sorriu. – Eu te amo.
Dormimos assim, abraçados, sua cabeça sobre meu peito, sua respiração leve uma expressão tranqüila estampada no rosto. 

Pov off 

Robert acordou assim que o despertador tocou, esticou o braço para desligar o aparelho, não queria que Kristen acordasse.
Ela resmungou um pouco por causa de seu movimento brusco, virou-se, ficando de costas para ele.
Robert levantou e beijou seu ombro.
Tomou banho e vestiu uma bermuda e uma blusa branca.
Saiu do quarto com cuidado, deixando-a ainda dormindo, encontrou Mercedes na cozinha, arrumando a lancheira de Melissa.
– Ela já tomou café?
– Já sim senhor.
– Mercedes, aqui está... – ele deixou um dinheiro sobre a mesa - pegue um táxi e deixe Melissa na escola, por favor. E pode tirar o dia de folga ok?
– Tem certeza senhor?
– Hum hum, sim... hoje vamos passar o dia gravando e quando eu sair eu pego Melissa na escola. Amanhã esteja aqui pela parte da manhã, ok? 
– Sim senhor, obrigado.
– Papai. – Melissa entrou na cozinha, vestida com seu vestidinho xadrez preto e cinza e uma blusa de manga fofa por baixo, a meia branca até os joelhos e os sapatinhos preto.
– Oi meu anjo. – pegou a menina no colo e beijou sua bochecha - Dormiu bem?
– Sim, cadê a mamãe?
– Ainda está dormindo.
– Vamos Melissa, se não vai chegar tarde. – Mercedes falou e Robert colocou a criança no chão.
– Boa aula amor.
– Tchau papai. – ela acenou para o pai e saiu de mãos dadas com Mercedes. 
Assim que ficou sozinho, Robert foi até o armário e pegou uma bandeja de madeira, puxou as pernas, deixando-a como uma pequena mesa. Colocou algumas frutas e fez algumas torradas. Colocou suco de laranja em uma taça e geléia de morango para completar. Perfeito.
Pegou a bandeja e foi em direção ao quarto, abriu a porta com um pouco de dificuldades. Viu Kristen ainda adormecida debaixo das cobertas.
Colocou a bandeja sobre o criado mudo e aproximou-se de seu corpo.
– Sweetie? – beijou seu pescoço – Amor... acorde...
– Humm... – ela resmungou e virou-se, olhando-o – que horas são?
– Não é muito tarde.
– Faz tempo que acordou? – sua voz ainda estava rouca e sonolenta, ela esfregou os olhos, tentando acostumar-se com a claridade.
– Alguns minutos. Bom dia. – ele sorriu e lhe deu um selinho.
– Bom dia... – ela retribuiu o sorriso e virou-se de lado, abraçando-se ao travesseiro. – volte pra cama, está tão bom aqui. 
– Não seja preguiçosa sweetie. Tenho uma coisa pra você.
– O que? – ela perguntou curiosa, voltando a ficar de peito para cima. Robert se levantou, pegou a bandeja e colocou-a sobre a cama. – Isso tudo ainda é sentimento de culpa? – ela sorriu.
– Não, apenas um gesto romântico.
– Tentando ser romântico Rob? 
– Tentar não mata ninguém. Assim você me deixa sem jeito, eu sou romântico.
– É verdade. – ela puxou sua camisa e beijou seus lábios. – Obrigada.
– Não por isso. Quer que eu te sirva?
– Por favor. 
Vai gravar que horas? – ele perguntou enquanto servia o suco para ela.
– Só pela parte da tarde. E você?
– Daqui a pouco.
– Ah não! – ela protestou – Que saco, pensei que fossemos poder ficar juntos pela manhã.
– Hoje não amor... – ele beijou seus lábios e entregou-lhe o copo de suco - frutas ou geléia com torrada?
– Geléia com torrada. 

Robert´s pov 

Tomamos café juntos e mais ou menos uma hora depois saí para a gravação.
Estacionei o carro e peguei a bolsa com o script e uma muda de roupa, caso precisasse. 
– Hey Rob! – um dos produtores gritou.
– Hey Jackson, como vai?
– Bem. Aqui está... – ele me entregou um papel com tudo que eu teria que fazer hoje, eu teria que estar na maquiagem em uma hora.
– Ah, obrigado. Saio antes das três não é? – confirmei olhando o papel.
– Sim, ele confirmou.
– Ótimo, tenho que pegar a pequena na escola. Vou para o meu trailer e depois vou para a maquiagem ok?
– Perfeito. Ah Rob, ia me esquecendo. Uma pessoa está te procurando, falou que era urgente. Está te esperando em frente ao seu trailer.
– Quem é?
– Ela não quis falar o nome. É uma mulher, mas fique tranqüilo, não é da imprensa, e além do mais os seguranças estão rondando os trailers, qualquer coisa chame-os, ok?
– Beleza. – andei em passos largos até o trailer e logo a avistei, senti uma raiva me impulsionando para longe dela, mas ela me viu e baixou a cabeça. Respirei fundo e me aproximei – O que você quer aqui? Por que diabos saiu do buraco de onde estava? Pra atormentar minha vida é? Fique sabendo que eu não vou abrir mão da minha filha Sophie, não adianta vir aqui e tentar colocar meu mundo de cabeça pra baixo e fique sabendo...
– Cale a boca Robert! – ela falou com a voz um pouco rouca. – Eu preciso conversar com você, vim na paz, juro. Você precisa me ouvir, eu preciso da sua ajuda.
– Eu não quero ouvir nada.
– Rob, por Deus, me escute, me ajude... pelo amor que você sente pela SUA filha – ela destacou a palavra “sua” e eu percebi que algo sério acontecia.
– Entre. – abri a porta do trailer e ela entrou, a segui e fechei a porta – O que você quer?
– Primeiro, eu não vim até aqui pra tirar a SUA filha de você.
– Não foi isso que as minhas irmãs me disseram.
– Na verdade, essa era minha idéia principal. Mas mudei de opinião. Ela não ia ficar muito tempo ao meu lado e só iria sofrer depois de alguns meses.
– De que diabos está falando?
– Dá pra parar de falar isso? Odeio quando você fala assim “que diabos não sei o que”, “que diabos não sei onde.” Me escute.
– Estou escutando. 
– Acho melhor se sentar... – ela sentou no sofá e eu sentei em uma cadeira a sua frente – eu estou pagando pelo que fiz com a minha filha Robert. – seus olhos cor de mel marejaram, do que ela estava falando. – Estou pagando por todos os meus pecados. E vim aqui tentar me redimir. Eu consegui me formar sabia? – ela tentou esboçar um sorriso.
– Que bom.
– Mas essa foi a única alegria que tive nos últimos meses.
– Pelo amor de Deus, me conte logo o que está acontecendo, fale o que quer e suma.
– Robert eu estou com um tumor cerebral.
– Como? Tá de brincadeira não é?
– Quem me dera. Estou sofrendo com vômitos matutinos, perda de equilíbrio, minha coordenação motora também já está sendo afetada.
– E vai se operar quando?
– Esse é o problema e o ponto chave da nossa conversa. – ela encarou os pés, respirou fundo e olhou em meus olhos – Eu não vou me operar.
– Por que não? Tá louca? Isso é suicídio.
– Meu tumor é maligno, e infelizmente eu não descobri no início. Se eu fizer a cirurgia, os médicos me deram menos de 10% de chances de sair sem nenhuma seqüela. E menos de 5% de chances de sair viva. Robert eu realmente não quero passar o resto da minha vida vegetando e dependendo dos outros. Prefiro morrer. E é isso que estou fazendo.
– Você é louca. – sussurrei.
– Não, não sou. Vejo isso como uma punição. O que eu fiz contra a Melissa foi algo terrível e agora chegou minha hora de pagar. Eu só queria que eu pudesse ter a chance de conhecê-la antes de... bom... você sabe. 
– Conhecer a Melissa?
– Por favor Robert, deixe-me conhecê-la, deixa-a saber quem eu sou. Juro que depois de um ou dois encontros eu voltou para Londres e fico esperando o meu dia de morrer quieta, sem perturbar ninguém. Diga que sim, por favor. 
– Eu... – o que eu vou fazer? Não tive como não me comover com tudo isso – Eu não posso te dar essa resposta agora.
– Por que não? – ela me olhou aflita.
– Tenho que conversar com a Kristen.
– Ah sim, claro... eu a conheci. Ela realmente ama a Melissa, não é? – ela sorriu.
– Ama, muito, como uma filha.
– Ela é a mãe que eu não conseguiria ser. Fale com ela Robert, por favor, me deixe abraçar minha filha, beijá-la, por favor. 
– Eu vou falar com ela, pode deixar.
– Pegue, aqui está meu número. Por favor, decida logo.
– Pode deixar. – ela se levantou e eu peguei minha carteira – Sophie, pegue... – tirei uma foto 3x4 da Melissa da carteira e entreguei a ela – pra você.
– Obrigada, muito obrigada. – ela sorriu, mostrando seus pequenos dentes brancos.

Kristen´s Pov

Eu nunca tive problemas com elevadores. Mas neste exato momento estou me controlando para não colocar para fora tudo o que tem no meu estômago. O movimento quase imperceptível do elevador estava me provocando um dos meus piores enjôos até agora. Eu respirava fundo, tentava prender a respiração, mas nada funcionava, nunca chegar ao meu andar demorou tanto.
Quando as portas se abriram, dei graças a Deus. Girei imediatamente a chave na fechadura e entrei no apartamento.
– Kristen, ainda bem que chegou. Nós...
Passei por Robert sem ao menos responder o que ele queria. Escutei sua voz de longe gritando para mim, preocupado.
– O que houve Kristen? Está tudo bem?
Esmurrei a porta do quarto e ela abriu, corri para o banheiro e coloquei tudo o que tinha e o que não tinha para fora. Nojo. Aquilo era nojento. Senti suas mãos puxarem meus cabelos, segurando-os em um rabo de cavalo, com uma mão só. Descansou a sua sobre meu ombro direito, enquanto eu colocava até meus vermes para fora. Tô começando a achar que vou parir essa criança pela boca. Do jeito que tô vomitando, qualquer dia ela sai junto. Meu estômago deve ter ficado vazio, por que parei. Tossi algumas vezes, para limpar a garganta daquele ácido. 
– O que houve? – ele me entregou uma toalha molhada.
– Nada. – limpei minha boca.
– Nada? Você quase colocou seu estômago pra fora e fala que não foi nada?
– Acho que comi alguma coisa estragada no set. Hoje a comida não estava muito boa.
– Hum... – ele me olhou desconfiado, mas aceitou minha desculpa, ainda bem – precisamos conversar. - ele parecia aflito.
– O que houve? Acho melhor escovar os dentes primeiro.
– É, eu também. Onde está a Melissa?
– Com minhas irmãs. Pedi que elas ficassem com a Melissa essa noite, não queria que ela escutasse nada da nossa conversa. Amanhã é sábado mesmo, não iria ter problema algum.
– O que está acontecendo Rob?
– Fique calma, ok? – ele beijou minha testa – Se quiser tome banho, vou estar te esperando na sala.

Escovei os dentes e tomei um banho mega rápido. Vesti uma calça de moletom e uma blusa qualquer. Fui para a sala.
Robert estada sentado no sofá, com os braços apoiados sobre a perna, olhava fixamente para o chão, e isso me deixou nervosa, muito nervosa.
Sentei ao seu lado e passei uma mão em suas costas.
– O que houve? – ele me olhou, respirou fundo pelo nariz e soltou o ar pela boca.
– A Sophie me procurou hoje no set. – ele falou sem me olhar nos olhos.
– Como? – senti um nervosismo e o medo invadir meu corpo – O que ela queria?
– Ela não quer tomar a Mel da gente.
– E o que ela quer?
– Ela tá doente, um tumor cerebral, e não tem jeito, ela vai acabar morrendo. E ela veio pra me pedir uma coisa.
– O que?
– Ela quer ver a Mel, quer conhecê-la.
– E o que você falou? – perguntei aflita.
– Que eu precisava falar com você Kris, eu não podia tomar essa decisão sozinho. O que eu devo fazer?
– Deixe-a conhecer a Mel... – falei em um impulso – se ela realmente está nessa situação, ela tem esse direito.
– Ela me deu o número para nos comunicarmos.
– Liga pra ela Rob, ela é mãe, pode não ter agido como uma, mas ela tem o direito de conhecer a filha.  
Ele pegou o telefone e tirou um papel do bolso.
Ok! Eu não iria ficar ali ouvindo a conversa deles, não me senti confortável para isso.
Levantei e decidi tomar um copo d’água e tentar empurrar alguma coisa para dentro da minha barriga.
Peguei um pacote de cookies e devorei-os, já estava comendo o último quando ele chegou na cozinha.
– Vamos nos encontra amanhã.
– Hum hum... - fiquei sem reação.
– Obrigado por me ajudar. – ele aproximou-se de mim e me deu um selinho.
– Só estou fazendo o que acho certo.
– Você vai conosco não é?
– Não... esse é um momento de vocês três. Só estou com medo de como a Melissa vai reagir. Principalmente comigo, depois de conhecer a mãe.
– A Melissa te adora Kris, você ainda tem dúvidas?
– Rob... 
Eu não podia falar, seria mais uma coisa para ele se preocupar, mas eu não conseguia ficar com aquilo tudo só pra mim.
Meu coração apertou e meu rosto ardeu, deveria estar vermelho, pegando fogo.
Em questão de segundos as lágrimas rolaram.
– Amor, calma, vai ficar tudo bem... – ele me abraçou – a Melissa vai entender.
– Não, não é isso... bom, é isso também. – eu chorava descontroladamente – Me desculpe, por favor, me desculpe.
– Do que você tá falando Kristen? Calma, fique calma. Tome... – ele me deu o copo de água que estava sobre a mesa – tome, acalme-se.
– Eu não consigo Rob, eu não queria que isso acontecesse. Estou tão assustada. Desesperada. Preciso de ajuda, preciso desabafar.
– Kristen... – ele segurou meu rosto com firmeza entre suas mãos – não importa o que seja, fale. O que está acontecendo?
Respirei fundo e encarei seus olhos azuis majestosos. 
– Eu... – calma, respira Kristen – eu estou grávida, Robert.
Suas mãos largaram meu rosto e o sangue em seus lábios desapareceram.
Ele respirou fundo algumas vezes, tentando assimilar tudo.
Olhou para as minhas mãos que ainda seguravam o copo com água e o tomou de mim, a água acabou em um gole só.
– Rob, pelo amor de Deus, fale alguma coisa.
Ele estava com as mãos na cintura, mordia os lábios, respirava pesado, nervoso, seus olhos fixos em meu rosto, desceram até minha barriga.
Ele deu dois passos em minha direção e se ajoelhou.
Minhas lágrimas escorriam cada vez mais velozes sobre meu rosto enquanto olhava-o ali, ajoelhado a minha frente.
Ele levantou minha blusa e beijou a região.
Ele demorou os lábios no local por alguns segundos, minhas mãos tocaram seus cabelos e senti sua lágrima cair sobre minha barriga.
– Papai tá aqui.
Ele sussurrou contra minha pele e beijou novamente a região.
Ele olhou em meus olhos, seu rosto estava tão vermelho e coberto por lágrimas quanto o meu.
Ele levantou e segurou minha nuca.
Seus lábios se aproximaram do meu, de maneira calma, apaixonada.
– Eu te amo. – ele falou assim que nosso beijo se cerrou.
– Não está chateado? – minha voz saiu incrivelmente chorosa.
– Chateado? Por ter um filho da mulher que amo? Isso não faz sentido, sweetie. No meio dessa confusão toda, essa foi a melhor noticia que recebi. – ele sorriu e beijou-me novamente - Quando descobriu?
– Um dia depois do aniversário da Mel.
– Por que não me falou antes? – eu abri a boca para responder e ele me interrompeu – Não importa, não importa... – ele ria bobo e aquilo me fez sorrir. Ele ajoelhou-se novamente e levantou minha blusa novamente – vamos cuidar de você my little bird, papai já te ama.  
–Espera... – eu me afastei dele e ele levantou.
– O que houve?
– Quero te mostrar uma coisa. – deixei-o na cozinha e corri para o quarto, abri a gaveta do meu criado mudo e puxei o exame de lá de dentro. Ouvi passos atrás de mim e o vi se aproximar. – Veja. – falei sorrindo.
Ele abriu o exame e olhou com cuidado, observou a foto da ultra-sonografia. Sentou-se na cama, colocando a mão na boca, seus olhos se estreitaram e ele sorria.
– Kris, admita... – ele ria bobo – eu sou muito bom na cama não sou? Estamos juntos a pouco mais de um mês e você está grávida de um mês, acertei de primeira.
– Larga de ser machista, seu bobo. – dei um tapa em seu braço, fazendo com que ele gargalhasse alto.
– Vem cá. – ele me puxou e eu sentei em seu colo – Você me deu a melhor das notícias, sabia?
– Boa sorte na hora de contar pro senhor Stewart... – brinquei – ele vai arrancar seu couro inglês. 
– Ele ainda é tão pequeno, não é? – olhou a foto novamente.
– É a manchinha mais linda que eu já vi.
– Manchinha? Você não vai ficar chamando meu filho de manchinha por aí. – ele passou a mão na minha barriga – Não se preocupe bebê, papai não vai deixar que ninguém te chame de manchinha, ok?
– Eu pensei que você não conseguiria ficar mais bobo do que já era com a Mel, mas acho que me enganei.
– Eu preciso fazer uma coisa. – ele me deixou de lado e levantou, pegando o celular.
– Pra quem está ligando?
– Um minuto – ele fez sinal com o dedo e eu o observei com o celular na orelha – Alô? – em fim falou – Pai? Como está? Sim, sim, está tudo bem. Mas preciso que vocês voltem para Los Angeles. Por quê? Bom, estou precisando de vocês aqui, por alguns dias que seja. Podem vir? Ah ótimo... eu vou fazer as reservas no hotel. As meninas estão bem, pode ficar tranqüilo. Abraços pai, mande um beijo para a mamãe, tchau.

Continua...

Até que enfim ela contou sobre a gravidez! Só é chato que tenha sido num momento meio tenso com esse negócio da Sophie e tudo... mas o importante é que ela contou, ele amou, como eu achei que seria, e agora as coisas vão ficar melhores com certeza.  Só não entendi por que ele chamou os pais de volta pra Los Angeles... Vamos ver depois. Beijos e até amanhã.
Compartilhar:

Postagens Relacionadas:

← Anterior Proxima → Home

3 comments:

  1. Adorei maravilhosoooooooooo!!!! Ate amanha

    ReplyDelete
  2. MAmo esse Rob!!! muito fofoo <3

    ReplyDelete
  3. Mamo??? É AMOO!! OMG, ñ sei nem mais escrever! kkkkkkkk

    ReplyDelete

Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...