Boa tarde gente! Hoje Rob terá que lidar com o primeiro desejo de grávida de Kris...
Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Love You´till The End
By Janni
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 14
Robert´s Pov
Para variar, acordamos atrasados. Eu já estava pronto e esperava Kristen terminar de se arrumar, ela penteava os cabelos em frente ao espelho e eu a observava, da cama.
– Não vejo a hora de sua barriga começar a crescer. Você vai ficar linda grávida.
– Acho que vou parecer uma salsinha com recheio concentrado em uma área só – ela riu. - Estou pronta, vamos?
Decidimos esperar meus pais chegarem para contar para os dela.
Fomos em direção ao local aonde eu iria me encontrar com Sophie.
Kristen dirigia, ela iria para uma sessão de fotos para uma revista qualquer e depois eu me encontraria com ela. Passamos no hotel e pegamos Melissa que estava com minhas irmãs, e em alguns minutos chegamos ao local combinado.
Ela encostou o carro e girou a chave, desligando-o.
– Pronto. – falou nervosa.
– Não fique assim ok? Confie em mim.
– Hum hum.
– Mamãe, você não vem? – Melissa falou do banco de trás.
– Não amor, mamãe, tem que trabalhar, mais tarde a gente se encontra ok?
– Tá bom.
– Vamos Mel. – desatei o cinto e voltei para perto da Kristen. – Te amo ok?
– Eu também... – ela me deu um selinho e sorriu – cuida da Mel, por favor.
– Com certeza. Tome conta desse daqui ok? – toquei sua barriga e sorri.
– Ele está seguro aqui. – ela tocou sua barriga e sorriu, toquei seu queixo e dei-lhe um beijo.
– Vamos filha?
– Para onde vamos papai?
Tirei Melissa do carro e bati a porta, Kristen deu partida e foi embora.
– Papai quer te contar um segredo.
– Segredo? Eu gosto de segredos.
– É, eu sei que gosta. – sorri - Quer um sorvete?
– Quero.
Comprei um sorvete de chocolate em um copinho para ela, nos sentamos debaixo de uma árvore e fiquei dando colheradas do creme para ela.
– Amor, papai precisa te contar uma coisa. – ela me olhou com atenção e a boca suja de chocolate – lembra que você me perguntou sobre sua mamãe algumas vezes? E o papai falou que ela teve que ir embora.
– Lembro.
– Pois bem. – respirei fundo, será que minha filha tinha noção do que estava preste a acontecer? – A sua mamãe voltou. – ela me olhou confusa e eu tive pena – Ela quer te conhecer, por isso que o papai veio aqui no parque com você hoje, ela quer conhecer você, amor. Você quer conhecê-la?
Ela deu de ombros.
– Mas eu já tenho a mamãe Kristen.
– Eu sei amor. Mas essa é a sua mamãe, a outra lembra.
– A que me teve aqui? – ela apontou para a barriga.
– Isso. Amor, ela tá dodói, muito dodói.
– Ela vai virar anjinho? Igual ao meu peixinho?
– Vai.
– E você vai dar descarga nela?
– O que?
– Quando meu peixinho virou anjinho, você deu descarga nele.
– Não Melissa. – Deus, de onde minha filha tirava essas coisas? Desviei os olhos e vi Sophie alguns metros de nós, levantei-me e peguei Melissa – Ela chegou, Mel. Vamos falar com ela?
– Vamos.
Kristen´s Pov
Eu era a maior covarde de toda a humanidade dos últimos milhões de anos.
Dei partida no carro assim que Robert e Melissa saíram.
Dei a volta no parque e estacionei do outro lado.
De onde estava podia ver tudo o que eles faziam.
Ele comprou um sorvete para Mel e foi para debaixo de uma árvore, ficaram conversando por alguns minutos até que eles se levantaram, olhei bem e vi a loira, a mesma loira que encontrei alguns dias atrás com Melissa.
Ela se aproximou deles e cumprimentou Robert, abaixou-se, ficando da altura de Melissa.
Robert falou alguma coisa e Melissa se aproximou da moça, com vergonha, meio sem jeito e lhe deu um abraço.
Aquilo me fez sentir um aperto no coração.
Passei a mão pela minha barriga e me senti culpada por estar ali, por ter ocupado o lugar da mãe dela, por estar com Robert, por estar esperando um filho dele.
Parecia que eu estava impedindo uma família de ficar junta.
– Acho que não devíamos estar aqui não é? – falei entre lágrimas, passando a mão em minha barriga. – Será que sua irmãzinha ainda vai ser a mesma com a mamãe? Eu faria de tudo para não perder nenhum dos dois, sabia? Vocês são minhas vidas.
Olhei para o relógio e por pouco não perdi o horário das fotos, dei partida no carro e fui em direção ao estúdio, ainda me sentindo estranha.
Robert´s Pov
Sophie se aproximou de mim e me cumprimentou.
– Obrigada por ter ligado.
– Essa é a Melissa, Sophie... – ela se aproximou e abaixou-se ficando do tamanho de Melissa.
– Oi... – falou para Mel, sorrindo – me dá um abraço? – Melissa estava um pouco assustada, segurava firme minha mão, olhou para mim, como se pedisse proteção para realizar o ato, sorri e ela aproximou-se tímida de Sophie e abraçou seu pescoço. – Há muito tempo que eu queria fazer isso... – ela sorriu. – ela é tão linda Robert.
– Você que é minha mamãe que me teve aqui? – ela apontou pra própria barriga.
– Sou bonequinha. – ela falou emocionada.
– Por que você foi embora? – ela perguntou direta, Sophie me olhou sem saber o que falar, dei de ombros. Essa era uma conversa que ela teria que se livrar sozinha.
– Por que eu não sabia ser mamãe.
– Eu já tenho uma mamãe. Ela sabe ser mamãe.
– Eu sei que sabe... – Sophie sorriu sem jeito, com água nos olhos – você gosta muito dela?
– Eu amo ela, muitão.
– Ótimo. Posso te pedir uma coisa?
– Pode.
– Você promete que sempre vai ser boazinha com ela?
– Prometo. – Melissa olhou para mim, com seus olhos azuis – Papai, deixa eu brincar no escorrega?
– Vai lá pequena. Mas fica onde eu posso te ver, ok?
Ela saiu correndo e eu sentei em um banco de madeira, com Sophie.
– Ela é tão linda. – ela sorria admirando-a – Ela não tem nada de mim. Puxou para sua família. Até a voz eu acho parecida com a da Lizzy.
– Ela tem uma coisa sua.
– O que? – ela parecia curiosa.
– Ela não gosta de neve.
– Jura? – ela riu – Meus primos me chamavam de estranha quando eu era pequena. Eu não suportava brincar na neve.
– Ela também não, ela só gosta da neve por que fica muito frio, e ela se encolhe entre as cobertas e fica quietinha o dia todo vendo filme, não fica correndo pela rua fazendo bonecos de neve como as outras crianças.
– Ela fala de Londres?
– Não. Nunca falou desde que chegamos. Ela se acostumou com a agitação daqui.
– Eu volto para Londres amanhã.
– Já?
– Hum hum... – ela confirmou – ontem quando você me ligou, eu comuniquei a companhia aérea para confirmar minha volta. Eu só preciso passar um tempinho com ela, só pra conhecê-la, saber que ela não foi um sonho. Eu não quero me apegar a ela, Robert.
– Você tá com medo?
– Pra falar a verdade, não. Eu tinha medo de não poder conhecê-la antes de... de morrer. Mas agora, acho que já posso ir em paz.
– Papai, me embala no balanço? – Melissa correu em nossa direção.
– Quer que eu te embale? – Sophie perguntou.
– Quero.
As duas seguiram para perto do brinquedo, ela sentou Melissa e começou a empurrá-la.
Era estranho saber que ela não teria mais muito tempo entre nós. Não conseguia não sentir pena de tudo aquilo.
Kristen´s Pov
Eu nunca fui uma pessoa muito fotogênica, e isso me irritava.
Quando você é do ramo de cinemas ou qualquer merda que precise tirar fotos, ser fotogênico é essencial, mas eu não era.
– Já acabamos Kristen. Muito obrigado. – o fotógrafo de sexualidade duvidosa falou.
– Obrigada a você por ter paciência.
Ele sorriu, mas tenho certeza que deveria estar me xingando em pensamentos.
Catei minhas coisas pelo estúdio e corri para casa.
Queria saber como tinha sido o encontro com Sophie, na verdade queria saber como Melissa estava.
Não demorou muito para eu chegar em casa, antes de abrir a porta do apartamento, escutei o violão de Robert, sua voz estava distante, mas eu sabia reconhecer aquela música. Never Think.
Eu reconheceria essa música em qualquer lugar, com qualquer voz.
Aquela música me trazia lembranças de tudo, desde o início. Desde a época do teste, desde a época de Twilight.
Abri a porta e meus olhos captaram uma cena que vez meu coração gelar. Robert sentado no chão, tocando violão, uma mulher loira a sua frente, com a minha, MINHA filha no colo.
Respirei fundo e bati a porta, fechando-a.
Melissa olhou em minha direção, seguida por Robert e ela, Sophie.
Que porcaria ela estava fazendo ali? Na minha casa, com o meu homem e com minha filha?
– Oiiii – Melissa brincou ao falar com a palavra, mas não veio correndo em minha direção e nem me chamou de mãe.
– Kris, essa é a Sophie...
– Nós já nos conhecemos. – falei e senti as palavras pesarem, mas não deixei de ser educada.
– Desculpe por ter vindo até aqui, essa é sua casa e do Robert, e você tem todo o direito de não me querer aqui. - ela se aproximou se mim, passo após passo – Mas precisava vir aqui hoje falar com você.
– Mel... – Robert chamou – vamos lá dentro com o papai? – os dois saíram da sala, deixando-nos a sós.
– Pode falar. - permiti, sentei no sofá e ela ao meu lado.
– Eu precisava falar com você. Robert já lhe falou pelo que estou passando?
– Já falou, sinto muito.
– Não precisa sentir. Eu mesma não sinto... – ela riu, mesmo não achando graça – é um preço que estou pagando pelos erros do passado. E não foram poucos e nem leves.
Engoli em seco, aquela mulher era louca ou o que? Os erros dela não eram poucos e nem leves? Ela era o que? Uma mistura de Darth Vader com madrasta da Rapunzel? Qual era a dela?
– Só vim aqui pra te falar uma coisa.
– Pode falar.
– Eu fico muito feliz de você conseguir amar e cuidar da minha filha, de um modo que eu não consigo.
– Eu amo a Melissa, faria qualquer coisa por ela.
– Eu sei, eu sei que faria. Posso lhe pedir uma coisa?
– Pode. – ela abriu a bolsa e tirou um envelope de dentro.
– Entregue isso para Melissa, quando ela já estiver maior, quando você achar que ela é capaz de entender tudo o que ocorreu comigo. Entregue em seus 16 anos.
Peguei o envelope branco, destinado a Melissa e no verso estava o nome de Sophie. Olhei para ela novamente, na dúvida.
Peguei o envelope branco, destinado a Melissa e no verso estava o nome de Sophie. Olhei para ela novamente, na dúvida.
– Por favor?
– Eu entrego. Pode confiar, eu vou entregar. Do mesmo jeito que está aqui eu vou entregar.
– Eu sei que vai, eu confio em você. – ela se levantou – Eu preciso ir.
– Não vai se despedir deles?
– Não. – ela sorriu tímida – Eles não precisam se despedir de uma pessoa que tanto os magoou. – acompanhei-a até a porta – Obrigada. – ela me abraçou, um abraço forte, de gratidão.
Fechei a porta e fui atrás de Robert e Melissa, ainda estava com o envelope em minhas mãos, quando os encontrei no quarto da pequena, Melissa sentada na cama e Robert no chão, com várias presilhas no cabelo, assistia um desenho qualquer enquanto Melissa fazia os penteados com os cabelos do pai.
– Tô gato? – ele perguntou assim que me viu na porta.
– Muito. – soltei um riso pelo nariz e ele me mandou um beijo – Ela já foi. – comuniquei - Não quis se despedir.
– Eu imaginei.
– Fica parado papai. – Mel segurou firme a cabeça do pai, que fez uma careta, pregou mais alguns tic-tacs e amarrou alguns tufos de cabelos com ligas coloridas.
– Mel... – chamei sua atenção e ela apenas me olhou. – você nem deu um beijo na mamãe hoje.
Ela ficou se pé na cama e esticou os braços, fui em sua direção e ela abraçou meu pescoço. Beijei suas bochechas enquanto seu corpo pequeno estava colado no meu em um abraço.
– Como foi seu dia? – perguntei, sentando ao seu lado na cama, enquanto ela continuava a pentear o pai.
– Foi legal. Eu tomei sorvete.
– De que?
– Chocolate.
– Estou com fome. – eu falei – Já almoçaram?
– Não, o que acha de irmos almoçar fora? – Robert sugeriu.
– Eu iria adorar.
– Vou poder comer batata frita? - Melissa e suas manias por besteiras.
– Um pouquinho pode. – permiti.
– Rob, vá logo se arrumar enquanto eu arrumo a Melissa.
Peguei Melissa no colo e ele se levantou, me deu um selinho e tirou a pequena de meus braços.
– Você não pode ficar carregando peso, Kris. – tocou meu queixo e sorriu.
– Tudo bem.
Ele foi para nosso quarto tomar banho e eu dei um banho em Melissa e a vesti com uma calça jeans, uma camisetinha verde e um tênis branco com o símbolo da Nike verde e amarrei as madeixas loiras em um rabo de cavalo.
– Fique comportadinha aqui que eu vou ver se seu pai já terminou, ok?
– Mamãe... – ela me chamou antes de eu sair do quarto, me virei e a olhei – você sabe ser mamãe, né?
– Do que está falando, amor?
– Aquela moça, ela falou que não é minha mamãe, por que ela não sabia ser mamãe. Aí eu falei que você sabe. Você sabe, né mamãe?
Eu respirei fundo.
Não, eu não sabia ser mãe. Para mim tudo aquilo era novo, um novo que eu tinha medo de descobrir, mas eu precisava, cada dia que passava eu descobria mais desse novo.
– É amor, acho que a mamãe sabe. – finalmente respondi.
Deixei-a vendo desenho no quarto e fui para o meu, encontrei Robert já pronto e um odor predominando o quarto.
– Que porcaria é essa? – perguntei com uma das mãos tampando o nariz e a boca.
– O que? – ele me olhava confuso.
– Esse cheiro?
– Que cheiro?
Meu estômago embrulhou, era tarde demais.
Corri em direção ao banheiro e me ajoelhei em frente ao vaso. Merda.
Coloquei o que nem tinha comido para fora.
Eu já era magra, se continuasse assim, eu seria uma caveira grávida.
Ele se aproximou de mim, para segurar meus cabelos. E o fedor se aproximou também. Que merda, esse cheiro vinha dele.
– Sai – consegui falar e o empurrar no intervalo de uma golfada e outra.
Ele se afastou e ficou me observando da porta, meu estômago se estabilizou novamente e por fim consegui voltar a mim.
– Que cheiro medonho é esse?
– Que cheiro? Só sinto o cheiro do meu perfume.
– É horrível.
– Mas foi você quem me deu e eu sempre uso esse. Você gosta.
– Não gosto mais. Tome banho de novo e tire esse cheiro. E não se perfume novamente, por favor.
– Kris... – ele tentou argumentar.
– Rob, por favor.
Ele revirou os olhos, tirou as roupas e voltou para debaixo no chuveiro.
Peguei suas roupas no chão e joguei dentro do cesto de roupa suja, me livrando daquele cheiro repugnante.
Não demorou muito e ele saiu com seu corpo molhado e a toalha em volta da cintura.
– Melhor? – me abraçou entre seus braços e eu senti sua pele gelada, cheirei seu pescoço.
– Bem melhor. Não use mais aquele perfume amor, por favor. Ele é horroroso.
– Está bem, enjoada. – ele pegou meu queixo e me beijou.
Robert era um sacana, um tremendo de um cafajeste.
Ele se livrou da toalha, ficando nu. Me puxou para perto de seu corpo, segurando firme meu bumbum. Espalmei minha mão em seu peito e consegui me livrar com um pouco de dificuldade.
– Pára seu tarado... – gargalhei e fui em direção ao banheiro – vamos sair, lembra?
– À noite você não me escapa... – ele deu um tapa em minha bunda e eu senti a região arder.
Saiu do banheiro como se nada tivesse acontecendo e eu fui tomar meu banho.
Pov off
O dia cansativo e estressante havia terminado.
Um vento franco e fresco rondava a cidade de Los Angeles, fazendo a folhagem das árvores balançarem.
A casa estava silenciosa e escura, Kristen revirava na cama, sem conseguir dormir, Robert dormia de peito pra cima, fazendo um ronco baixo, Kristen olhou para ele e achou aquilo engraçado, mordeu os lábios para não rir.
Olhando bem ele parecia um urso daquele jeito. Com pelos espalhados pelo tórax e braços e aquele barulho saindo de seu peito, lembravam um urso hibernando.
Ela virou mais uma vez na cama, ficando de lado e de costas para ele, Robert resmungou, reclamando da movimentação sobre a cama.
Kristen passou a mão em sua barriga e a sentiu roncar.
Estava faminta.
Um gosto imaginário fez sua boca salivar de desejo.
Um taco de franco, bem picante cairia maravilhosamente bem.
– Amor. – ela chacoalhou seu corpo e ele não reagiu – Rob, Robert...
– Que? – respondeu de mau humor e com sua voz rouca.
– Tô com fome...
– Coma alguma coisa na cozinha. – ele virou, ficando de costas para Kristen, abraçou o travesseiro e fechou os olhos.
– Não seja grosso, Pattinson. Não vou até a cozinha, lá não tem o que eu quero.
Ele revirou os olhos e a encarou, a cara de tédio, cansaço e sono.
– E o que você quer, Kristen?
– Quero tacos de frango e bem picantes.
– Tá de brincadeira, não é? – ele se apoiou em seus cotovelos e a encarou.
– Falo sério, – ela fez um bico e ele revirou os olhos. – por favor, amor.
– Onde vou arrumar tacos de frango e picantes a essa hora? – ele esticou o pescoço e olhou o despertador sobre o criado mudo. – São quase duas da manhã, Kristen. Não dá pra segurar essa vontade até o sol raiar, pelo menos?
– Não, tem que ser agora. – falou como uma menina mimada.
– Ah sinto muito... – ele falou, voltando a deitar - não vou sair a essa hora atrás de tacos de frango para você Kristen. Amanhã, quando eu voltar da gravação eu trago. – ele se cobriu e virou para dormir de lado – Boa noite.
– ROBERT! – ela estalou sua mão sobre o braço de Robert, fazendo um barulho, ele olhou assustado quando viu o rosto dela todo coberto por lágrimas, em situações normais, ela não choraria por aquilo, na verdade ela não choraria por qualquer coisa, mas Kristen não sabia explicar o porquê daquelas lágrimas, apenas sentiu vontade de chorar e chorou. – Você é um ogro, bruto, grosso e ignorante. Você não me ama mais, é isso. Não me ama, na verdade nunca me amou, sou um peso em seus ombros.
– Do que tá falando? – ele olhava confuso e abismado.
– Eu tô com fome e você não quer comprar comida pra mim.
– Não é que eu não queira ir comprar comida, Kristen. – ele tentava explicar com paciência - Só não quero sair a essa hora da madrugada atrás de tacos de sei lá de que.
– DE FRANGO! – ela gritou – Tacos de frango e picantes. Você nem presta atenção para o que eu falo. – ela cruzou os braços.
– Ok, ok... chega de drama, tá bom? Eu vou comprar.
– Se seu filho nascer com cara de tacos a culpa é sua.
– Eu sei, eu sei... – ele levantou e vestiu a primeira calça jeans que viu, calçou um chinelo qualquer e uma camisa velha. – tudo é culpa minha amor, a extinção das borboletas azuis do Afeganistão, é culpa minha.
– É isso mesmo... e espero que não esteja falando com ironia.
– Não, não estou. – ele pegou as chaves do carro e deu-lhe um beijo nos lábios - Já volto.
– Não esqueça, de frango.
– E bem picantes. – ele revirou os olhos e saiu. - Todo castigo para mim é pouco. – ele reclamava enquanto dirigia, passava por uma rua com várias lanchonetes, letreiros luminosos cegavam seus olhos e no interior das lojas, tudo escuro. – Onde eu vou arrumar tacos de frango e picantes a essa hora da manhã? - Ele viu o letreiro do Mc Donald’s iluminado e algumas pessoas comiam dentro da lanchonete. – Por que ela simplesmente não sentiu desejo de um Big Mac? O Mc Donald’s funciona até as quatro da manhã. Mas não, pra que facilitar a vida do Robert se a gente pode dificultar? “Eu quero um taco às duas da manhã e que se foda o sono do Robert.” – ele falou com uma voz fina, tentando imitá-la. – Ali deve ter alguma coisa.
Robert parou o carro em frente a uma lanchonete suja, com a tinta das paredes de um verde encardido.
Do lado de fora um mendigo fumava um cigarro, sentado na calçada com um cachorro fedido ao lado.
Robert empurrou a porta de vidro e entrou, o local tinha um cheiro estranho.
Olhou o cardápio preso na parede, em uma tela branca, com letras vermelhas.
– Pois não? – uma mulher gorda, com uma toquinha na cabeça veio atendê-lo, o suor brotava em sua testa e ela segurava uma espátula.
– Pois não? – uma mulher gorda, com uma toquinha na cabeça veio atendê-lo, o suor brotava em sua testa e ela segurava uma espátula.
– É... eu gostaria de um taco de frango, por favor... bem picante.
– Você não é aquele homem... – ela tentou lembrar o nome – Robert Pattinson?
– Eu mesmo... – tentava controlar o nojo.
– Minha filha é louca por você. Vejo sua cara sempre que entro no quarto dela. OHHH JUAN – ela gritou para um homem bigodudo que apareceu na janelinha da cozinha. – UM TACO DE FRANGO E PICANTE.
– PRA VIAGEM?? – ele gritou de volta, fazendo Robert revirar os olhos, essa gritaria toda lhe irritava.
– Pra viagem? – ela perguntou.
– Sim.
– PRA VIAGEM JUAN.
Robert´s Pov
Sentei em uma das mesas, a cadeira meio gordurosa e velha.
Demorou alguns minutos, resolvi apoiar a cabeça na mesa e ver se cochilava.
Acordei com o saco de papel, com o taco dentro, batendo na mesa em minha frente.
A gorda imunda o tinha jogado ali.
– São cinco pratas.
Tirei o dinheiro do bolso e entreguei.
Não agradeci e saí do restaurante querendo me livrar daquele local.
Cheguei em casa e fui até a cozinha, peguei um prato pequeno para colocar o tal taco, quando tirei o alimento do saco, tive nojo.
Que merda era aquela? Aquilo já tinha sido digerido? O frango estava meio esverdeado e o molho vermelho tinha um cheiro azedo.
Eu senti vontade de vomitar quando vi aquilo, imagina o que a Kristen faria grávida.
Iria vomitar até o pâncreas dela.
Fiz uma careta e joguei aquela porcaria no lixo.
– Beleza, e agora?
Fui até o escritório e liguei o computador, joguei no Google a palavra tacos e encontrei uma receita.
Observei com cautela, não era tão difícil.
Todos os ingredientes eu tinha em casa.
Imprimi os passos a serem tomados e voltei para a cozinha, peguei os ingredientes na geladeira e uma tigela.
Comecei a jogar as coisas lá e misturar para fazer a massa.
Lembra que eu falei que não era tão difícil? Pois bem, não é tão difícil para quem tem o mínimo de jeito na cozinha, agora eu, que me sinto um completo extraterrestre naquele ambiente, é algo impossível.
Kristen´s Pov
Cochilei enquanto esperava Robert voltar com meu delicioso taco.
Acabei despertando com barulhos de panelas caindo. O que seria aquilo? Levantei preocupada, meus pensamentos foram diretamente em Melissa, saí do quarto com cautela em direção ao barulho.
– Quem tá aí?
– Sou eu Sweetie – ouvi a voz de Robert e entrei na cozinha que estava completamente bagunçada, com ovo quebrado no chão, trigo espalhado pelo balcão, latas de estrato de tomate e milho sobre a pia e um prato congelado de tiras de frango coberto de água.
– Eu sei que tenho o sono pesado, mas acho que se tivesse ocorrido um terremoto eu teria sentido... – falei assustada com aquilo tudo.
– Não foi terremoto nenhum. – ele falou frustrado – Estava tentando fazer seu taco de frango, mas sou uma completa aberração na cozinha.
– Pensei que você tivesse saído para comprar.
– E saí, não tinha nada aberto amor, juro, não foi má vontade. Só achei uma lanchonete aberta, por sorte lá tinha e comprei. Mas quando cheguei em casa fiquei com nojo do taco, tava fedendo a azedo, achei melhor jogar fora.
– Oh amor. – me aproximei dele e toquei seu rosto dando-lhe um selinho nos lábios – Obrigada.
– De nada. – ele torceu os lábios – Você não quer comer outra coisa? Eu faço um sanduíche de peito de peru pra você.
– Não amor, deixa pra lá... vem cá.
Puxei-o pelo braço, colocando-os ao redor de minha cintura, ele apertou meu corpo e eu segurei seu rosto, com sua barba por fazer. Meus lábios tocaram os dele, com delicadeza. Uma de suas mãos subiu para minhas costas, dando-me apoio.
– Acho que tô com fome de outra coisa. – sorri maliciosa.
– Ah é? – ele riu – Acho que isso eu posso resolver rapidinho.
– Rapidinho? – fiz cara de desgosto.
– Ok! Demorado, rapidinho, - ele me apertava contra seu corpo e beijava meu pescoço enquanto falava – feroz, delicado, do jeito que você quiser.
– Do jeito que eu quiser? – suguei seus lábios e mordi levemente o inferior.
– Hum hum...
Ele confirmou.
Empurrei-o, fazendo-o apoiar-se na bancada entre dois bancos, puxei sua camisa deixando seu peitoral à mostra.
Beijei sua boca com cautela, deixei sua língua invadir minha boca, e senti suas mãos apertando meu quadril contra seu corpo.
– Não vá com muita sede ao pode, honey.
Mordisquei seu queixo e ele fechou os olhos.
Distribui beijos por um caminho já conhecido, deixando marcas vermelhas por seu tórax, por causa das mordidas. Cheguei ao cós da calça e livrei o botão, baixei o zíper, afrouxando o jeans.
Coloquei minha mão por dentro de sua cueca e ele soltou o ar de seus pulmões de uma só vez. Comecei movimentos leves, fazendo-o pressionar os lábios para controlá-lo.
– Tira... – ele falou um pouco ofegante – tira essa calça.
Livrei-o de suas roupas deixando-as escorrer por suas pernas e caírem no chão. O vi ereto, envolto pela minha mão. Movimentei meu pulso um pouco mais rápido, ajoelhei-me a sua frente e deixei minha língua correr por seu membro, ele arfou, parei e voltei a movimentar minha mão. Fiz novamente o movimento, para provocá-lo, deixei meu hálito quente bater contra seu membro.
– Kris... – falou impaciente.
– O que? – contive o riso.
– Não faz assim... não maltrata dessa forma, me chupa, vai.
– Não, hoje não... – falei ao seu ouvido e soltei um riso.
– Não? – ele falou ameaçador e eu ri, negando com a cabeça.
Ele puxou meu corpo e me colocou sobre o balcão.
Livrou-se da blusa dele, que eu vesti para dormir. Afastou o decido da minha calcinha e senti o toque de seus dedos longos. Um arrepio correu por minha coluna e meu corpo contorceu.
– Rob... assim, assim não vale... – gaguejei ridiculamente.
– Está reclamando? – falou com a boca perto da minha enquanto seus dedos provocavam-me arrepios.
– Não. – Ele me tocava e eu sentia arrepios, sua boca tocou a minha e sua língua pediu passagem, eu deixei. Ele tinha o total e pleno controle sobre o meu corpo, ele sabia me deixar louca, fazer coisas que nem eu, em meus momentos de solidão, imaginaria fazer na cama.
Ele testava meu limite, ele gostava de me ver saciada, e eu gostava de ser saciada, ele gostava de me ver implorando para senti-lo e eu implorava quantas vezes fosse necessário.
Senti sua boca deixar a minha boca e substituir o lugar de seus dedos.
Sua língua macia fazia mágicas com meu corpo, gemi baixo e mordi meus lábios inferiores. Em questão de segundos não controlava mais meus sentidos. Senti meu corpo amolecer, minhas pernas tombaram sobre o balcão, fechei os olhos sentindo a sensação de satisfação percorrer meu corpo.
– Não se sinta saciada ainda...
Ele falou com sua voz rouca em meu ouvido.
Puxou-me para a beira do balcão e minhas pernas ficaram penduradas na beira do mármore. Ele as afastou e encostou seu membro em mim.
– Nossa Kris. – ele sorria – Você tá muito gostosa assim, molhada.
Ele deslizou sem dificuldade nenhuma para dentro de mim. E começou um movimento de vai e vem, suas mãos seguraram meu corpo e ele ficou sobre o banco, puxando-me em sua direção.
Ele controlava meus movimentos com suas mãos em minha cintura. Minha cabeça tombou para trás enquanto eu o sentia completamente dentro de mim. Uma de suas mãos enrolou-se em meus cabelos, puxando-os, mantendo-me na mesma posição.
Aumentou os movimentos e eu senti uma gota de suor percorrer meu corpo. Eu não conseguia controlar meus gemidos. Mordi os lábios, mas o tesão da circunstância era maior que meu autocontrole.
– Rob, eu vou...
– Eu vou gozar... – ele completou.
Ele bombou mais forte para dentro de mim algumas vezes mais, até que senti meu corpo mole e seu líquido me invadir.
Ele soltou meus cabelos e minha testa apoiou-se no vão de seu pescoço, enquanto ele segurava minha nuca, seu membro ainda pulsava dentro de mim e meu corpo não respondia as minhas ordens.
Robert´s Pov
Minha mão que estava em sua nuca, escorregou até o final de sua coluna.
Beijei seu ombro enquanto sentia sua respiração quente bater contra a pele de meu pescoço.
– Eu te amo. – afastei seu cabelo, deixando seu rosto à mostra.
– Eu também. – ela sorriu.
– Vamos tomar um banho.
Levantei, com ela em meus braços, fui até o quarto e a deixei na cama, beijei seus lábios vagarosamente e sorri ao vê-la ainda de olhos fechados.
– Já volto. – sussurrei.
Fui até o banheiro e enchi a banheira, jogando alguns trequinhos coloridos que Kristen mantinha ao redor, o cheiro da água ficou incrivelmente agradável.
Saí do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e ela estava me olhando, encolhida na cama.
Fui até a cozinha e recolhi as roupas jogadas lá.
Voltei para o quarto e joguei tudo em um canto qualquer, fui até a cama e beijei sua barriga.
– Vamos tomar banho?
Ela apenas confirmou com a cabeça e peguei-a em meus braços.
Levei seu corpo pequeno e leve até a banheira, entrei e puxei-a para sentar-se a minha frente, de costas para mim.
Ela amarrou os cabelos em um coque e encostou-se no meu peito, respirando fundo.
– Algo errado? – sussurrei em seu ouvido.
– Não – ela falou de olhos fechados.
Continua...
Nossa. Agora toda vez que leio essas cenas picantes eu lembro dos “dedos mágicos” do Rob e fico pensando em como a Kris é mesmo sortuda. Mas voltando a fic, morri de rir com a história do “taco de frango bem picante”. Coitado do Rob tendo que sair de madrugada pra comprar... mas pai é assim mesmo, tem que mimar a mulher grávida. Amanhã volto com mais momentos lindos. Beijos.
Eu me lembro mt bem desses desejos noturno!!! Q eu tinha. Adorei ate amanha beijusculo.
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