FANFIC - LOVE YOU'TILL THE END - CAPÍTULO 15

Oi gente! Hoje Rob e Kris viverão muitas emoções, muita coisa linda acontece nesse capítulo...

Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; heterossexualidade

Love You´till The End

By Janni

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

CAPÍTULO 15

Robert´s Pov

– Tem certeza? – meus dedos apertavam a região dos seus ombros, fazendo uma passagem.

– Estou feliz por ela ter ido embora... – ela respirou fundo – me sinto culpada por falar isso, talvez um pouco perversa, sabendo que ela está doente. Mas eu estava com tanto medo de que a Melissa começasse a agir estranho comigo, depois de conhecer a mãe.

– Tenho certeza que isso nunca iria acontecer.

– Como pode ter tanta certeza?

– Por que ela passou a manhã toda falando de você Kristen. Melissa falava de você como se você fosse o centro do mundo dela. Até eu fiquei enciumado.

– Jura? – ela me olhou com um sorriso bobo nos lábios.

– Juro amor. – beijei seu nariz e ela voltou à posição inicial. Deitou sua cabeça em meu ombro e meus braços abraçaram sua cintura.

– Como será que ela vai reagir quando souber que vai ganhar um irmãozinho?

– Ou irmãzinha... – corrigi-a e ouvi-a soltando um riso pelo nariz – não sei, acho que vai ficar enciumada no início, mas até o bebê nascer vai reagir bem.

– Será?

– Acho que sim... – toquei sua barriga e beijei sua cabeça – Clare.

– O que? – ela não entendeu.

– O que acha de Clare, se for menina?

– Acho bonito, sua mãe vai gostar.

– Acho que tenho que puxar saco da minha sogra também, né?

– Seria bom. – ela sorriu

– Clare Jules Stewart Pattinson. Nada mau, eu gostei. 

– Eu acho que vai ser menino. – ela colocou a mão sobre a minha, que estava em sua barriga.

– Seria bom, formaríamos um casal.

– Hum hum... – ela sorriu fechando os olhos. - eu gosto do seu nome pro bebê.

– Robert? Eu não gosto de Robert.

– Não, Thomas?

– Ninguém me chama de Thomas.

– Por isso mesmo. Eu gosto de Thomas.

– Thomas... – repeti acariciando sua barriga - bebê, se você for menino, acho bom torcer para o Arsenal. Nada de Manchester, entendeu? 

– Não seja tolo.

– Eu ainda não acredito, sabia? Que vamos ter um filho juntos. Acho que precisamos nos mudar.

– Pra onde?

– Temos que ter uma casa, apartamento vai ficar muito apertado para duas crianças um gato preguiçoso e nós dois.

– Não fala assim do Jella... – ela me beliscou – ele só está velho, não é preguiçoso.

– Ok, ok! – ri. - Mas mesmo assim amor, precisamos de uma casa, grande de preferência. Vamos ficar mais à vontade assim. 

– Por mim o apê tá bom. Gosto de todo mundo juntinho. – soltei um riso pelo nariz – Mas se você se sente melhor em uma casa, por mim tudo bem também, acho que a Mel e o bebê vão ter mais espaço para brincar.

– Ótimo, amanhã mesmo começo a ver algumas e no final de semana vamos ver pessoalmente, o que acha?

– Ótimo. – ela bocejou e eu beijei seu pescoço.

– Melhor sairmos daqui e irmos dormir não acha? – ela confirmou e saímos da banheira, nos enxugamos e ela vestiu uma calça de moletom e uma camiseta qualquer para dormir. Se enfiou debaixo das cobertas e eu vesti uma cueca, abraçando-a assim que me cobri. 

– Boa noite amor. - ela beijou meus lábios.

– Boa noite. - respondi. Passei minha mão sobre sua barriga e cochichei em seu ouvido - Boa noite meu bebê, papai vai estar aqui amanhã de manhã. 

Pov Off 

Um mês completo se passou.

Kristen já havia terminado as gravações do filme e decidiu ficar quieta pelos meses restantes da gravidez. A imprensa ainda não desconfiava de nada, mas quando os primeiros boatos começassem a sair, eles sabiam que suas vidas iriam se tornar um inferno.

Robert estava de folga das gravações, seus pais já haviam retornado a Los Angeles, e hoje a noite teriam um jantar na casa dos Stewart. 

– Precisamos fazer os exames... – Kristen sussurrou, deitada no sofá, abraçada com Robert, assistindo a um filme infantil com Melissa, que estava sentada no chão.

– Que horas? – ele beijou sua cabeça.

– Às 15h. Já podemos sair de lá para a casa dos meus pais.

– É, podemos. Quero ver como está esse bebêzão.

– Eu não sou bebêzão! – Melissa gritou do chão.- Sou princesinha, sou uma mocinha, não sou mais bebê.

– Não estamos falando de você, filha. – Robert riu.

– De que então? – ela os olhava curiosa, Kristen mordeu os lábios e sentou no sofá, Robert continuou deitado.

– Vem aqui, meu anjo – Melissa sentou-se no colo da mãe e Kristen, olhou para Robert, pedindo-lhe apoio, ele balançou a cabeça positivamente e sorriu. – Posso te perguntar uma coisa?

– Pode. 

– Você gosta de brincar sozinha em casa?

– Não, mas nem sempre brinco sozinha, mamãe. Às vezes brinco com a Mercedes e com o Jella. Só que ele é chato, não fica quieto. – ela falou entediada, fazendo Kristen sorrir - Eu queria que os meus coleguinhas da escola brincassem comigo aqui em casa, mas a Mercedes falou que não pode, por que se não as mamães deles vão ficar preocupadas. Só pode quando eles forem maiores.

– É verdade amor. – ela afastou a franja da menina, colocando-a para o lado com os dedos. – Você vai ter com quem brincar agora. – Robert só observava a conversa das duas.

– Eu vou ganhar uma amiguinha?

- Vai ser seu amigo também, – Kristen sorriu – mas pode ser amiguinho ou amiguinha... – Kristen observou o rosto confuso da criança. – você vai ter um irmãozinho Mel, ou irmãzinha. Tem um bebê aqui. – Kristen colocou a mão de Melissa sobre sua barriga.

– Eu vou ter um irmãozinho? – Melissa olhou para o pai que sorriu.

– Ou uma irmãzinha, princesa.

– Ebaaa! – ela levantou os braços e balançou os pezinhos.

– Gostou da novidade? – Kristen perguntou sorridente.

– Gostei mamãe, eu vou ter um maninho. Né bebê? – ela falou se curvando e falando com a barriga.

– Agora você é a irmã mais velha, minha princesa. – Robert falou. 

– Eu vou mandar nele. – falou autoritária.

– Não, você vai dar exemplo a ele. – Robert sorriu, corrigindo a filha.

– Que tal a gente se arruma pra ir ver o bebê dentro da barriga da mamãe lá no médico. Quer ir?

– Quero.

– Amor, ninguém sabe ainda ok? Nem a vovó, nem o vovô, ninguém, então não é pra falar nada ok, combinado?

– Combinado.

Nos arrumamos e em menos de uma hora estávamos na clínica.

Fui pesada, medida e encaminhada para a sala de ultra-sonografia.

– Boa tarde. – Doutora Sanches entrou na sala, com seu jaleco branco – Hey quem é essa princesinha? – tocou o rosto de Melissa que estava sentada na maca ao lado de Kristen que estava deitada.

– Minha filha doutora, Melissa. – Robert falou orgulhoso.

– Ah o pai veio também, ótimo. – ela falou sorridente – Feliz em ter um irmãozinho, Melissa?

– Sim.

– Quer uma irmãzinha ou um irmãozinho? – Melissa deu de ombros – Tanto faz? 

– É. Só quero que brinque comigo. – todos riram. - Tá certo então. – ela pegou uma planilha e viu alguns papeis. – Seu peso está bom Kristen, anda se alimentando bem?

– Ando sim 

– Opa, nessa eu vou me intrometer... – Robert falou – vou dar uma de Judas aqui, doutora... – olhou sério para Kristen - ela anda comendo muitas besteiras. Quase todo dia faz torta de limão e come tudo, sozinha. Antes quando estava gravando, só comia besteiras no almoço, Fish and Chips, Burritos, macarrão instantâneo com farinha. 

– É verdade. – Melissa confirmou.

– Até você Melissa? – Kristen ficou indignada.

– Mas o papai tá falando a verdade mamãe...

– Kristen, isso não pode continuar. Cadê as frutas, verduras e legumes na sua dieta? Você está grávida. Lembre-se que o que você come, não vai mais para sua barriga apenas, vai sustentar o seu bebê. Você deixa a Melissa comer essas porcarias todos os dias?

– De jeito nenhum.

– Então por que deixa que ele coma isso todos os dias? – falou referindo-se ao bebê. – Quero que siga a dieta que eu lhe passei. Com carnes, legumes, verduras e frutas. Deu vontade de comer doce, pode comer, mas não uma torta de limão toda quase todos os dias. E... credo, macarrão instantâneo com farinha?

– Desejos, sabe como é... – ela riu sem jeito - pode deixar doutora, vou me policiar.

– Ótimo. Vamos ver como anda esse anjinho...

Ela levantou a blusa de Kristen e passou o gel gelado já conhecido. Rolou o aparelho pela região e logo achou o bebê.

– O tamanho dele está ótimo. Está vendo Melissa? – a médica perguntou ao ver a menina olhando curiosa para a tela.

– Não tô vendo nada, tá tudo preto. – Kristen riu e olhou para Robert que estava com os olhos marejados, moveu os lábios em um “eu te amo” e ele sorriu. - Deixa eu te ajudar a ver. Olha só pra cá... – ela fez um circulo na tela com o dedo. – tá vendo?

– Tô. – ela falou sorrindo.

– Pois é, é seu irmãozinho, ou irmãzinha, isso só vamos saber daqui a alguns meses.

– Mamãe, você engoliu o bebê?

– Não amor, mamãe não engoliu o bebê...

– Foi seu pai quem colocou o bebê aí dentro. – a médica falou rindo – Tenho uma coisa para mostrar pra vocês.

– O que doutora, algo errado? – Robert perguntou preocupado.

– Não, não. Escutem.

Ela apertou um botão e segurou firme o aparelho sobre a barriga de Kristen.

Um barulho, batidas aceleradas, tomou conta da sala, Kristen olhou assustada para Robert, que não tinha a cara mais calma que a dela.

Lágrimas pesadas escorreram de seus olhos, Robert levantou e foi até ela, beijou sua testa e limpou suas lágrimas.

– Que barulho é esse? – Melissa falou com as mãos nos ouvidos.

– É o coraçãozinho do bebê, princesa... – Robert falou tocando nos cabelos da filha.

– Desliga isso, faz muito barulho...

– Ok, eu desligo. – a médica falou rindo, acompanhada por Kristen e Robert. – Gravei o exame, vocês podem levar para casa e assistir quantas vezes quiserem. Kristen, vou passar alguns exames, para saber o estado do bebê, ok? – falou limpando o gel da barriga da paciente.

– Perfeito. 

Kristen´s Pov 

Pegamos o DVD na recepção da clínica.

Rob parecia nervoso em relação ao jantar, acho que medo do meu pai ou coisa do tipo.

Fizemos hora andando em um parque e fomos para a casa dos meus pais.

Chegamos e todos já estavam lá.

– Pensei que tivessem desistido... – minha mãe falou ao abrir a porta e nos abraçar – cadê a minha princesa?

– Tô aqui. – Melissa deu pulinhos no chão, com o braço erguido. 

– Essa também é minha Jules... – Clare surgiu atrás de minha mãe e nos cumprimentou.

– Onde está meu pai e o senhor Stewart?

– Estão vendo alguns carros antigo, John está querendo comprar um e pediu ajuda a seu pai, Robert... – minha mãe explicou com Melissa no colo.

– Hoje tem bolo de chocolate para sobremesa vó Jules?

– Não amor, mas fiz um creme de chocolate branco com cereja que você vai adorar, combinado?

– Sim...

– Oi maninho – Lizzy cumprimentou o irmão, seguido por Victória. – Tá tudo bem? – ela sussurrou para mim quando passou por Robert.

– Sim... ele está bem... - falei referindo-me a barriga.

– Fedelha do meu coração! – Cameron apareceu atrás de mim e me ergueu pela cintura, girando-me no ar, meus outros dois irmãos também estavam lá, Taylor e Donna.

– Cameron, me larga pelo amor de Deus, me solta... – falei apavorava com medo da ânsia de vômito vir à tona. Ele me soltou e eu respirei fundo, com a mão em meu peito, Robert me olhou preocupado e veio até mim – Não faça mais isso, por favor... – falei para meu irmão mais velho.

– Desculpe, o que houve? – ele olhou desconfiado.

– Está tudo bem sweetie? – Robert colocou seu braço ao redor de meus ombros e beijou minha testa.

– Está tudo bem, amor. Fique tranqüilo Cam, estou bem. 

– Então Rob, o que tanto necessitava falar com todos nós? – o pai dele perguntou enquanto provava a sobremesa feita pela minha mãe, estávamos reunidos na sala, já havíamos jantado e todos estávamos lá, até mesmo as namoradas dos meus irmãos. 

– Bom é que... – eu comecei, mas fui interrompida, Robert apertou minha mão de leve, e eu parei de falar e o olhei confusa.

– Bom... – ele se levantou e todos o olharam – eu queria falar uma coisa, desculpe a todos, na verdade o que vou falar não é direcionado a vocês, mas vocês vão ser de grande ajuda caso ela queira sair correndo por aí, fugindo de mim. – ele soltou um riso pelo nariz e eu me senti congelar? O que era aquilo, o que ele ia fazer? – Há oito anos eu tive o imenso prazer e a sorte de conhecer a mulher mais espetacular de todas. – ele segurou minha mão e eu levantei – A cada dia ela me surpreendia mais, eu amava tudo nela e amava mais ainda os seus defeitos. Decidimos deixar nosso relacionamento em segredo, até que conseguimos esconder por bastante tempo, mas um dia nos descobriram, não foi? – ele sorriu pra mim e eu senti um arrepio enorme, o nervosismo estava à flor da pele e lágrimas começaram a brotar em meus olhos. Apenas confirmei com a cabeça, enquanto mordia os lábios, tentando controlar minhas emoções. – E os paparazzis tornaram nossa vida um inferno, o tempo passava e parecia que aquela loucura de Twilight não cessava. Até que chegamos à última parte do último filme, mas nosso relacionamento estava abalado pelas constantes fofocas inventadas, traições imaginárias, depoimento de amantes que não existiam. E infelizmente nós saímos machucados. Nunca tive tanto ódio de mim, como tive quando você via alguma manchete falando que eu estava com fulana ou com ciclana. Nunca tive tanta namorada em um curto espaço de tempo como naquela época, nem a drogada da Linsay Lohan escapou, e olha que ela tava na cadeia. – eu ri com o comentário. – Nós acabamos ficando saturados de tudo isso, essas mentiras que rondavam nosso namoro fez com que a gente perdesse a confiança um no outro e você tomou sua decisão. Me mandou ir embora da sua vida. Eu fui, não iria te obrigar a me querer por perto. – ele respirou fundo e meu rosto já estava ensopado. – Acabamos passando cinco anos separados e devo confessar que eu nunca deixei de pensar em você. Nesses cinco anos eu descobri que eu poderia amar uma pessoa mais do que te amo. E por ela eu tive que colocar o pé no chão e lutar sozinho. Quando decidi voltar pra essa loucura toda, fui surpreendido por um celular sendo jogado pela janela do meu carro... – ele riu lembrando da cena de dois meses a atrás, o meu desespero para manter contato com ele – e adivinhem de quem era? Não acreditei quando ouvi sua voz naquela noite, achei que estava delirando ou coisa do tipo e decidi que eu nunca mais iria correr o risco de te perder, nunca mais. Por isso, - ele soltou minhas mãos e tirou algo do bolso, olhou para meu pai – com sua licença senhor Stewart... – meu pai observava a cena com atenção e assentiu com a cabeça, Robert ajoelhou-se em seu joelho esquerdo.

– Ai que lindo – ouvi a namorada do meu irmão Taylor falar emocionada, olhei rapidamente e vi minha mãe, Clare e Victória chorando, Lizzy tinha um sorriso largo no rosto e Richard olhava o filho com orgulho.

– Kristen Stewart, aceita casar comigo?

PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER. Bem que ele falou que eu poderia sair correndo, mas eu não consegui mover minhas pernas, elas estavam duras, meus joelhos não dobravam, meu coração estava a mil e senti minhas mãos tremerem, ele abriu a caixa e de lá de dentro brilhou um anel de ouro branco, com uma pedra, um diamante reluzindo contra a luz da sala. 

– Sii...sim – consegui falar. Ele tirou o anel que eu já usava a alguns anos, que nós usávamos, só que o dele era preso em uma correntinha. Tirou da minha mão esquerda e colocou o de noivado. Beijou minha mão e me deu um selinho.

– Eu te amo, ok? – ele falou sorrindo.

– Eu também. Mesmo você quase me matando do coração.

Todos vieram nos cumprimentar, minhas mãos ainda tremiam, minhas pernas estavam bambas e eu não sabia o que falar, apenas sorri.

– Você acabou de pedir em casamento a coisa mais importante da minha vida... – meu pai falou quando veio falar com Robert, eu estava ao seu lado, abraçando meu pai – ela é minha única menina, minha princesa, meu tesouro, minha vida. Cuide dela como você quer que tratem a Melissa daqui a alguns anos.

– Pode ter certeza disso. – ele sorriu e cumprimentou meu pai. 

– Estou muito orgulhoso de você, filho. – Richard o abraçou – Kristen é uma ótima pessoa, Melissa a adora, você não poderia ter feito escolha melhor. Bem vinda à família Pattinson, Kristen.

– Obrigada. - sorri, meu pai me soltou e eu segurei a mão de Robert. – Acho que temos que contar... – olhei para ele, cochichando, ele sorriu e pigarreou. Todos olharam.

– Eu gostaria de mostrar um vídeo pra vocês, nós gostaríamos na verdade, não é amor? – eu confirmei com a cabeça.

– Vídeo de que? – Victória perguntou curiosa. 

– Hoje eu e Kristen fomos fazer uma audição, não é amor? – É? Tô sabendo de nada não, pensei – Fomos chamados para fazer um projeto juntos e fomos fazer o teste, o diretor nos deu uma cópia do teste e eu queria que vocês nos dessem suas opiniões. – Ele pegou o DVD e colocou no aparelho.

– Um projeto, estilo Twilight? – Cameron perguntou.

– Acho que vai fazer mais sucesso que Twilight, Cameron. – eu sorri para meu irmão. Robert desligou as luzes e apertou play. Senti uma emoção tomando conta de mim e todos ficaram com os olhos fixos na tela.

A imagem embaçada preencheu a tela, todos ficaram hipnotizados.

Senti os braços de Robert envolver minha cintura e seus lábios tocaram meu rosto.

Melissa correu para nós e abraçou minhas pernas, acariciei seus cabelos e sorri, éramos uma família perfeita, esperando mais um membro que já estava a caminho.

Escutei soluços pela sala e acho que vieram de minha mãe e de Clare.

O som dos batimentos cardíacos soou pela sala, aquele barulho, como minha pequena havia dito, era o barulho mais confortante que eu já havia escutado.

Senti as mãos de Robert deixarem minha cintura e a luz ascendeu. 

– Me fala que você tá grávida e que isso não é uma lombriga...– Cameron falou com o rosto ainda em pânico.

– Não seja idiota. – taquei uma almofada nele.

– Minha princesa está grávida. – minha mãe veio me abraçar, chorando. 

– Eu vou ser avó de novo? – Clare falou olhando para Richard que estava sorrindo bobo.

– Ah, eu já sabia... – Lizzy sorria orgulhosa de si mesma.

– Como assim já sabia? – Vick olhou a irmã mais velha, indignada. – Você contou para ela? – perguntou ao Robert.

– Não...

– Eu só estava no lugar certo, na hora certa.

Pov off

Todos cumprimentaram o casal novamente, John foi buscar uma garrafa de vinho e serviu para os presentes, menos Kristen.

Taylor puxou Melissa para o canto e cochichou em seu ouvido.

– O titio te dá um dólar se você for lá no meio da sala e perguntar como o seu pai colocou o bebê dentro da barriga da mamãe...

– Dez dólares. – falou cruzando os braços.

– Dois dólares.

– Cinco ou nada feito. – deu língua para ele que tirou a carteira do bolso e pegou uma cédula.

– Ok, ok! Mas tem que ser bem alto ok?

– Tá. – Melissa pegou o dinheiro e foi para o meio da sala, subiu na mesinha de centro e falou com todo o ar de seus pulmões. – PAI! – todos olharam – Como você colocou o bebê dentro da barriga da mamãe?

Kristen´s Pov 

Ouvi meus irmãos gargalharem alto, junto com suas namoradas, Lizzy e Victória, minha mãe e Clare entreolharam-se, Richard e meu pai ficaram olhando Robert que estava completamente sem sangue.

– Melissa, desce daí. – ele ordenou e ela obedeceu.

– Papai, me conta... – ela insistia.

– Conta Robert. – Cameron falou em meio a gargalhadas.

– Filha isso não é uma coisa para se conversar agora.

– Por que não? - falou birrenta, fazendo bico e cruzando os braços.

– Mãe, dá uma forcinha aqui? – apelei né? Minha mãe sabia como lidar com isso e Clare também.

– Princesa... – minha mãe colocou Melissa em seu colo – quando o papai dorme abraçadinho com a mamãe, a cegonha trás um bebê pra eles.

– Hã? – Melissa fez uma cara espantada. Até eu fiz, que merda de explicação é essa? - E como ele vai parar dentro da barriga da mamãe?

– A cegonha dá uma sementinha pra mamãe comer. – essa explicação veio da Clare. Que coisa mais bizarra.

– Não é bem comer... – Taylor falou prendendo o riso.

– Cala a boca se você não quiser levar um tapa agora mesmo, moleque. – ameacei.

– Foi mal maninha, foi mal.

Explicações e vexames a parte, o restante foi tranqüilo, já era tarde e meus irmãos tinham ido deixar as namoradas em casa.

– Eu acho Elizabeth um nome lindo, caso seja menina. – Lizzy falou.

– Nem vem Lizzy, Victória é bem mais bonito, não acha Rob? – Vick falou piscando para o irmão que entrou no jogo.

– Concordo, além do mais você já sabia antes de todo mundo, não pode levar o crédito do nome também, né? Seria injusto.

– Ah nem vem Rob... – Lizzy protestou. Eu estava sentada no sofá, com os braços de Robert ao redor de meus ombros, nossos pais sentados em duas outras poltronas e nossas mães em um sofá ao nosso lado, Lizzy e Vick, sentadas no braço do mesmo sofá que elas.

– Já pensaram em algum nome? – Clare falou com seu sotaque impecavelmente inglês.
– Na verdade já... - respondi – bom, se for menina pensamos em Clare Jules.

– Ihh, já tá puxando saco da sogra? – Vick brincou.

– Eu adorei. – Clare concordou.

– Somos duas Clare. – minha mãe sorriu.

– E se for menino? – a voz rouca de Richard soou pela sala.

– Bom, vai ter meu nome. Não Robert. Thomas. 

– Eu sempre gostei mais de Thomas, até que tentei lançar moda na família Pattinson e tentei ensinar os nossos primos a te chamarem de Tom, mas infelizmente não pegou. - Lizzy explicou.

– Para de mentir Lizzy... – Victória ria – você vestia o coitado de menina e apresentava como Cláudia. Eu adorava aquilo... – ela gargalhou alto.

– Vocês duas quase estragaram minha infância com essa brincadeira. – falou irritado.

– Acho que está na hora de irmos. – toquei sua coxa e ele concordou.

– Vou pegar a Mel no seu quarto.

Ele levantou e subiu as escadas para pegar a nossa bela adormecida em meu quarto antigo.

Despedi-me de todos e quando ele desceu com Melissa em seus braços fomos direto para o carro.

Ele a colocou na cadeirinha e eu fui ocupar meu lugar ao lado do motorista.

– Humm... – ela resmungou e coçou os olhos – papai?

– Shhiii, estamos indo pra casa amor. 

– O que é isso? – Peguei uma cédula amassada que caiu do bolso de Melissa.

– Titio Tay quem me deu. – ela falou sonolenta.

– Por quê? – perguntei enquanto Robert vinha para o banco do motorista.

– Ele falou que se eu perguntasse como o papai colocou o bebê dentro da sua barriga ele me daria dinheiro.

– Aaii... – urrei de raiva – vou esganar o Taylor.

– Hey calma... – ele colocou a mão sobre minha coxa – só foi uma brincadeira dele.

Robert deu partida e logo chegamos em casa, eu me sentia exausta, precisava dormir.

Beijei a testa de Melissa que dormia no colo de Robert e fui para meu quarto, tirei minhas roupas e tomei um banho.

Não demorei muito sob a água morna do chuveiro.

Saí e me vesti com uma camisa de Robert, ultimamente eu estava com essa mania. Sentei na beira da cama e enxugava as pontas dos meus cabelos, quando Rob voltou.

– Já tomou banho? – ele beijou minha testa e se livrou da camisa.

– Ela acordou?

– Sim, fez um pouquinho de manha, mas consegui fazer com que ela voltasse a dormir. Está tudo bem? – ele se ajoelhou a minha frente, com as mãos tocando meus joelhos.

– Estou sim, só estou cansada.

– Hum... – ele beijou minhas mãos em seguida minha testa – vou tomar banho, ok?

– Hum hum, tá.

– A propósito, adorei essa sua camisa, comprou onde? Acho que vou comprar uma igual. - ele falou brincado e eu dei língua, fazendo-o gargalhar.

– Rob. – fui até o banheiro deixar minha toalha molhada e o vi entrando no Box.

– Oi.

– Não demora tá? – falei meio manhosa.

– Ok, senhora manha. 

Deitei-me na cama e fiquei encolhida debaixo das cobertas, esperando por ele. Realmente ele não demorou muito, ele vestiu uma calça de moletom e deitou-se ao meu lado, puxando as cobertas novamente sobre nós dois.

Deitei minha cabeça sobre seu peito e senti seus dedos longos entrelaçarem-se em meus cabelos, me fazendo um cafuné.

– Já vai dormir? – ele sussurrou e beijou minha testa.

– Acho que sim... – fechei os olhos e coloquei minha perna sobre a sua. – como você não me falou nada? – sorri.

– Sobre o que?

– Sobre isso. – mostrei meu mais novo anel.

– Ah isso? – ele riu – Queria que fosse surpresa.

– E foi, quase enfartei.

– Eu percebi pela sua cara. Pensou em falar não?

– Nunca. – apoiei-me em meu cotovelo e olhei em seus olhos.

Voltei a deitar em seu peito e ficamos em silêncio por alguns instantes. Seus dedos corriam por minhas costas enquanto a outra mão alisava meus cabelos.

Brinquei com a aliança e ele percebeu.

– Preocupada com o casamento?

– Não exatamente, só não gosto de ser o centro das atenções. – soltei um riso pelo nariz.

– Eu sei. – ele ergueu meu queixo e deu-me um selinho – Não vou me incomodar se quiser casar em Las Vegas.

– Sério?

– Sério, mas depois você se acerta com seu pai. Acho que ele não vai ficar muito feliz da única filha dele se casar em Vegas. 

– Você como pai, ficaria chateado?

– Com toda a certeza.

– Ai caramba. – respirei fundo e ele riu.

– Mas se eu soubesse que era dessa forma que minha filha queria, eu iria me conformar.

– Não me agrada desapontar meu pai. Ele sempre me tratou como se eu fosse uma espécie rara ou coisa do tipo.

– Temos que começar a ver as coisas para o casamento. Ou você vai querer entrar com uma barriga enorme? – ele riu e eu belisquei seu peito.

– Não. Realmente precisamos ver. Poderíamos fazer algo reservado, o que acha? Chamamos um juiz e fazemos uma recepção em algum hotel e pronto.

– É assim que você quer?

– É, algo simples, que seja especial para nós dois e pronto. Isso que importa.

– Ok! Acho que a Lizzy e a Victória vão querer te ajudar com isso...

– Tenho medo, elas vão querer armar quase uma entrega de Oscar.

– Não duvido. Mas eu falo com elas e elas vão respeitar seu gosto.

– Eu te amo, sabia?

– Suspeitava... – ele riu e me deu um selinho – eu também te amo, muito.

– Como anda a pesquisa das casas? As últimas que vimos eram horríveis.

– Eu sei, achei uma bem legal e reservada, fica um pouco longe, mas acho perfeita. Marquei uma visita para o final de semana, ok?

– Perfeito. Amanhã você vai ter gravação?

– O dia todo... – ele torceu os lábios - e tenho uma cena a noite também.

– Tá brincando, né?

– Não amor, pior que não.

– Droga – resmunguei.  

Acabamos dormindo abraçados.

De repente a porta do quarto abriu, uma luz branca clareou o ambiente e eu acordei.

Senti medo, muito medo. Olhei para o lado e a cama estava vazia, do outro lado do quarto, tinha um berço moisés, Robert ao lado, vestido apenas com sua calça moletom, ele segurava um recém-nascido nos braços, sorria tranqüilo. 

– Clare, a mamãe acordou...

O vi sorrindo, não consegui ver direito, mas ela tinha cabelos ralos sobre a cabeça, de um castanho claro. Ela estava vestida de branco, quietinha entre os braços do pai. Tentei levantar, mas não consegui, parecia que algo me prendia na cama.

Muitas pessoas começaram a entrar no quarto, muitas, todas vestidas de branco, pareciam flutuar, suas vestes compridas pareciam fumaças ou algo do tipo. O clarão aumentou, fazendo arder meus olhos. Vi um homem alto, de cabelos curtos e encaracolados aproximar-se de Robert que o olhou assustado.

– Fique tranqüilo... – sua voz soou como música, parecia calmante. – ela vai ficar bem.

Ele tocou o ombro de Robert, uma mulher deu um passo a frente, com cabelos castanhos tocando a cintura, branca como neve e um sorriso calmante. Ela foi em direção ao Robert e pegou Clare Jules dos braços dele. Eu prendi a respiração. Pra onde ela estava levando minha filha? Por que Robert não fez nada? 

– DEVOLVE, DEVOLVE A MINHA FILHA! – eu gritava desesperada, mas nenhum deles me olhou – ROBERT FAÇA ALGUMA COISA, NÃO DEIXE QUE LEVEM NOSSA FILHA!

As lágrimas ensoparam meu rosto e todas aquelas pessoas saíram pela porta, tranqüilas. Robert se aproximou de mim e me abraçou, tentando me confortar.

– Ela é um anjinho agora... – ele falava entre meus cabelos.  

Robert´s Pov

Acordei com ela se mexendo ao meu lado.

Parecia ter um pesadelo, toquei seu ombro e tentei acordá-la.

– Sweetie? Amor, acorde. Amor...

Ela abriu seus grandes olhos verdes e me olhou assustada.

Fiquei sem reação ao vê-la naquele estado, ela voou ao meu pescoço e me abraçou. Chorava pesado, um choro desesperado.

– Calma amor, calma. Só foi um pesadelo.

– Rob.... – ela falava entre soluços – levaram ela, tiraram ela de mim...

– Do que está falando amor? – segurei seu rosto, limpei suas lágrimas e olhei fundo em seus olhos.

– O nosso bebê Rob, a minha menininha.

– Amor, a Melissa está no quarto, dormindo. Tranqüila.

– Não... – ela tentava me explicar ainda nervosa – a Clare, levaram o meu bebê. E você deixou, por que não fez nada?

– Kris, calma... – abracei seu corpo – eu nunca iria deixar ninguém levar nosso bebê, amor, nunca. Ele ainda está aqui. – toquei sua barriga e senti seus soluços diminuírem. – Está protegido aí. Foi só um pesadelo, nada mais.

– Só um pesadelo. – ela repetiu, tentado se acalmar.

Demorou um pouco, mas ela se acalmou, ela demorou mais uma hora para conseguir dormir novamente.

Quando meu despertador tocou pela manhã, tentei desligá-lo antes que ela acordasse, me arrumei, beijei sua testa e saí para o meu dia cansativo de trabalho. 

Kristen´s Pov

Voltei a sentir cada parte do meu corpo, percebi que estava acordada.

Estiquei o braço e havia um vão ao meu lado, a cama estava vazia.

Abri um pouco meus olhos, que arderam por causa da luz clara do dia.

Ele não estava mais lá.

Ouvi o barulho da porta se abrir e fiquei quietinha, fechei os olhos novamente e não ouvi ninguém se aproximar. Senti uma mão pequenina tocar meu pé e me fazer cócegas, encolhi minha perna, por instinto e escutei uma gargalhada gostosa e fina. 

– Mel? – sorri.

– Oi mamãe. – falou entre risos.

– Vem cá.

Ela subiu na cama e engatinhou até mim, puxei as cobertas e ela ficou sob elas, abracei seu corpinho e senti o cheirinho de morango vindo de seus cabelos.

– Dormiu bem princesa?

– Dormi. A Patty também. – me mostrou uma ursinha de pelúcia marrom, sem roupa apenas com um laço rosa na cabeça.

– Ah, a Patty dormiu com você?

– Foi.

Espera, pensei. A Melissa já acordou e sem manha alguma? Que horas são?

Olhei no relógio e eram quase dez da manhã.

– Melissa... – falei assustada.

– O que foi mamãe?

– A gente perdeu a hora da escola. Ai caramba, seu pai vai ficar uma fera com a gente.

– Dorminhoca. – ela riu.

– Já perdemos a hora mesmo não é? – demos de ombro quase ao mesmo tempo – Então vamos ficar aqui abraçadinhas, mamãe pode ficar abraçadinha com a gostosinha dela?

– Pode. Mamãe, liga a TV, quero ver desenho.

Liguei o aparelho e o quarto foi invadido pela risada irritante do Bob Esponja.

Ela ficou assistindo desenho e eu acabei cochilando mais uma vez, com meu bebê em meus braços.

 – Mamãe... – ela falava baixinho cutucando meu braço com o dedinho indicador.

– Oi amor. – falei sonolenta.

– Mamãe, não quero mais ver TV.

– O que você quer amor?

– Quero sair, não quero ficar em casa não. É chato.

– É chato? – sorri. - Quer ir pra onde?

– Pro shopping. – falou animada.

– Pro shopping Mel? – falei meio manhosa.

– É mamãe. Please...

– Ok! Pode pedir à Mercedes para te arrumar enquanto a mamãe toma um banho?

– Tá.

Ela pulou da cama e fiquei sozinha. Criei coragem e fui tomar banho e me arrumar. Estava terminando de passar lápis no olho, quando meu celular tocou.

– Alô? – atendi.

– Kristen? Sou eu, Josh, marido da Ashley.

– Ah, oi Josh, algum problema? – ele parecia nervoso.

– Não, não, não, não só que... agora sou pai.

– Como? O bebê nasceu? – falei nervosa.

– Nasceu... nasceu há pouco mais de duas horas, a Ashley pediu que eu ligasse para você e para algumas outras amigas. Preciso desligar, a lista é grande.

– Hey, hey espere. Em qual maternidade estão?

Ele me passou o endereço e anotei com cautela.

Caramba, aquela desmiolada era mãe, coitado do bebê.

Prendi o riso e fui para sala.

– Mel, já tá pronta?

– Já mamãe.

Continua...

Ahh que capítulo lindo! Ultrasonografia, almoço com a família, pedido de casamento, notícia da gravidez... tudo perfeito! Mas não gostei desse sonho não, parece um pressentimento sei lá... tomara que não aconteça nada com o bebê. Amanhã volto com o bebê da Ashley. Beijos.