Olá gente! Hoje Kris e Melissa conhecerão o bebê da Ash, mas vão passar por um grande susto...
Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Love You´till The End
By Janni
Atenção: Este conteúdo foi classificado
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"
CAPÍTULO 16
Kristen´s Pov
– Está linda amor. – Melissa vestia uma calça jeans, tênis rosa e uma camisetinha branca, os cabelos amarrados em um rabo de cavalo e a franja caindo sobre os olhos.
– Vamos pro shopping?
– Vamos sim. Mercedes. - chamei.
– Oi senhora.
– Caso o Robert ligue, fale para ele ligar para o meu celular, por que eu e Melissa fomos torrar o cartão de crédito dele. – falei rindo e Mercedes me acompanhou.
– Pode deixar, eu dou esse susto nele.
– Vamos princesa?
Melissa me deu a mão e fomos para meu carro, coloquei-a no banco de trás presa em sua cadeirinha.
– Amor, lembra do bebê da tia Ashley?
– Lembro.
– Ele nasceu. – falei dando partida no carro – O que acha da gente ir ao shopping comprar algo para ele e depois irmos visitá-lo? Quer conhecê-lo?
– Quero. Ele é pequenininho, mamãe?
– É sim, Mel, ele nasceu hoje, então ele é pequenininho.
Chegamos ao shopping e fomos direto a uma loja de bebês. Uma moça veio nos atender, e logo nos levou para a parte de meninos.
– Eu não queria dar roupinha, nada disso. Ele já deve ter um monte.
– O que acha de um ursinho de pelúcia?
– Humm... – olhei a prateleira com vários brinquedos – ah aquele, quero aquele. – era um ursinho, claro, de óculos escuros, segurando uma guitarra. – Esse é perfeito.
– Só isso senhora?
– É, só...
– Temos uma coleção nova de macacões com bandas. Temos Kiss, Guns N´ Roses...
– Sério? Quero ver.
– Por aqui – segui-a e chegamos a uma arara com vários macacões pendurados. Peguei um e me apaixonei.
– I Love Rock’n Roll... – ri com a frase escrita em negrito em um macacãozinho branco.
– Temos em macacão azul e rosa também.
– Não, não, quero esse branco mesmo.
Pagamos tudo e ficamos rondando por mais alguns minutos, até que Melissa resolveu entrar em uma loja de doces.
– Eu quero mais esse, mamãe – pequei uma colherada de gotas de chocolate de dentro do pote e coloquei dentro do saquinho transparente, que já estava recheado.
– Se você tiver dor de barriga, nem pense em ir chorando pro meu quarto, mocinha. Já tá bom, não é?
– E um pirulito.
– Já chega Melissa, e esse saquinho vai ficar comigo, não vou deixar você comer tudo isso de uma só vez.
– Aahh mamãe... – ela me seguia em direção ao caixa, fazendo bico.
– Nem adianta fazer manha, eu vou ficar com isso e se você quiser comer, venha pedir a mim. Combinado?
– Tá bom.
Pesamos as guloseimas e fomos para a maternidade encontrar Ashley.
A enfermeira nos encaminhou ao quarto 202, dei duas batidinhas leves e abri a porta vagarosamente.
– Apareceu a margarida – ela falou sorridente, vestindo a roupa da maternidade, ainda inchada.
Entrei de mãos dadas com Melissa, e não acreditei em quem estava lá também.
– Ai eu não acredito! – coloquei minhas mãos na boca – Taylor, seu pirralho, quanto tempo! – pulei em seu pescoço abraçando-o, Melissa estava no canto, chupando um pirulito que deixava sua boca toda azul. – e aí anãzinha.
– Nossa... quanto tempo...
– Quem é essa? – Taylor falou ficando da altura de Melissa.
– Essa é a Melissa, Tay. – Ashley explicou – Filha do Rob.
– Nossa filha. – corrigi e ela sorriu – Como você está Ash? E o bebê?
– Estou bem, os pontos estão um pouco doloridos.
– Foi cesariana?
– Hum hum. Ele era muito grande e eu não tive mais forças para empurrar. – ela sorriu – Nasceu com três quilos e oitocentas gramas.
– Ela deu à luz a uma bola, Kris... – Taylor riu.
– Nossa, tudo isso? – fiquei assustada.
– Melhor se acostumar com a idéia, do tamanho que o Robert é, o seu também não vai ser pequeno.
– Nem me fala.
– Espera... – Taylor arregalou seus olhos escuros- você também vai ter um bebê?
– Vou, estou com dois meses. – falei orgulhosa.
– Ah cara fala sério...! Vou pra casa fazer um bebê na Tay. Não quero ficar fora da rodada de papais não. – eu e Ashley rimos com os comentários bobos de Taylor.
Uma enfermeira abriu a porta e veio em nossa direção com um embrulho azul.
– Olha quem veio atrás da mamãe. – ela falou sorridente.
– Tay, Kris e Mel, quero que conheçam o meu Matthew. – ela sorriu pegando o bebê.
– Nossa ele parece muito com o Josh. – falei.
– Graças a Deus né Kristen... imagina se ele nasce parecido com o padeiro? – Taylor falou irônico – Acho que a Ash teria sérios problemas.
– Larga de ser tapado, moleque.- dei um tapa em seu braço.
– Eu quero ver mamãe... – Melissa se esticava segurando na cama.
– Sente-a na cama Kris, assim ela pode ver o meu bebê. Obedeci e ergui Melissa até a cama.
– Oi bebê... – ela falou sorrindo – olha o que eu trouxe pra você. – ela esticou o ursinho e colocou na frente do rostinho rosado de Matthew.
– Ohhh Kris, não precisava.
– É Kristen, não precisava, eu não comprei nada e agora tô me sentindo constrangido.
– Taylor, cala a boca. – falei rindo.
– Hey girls, preciso ir... sério, tenho um encontro com minha agente. Hey Kristen precisamos nos encontrar mais, cara, há muito tempo não vejo o Robert, e você mamãe, se cuida... – ele beijou a testa da Ashley e me abraçou. – se cuida amigão, bem vindo ao mundo. Hey gatinha dá um abraço... – Mel abraçou seu pescoço – mande um alô pro seu pai, ok?
–Tá.
– Diga que foi o tio Taylor quem mandou, beleza?
– Beleza.
Taylor foi embora, Melissa ficava tocando as bochechas do bebê enquanto Ashley o amamentava.
– Isso parece doer. – olhei o bebê sugando seu seio.
– Não. Logo de início incomoda, mas depois você acostuma. – ela sorria olhando pro bebê.
– Mas alguém veio? Digo, do elenco...?
– A Dakota veio e o Kellan, só tenho o número dos dois e da Nikki, mas ela não atendeu o telefone. – o bebê soltou seu seio e ela sorriu, cobriu-se, colocou-o em seu ombro e deu alguns tapinhas em suas costas e logo ele arrotou – O que você acha de segurá-lo?
– Posso? – fiquei meio assustada, eu não tinha jeito com crianças daquele tamanho.
– Claro, aproveite e treine um pouco. – Ela colocou o bebê com cuidado sobre meus braços – Cuidado com a cabeça, ok?
– Tá. – eu estava toda torta, tentando manter o bebê normal, dei alguns passos e me sentei no sofá – Ele é tão mole.
– Claro né Kris. Ele acabou de nascer... – ela riu. – relaxe e você se acostuma.
– Ainda tenho mais sete meses para me acostumar, falta muito.
– De jeito nenhum, passa voando amiga, você nem imagina. Me conta. Como ele reagiu, quando soube? – ela fazia cafuné nos cabelos de Melissa que estava com a cabeça deitada sobre suas pernas, vendo TV.
– Da melhor forma possível. – sorri ao lembrar – Vamos nos casar.
– Sério? – o sorriso largo apareceu em seu rosto.
– Hum hum, mas vai ser algo simples. Você sabe que não gosto muito dessas coisas de ser o centro das atenções.
– É, eu sei.
Passamos mais algumas horas fazendo companhia a Ash e ao bebê, até que Josh chegou, já era noite e decidimos ir embora.
Sabe aquela sensação se estar sendo seguida? Eu estava sentindo isso, olhei pelo retrovisor, mas parecia tudo normal.
– O que achou do bebê filha?
– Ele é fofinho... – falou apertando as próprias bochechas – ele vai ser amiguinho do meu irmãozinho né mamãe?
– É amor.
– Ou namorado da minha irmãzinha... – ela riu tapando a boca com as próprias mãos.
– Acho que seu pai não vai gostar muito dessa história... – soltei um riso pelo nariz.
– Mãe, tô com fome, para ali no McDonald’s?
– Tá a mamãe para. Vamos comprar pra comer em casa?
– Não, quero comer aqui.
– Tá bom.
Entrei no estacionamento da lanchonete, que estava absolutamente lotada, não tinha nenhuma vaga sequer.
– Tem uma ali mamãe. – Melissa apontou para o fundo do estacionamento, uma vaga pouco iluminada ao lado de um muro. – Ali filha? – aquilo era meio sombrio demais – Parece perigoso.
– Mas só tem essa mamãe, e eu tô com fome. – Melissa e suas manhas. A sensação voltou, olhei ao redor e não havia nada além de carros.
– Está bem então. – parei o carro e puxei o freio de mão, girando a chave em seguida, desligando-o. Saí do carro e Melissa também. Segurei sua mão e fomos até a lanchonete. – O que você vai querer?
– McLanche Feliz. – falou sorridente.
– E eu ainda pergunto... – balancei a cabeça rindo.
– Mamãe, me dá colo? – ela erguia os braços, fazendo bico.
– Não amor, mamãe não pode te carregar.
– Mas eu tô cansada.
– Que tal ficar lá naquela mesa, – apontei para o local – enquanto a mamãe faz o pedido?
– Tá bom, mas não demora.
– Tá bom.
Fiquei observando Melissa até ela se sentar, sorri quando ela olhou pra mim e mandei um beijo. A fila não estava tão longa, mas acabei passando alguns minutos para receber o lanche. Olhei para mesa e ela estava entediada, balançava as perninhas e apoiava o queixo com as mãos.
– Pronto amor, aqui está. – coloquei a caixinha na sua frente, junto com o refrigerante.
– Mamãe, o papai não ligou o dia todo... – ela falou colocando uma batata na boca.
– Eu sei amor, acho que ele deve estar muito ocupado.
– Liga pra ele mamãe.
– Tá bom. – peguei o celular e disquei, chamou e ninguém atendeu, disquei mais duas vezes e nada – Acho que ele está gravando amor. – desisti e coloquei o aparelho de volta na bolsa.
Robert´s Pov
Acabei dormindo depois da última gravação da tarde, acordei com batidas no meu trailer.
– Oi. – levantei e abri a porta.
– Robert, está atrasado para o ensaio da cena. Já estão todos lá no set esperando.
– Que merda, perdi a hora, já estou indo.
Peguei meu celular que estava sobre a mesa e olhei, três chamadas não atendidas da Kristen.
Que merda eu não escutei o celular tocar.
Olhei e ele estava no silencioso.
Droga.
Apertei a rediscagem antes de ir para o set, mas a merda do celular estava fora de área.
Desisti, coloquei o celular na bolsa, eu só tinha mais uma cena e logo estaria em casa, olhei no relógio, oito horas.
Espero estar em casa antes de uma da manhã.
Kristen´s Pov
– Terminou? – perguntei assim que ela deu o último gole em seu refrigerante. Eu já havia terminado há algum tempo e fiquei esperando-a, pacientemente.
– Terminei.
– Vamos então? Mamãe tá cansada.
– Tá.
Ela pulou da cadeira e veio logo me dar a mão.
Saímos da lanchonete e um calafrio me subiu a esquina, de repente um medo dominou meu coração, apertei a mão de Melissa mais forte, coloquei a chave afiada do carro entre os dedos, aquilo poderia perfurar alguém sem a menor dificuldade.
– Vamos Mel. – andamos em passos rápidos até o carro, vi a silhueta de um homem perto do meu carro, coloquei Melissa no colo e tentei voltar para a lanchonete.
– Ainda brincando de casinha com aquele inglês, Kristen? – senti uma mão apertar meu braço e me puxar de volta, a voz de raiva me deu medo. Me desequilibrei e deixei Melissa escorregar pelo meu corpo, até o chão.
– Me larga, Fernando. – minha voz saiu autoritária e firme.
Ele puxou meu corpo para o outro lado do carro, onde estava mais escuro.
Ouvi Melissa gritando “mamãe” desesperadamente algumas vezes.
Fernando me pegou firme pelos dois braços e beijou meus lábios.
Senti nojo, repulsa.
– Me larga! – senti as lágrimas deixarem meus olhos e escorrerem.
– LARGA A MINHA MÃE! – Melissa tentou empurrá-lo, mas foi em vão.
– Saí daqui rejeitada. – ele empurrou a minha filha, que caiu sentada no asfalto, ralando o cotovelo, ela chorou alto e vi seu rostinho ficar vermelho.
– Deixe-a em paz, não encoste um dedo nela, seu nojento.
Ele voltou a segurar meus braços com firmeza e me jogou contra o muro de tijolos vermelhos e cimento à mostra.
Senti uma dor tremenda em minha cabeça, uma gota de sangue escorreu pelo meu pescoço e aquilo aumentou meu medo.
Senti a chave do carro entre minhas mãos, quando ele veio para cima de mim e começou a beijar meu pescoço, apertei o botão que destravou o carro.
– Entra no carro Melissa, entra agora! – ela levantou, abriu a porta e entrou, apertei novamente a chave e o carro travou.
– Que tal deixar essa bastardinha aqui e a gente foge hein? – ele falava ao meu ouvido, com sua barba roçando meu rosto.
– Me larga Fernando, por Deus, me larga. – eu estava desesperada, minhas mãos tremiam e o medo me consumia. Vi o rostinho de Melissa na janela do carro, ela chorava desesperadamente do lado de dentro e batia no vidro, com suas pequeninas mãos.
– Você é muito teimosa sabia? – seus beijos desceram pelo meu pescoço e chegaram até o decote de minha blusa. – Você me ama, sempre me amou, está nesse joguinho só para me irritar.
– Não... – meu choro estava descontrolado – não Fernando, você está doente isso sim, me larga, ME SOLTA! – ele me jogou no chão e eu caí sobre o meu braço direito, senti arder por causa do atrito com o asfalto. – Você é minha, entendeu? Você é minha. – ele se ajoelhou e puxou meu cabelo, levando minha cabeça até perto de seus lábios.
– Não, não sou... – falei soluçando – vou me casar com ele, eu sempre amei-o.
– O que? – ele pareceu pasmo – Casar? VOCÊS VÃO CASAR? VAGABUNDA! AAAAAAAAHHHH...
Ele levantou e eu senti um chute forte na direção a minha barriga, urrei de dor, a pior dor que senti da vida.
O ar faltou e eu apertei a região.
Meu bebê, o meu bebê.
O sonho me veio à mente e a dor se tornou mais aguda.
– O... o meu bebê... – sussurrei.
– O que? Bebê? Você tá grávida dele?
– Você machucou o meu bebê... – falei entre soluços.
Ouvi a respiração dele mais pesada e dois chutes ainda mais fortes atingiram a região.
Entrei em desespero quando senti um líquido escorrer pelas minhas pernas.
Meu Deus, eu vou perder meu bebê.
– Eu vou embora da sua vida, mas eu espero que você e esse bastardo morram.
Ele cuspiu em minha direção, senti meu rosto meloso de sua saliva.
Abri os olhos e o vi andando tranquilamente até seu carro, olhou para os lados, entrou e foi embora.
Segurei firme minha barriga, a dor era forte demais e eu não conseguia me levantar.
Ouvi os gritos abafados de Melissa vindo do carro.
– Mamãe. Mamãe.
Apertei a chave e destravei, ela pulou do veículo e abraçou meu corpo com seus bracinhos curtos.
– Mamãe. – ela chorava desesperadamente.
– Amor, ajuda a mamãe.
– Mamãe, isso é sangue. – ela olhou assustada.
– Amor, volta na lanchonete, correndo... – falei ofegante – chama a primeira pessoa que você ver na frente, fala que bateram na mamãe e que a mamãe precisa de ajuda. Ok?
– Tá...
– Filha, vai rápido.
Pov Off
Melissa correu para o McDonald’s novamente, abriu a porta e encontrou um funcionário limpando o chão.
– Tio, tio. – chorava desesperada.
– Hey, o que foi pequena? Se perdeu da sua mamãe?
– Tio, bateram na mamãe, ela tá morrendo tio, tem sangue nela.
– O que?
O rapaz chamou o gerente e os dois saíram correndo até onde Melissa os levou.
– Meu Deus, é Kristen Stewart. – o funcionário reconheceu.
– Fique calma, ok? – o gerente se ajoelhou ao lado de Kris e a acalmou – Já chamei a ambulância, vai ficar tudo bem.
– O meu bebê, eu vou perder o meu bebê.
– Calma, vai dar tudo certo.
Melissa´s Pov
Um carro branco gigante chegou fazendo o maior barulhão.
Tampei minha orelha com as minhas mãozinhas. No carro tinha um monte de luzes coloridas, parecia a árvore de Natal na casa da vovó Clare.
A mamãe tava chorando muito e dois titios usando uma roupa branca pegaram ela do chão e colocaram dentro do carro de árvore de Natal.
– A criança tá com ela. – o homem do McDonald’s gritou e me colocou no colo.
– Me dê ela. Oi princesa, o titio é médico ok? A gente vai cuidar da sua mamãe ok?
– Tá...
– Não chore ok?
– Hum hum... – eu limpei meu rostinho que estava todo molhado, por que eu tava chorando.
O carro de Natal correu rapidão e fazendo um barulhão.
Eles colocaram um negócio amarelo na cabeça da mamãe, e amarraram ela em uma tábua de passar roupa, igual a que a vovó Clare tinha em casa.
Quando a gente chegou no hospital um monte de gente vestido de Gasparzinho tirou a mamãe da carro grande e levaram ela embora e eu fiquei.
– Chamem a assistente social para ficar com a menina, ela está assustada, precisam acalmá-la e tentem ligar para alguém, avisando que ela está aqui. Parece que ela está grávida, ela veio o caminho todo falando de um bebê.
O tio vestido de Gasparzinho passou pela porta onde os outros Gasparzinhos tinham levado a mamãe.
Eu fiquei sentadinha, quietinha até uma outra titia que parecia um fada chegar.
Eu fiquei quietinha por que senão o papai ia brigar comigo se eu ficasse pulando e também, por que eu queria a mamãe.
– Tudo bem?
– Eu quero a mamãe.
– Calma, vem aqui com a tia, não chora ok?
– Eu quero a minha mamãe.
Pov off
Mais de três horas se passaram, a assistente social conseguiu acalmar Melissa, que ainda estava assustada, mas havia parado de chorar.
Ela não conseguiu entrar em contado com ninguém.
– Você sabe outro número além do seu pai, amor?
– Não.
– Tem certeza?
– Tenho certeza tia. – ela falou coçando os olinhos. – Só sei o do papai e da mamãe. Tia, tô com sono. E quero minha mãe.
– Vamos fazer o seguinte, titia vai colocar você pra dormir ok? Aí quando você acordar você vai ver a mamãe, combinado?
– Eu queria ver a mamãe agora.
– Mas agora os médicos estão cuidando da sua mamãe e do seu maninho, você não pode ficar lá.
O telefone tocou e a assistente social atendeu.
– Hospital Central de Los Angeles. Assistente Social Cindy, boa noite.
– É... boa noite. Me ligaram várias vezes desse número e estou retornando.
– Com quem falo?
– Robert.
– O nome do seu pai é Robert? – ela perguntou para Melissa, tampando o telefone.
– É o meu pai.
– Senhor Robert, sua filha é Melissa, 4 anos de idade, cabelos loiros e olhos azuis?
– É sim, por quê? O que aconteceu com minha filha? – sua voz começou a se alterar.
– Sua filha está bem, mas sua esposa sofreu agressões corporais e a trouxeram para cá.
– Estou indo para aí agora mesmo. – ele desligou o telefone, nervoso.
Não demorou muito e Robert chegou ao hospital, foi encaminhado a sala da assistente social e já no corredor encontrou Melissa, sentadinha, olhando os pés, balançando as perninhas.
– Minha filha... – ele pegou a menina no colo e beijou seu rosto – se machucou? – ele falou ao ver o curativo em seu cotovelo.
– Foi, o homem me empurrou.
– Quem era?
– Era aquele que entrou na casa da mamãe.
– Fernando? – ela deu de ombros.
– Senhor Robert? – a assistente social falou assim que saiu de sua sala.
– Sim, sou eu.
– Papai, quero a mamãe.
– Calma amor. Onde está minha esposa?
– O médico vai falar com você. Me acompanhe. Melissa, que tal a gente ir comer um chocolate?
– Não, eu quero minha mãe. – ela falou fazendo manha.
– Filha, vai com ela, quando o papai sair daqui a gente vai ver a mamãe, ok?
– Tá.
Robert´s Pov
Entrei na sala do médico e ele estava atrás da mesa vendo uns exames.
– Boa noite.
– Ah boa noite – ele se levantou e me cumprimentou – doutor Clark.
– Robert Pattinson. Doutor, como está a Kristen, e o bebê? Ele está bem não está?
– Primeiro de tudo, fique calmo, ok? A Kristen está bem, e o bebê. Bom, eu diria que seu bebê é realmente forte, ele só nos deu um susto.
– Graças a Deus. – respirei aliviado.
– Mas ela precisa descansar, ela vai ficar em observação por esses dias, ela perdeu um pouco de sangue por causa das pancadas na região abdominal. Demos três pontos na nuca dela, um corte não muito profundo.
– Ok, ok.
– Ela está dormindo. Achamos melhor ceda-la. Ela estava muito nervosa e isso iria fazer mal ao bebê.
– Ela ainda não sabe de nada?
– Ainda não.
– Ok, posso vê-la?
– Claro que pode. Ah senhor Pattinson. Tome. – ele me entregou um envelope.
– O que é isso?
– Um exame de sangue que tivemos que fazer para saber a situação dos dois. E bom acho que deve ficar com isso, como uma boa notícia.
– Boa notícia? – do que esse homem tava falando?
– Fizemos um exame de sangue. Se no sangue for encontrado o cromossomo Y, significa que o bebê é um menino caso não seja encontrado, é menina.
– E...
– O senhor gosta de futebol?
– Gosto. – falei sem entender nada, a gente não tava falando do bebê?
– Então aconselho a comprar a camisa de seu time favorito, por que você vai a muitos jogos daqui a cinco ou seis anos.
– Eu... eu vou...
– O senhor vai ser pai de um meninão, senhor Pattinson, um meninão muito forte.
Caramba, caramba, caramba... eu comecei a rir involuntariamente e o médico riu da minha cara. Passei as mãos em meus cabelos tentando controlar o nervosismo.
– Obrigado. – respondi sorrindo.
– Não por isso. Se quiser pode levar a menina para ver a mãe. Desde que chegou aqui ela parece muito aflita. Mas ela está dormindo, por favor, deixe-a descansar.
– Ok, obrigado.
Saí do consultório sorridente, Melissa me esperava no corredor, abracei minha filha e a beijei repetidas vezes.
– Pára papai, sua barba coça.
– Não me importo. – esfreguei meu rosto no seu, fazendo-a rir.
– Eu quero a mamãe.
– Ok. Eu também quero ver sua mãe, amor, vamos atrás dela, ok? Mas o médico falou que ela está dormindo, então não podemos acordá-la, ok?
– Tá.
Uma enfermeira nos encaminhou até o quarto de Kristen, abri a porta com cuidado, a luz de um abajur era tudo o que tinha.
Me aproximei de sua cama, segurando a mão de Melissa, que parecia assustada.
Em seu braço esquerdo, um fio lhe conectava ao soro e do outro, um curativo. Toquei seu ventre por instinto e beijei sua barriga.
– Graças a Deus você está bem. – sussurrei contra sua pele, falando com o bebê – Graças a Deus que vocês estão bem. – corrigi ao ver seu rosto sereno, dormindo.
– Papai... – Melissa falou baixinho, erguendo os braços, a peguei no colo, para poder ver a mãe.
Ela esticou seu corpo em direção a Kristen e eu a levei para mais perto, ela se dobrou e beijou a testa da mãe. Melissa voltou a sua posição normal, bocejou e coçou os olhinhos.
– Papai... – falou manhosa.
– Está com sono, não é? – ela confirmou com a cabeça, olhei ao redor e achei um sofá, parecia ser preto. Deitei Melissa lá e tirei a blusa que eu usava aberta, como jaqueta, coloquei por cima do seu corpo, como um lençol. – Dorme aqui por enquanto ok? Papai vai tentar ligar para a titia pra ela vir pra cá, ok? – ela balançou a cabeça, concordando, fechou os olhinhos e eu a observei, serena.
Saí do quarto e fui até o corredor.
Para quem ligar?
Fechei a porta do quarto atrás de mim e fiquei parado ali, passando uma lista mental, achei prudente ligar para a mãe dela primeiramente.
Disquei o número e no segundo toque, Jules atendeu.
– Jules?
– Oi Robert. Algum problema?
– Infelizmente sim.
– O que houve?- Expliquei tudo a ela, e notei seu desespero. – Estou aí em alguns minutos. Já estou chegando.
Voltei para o quarto e percebi que ela havia se mexido, fui até o leito e tirei uma mexa de cabelo que cruzava seu rosto. Ela estava pálida, vê-la daquela forma era algo doloroso, agonizante. Aproximei meus lábios dos seus e os beijei, estavam frios e um tom a menos do rosado que geralmente eram. Ela respirou fundo, será que estava sonhando?
– Desculpa se não pude te proteger. – falei baixo, passando meus dedos sobre seu rosto – Juro que se aquele canalha passar na minha frente... não quero nem pensar. Não vou responder por meus atos.
Sua boca estava chamativa.
Curvei-me novamente e deixei meus lábios tocarem os dela, pela segunda vez.
Eles estavam secos, sem vida, sua boca fechada, for instinto, talvez, ela abriu a boca alguns milímetros e nossos lábios puderam se encaixar.
Nossa, até mesmo sem cor, secos e sem vida, eles eram doces, completamente doces.
Aos poucos o nó em meu peito começou a se desfazer, a calmaria foi dominando meu corpo e eu consegui analisar tudo o que estava acontecendo.
– Eu te amo. – sussurrei em seu ouvido.
Sentei em uma poltrona e acabei adormecendo.
Senti alguém cutucando meu braço e abri os olhos, Jules me olhava, com seus óculos retangulares e John velava o sono da filha, passando seus dedos nos cabelos de Kristen.
– Olá Jules.
– Oh Rob, como isso aconteceu?
– Eu não sei bem, Melissa me contou só o que eu lhe falei. Temos que esperar a Kris acordar para explicar tudo. – arrumei meu corpo da poltrona e ouvi minha coluna estralar.
– É melhor ir pra casa descansar. Eu fico aqui com ela e John.
– De jeito nenhum, eu vou ficar. A Melissa precisa ir dormir. Ela pode ficar com vocês?
– Sem dúvida. E o bebê? Ela não perdeu o bebê, não é?
– Graças a Deus, não. A senhora vai ter um neto. – falei baixo, abrindo um sorriso.
– Não acredito – ela colocou as mãos sobre a boca e seus olhos verdes iguais aos da Kristen, encheram-se de lágrimas.
– O que houve? – John perguntou do outro lado do quarto, junto da filha.
– John, ouviu isso? – falou emocionada, tentando manter o tom de voz – Vamos ter um neto, um menino, John.
– Um meninão? – John sorriu bobo – Como descobriram?
– O médico teve que fazer alguns exames de sangue e acabou descobrindo o sexo pelo teste.
– Que maravilha, que maravilha.. – os olhos de Jules brilhavam. – vamos levar Melissa para casa, assim que Kristen acordar, me ligue, por favor. Já liguei para o hotel e avisei seus pais e irmãs, mas eles virão amanhã de manhã, parece que tem alguns paparrazi rondando o hotel.
– Está bem.
– Pode ficar tranqüilo, vou ligar assim que chegar em casa e falar a novidade. – ela puxou-me e beijou meu rosto – cuide da minha filha Robert.
– Pode ter certeza, Jules. Ela está bem.
Continua...
Nossa que susto! Pensei no sonho dela e achei que ela fosse perder o bebê. Ainda bem que os dois ficaram bem. Espero que esse Fernando seja pego e passe um bom tempo na cadeia. Amanhã volto com mais. Beijos.
Nossa tenso ainda bem q ela nao perdeu o bebe esse cara merece um boa surra canalha!! Ah chorei horrores. Beijusculo ate amanha!
ReplyDeleteFernando seu FDP!! Merece apodrecer na cadeia!
ReplyDeleteBjss
Marcela =)