FANFIC - LOVE YOU'TILL THE END - CAPÍTULO 5

Olá galera! No capítulo de hoje Kristen e Rob passam bons momentos com a família dela, mas parece que o momento de amor passará por turbulências...

Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; heterossexualidade

Love You´till The End

By Janni

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

CAPÍTULO 5

Todos entraram na casa e Kristen avistou o pai sentado na poltrona no escritório, lendo um jornal.

– Pai.

Ela falou mais alto. O senhor de cabelos até os ombros, branco, um boné preto na cabeça e óculos, olhou por cima do jornal e sorriu ao ver a filha. Levantou-se e abriu os braços.

– Kristen. – foi até a filha e a abraçou forte – Como você está minha filha? Não acredito ainda no que aquele canalha fez...

– Pai, shiii, tá tudo bem, vai ficar tudo bem, fique tranqüilo.

– É eu sei que vai. – beijou o rosto da filha e olho para porta, onde estava Robert com a filha no colo. E Jules ao lado dos dois. – Robert, filho, que prazer em revê-lo. 

– O prazer é meu também senhor Stewart. – o cumprimentou com dois tapas das costas.

– Pai... – Kristen posicionou-se ao lado do namorado – essa é Melissa.

– Mel. – a menina corrigiu.

– Ok! – riu da autoridade da criança – a Mel.

– Oi baixinha...

– Oi velinho. – retrucou.

– Melissa! – Robert a repreendeu enquanto todos gargalhavam – Me desculpe John, essa menina às vezes tem a língua maior que a boca. – falou envergonhado.

– Sem problemas Pattinson, crianças sempre falam a verdade. Hey Mel gosta de música?

– Gosto...

– Então venha vou mostrar para você e a seu pai alguns vinis.

– Vinis? O que é isso?

– É um tipo de CD gigante, que se usava antigamente – explicou.

– Tô falando que ele é velho...

– MELISSA ! – Robert ficou vermelho e Melissa o olhou sem entender nada.

Kristen´s Pov

Minha mãe me olhou e sorriu, fez um leve movimento com a cabeça, me chamando para acompanhá-la, seguimos juntas para a cozinha.

O cheiro estava ótimo, fatias de peito de frango assavam no forno com um molho secreto da Mama Stew.

Ela pegou uma panela em um armário mais alto, colocou creme de leite e um pó de chocolate, começou a mexer a mistura e me olhou, sentei no banco em frente a bancada que ficava na cozinha, observando seus movimentos.

– E então? – ela quebrou o silêncio. 

– E então o que?- perguntei. Ela começou a mexer mais a massa marrom e sorriu sem jeito. – Não sei como começar. – me olhou, eu tirei os óculos, colocando-os em cima da bancada.

Jules deixou a panela um pouco no fogo e veio em minha direção, levantou um pouco meu rosto, segurando meu queixo, e mirou a sombra roxa ao redor do meu olho direito.

– Eu nunca vou perdoar esse homem. Como ele pôde maltratar a minha menina?

– Mãe, não se sinta assim, já tá...

– Kristen, não adianta tentar me consolar. – interrompeu-me – Você é minha única menina, nunca levantei a mão para você e aparece um covarde, sem caráter e faz isso com você. Seu pai chorou muito sabia?

– Posso imaginar... – falei baixando a cabeça - ele sempre foi muito protetor, apesar desse jeito dele, ele é muito protetor.

– Fico feliz em te ver com o Robert novamente. Feliz, mas ao mesmo tempo preocupada.

– Com o que?

– Ele é pai agora. Como está seu relacionamento com ela?

– Muito bem, ela é um amor de criança, educada, esperta, carinhosa.

– Não duvido. Ela parece um anjinho. Mas, não me refiro a isso – ela continuou – Kristen, filha, não me leve a mal, só quero me certificar que você tem idéia da sua situação agora. – balancei a cabeça positivamente e continuei prestando atenção. – O Robert ter te acolhido, após a ameaça do Fernando, foi algo que eu realmente admirei. Mas agora você tá fazendo um papel que não é seu. Sei que você gosta da Melissa, mas se você quer continuar esse relacionamento, lembre-se que você vai assumir um papel materno na vida dela e apenas gostar dela, não será suficiente. Se você quer realmente ficar com Robert, leve em consideração o que você sente pela Melissa, e a ame. Por que se mais adiante você perceber que está carregando um fardo maior que pode agüentar, eu vou ser a primeira a lhe dar as costas, por que eu sei a importância que você vai ter na vida dessa criança e eu não vou querer ver uma menininha tão linda como ela sofrer. 

– Mãe, eu realmente quero que ela me veja como uma mãe. Eu consego suportar isso, juro que consigo. Eu sinto... sinto uma necessidade de cuidar dela.

– Eu estou do seu lado. – segurou minhas mãos sobre a bancada – Eu sempre estive do seu lado. E bom... – ela sorriu sem jeito – acho que ganhei uma neta não foi? – falou com os olhos cheios d’água. Contornou a bancada e me abraçou – Vocês podem contar comigo, comigo e com seu pai. Estava realmente faltando uma criança nessa casa. 

– Mãe... – sorri sem jeito e mudei de assunto – acho que tá queimando. – apontei para o fogão e minha mãe correu em direção à panela e começou a mexer, salvando o creme.

Almoçamos e tivemos uma tarde ótima na casa dos meus pais, eles realmente estavam gostando da presença de Melissa entre nós, davam gargalhadas com as brincadeiras dela. 

– Quero mais bolo. – ela fez cara de pidona para minha mãe.

– Melissa, já chega, você já comeu 2 pedaços, chega de chocolate por hoje. – Robert falou.

– Por favor, papai. 

– Não. Já chega.

– Tia Quisten, fala com ele. – suplicou.

– Que tal você levar um pouco pra casa? – minha mãe interrompeu – E amanhã você come, pode ser?

– Tá. – concordou.

Voltamos para casa e eu decidi tomar um banho para relaxar, Robert e Melissa foram para sala tentar falar com Clare pela webcam, ela queria ver a neta e Melissa também sentia saudades da avó.

Mergulhei na banheira com sais, e tentei deixar minha cabeça vazia, não era hora de problemas, amanhã eu iria cedo ao cabeleireiro mudar o cabelo para o meu novo trabalho e Robert iria ao escritório da Summit assinar um novo contrato.

Senti meus músculos relaxando pouco a pouco, vagarosamente, a água morna me deu sono e acabei dormindo deitada naquela água cheirosa.

Robert´s Pov

– Mãe, está me ouvindo? – testei o microfone do computador.

– Sim filho e vendo perfeitamente bem também. Cadê minha neta?

– Aqui. – coloquei minha filha no colo, que se aproximou da tela do computador.

– Oi vovó. – gritou e gargalhou em seguida.

– Fique direito Mel, se não sua avó não consegue te ver bem.

– Oi minha princesa, como foi seu dia?

– Bem vovó. Comi um monte de bolo de chocolate que tia Jules fez. É gostoso.

– Eu sei minha queria, o bolo dela é irresistível, a vovó já provou algumas vezes.

– Olha o que o tio John me ensinou. – ela fez o sinal de rock com os dedos das duas mãos e gritou – ROCK AND ROLL!

Não agüentei, gargalhei alto, minha mãe também, meu pai apareceu atrás da imagem da minha mãe, querendo saber qual era o motivo dos risos, Melissa repetiu o gesto e ele gargalhou também. 

– Vovó, aqui não neva. 

– Eu sei filha.

– Eu gosto de neve.

– Quando você voltar pro Natal, Londres vai estar coberta de neve, ok?

– Tá bem então.

– Rob, vou desligar, aqui já é muito tarde. Cuide-se meu filho e cuide muito bem da minha neta também, mande beijos pra Kristen, ok?

– Está bem mãe, pode deixar que eu mando.

– Qualquer novidade no caso dela, me conte, por favor, estou super aflita com toda essa loucura.

– Pode deixar. Beijos, tchau.

– Tchau amores.

– Pai, posso assistir desenho? – ela falou assim que viu a tela do computador, negra.
– Claro, mas daqui a pouco vai tomar banho e dormir, ok? E sem choro.

– Tá, sem choro.

Ela seguiu para seu quarto e eu fui para o meu, onde a Kristen se meteu que eu não a vi? Entrei no quarto e um cheiro de rosas manipulou minhas narinas. 

– Amor? – chamei, mas ela não respondeu. – Kristen?

O closet estava fechado e ninguém no quarto, a porta entreaberta do banheiro me chamou a atenção e imaginei que o cheiro viesse de lá, abri a porta com cuidado e a vi deitada na banheira, de olho fechados, respiração lenta e a água cobrindo seu busto. Ajoelhei-me ao seu lado na banheira e deslizei os dedos em seus cabelos.

– Honey? – dei um beijo leve em seus braços e a vi franzir as sobrancelhas em protesto, abriu os olhos e piscou algumas vezes, tentando se acostumar com a luz.

– Eu dormi? – perguntou confusa.

– Dormiu. – sorri.

– Nossa. – esfregou as mãos no rosto, tentando despertar-se. – Já falaram com Clare?

– Já sim, ficamos te esperando, mas você não apareceu.

– Desculpe Honey.

– Sem problemas. Já terminou?

– Humrum... já vou sair.

Ela se levantou e a água perfumada escorreu por seu corpo alvo, peguei a toalha branca e felpuda e a abri, envolvi seu corpo com o pano branco e macio, beijei sei pescoço frio, sentindo seu perfume tomando conta dos meus sentidos, meus lábios procuraram sua boca, apertei sua cintura trazendo-a para mais perto de mim, seu corpo frio e perfumado causava-me devaneios. Beijei sua boca macia, minha língua invadiu sua boca sentindo todo seu gosto. Aquele gosto doce era só dela, só ela me provocava aquilo. Seu cheiro me manipulava, seu corpo me dominava. Ela espalmou a mão em meu peito e parei o beijo.

– Rob, amor, a Melissa pode aparecer. – voltei a abraçá-la e descansei meu rosto em seu pescoço, sentindo seu cheiro, beijei o seu ombro e em seguida dei um selinho em seus lábios e me afastei.

Já passavam das onze horas da noite, eu e Kristen tentávamos assistir a um filme, ou pelo menos tentávamos terminar de assistir.

Melissa já deveria estar dormindo há no mínimo duas horas, mas não, ela estava elétrica, já havia saído da cama umas dez vezes no mínimo e eu sempre voltava para deixá-la.

Kristen tentou ajudar, mas eu não deixei, Melissa era responsabilidade minha, eu que teria que agüentar seus mimos e birras. E pela milésima vez, ouvi seus passos em direção a sala...

– Pai. – falou com medo, ela sabia que iria levar bronca.

– Melissa, já chega. – levantei e senti meu rosto queimar, Kristen se assustou com meu tom de voz, puxei-a para meu colo segurando-a pelos dos braços – Você vai dormir agora, está de castigo, não tô nem aí, nada de brinquedos, TV ou doces amanhã.

– Não papai... – olha o berreiro abrindo – por favor, papai.

– CHEGA DE CHORO MELISSA. – ok! Eu não deveria ter gritado.

Kristen´s Pov

– ROBERT…

Gritei chamando sua atenção.

Ele tinha pirado ou o que? Tá certo que o joguinho de ficar acordado da Melissa estava cansando, mas chegar ao ponto que ele chegou de gritar com ela, já era demais.

– Kristen, fique fora disso, eu vou colocá-la na cama e...

– E mais nada. – contornei o sofá e fui em direção aos dois - Me dê ela. – peguei a menina de seus braços e enxuguei suas lágrimas. - Vem Mel, vamos tentar dormir. A tia Kristen vai ficar lá com você.

Segui para o quarto dela, e Robert ficou resmungando algo na sala, o que fiz questão de não ouvir. 

– Tia Quisten, eu vou ficar de castigo... – falou ainda soluçando.

– Não amor, você não tem culpa de nada.

Peguei um livro de contos de fadas na prateleira de seu quarto, um da Branca de Neve, nos esprememos na pequena cama, ela com a cabeça sobre meu peito. Li pausadamente e fazendo diferentes vozes para cada um dos sete anões. Da próxima vez eu vou pegar algum monólogo, assim só preciso trabalhar com um tom de voz e pronto.

Demorou, mas ela dormiu tranqüila, fiquei mais alguns minutos, para certificar-me que ela havia dormido. Cobri seu corpinho com o edredom pink e beijei sua testa.

Quando voltei para sala, ele não estava mais lá.

Fui para nosso quarto e o encontrei apoiado na janela, fumando, cabelos úmidos, usava uma cueca samba canção azul marinho, tragava o cigarro e soltava a fumaça, tentando relaxar.

– Você não precisava agir daquele jeito. – o repreendi.

– E você não precisava ter se metido Kristen. – ele apagou o cigarro no cinzeiro, estava zangado, irritado para ser mais exata... melhor... furioso.

A guerra estava lançada, façam suas apostas, um casal, um homem, uma mulher, em quem você aposta? No mais forte ou no mais habilidoso?

– Você não tinha o direito de tirar minha autoridade na frente da Melissa... – ele estava irritado, seu tom de voz era alto e severo, não chegava a gritar, mas parecia que a qualquer momento ele esmurraria a parede. – EU sou o pai da Melissa, EU sei o que é certo e errado para ela e EU digo o que ela tem que fazer. 

Ouvi-lo destacar o “Eu” em toda frase, fez o ódio subir.

– Você não tem esse direito Robert. Eu estou na sua vida, na vida dela, não vou ficar de estátua, assistindo tudo de canto. 

– EU – ele apontava para o próprio peito – EU SOU O PAI DELA...

Respira Kristen, conta até mil. Não, não deixa as lágrimas caírem. Merda... caíram.

Meu rosto estava ardendo, as lágrimas eram uma mistura de ódio e mágoa.

Ele tinha me escolhido para ficar do lado dele, e agora queria o que? Que eu ficasse de coadjuvante na vida dele, na vida da filha dele? Idiota. Isso que Robert Pattinson era, um grade e perfeito idiota.

Amanhã cedo eu iria embora. Por que não vou agora? Simples, não vou correr pra casa dos meus pais depois de tudo que falei pra minha mãe.

Peguei meu travesseiro e o edredom da cama, fui e direção a porta e...

– Onde você vai? – ele perguntou, talvez tentando me impedir.

– Para o SEU sofá...

Continua...

Opa, primeira briga de casal? Parece que as coisas ficaram quentes mesmo entre eles. Mas a Kris tem toda razão, se ele quer que ela faça parte da vida deles, tem que permitir que ela interfira quando achar necessário. Vamos ver como eles vão agir amanhã. Beijos.