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Tuesday, December 13, 2011

FANFIC - LOVE YOU'TILL THE END - CAPÍTULO 8


Boa tarde gente! No capítulo de hoje veremos qual atitude Kristen vai tomar quanto ao acidente da Melissa...

Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; heterossexualidade

Love You´till The End
By Janni

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 8

Kristen´s Pov

Esperei a secretária me anunciar e entrei. Uma senhora de cabelos pretos e traços orientais, me recebeu com a mão esticada.
– Senhorita Stewart... – apertei sua mão. – queira se sentar, por favor.
Sentei na cadeira a frente de sua mesa, ao meu lado, em outra cadeira, havia um homem alto, gordo, com cabelos ruivos só na lateral da cabeça, sua careca brilhada com a luz, um bigode ruivo escondia seus lábios superiores, estava de cabeça baixa, com a mão sobre o braço da cadeira apoiando sua cabeça, vestia um paletó cinza e uma gravata escorria por cima de enorme barriga.
– O que houve? – passei meu olhar do homem para a diretora.
– Tivemos um probleminha entre Melissa Pattinson e a aluna Mackenzie Marchal.
– O que houve exatamente.
A diretora respirou fundo e contou o que havia acontecendo, olhei para o senhor indignada, aquela deveria ser a segunda vez que ele escutava tudo aquilo, ele não falou nada, deveria estar incrédulo, assim como eu, como uma menina de seis anos poderia fazer isso? 
– Ela caçoava da Melissa, é isso?
– Sim – respondeu a diretora.
– O que ela falava para Melissa? 
– Não sabemos, – finalmente o senhor falava – sua filha não quis falar.
– A escola já chegou a uma conclusão com o que fazer com a aluna Mackenzie, ela foi convidada a se retirar, não aturamos esse tipo de comportamento aqui.
– Não me interessa, eu quero saber o que ela falava para a Melissa. E o senhor – falei para o homem ao meu lado – deveria saber também, para saber como corrigir sua filha.
– A senhorita quer que eu chame a Melissa para conversarmos?
– Por favor. – respondi.
A diretora saiu e voltou com Melissa e a outra menina, a filhote do Godizilla.
Melissa correu para mim e a coloquei sentada em meu colo, ela continuou de cabeça baixa, a outra menina ficou no canto, sob os olhos de fúria do pai.
– Meu amor... – falei colocando uma mexa de seu cabelo atrás da orelha. – fala pra mim o que a Mackenzie falava pra você. – ela balançou a cabeça negativamente e se aconchegou em meus braços. – Meu anjo, pode confiar, nós precisamos saber. – ela me olhou com aqueles olhos azuis e falou baixinho.
– Ela me chamava de órfã. – falou em um sussurro, senti um aperto em meu coração ao ouvir aquilo – Hoje puxou meu cabelo, falou que eu era um ET por que falava diferente. Por que eu falo diferente?
– Por que você nasceu em outro país meu anjo, em cada país se fala de um jeito.
– Ela falou que eu era boba também. – Beijei o topo de sua cabeça.
– Tá tudo bem tá bom? – falei em seu ouvido.
– Aceite minhas desculpas... – falou o homem – minha filha não é assim, não entendo o que houve. Vamos conversar quando chegarmos em casa, lhe garanto, ela nunca mais fará isso.
– Espero.
– Senhora... – falou a diretora - a escola está disponibilizando a psicóloga infantil para conversar...
– Não! – falei firme - Eu... eu não me importo se a escola já tomou a decisão, eu tomei a minha, nessa escola minha filha não pisa mais.
Filha? Deixei escapar sem querer, eu queria desabafar, na verdade queria esganar o irresponsável que deixou aquela criança a agir daquele jeito.
– Senhora, mas...
– Mas nada... eu sou a mãe da Melissa, – os olhos de Melissa arregalaram em minha direção ao ouvir aquilo, senti um calor bom invadir meu coração – e eu sei o que é melhor para ela, eu e o pai dela.
– Não é melhor conversar com ele primeiro.
– Claro que não, tenho certeza que ele não quer mais a filha aqui dentro também. Uma escola que não tem a responsabilidade de cuidar de uma criança não merece estar aberta. E se ninguém tivesse visto a Melissa na água? Deus, não quero nem pensar no pior.
– Mas não precisamos trabalhar com “se”, já está tudo bem.
– Não está tudo bem, quando temos crianças, devemos trabalhar com “se”, e pra mim chega. Tenham um bom dia – levantei com Melissa nos braços e saí da sala da diretora. Queria tirar o meu bebê de lá o mais rápido possível.
Coloquei Melissa no banco de trás do meu carro, sentada em sua cadeirinha, voltei para o banco do motorista e disquei o número de Robert. Ele não atendeu, deveria estar gravando. Não podia contar a verdade pra ele pelo celular, resolvi mentir.
– Amor, você deve estar gravando não é? Bom, já estou com a Melissa, não houve nada demais, ok? Pode fica tranquilo, à noite a gente se fala. Beijos e bom trabalho. 
Desliguei o celular e joguei sobre o banco do passageiro ao meu lado, olhei para trás e Melissa estava de cabeça baixa, tristonha. 
– Meu anjo... – ergui seu queixo, fazendo-a olhar para mim – não fique assim está bem? Nunca mais vão fazer isso com você está bem? – ela confirmou com a cabeça - Eu prometo. 
Ela contraiu os lábios, forçando o que de longe seria um sorriso.

Fomos para casa, decidi dar um banho em Melissa, para tirar o cloro da piscina.
Pedi para que Mercedes fizesse um hambúrguer e batatas fritas para ela jantar. Dei banho nela, lavei seus cabelos loiros e seu corpinho, ela ficou o tempo todo calada, tristonha.
– Vamos Mel. – puxei-a para meu colo, sentando-a enquanto eu começava a passar o pente rosa em seus cabelos. – Meu amor... – ela me olhou – fala comigo, você está tão quietinha...
– Posso fazer uma pergunta? – falou tímida.
– Quantas você quiser.
– Você é minha mamãe tia Quisten?
– Como? – meus olhos quase deixaram meu rosto.
– Você falou na escola que era a minha mamãe. Mas o papai me falou que minha mamãe foi embora, você é minha mamãe?
– Meu amor. – respirei fundo. Como eu iria me explicar? – Sabe como uma mulher vira mamãe?
– Não. – ela respondeu rapidamente.
– Pra ser mamãe, tem que ter um bebê aqui dentro. – eu coloquei minha mão sobre minha barriga – Foi assim que sua mãe virou mãe, você tava dentro da barriguinha dela. Mas algumas mamães tem filhos de um outro jeito. 
– Qual? – ela me olhou curiosa.
– Algumas mamães têm um bebê aqui dentro... – peguei sua mãozinha e coloquei em meu peito. – o que você tá sentindo?
– O ‘tum tum’ do seu coração.
– Pois é, algumas mamães tem filhos pelo coração. Quando ela gosta da criança... – abracei-a – ama mais que tudo na vida... – distribui beijinhos em seu pescoço, arrancando-lhe gargalhadas – aí ela vira mamãe.
– Você me ama mais que tudo na vida?
– Amo. – sorri.
– E isso é quanto? Assim? – abriu os bracinhos.
– Humm... – fingi pensar – assim. – abri os meus braços.
– Nossa, tudo isso?
– Tudo isso. – ri e lhe envolvi em meus braços.
– Então eu tenho uma mamãe?
– Depende, quando uma mamãe tem um filho aqui dentro... – apontei novamente para meu coração - o filho tem que querer ter uma mamãe. Você quer que eu seja sua mamãe?
– Quero, quero sim, muitão, eu quero muitão... – ela falava eufórica, respirei fundo para não chorar, ela era linda, o meu anjinho. – eu tenho uma mamãe agora né? – ela falou com os olhos fixos aos meus.
– Tem meu anjo, sou sua mamãe agora. – beijei o topo de sua cabeça e sem querer deixei escorrer uma lágrima, limpei rápido para ela não ver.
– Senhora – Mercedes chegou ao quarto de Melissa, flagrando-nos em nosso momento ternura.
– Oi Mercedes.
– Seu empresário está ao telefone.
– Ah claro, já estou indo. – coloquei Melissa sobre a cama e me levantei.
– MAMÃE – senti uma pedra de gelo cair em meu estômago quando ouvi sua vozinha me chamando assim.
– Oi meu anjo? – Mercedes me olhava sem entender muita coisa.
– Como o bebê vai parar dentro da barriga da mamãe? – me ferrei. Tive um ataque de riso. Ok! Essa eu vou passar pro super Pai Pattinson.
– Eu não sei meu amor, mas acho que seu pai sabe. Pergunta dele quando ele chegar, ok?
– Tá...
Fui para sala e deixe-a sozinha brincando com Mercedes, falei com meu empresário para resolvermos alguns problemas.

Robert´s Pov

Quando cheguei em casa, já era tarde. A casa estava escura, somente uma luz vinha do corredor, me aproximei do quarto de Melissa e pude ouvir suas gargalhadas e sua voz.
– Para mamãe – ela gargalhava alto – chega de cosquinhas mamãe, chega. 
Mãe? Como assim mãe? Abri a porta do quarto dela com tudo, e me deparei com Kristen e ela no chão, Melissa deitada sobre o carpete, com seu pijama e Kristen ao seu lado fazendo cócegas. Meu coração parava de bater aceleradamente enquanto meu cérebro captava a imagem, por um segundo imaginei que Sophie estivesse ali com minha filha. Mas não, era Kristen, com Kristen ela estava segura, mas espera aí, que papo é esse de mãe?
– Rob? O que houve? Parece assustado... – ela notou o medo em mim, mas achei melhor deixar pra lá.
– Não é nada amor. – me aproximei e beijei seus lábios, puxei Melissa para meus braços e distribui beijos em seu rosto, Kris continuou sentada olhando para cima, nos observando – Desculpa o papai por não ter ido te pegar hoje na escola, tá? 
– Tá. A mamãe foi me pegar. – apontou para Kristen.
– Mamãe? – meu olhar saiu dela em direção a Kristen, que sorriu envergonhada.
– É, eu ganhei uma mamãe. A mamãe falou que tem dois jeitos de ser mamãe, um quando o bebê tá na barriga da mamãe e a outra quando tá no coração, eu tô no coração dela, então ela era minha mamãe.
Sorri e beijei minha filha, vê-la repetir tantas vezes a palavra mamãe me causou uma espécie de comoção. Eu sempre achei que era capaz de criar minha filha sozinho, e que ela nunca iria precisar da mãe, e realmente ela não precisa da mãe dela, mas ela precisa de uma mãe.
– Papai... – chamou minha atenção. – como o bebê vai parar dentro da barriga da mamãe?
– O QUÊ??? – de onde ela tinha tirado aquilo? – Bom, acho melhor ir pra cama, amanhã tem aula. 
– Eu não vou mais pra aula.
– Por que não?
– Rob, conversamos sobre isso depois. – Kris falou, levantou-se e pegou minha filha dos meus braços – Mas a senhorita tem que dormir, já está muito tarde, ok?
– Tá bom.
Observei Kristen colocá-la na cama e cobri-la, ela beijou sua testa e falou que a amava, eu fiz a mesma coisa, logo em seguida.
– Vamos conversar. – ela me puxou e fechou a porta do quarto infantil – Está com fome?
– Menos do que tô confuso. Por que ela não vai à escola? Você falou que não era nada. E por que ela tá te chamando de mãe?
– Vamos jantar, eu estava te esperando.
Fomos para cozinha e comemos. Kristen não falou nada, o silêncio me incomodava e eu já havia terminado, dei o último gole no suco de laranja e deixei o copo sobre a mesa.
– Kristen, por favor, fala logo, o que tá acontecendo?
Ela terminou o suco e colocou os talheres sobre o prato. Me olhou como se me pedisse desculpas.
– O que houve Kris?
– Eu fui buscá-la na escola, por que... por que jogaram a Melissa na piscina.
– Mas a Melissa sabe nadar.
– Jogaram a Mel na piscina funda, ela com o susto não teve reação. 
Dei um soco na mesa, fazendo a louça trincar contra o vidro. 
– Quem fez isso com a minha filha Kristen?
– Uma menina um pouco mais velha que ela, deveria ter entre 5 e 6 anos.
– Não é possível.
– Ela ficava chamando a Melissa de órfã, colocava apelidos maldosos, a humilhava.
– E por que a Melissa não contou nada pra gente?
– Por medo Rob, claro. Eu sei o que é isso, já passei por esse terror, mas por sorte eu era mais velha que ela. Rob, eu não vou deixá-la voltar pra lá, juro que não vou. Não importa o que você diga, não vou deixar a minha filha voltar pra lá.
– Filha?
– Rob, ela é minha também, não diga que não é, por que estará mentindo. Você vê como ela é comigo e o que sinto por ela. Ela quer uma mãe e eu quero cuidar dela. Qual o problema de eu assumir esse papel?
Me levantei e fui em sua direção. Puxei-a para mim, abraçando-a. Beijei seus lábios, um beijo rápido, beijei seu pescoço e falei em seu ouvido.
– Tem certeza disso?
– Absoluta.
Não pude deixar de sorrir com aquilo.
– Eu te amo sabia?
– Eu já tinha percebido... – falou brincando – também te amo. – ela beijou meus lábios e se afastou. – O que vamos fazer com a Melissa? Ela não pode ficar sem ir pra escola.
– Vamos ter que achar outra escola pra ela.
– Isso é claro.
– Amor, agora eu tenho uma coisa pra lhe falar.
– O que? – ela perguntou erguendo uma sobrancelha.
– Vou ter que viajar para gravar algumas cenas.
– Quando?
– No mesmo dia do aniversário da Melissa.
– O que? E você não vai ficar pro aniversário dela Rob?
– Vou claro que vou, mas viajo de madrugada, depois da festinha.
– Hum. Para onde vai?
– Vamos gravar algumas cenas em Vegas.
– Vegas? Las Vegas? Olha a minha cara de quem acredita nesse papo. – ela apontou para o próprio rosto. – Tá querendo aprontar, senhor Pattinson?
– De jeito nenhum... – puxei seu corpo para o meu – não preciso aprontar. – beijei seu pescoço. - Falando em aprontar, que tal se a gente...
– Tarado. – ela riu.
– Ah tá bom santinha.
– Vem cá.
Ela puxou meu rosto para perto do seu e me beijou.
Nossa... aqueles lábios. Eu me esquecia de tudo quando minha boca tocava aqueles lábios.
– Vamos tomar um banho? – ela falou.
– Vamos...
– Só pra relaxar... – falou em um sussurro enquanto puxava minha camisa, mordeu o lábio inferior e piscou com o olho direito.
– Não brinca com fogo Kristen. 
– Não tenho medo de me queimar, Pattinson.
Chegamos ao quarto e chutei meu tênis para longe, Kristen riu e se aproximou.
– Que tal tirar essas roupas amor? – beijou meus lábios, enquanto levantava minha camisa.
– Não precisa nem pedir.
Sorri de canto de boca e terminei tirando a calça, me livrei de suas roupas também e a puxei para o banheiro. Abri o chuveiro e a água caiu morna. Ótimo, nada mais propicio de que isso. Molhei meu corpo e passei as mãos pelos cabelos, colocando-os para trás. Peguei o sabonete e ensaboei as mãos, ela fez o mesmo que o meu. Aqueles cabelos loiros molhados tapavam seu colo, me aproximei e os tirei dali. 
– O que está fazendo? – perguntou enquanto minhas mãos percorriam por seu corpo.
– Sentindo o corpo da minha namorada.
– Hum... e como ele é?
– Perfeito. – falei enquanto encarava seus seios molhados.
– Como perfeito?
– Pele macia, cheirosa, cintura fina, seios pequenos, pernas impecáveis. – ela riu tímida. – Kristen, você é muito gostosa. – falei olhando sério para ela, que gargalhou. – Eu falo sério.
– Não, não fala. – ela ria. 
– Claro que falo sweetie... – beijei o canto da sua boca e mordisquei seu queixo.
– Você acha gostosa uma mulher de vinte e cinco anos, atrapalhada e com cara de adolescente?
– Bom, se essa mulher for Kristen Stewart, sim, eu acho. – puxei seu corpo contra o meu e abracei suas costas. – Vem cá.
Água escorrendo pelos nossos corpos nus, claro que seria difícil me segurar por muito tempo. Aquela mulher me deixava louco. Entrelacei meus dedos em seus cabelos loiros, perto da nuca e capturei seus lábios. Eu tinha sede por aquele beijo, controlava seus movimentos com minha mão grudada em sua nuca. Puxei seu corpo e ela prendeu suas pernas ao redor de minha cintura. Não pensei duas vezes e não tive pudor algum em penetrá-la assim que senti nossas intimidades próximas. Ela gemeu alto, o que só aumentou meu desejo, comecei movimentos rápidos enquanto a água morna caia em minhas costas.
– Ro... Rob... – ela gemia meu nome e isso me fazia querer mais.
– Quer que eu pare? – sussurrei em seu ouvido.
– Você não seria louco.
Aumentei meus movimentos enquanto mordiscava seu pescoço, intercalando com beijos. Suas unhas arranhavam minhas costas. Fazendo que o contato da água provocasse um ardor, mas isso eu não me importava. Queria satisfazê-la e me sentir saciado dela. Meu corpo começou a se contrair, minhas pernas ficaram com cãibras e a adrenalina percorria em minhas veias com toda a força. Gemi alto em seu ouvido quando senti suas unhas fincando em minhas costas e seu grito de satisfação.
Meu corpo escorregou apoiado na parede e ela ainda em cima de mim. Não pude deixar de gargalhar com isso, ela riu junto. Passei minhas mãos em seus cabelos, tirando-os de seu rosto e beijei seus lábios doces que eu adorava.
– Já falei que te amo?
– Pra falar a verdade, já... – falou – mas não me importo de ouvir novamente.
– Eu te amo Kristen. Mais do que você possa imagina.

Kristen´s Pov 

Acabamos nosso banho e fomos para a cama.
Acabamos dormindo sem muita dificuldade.
Eu estava em um estado de inconsciente e consciente, àquela hora em que não sabemos ao certo se estamos dormindo.
O quarto ficou mais frio e eu não sabia o porquê, me encolhi contra seu corpo tentando me aquecer, ele me apertou.
Ouvi distante um barulhinho de chuva, nada muito forte no início, mas depois de alguns minutos a água caía mais feroz. Meu corpo encolheu por causa de um trovão.
Abri meus olhos e tudo estava escuro. Fechei-os novamente e obriguei-me a dormir, mas não consegui.
Escutei a porta abrir devagar e por instinto senti alguém se aproximar de mim.
Um dedo pequeno e fino cutucou meu ombro. Não respondi de primeira. Ela cutucou novamente, vendo que não teve sucesso da primeira vez, na segunda decidiu chamar.
– Mamãe... – falou baixinho. Abri os olhos imediatamente.
– Oi meu amor. – falei baixo também, para não acordar Robert.
– Tô com medo.
– De que amor?
– Tovão.
– Trovão – corrigi.
– Tovão.
– Tro, tro, trovão...
– To... trovão – ela repetiu.
– Não precisa ter medo de trovão meu anjo.
– Mas faz muito barulho.
Uma claridade invadiu o quarto, seguida de um barulho estrondoso, que fez com que as janelas estremecessem. Melissa colocou as mãozinhas na boca e seu corpinho enrijeceu. 
– Mamãe. – choramingou.
– Vem cá... – afastei-me dando espaço ao meu lado, levantei o edredom e ela deitou na cama. Passei as mãos em seus cabelos e beijei sua cabeça – mamãe tá aqui, tá tudo bem.
Acabamos dormindo, Robert ao meu lado, dormindo virado para o lado oposto de onde eu estava, Melissa dormiu com a cabecinha sobra meu peito enquanto ganhava cafuné. Fiquei sentindo o cheirinho de morango vindo do seu cabelo, sua respiração tranqüila, ela era um perfeito anjinho.

Acordei pela manhã com beijos pelo meu rosto, sorri de canto de boca e abri meus olhos. Os cabelos dourados, o peito nu, a pele branca e os olhos perfeitamente azuis.
– Bom dia sweetie. – ele sorriu e me deu um beijo em meus lábios.
– Bom dia honey. – toquei seu rosto, a barba por fazer, eu gostava dele assim, meio largado, barba mal feita, cabelos desarrumados.
– O que houve com ela? – balançou a cabeça em direção a Melissa.
– Estava com medo dos trovões.
– Que trovão?
– Choveu a noite toda amor. Sono pesado, não? – toquei seu rosto e o beijei.
Melissa virou na cama e resmungou alguma coisa, olhei para ela adormecida e sorri.
– Você vai gravar hoje? – ele tocou meu queixo com a ponta dos longos dedos.
– Não, tô de folga. – sorri.
– Sortuda. – ele se levantou da cama e foi em direção ao banheiro.
– Sortuda? – me levantei e fui em sua direção. – Você nunca foi de reclamar por ter que ir pra gravação... – parei na porta do banheiro, encostando-me na parede, enquanto ele escovava os dentes.
– Eu não reclamo, mas hoje adoraria ficar em casa com você e a Mel. 
– Vai gravar o dia todo? – abracei suas costas nuas.
– Hum hum... – ele cuspiu a pasta e enxaguou a boca. – devo voltar à tarde.
– O que acha da gente jantar fora?
– Jantar fora? – ele se virou e me abraçou.
– É, sair um pouco, relaxar. Nós três, o que acha?
– Adorei a idéia. – ele beijou meus lábios e abraçou meu corpo.
– Vou fazer o leitinho da Mel.
– Vou tomar meu banho. – ele se desfez da calça cinza de moletom que vestia e entrou no Box, não pude deixar de olhar, mordi os lábios tentando controlar meus pensamentos. – Quer vir comigo?
– Não, acho melhor não.
Deixei o banheiro e fui para cozinha, mexi no armário e acabei derrubando a mamadeira e os copinhos com tampa da Melissa, uma chuva de plásticos sobre minha cabeça.
– Ai caramba... – passei a mão na cabeça, para amenizar a dor.
– Senhora?
– Ah, oi Mercedes. Bom dia.
– Bom dia, quer ajuda?
– Não, não, não precisa – peguei os copinhos e coloquei de volta ao armário.
– Eu posso fazer o leite da menina, se a senhora quiser.
– Não, eu faço isso, pode deixar.
– Está bem. – ela ia saindo da cozinha quando decidiu voltar – Senhora, posso falar uma coisa?
– Claro Mercedes.
– A pequena lhe ama muito, a senhora não sabe o quanto... – ela sorriu e eu também.
– Eu sei, também amo muito a Melissa, Mercedes. Faria qualquer coisa por ela. Qualquer coisa mesmo.
– Posso imaginar. Bom, vou deixá-la em seu desafio matinal.
Ela sorriu e me deixou sozinha na cozinha. Peguei o leite na geladeira e esquentei, coloquei na mamadeira lilás e voltei para o quarto.
Assim que abri a porta, Robert saiu do closet, estava cheiroso, cabelos úmidos e a camisa xadrez servindo de jaqueta sobre uma camisa branca.
– Já vai?
– Já, em cinco minutos. Tenho que estar no estúdio em meia hora. – ele beijou meus lábios e pegou a mamadeira das minhas mãos. – Acho que temos que dar fim nisso... – ele balançou o objeto em suas mãos – ela já está bem grandinha pra ficar usando mamadeira.
– Amor, ela só toma o leite na madeira, deixa ela.
– Você a mima demais sabia? Tá estragando a minha... digo... nossa filha.
Eu sorri e confirmei com a cabeça enquanto ele se aproximou da cama.
– Mel? – ele beijou sua bochecha enquanto sua mão fazia movimentos circulares na costa de Melissa. Ela resmungou baixinho – Acorda princesa – ele falava com ternura e baixo. Ela coçou os olinhos e os abriu vagarosamente. - Bom dia! – ele sorriu.
– Bom dia papai. – ela inclinou-se para conseguir me olhar, esticou seus bracinhos em minha direção, me aproximei e a peguei no colo.
– Bom dia meu amor.
– Bom dia mamãe.
– Papai já vai tá bom? Olha, seu leitinho... – ele entregou a mamadeira para ela e beijou sua cabeça que estava deitada sobre meu ombro – foi o papai que fez.
– Não foi não. – ela falou ao colocar a mamadeira na boca e eu soltei um riso pelo nariz.
– Como sabe?
– Por que o da mamãe é mais gostoso.
– Eu sei fazer uma mamadeira melhor que você Superpai – eu ri e ele mandou língua para nós duas.
– Já vou meus amores. – ele beijou a filha novamente – Até mais tarde. – e eu ganhei meu beijo sobre meus lábios.

Continua...

Adorei a atitude da Kris, a Escola foi mesmo omissa nas humilhações que a Mel sofreu com as meninas “projetos de pivetes”. E foi muito lindo a conversa dela sobre ser mãe da Mel. O Rob deve se sentir muito realizado mesmo, a mulher que ele ama assumindo a maternidade da filha dela. Agora eles têm tudo para serem uma família feliz. Amanhã eu volto com mais. Beijos.
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4 comments:

  1. ADOREI amei loucamente esse capitulo chorei horrores tmbm!!!beijusculo ate amanha.

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  2. Muito linda a família que estah se formando!
    Bjsss
    Marcela

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  3. Esse é um dos capítulos mais emocionantes da fic, muito lindo o amor entre a kris e a mel

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...