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Monday, January 02, 2012

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 24


Olá pessoal! Preparem-se por que o capítulo de hoje está o oposto do ontem, a situação deles está muito difícil dessa vez...

Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; Violência

Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 24

“Tem gente que morre de mágoa, um troço que afeta o coração. Uma porrada de gente morre de ataque cardíaco. E é o coração que mais dói quando as coisas dão errado e se desmoronam.”
(Markus Zusak)

Não via quase nada na minha frente.
Na verdade eu só via muitas coisas brancas.
Eu tinha me arrependido de ter aberto os olhos, eu não fazia idéia de que horas eram, mas sabia que não estava mais no sofá e que o corpo quente que me embalara no sono, não estava mais comigo.
Resmunguei alguma coisa erguendo um pouquinho a cabeça para olhar em volta do quarto.
Eu ainda estava nua e com o edredom me enrolando por inteira, pois o ar condicionado estava ligado e devia ter sido Robert que me cobriu depois que saiu da cama.
Sim, porque com ele aqui, não havia maneira que eu pudesse sentir frio.
Mas onde diabos, ele tinha se metido.
Me sentei a contra gosto na cama, passando as mãos pelos olhos e sentindo minha cabeça girar um pouco. Olhei no relógio de nossa cabeceira e vi que já eram mais de sete horas da noite. Franzi ainda mais o cenho.
Onde ele estava?
Me levantei e tomei um banho morno colocando uma roupa bem leve para o caso dele querer sair ou algo assim.
– Rob? – chamei pelo apartamento. – Baby?
– Oii. – ele respondeu fechando a porta da sala atrás de si com algumas caixinhas nas mãos.
– Hey, onde estava? – perguntei quando ele me beijou deixando as chaves na mesinha de centro.
– Fui comprar algo pra você comer. – ele sorriu me entregando a caixinha que eu reconheci da Donutt’s.
Abri a caixinha encontrando alguns muffins e sorri a ele agradecendo, eu estava mesmo com fome.
– Você não vai comer? – perguntei mastigando enquanto ele me puxava para seu lado o sofá.
– Não, eu tomei um café. Estou bem.
Assenti com a cabeça mastigando e assistindo The Big Bang Theory ao som de sua risada.
Terminei de comer os muffins e joguei a caixinha no lixo, voltando pra sala e me deitando em seus braços logo depois com um sorriso no rosto.
Não demorou muito até o telefone tocar.
– Deve ser Tom. – ele disse colocando seu braço atrás de sua cabeça para tentar pegar o telefone na mesinha junto com o abajur. – Sim? – ele falou deixando sua mão acariciando meu couro cabeludo e depois todo o meu cabelo. – Oh... haam... sim... espere... Kris? – olhei pra ele que colocava a mão no bocal no aparelho.
– Oii.
– É sua mãe.
Pisquei algumas vezes para assimilar o fato de que era minha mãe no telefone e meio que mecanicamente peguei o aparelho de suas mãos me sentando no sofá, olhando pra ele.
– Olá mamãe.
– Filha, boa noite. Está tudo bem?
– Sim, tudo ok.
– Que bom, liguei pra saber se gostaria de jantar comigo e com Brian. – eu tentei não enjoar.
– Oh... eu não sei mamãe. – como eu iria falar pra ela que aquilo não era uma boa idéia? – Haam... eu... eu vou falar com Robert.
Ela suspirou minimamente, mas não disse nada.
Nos despedimos e eu desliguei o aparelho olhando pra ele.
– O que foi?
– Ela quer jantar com a gente. – respondi mordendo os lábios.
– Oh... haam...
– Nós não precisamos ir... eu... acho que isso não é uma boa idéia e... – passei a mão em meu cabelo trazendo minhas pernas pra cima do sofá enquanto Robert franzia o cenho.
– Por que não?
– Haam, eu não sei... ontem você disse que não queria ele aqui... e... – engoli em seco.
– Não precisa deixar de ver sua mãe por mim Kristen. E eu estarei lá com você.
Eu não entendi direito sua lógica, mas achei melhor não discuti.
– Tudo bem.
Ele sorriu me puxando de novo pro seu peito e eu peguei o telefone em minhas mãos, liguei pra ela avisando que iríamos e ficamos de nos encontrar na Santa Mônica Boulevard.
– Você quer mesmo ir? – ele perguntou deixando as mãos em meu rosto.
– Sim, eu quero ir pela minha mãe. Não posso deixá-la assim, eu já me sinto culpada o suficiente por tê-la magoado tanto.
Ele me abraçou apertado e eu me agarrei a ele.
– Ela ama você, você sabe. – ele sussurrou.
– Você vai estar comigo? – perguntei olhando em seus olhos rezando para que ele não visse as lágrimas nos meus e entendesse meu pedido silencioso.
Ele entendeu.
Entendeu e sorriu.
Palavras não eram necessárias.

Troquei de roupa colocando uma blusa de listras horizontais em preto e branco e uma calça skinny azul marinho, com um par de All Star.
– Você está linda. – disse sorrindo segurando meu rosto.
– Obrigada. – falei corando fazendo-o rir baixo e me dar um beijo nos lábios de leve. – Você também está bonito. – mordi seus lábios e ele riu ainda mais.
Reparei em sua roupa, em como ele ficava ainda mais sexy naquela blusa de mangas pretas com listras bem finas de um azul bem escuro. A calça jeans e o tênis davam a ele um ar totalmente irresistível.
– Claro, claro. – me deu outro beijo. – Vamos?
Assenti pra ele e entrelaçamos nossos dedos, ele trancou o apartamento e descemos sorrindo.
Resolvemos ir andando, não era tão longe assim de casa e a noite de Los Angeles era bonita demais para ser desperdiçada com carros.
Ficamos conversando até que em momento em momento me parava e me beijava e eu apenas sorria contra seus lábios e enlaçava seu pescoço na mesma hora.
Já estávamos a uma rua da pizzaria e chegaríamos no horário certo.
Eu podia ficar beijando Robert por muito tempo ainda.
Nós nos separamos depois do que me pareceu serem horas, embora ainda não fosse o suficiente pra mim. Ele me sorriu e voltamos a caminhar até o lugar e ele abriu a porta pra mim.
Respirei fundo crispando meus dedos na blusa de Robert quando vi minha mãe e Brian sentados numa mesa redonda a pouca distância de nós.
Eles nos viram e eu quis vomitar quando Brian me encarou, com aquele sorriso cínico que ele tinha e que me dava êmbolos no estômago e uma vontade louca de desaparecer.
Robert notou e seus dedos se cravaram em minha cintura me fazendo engolir em seco e me perguntar o que quê eu estava fazendo ali.
Minha mãe veio nos cumprimentar. Robert e ela se davam muito bem e ele não saiu do meu lado um minuto sequer depois que nos sentarmos à mesa, ele encarava firmemente Brian quando o mesmo olhava pra mim.
Por diversas vezes eu senti a perna dele tocando a minha por debaixo da mesa e isso fazia meus olhos se enxerem de lágrimas por não conseguir evitar que lembranças de puro pânico assaltassem minha mente.
– O que houve Kristen? – Rob perguntou e eu me assustei ao perceber que havia deixado uma lágrima escapar.
Idiota.
– Nada, eu acho que estou com um pouco de dor no estômago. – não era totalmente mentira, meu estômago não estava dolorido, mas aquela pizza de abacaxi estava me enjoando em níveis inimagináveis.
– Nós podemos ir pra casa. – ele passou a mão em meu cabelo carinhoso.
– Eu tenho antiácido no carro gracinha. Posso pegar pra você. – era Brian e eu quis morrer quando percebi do que ele havia me chamado.
Robert também percebeu e no mesmo momento suas mãos apertaram a minha com tanta força que eu achei que fosse quebrar, seus olhos se cravaram em Brian que sustentou seu olhar.
– Rob? – tentei chamá-lo num fio de voz, minha sorte era que minha mãe havia ido ao toalete senão já teria que estar dando explicações. – Rob, por favor. – mordi os lábios para evitar que eles tremessem, mas ele ainda encarava Brian.
– Não quer o antiácido, gracinha?
– Ela não precisa de nada. – Robert respondeu. A voz fria e ácida me enviando calafrios por todo o corpo. Eu podia sentir a raiva e o veneno correndo por suas veias e eu só rezava para que fossemos embora logo e que eu conseguisse segurar as lágrimas até chegar em casa.
Minha mãe chegou no exato momento em que Brian ia começar outra de suas ironias.
– Não comeu a pizza filha? Está tudo bem?
– Estou um pouco enjoada. – e minhas mãos estavam doendo pelo aperto de Robert, mas eu não iria reclamar disso. Oh meu Deus, eu queria tanto ir pra casa.
– Foi algo que comeu?
– Não... – lutei para que minha voz saísse firme em vez de embargada. – É apenas o cheiro que estava me enjoando.
– Oh. – ela franziu o cenho e eu vi um pequeno sorriso em seu rosto, mas antes que ela pudesse falar o telefone de Robert tocou.
Ele pareceu ter voltado a respirar e finalmente tirou os olhos de Brian que sorriu nojento pra mim. Desviei meu olhar e agora Rob me olhava.
– Eu tenho que atender. Não vou demorar. – eu tomei aquilo como um aviso, ou fosse apenas a minha vontade de ir embora falando mais alto.
– Deve ser algo importante. – Brian comentou e minha mãe não percebeu seu cinismo.
Eu engoli em seco querendo vomitar tudo o que eu tinha comido naquele dia. Verifiquei minha mão que estava sendo apertada por Robert e vi que ficaria uma marca ali pela manhã, o local ainda pulsava um pouco e eu tinha certeza que ficaria roxo no dia seguinte.
– Parece que ele te machucou gracinha. – Brian sussurrou ao meu lado, minha mãe estava falando demais para poder prestar atenção nas ações dele.
Puxei minha mão que ele segurava na hora, mas ele a prendeu em seus dedos forçando um entrelaçamento entre elas, fazendo o horror subir em mim por ele estar me tocando.
– Me solta. – sussurrei de volta com a voz embargada.
– Kristen? – me virei imediatamente para a voz grossa e fria de Robert atrás de mim, seus olhos me encararam e eu tinha certeza que ele já tinha visto a mão de Brian sobre a minha.
E eu quis morrer de novo.
– Vamos embora. – ele falou.
Eu assenti com a cabeça rapidamente e me levantei.
– Mas já vão?
– Sim mamãe... eu realmente não estou me sentindo bem e... vou me deitar um pouco.
– Oh... mas filha... nós podemos ir ao um hospital. – ela disse preocupada.
– Não se preocupe Sra. Wood, eu cuidarei dela. – minha mãe sorriu assentindo, mas eu gelei por dentro, eu conhecia aquele tom de voz de Robert.
E ele não era nada bom.
– Tudo bem. Amanhã eu te ligo para saber como está.
Assenti com a cabeça rapidamente e dei um abraço nela.
Robert a cumprimentou e ignorando totalmente Brian, suas mãos se cravaram em minha cintura com força, me levando para a porta do lugar.
Eu já não agüentava segurar minhas lágrimas, mas pelo menos, elas ainda eram silenciosas.
Ele fez um sinal para um táxi e abriu a porta pra mim.
Não falamos uma palavra e aquele silêncio era mortal pra mim, quase como se me sufocasse, retirando todo meu oxigênio.
Subimos pelo elevador e eu não me arriscava a olhar pra ele, meus olhos já ardiam e Robert tinha as mãos em punho quando entramos em casa.
Ele fechou a porta com tanta força que eu estremeci por dentro e por fora.
– Vai me explicar o que esta acontecendo agora? – perguntou me encarando.
Engoli em seco com minha respiração se tornando cada vez mais rarefeita.
– Rob... eu não tenho... – comecei tentando achar algo para sair disso, mas foi em vão. Ele não me deixaria sair dali. Não sem falar a verdade.
E eu não podia me arriscar a contar tudo pra ele.
Ele iria me odiar e me deixar.
Eu não suportaria se ele me deixasse.
– Não Kristen. – ele quase gritou me deixando um pouco assustada, cruzei meus braços no peito dando um passo pra trás por instinto. – A verdade. Eu quero a verdade. Agora.
E lá estava o veneno de novo. Era quase como se eu pudesse ver através dele e soubesse o que ele estava sentindo.
E ele estava irado. E muito magoado.
– Robert... o que você quer que eu diga?
Eu não podia dizer a verdade a ele.
Não podia.
Eu não conseguia nem pensar nessa possibilidade.
– Que tal começarmos pelo começo Kristen. – perguntou ácido e eu quis chorar, mas eu já estava fazendo isso. – Da onde conhece Brian?
Suas palavras vieram como gelo até mim, penetrando em minha pele como facadas frias e sem piedade.
– O que você está querendo dizer?
– DA ONDE CONHECE BRIAN, KRISTEN? E NÃO ME FALE QUE ELE É SEU PADRASTO POR QUE NÃO VOU ACREDITAR NISSO.
Eu não respirava mais, se fosse qualquer um gritando comigo eu já tinha revidado de muito tempo, mas era Robert ali e ele não podia estar com mais razão do que estava agora.
– Robert...
– Responda. – ele disse tentando se controlar.
– ELE É MEU PADRASTO. O QUE ACHA QUE EU TENHO COM ELE? – e eu tinha estourado também.
– Você está mentindo. ESTÁ MENTINDO KRISTEN. Se ele fosse seu padrasto não te olharia como te olha e você não agiria como age quando está perto dele.
– E COMO EU AJO ROBERT? – joguei as mãos pra cima para que ele continuasse.
– ESTRANHA, NERVOSA, VOCÊ NÃO O OLHA, NÃO O ENCARA E NEM ENCARA SUA MÃE. O QUE É ISSO KRISTEN?
– O QUE VOCÊ ESTÁ DIZENDO?
– É CULPA? – seus olhos nunca estiveram tão negros.
– O QUE?
– TUDO ISSO É CULPA? É POR ISSO QUE SAIU DE CASA? É POR ISSO QUE NÃO FALA COM SUA MÃE?
– FALE CLARAMENTE.
– VOCÊ DORMIU COM ELE? – ele gritou com fúrias as últimas palavras e eu levei um segundo para assimilá-las antes do horror me alcançar.
Levei minhas mãos à boca num gesto de puro instinto para a bile que sabia a minha garganta.
– É ISSO NÃO É? – ele se aproximou, seu rosto vermelho pela raiva que ele deixava exalar e seus músculos tensionados. – Você dormiu com ele Kristen? – a voz baixa só reforçava ainda mais a frieza com que ele dizia aquilo.
Eu não iria agüentar aquilo por muito tempo, resisti à ânsia do vômito deixando as lágrimas correrem soltas pelo meu rosto.
– Eu vou fingir que não estou escutando isso Robert.
– EU QUERO APENAS A VERDADE. FOI PRA CAMA COM ELE? COM O MARIDO DA SUA MÃE?
– Oh meu Deus. – o pânico rolava solto por meu organismo, minhas mãos tremiam lançando espasmos de desespero por todas as minhas terminações nervosas.
Eu sentia algo se partindo dentro de mim e implorei silenciosamente pra que não fosse meu coração.
– Você não sabe o que está dizendo Robert... – prendi um soluço na garganta. – Você não faz idéia do que está dizendo.
– ENTÃO ME DIGA KRISTEN. DIGA LOGO O QUE HOUVE.
– Eu... não posso. - eu levei as mãos ao meu coração, as dores se tornavam mais fortes à medida que ele gritava, minhas lágrimas agora era grossas e eu podia sentir meus olhos vermelhos e ardidos.
Como eu poderia dizer?
Ele iria me deixar.
O que eu faria da minha vida sem Robert?
Eu o amava além da razão e não estava preparada para seu ódio.
Eu jamais estaria preparada pra isso.
– Quando foi que tudo aconteceu? Hã? - ele perguntou seco e apressado por uma resposta, passando as mãos no cabelo em sinal de puro nervosismo e raiva. – Quando você estava em Miami? Por isso saiu de lá?
Fechei meus olhos recebendo um tapa na cara a cada palavra que ele dizia.
Eu sentia que ele se aproximava de mim a passos rápidos e abri minhas pálpebras para encontrar seu rosto irado mais próximo de mim.
– Robert...
– Responda Kristen. - ele estava tão frio e rude que eu me sentia mal em estar ali. – Dormiu com ele depois que ele chegou a LA?
Foi durante apenas um segundo que suas palavras pairaram sobre mim.
Tudo virou um borrão e minha mão direita se chocou com o rosto dele.
Foi apenas um tapa, mas eu sabia que tinha sido forte.
O estalo e a marca vermelha na face dele me mostravam isso.
Eu senti horror de mim mesma por ter batido nele. Seus olhos ainda estavam fechados e ele tentava se controlar.
Dei passos instintivos pra trás levando minhas mãos na boca para tampar o horror dos meus atos e daquela nossa discussão.
– Kristen... - ele disse incrivelmente suave.
Eu quis pedir desculpas, mas não consegui, suas palavras martelavam em minha mente, os gritos de horror me invadiam e eu jamais poderia pedir desculpas por aquilo.
Então eu estava correndo, me virei para o corredor e cheguei mais do que rapidamente ao nosso quarto, tranquei a porta atrás de mim e escorreguei pela madeira clara com as mãos na boca tentando conter meus soluços e os pedaços que estavam se quebrando dentro de mim.
Meu ar se tornando rarefeito e eu me assustei quando ouvi suas batidas na porta.
– ABRA A PORTA. KRISTEN ABRA A PORTA. AGORA.
Eu não respondi, juntei meus joelhos no peito fazendo um esforço para não soluçar e não me partir no meio daquele chão frio.
– Kristen, vamos conversar. Abra a porta baby.
Não prendi um soluço alto que saiu de minha garganta, senti meu corpo se inclinando pro lado até que eu estivesse deitada de ombros no chão.
– Kristen... - ele disse.
– Vai embora... por favor, Ro...bert... me deixe.
Consegui balbuciar com muito esforço.
– Kris... abra a porta baby. - sua voz triste tinha com um toque de arrependimento apenas me quebrou ainda mais.
Eu não respondi a sua fala e me encolhi em posição fetal chorando tudo o que poderia chorar por toda a minha vida.
Não conseguia me sentir inteira, não conseguia sentir meus órgãos e o mais doloroso de tudo...
Eu não conseguia sentir meu coração.
Era como se tudo se desfalecesse a minha volta e eu não conseguisse fazer nada para impedir.
Meu peito subia e descia rápido demais por conta dos soluços e das lágrimas que banhavam o meu rosto sem pedir permissão.
– Kristen...
Ouvi sua voz arrependida mais uma vez e fechei os olhos com força, ele não era o único arrependido ali.
Eu fora tão idiota em acreditar que ele viveria bem com os meus segredos.
Mas quem iria viver com alguém assim? Que mentia e que omitia as coisas durante cada segundo que respirava?
Robert estava coberto de razão, mas isso não retirava a mágoa que suas palavras me causaram.
“Dormiu com ele depois que ele chegou a LA?”
Eu tinha consciência que não era o maior exemplo para que ele pudesse confiar em mim, mas daí a acreditar que eu o trairia dessa forma tão baixa era outra coisa.
Nunca tinha olhado para outro homem, sempre fora apenas Robert.
Em toda a minha vida, ele foi meu único homem, de corpo e alma, que me abraçava e me fazia sentir protegida.
Que era capaz de me aquecer apenas me olhando.
Alguma coisa gritou dentro de mim, e eu soube que o estava perdendo.
E eu não iria conseguir alcançá-lo de novo.
Por que pessoas como eu, nunca têm uma segunda chance.
Foi apenas ilusão acreditar que eu poderia ser amada.
Eu não havia sido feita para aquilo.
Meus olhos vagaram para onde eu estava e eu me vi em nosso quarto, acho que já tinham se passado horas desde que eu entrara aqui.
Olhar nossa cama só fazia meu coração dar solavancos de dor e desespero.
Quantas vezes ele havia me amado ali?
Ali, ou em qualquer outro lugar.
Quantas vezes ele já me tinha feito dele?
Ele ainda me amaria quando eu saísse daqui? Ele ainda estaria me esperando para dizer boa noite e me aconchegar em seus braços?
Solucei forte mais uma vez.
Eu não agüentaria ficar ali. Não conseguia nem imaginar como ficariam as coisas entre a gente agora, mas não era egoísta ao ponto de obrigar minha presença a ele.
Robert precisava de um tempo pra ele, talvez pra pensar e se lembrar por que ele não deveria me amar.
Me levantei do chão ainda abraçando meu peito.
Meus olhos se pousaram no relógio e eu me senti fraca.
Olhar para o tempo, nunca fora tão difícil.

Continua...

E o monstro conseguiu de novo. E dessa vez foi muito pior. Conseguiu colocar dúvidas, desconfianças no coração do Rob. Eu até entendo que ele se sinta mal por saber que ela não confia nele a ponto de dividir seu passado, mas daí a pensar que ela poderia traí-lo e ainda por cima com o padrasto? Acho que ele deve estar se sentindo o mais miserável dos homens por ter feito essa acusação. Tomara que ele se desculpe e as coisas voltem a ficar tranquilas, mas algo me diz que dessa vez a coisa vai ficar mais difícil. Beijos e até mais tarde.
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3 comments:

  1. amei , conta logo o outro capitulo ! to loka pra ler !
    hahaha'

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  2. noSSA eu eSto tão triSte pelo oS doiS

    TER brigando...beijoSSS

    LILI....

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...