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Tuesday, January 03, 2012

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 25


Bom dia pessoal! Preparem o lencinho o capítulo de hoje está terrivelmente triste...

Título: Finding Happiness 
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo 
Avisos: Sexo; Violência


Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"



CAPÍTULO 25


''O amor é como um precipício; a gente se joga nele e reza pro chão nunca chegar’’
(Lisbela e o Prisioneiro)

Não me lembro de muita coisa depois que levantei com esforço daquele chão frio, mas sabia que estava na hora de me erguer e enfrentar as coisas como elas eram.
E elas não eram fáceis.
Peguei uma mochila minha e abri o guarda-roupa deixando que as lágrimas refizessem seu trabalho pelo meu rosto, manchando-o e marcando-o com seus rastros.
Eu teria a que fazer a única coisa que não queria.
Joguei um pouco de minhas roupas na mochila e sem pensar direito abri a porta do quarto com minha bolsa de faculdade e a de roupas em meus ombros.
Elas pareciam pesar mil toneladas.
A casa inteira estava vazia. Me senti estranha passando ali, mas não era algo ruim, ou pelo menos eu achava que não.
Era apenas que eu estava acostumada com a risada de Robert na sala ou com nossas conversas na cozinha e com ele entrando pelos corredores comigo em seu colo mesmo que tivesse chegado cansado do trabalho.
Permiti que meus olhos procurassem por ele entre as paredes, eu precisava vê-lo antes de ir embora, para pelo menos avisar que estava indo.
- Onde vai?
Sua voz atrás de mim me assustou e eu dei um pulo no lugar antes de me virar para ele.
Ele ainda estava com a mesma roupa de ontem, o cabelo desarrumado e as bolsas roxas debaixo de seus olhos me indicavam que ele também não tinha dormido direito.
Pra dizer a verdade, eu nem fazia idéia de há quantas horas o sol já havia nascido.
Robert levava um copo de bebida na mão e seu cenho franzido era angustiado olhando de mim para minha bolsa.
- Aonde vai? – perguntou de novo bem baixo fazendo meu coração disparar.
- Vou pro meu apartamento. – disse rápida e engolindo em seco.
- Este é o seu apartamento.
- Não... eu..vou para o meu antigo Robert.
- Kristen... por favor... vamos conversar.
- Depois. – respondi interrompendo-o antes que ele me fizesse ficar.
Eu não podia mais ficar.
- Kris... me desculpe por ontem, por te dito tudo aquilo... eu... perdi a noção... – ele estava tão nervoso e pedindo desculpas por algo que eu também devia me desculpar.
- Robert... nós conversamos depois... eu tenho mesmo que ir.
- Não. – ele disse taxativo segurando meu pulso, seus olhos mais uma vez eram angustiados e magoados e aquilo estava me matando.
Eu não poderia fazer nada para tirar aquela mágoa dali.
- Me deixe ir Robert... é apenas um tempo... eu...
Queria dizer que voltaria, mas eu não tinha certeza disso.
Tinha que ir embora antes que voltasse a chorar ali na sua frente.
- Eu não posso deixar você ir. – ele disse quase sufocado.
- Nós precisamos disso, você sabe. – as lágrimas caiam agora e eu não me importava com elas.
- Não Kristen. Nós podemos conversar baby. – ele estava sendo persuasivo e estava quase conseguindo o que queria.
- É apenas um tempo... eu vou voltar...
- Vai? 
- Eu vou. – disse tentando parecer confiante.
Suas mãos passaram pelo meu rosto e foi inevitável que eu não colocasse as minhas no seu também.
Mas a mágoa de suas palavras de ontem ainda rondavam minha alma e não me deixavam em paz e eu sabia que ele também se sentia da mesma forma, ele não esqueceria as minhas mentiras e de suas suposições.
Abri os olhos para encarar os azuis esverdeados e ali eu tive a certeza que não podia ficar.
Nós dois estávamos magoados e com um tanto quanto de raiva do outro.
Ele, por eu não contar a verdade. E eu, pelas suas palavras de ontem à noite.
Retirei minhas mãos do seu rosto e o vi fechando os olhos. 
Suas mãos me soltaram gentilmente, como se estivesse relutando em me deixar ir, assim como eu estava relutando em ir embora. Tudo o que eu queria era ficar ali, com ele.
Como ele mesmo dissera uma vez: era um círculo vicioso.
Ele era o meu vício.
Completo e inteiro.
E cada dia de abstinência, seria como uma morte lenta e dolorosa.
Apressei meus passos para evitar que meu coração me traísse e eu me jogasse em seus braços como era do meu querer.
Ouvi meu nome ser sussurrado antes de fechar a porta e seguir para o elevador.


Chorar foi à única coisa que fiz quando entrei em meu apartamento naquela hora da manhã, deixei meu corpo se encostar na porta e como na noite anterior, ele deslizou até que eu me vi sentada no chão com minhas mãos na boca tentando aliviar meu pranto.
Estava tudo tão diferente, a última vez que saí dali era para entrar em uma vida nova e ao lado de Robert.
Agora estava tudo quase que em um caos.
Minha mãe estava na cidade com Brian.
Eu estava no meu antigo apartamento.
E o pior de tudo, era que eu estava sem Robert.
Por que eu seria capaz de enfrentar tudo se ele estivesse comigo.
Mas eu fora idiota o bastante para deixar minhas inseguranças me tomarem e me levarem até onde estava agora.
Mas teria mudado alguma coisa se eu tivesse contado a verdade?
Ele teria me pedido pra ficar como fez a momentos atrás?
Minha razão me gritava para continuar escondendo, não por mim, mas sim por Robert.
Ele não merecia saber daquelas coisas, ele não merecia sofrer com o que eu passei.
E eu não estava preparada para seu ódio.
Por que isso seria inevitável.
A raiva. O nojo. O medo de mim e do que eu precisei fazer para estar ali agora.
Ele iria me machucar ainda mais.
Não por querer, mas todos sempre acabam machucando quando descobrem uma coisa dessas.
Como fez Taylor, que mesmo sem saber, me machucou com sua expressão de pena sobre mim quando ele soube de tudo.
E com Robert, não seria apenas piedade. Seria ódio. E ele também estaria com razão em se sentir assim.
Meus pensamentos iam e voltavam com tudo isso de contar ou não, eu sempre pesava os prós e os contras e no final de tudo, minha razão sempre acaba ganhando.
Eu iria acabar perdendo Robert.
De uma maneira ou de outra, eu iria perdê-lo.
Pode não ter sido hoje, mas aconteceria um dia.
Seria inevitável e eu não poderia fazer nada para impedir.
Por que eu era uma fraca idiota que não servia nem para lutar pelo que queria.
Meus soluços acabaram por se acalmar em meu peito, mas isso não significava que a minha dor também tinha passado.
Pelo contrário, parecia que a cada movimento que eu fazia, fosse com os olhos ou para me abraçar com mais força, a dor voltava com seus espasmos.
Apenas para me lembrar de como eu estava sozinha e de como estava frio naquele dia.
Eu escutava os sons do que eu achei ser meu aparelho de celular, mas não me movi para pegá-lo, depois do que me pareceram horas eu também escutei batidas em minha porta, mas novamente não me movi, talvez a dor estivesse amortecendo os meus sentidos, me deixando em um completo estado de torpor.
Não era ruim, no entanto.
Era apenas confortável.
Era como entrar na minha pequena bolha de depressão de novo.
Você sempre tinha uma desculpa para ficar quieta em seu canto sem que ninguém te incomodasse. Chegava quase a se confortável. Você se sentia insegura, mas ninguém se aproximava para saber o que era.
Foi assim comigo no começo e a única pessoa que se aproximou de mim, estava a algumas ruas de onde eu me encontrava. 
E eu estava sozinha.
Com frio e com medo.
E desprotegida.
Eu estava sem as minhas muralhas.


Adormecer naquele chão frio da sala do apartamento definitivamente não era uma boa idéia, principalmente quando se está chorando e soluçando há horas sem parar.
Eu podia sentir meus músculos tensos e implorando por um relaxante muscular ou um bom banho quente.
Levantei-me meio tropeçando nas coisas, à janela em minha frente, já me fazia ver a noite de Los Angeles e suas estrelas no céu.
Não que isso me importasse de verdade.
Estrelas nunca são bonitas quando você as vê sozinha. Sem nenhuma companhia, ou pior ainda; com um coração partido.
Limpei meu rosto com o torso de minha mão e fui para o meu banheiro.
Sentir o cheiro do meu quarto foi como se tornasse as coisas mais reais e eu podia sentir o pranto crescendo em meu peito querendo me sufocar enquanto eu lutava contra ele.
Engoli o choro entrando em meu banheiro rapidamente e tirando minha roupa antes mesmo que a água se enchesse em minha banheira.
Encostei minha cabeça na borda com meu cabelo se espalhando na água, formando mechas negras.
Fiquei observando-os, pois não queria fechar os olhos, fechar os olhos seria péssimo em minhas condições naquele momento, foi assim que reparei em uma coisa que me fez querer desesperadamente ser cega durante alguns segundos para que eu não tivesse visto.
Minha cintura estava marcada.
Era a marca perfeita do que havíamos feito ontem no sofá do nosso apartamento.
A prova mais do que viva de que eu era dele e de que eu o amava incondicionalmente.
Não me importei com as lágrimas.
Elas viriam em algum momento de qualquer forma.
Eu teria que me acostumar com elas em algum momento.


Fui dormir de novo apenas horas depois de ter ficado na banheira, ignorei de novo o barulho insistente em meu telefone e algumas batidas na minha porta.
Eu só queria dormir, dormir e esquecer aquele dia que estava se tornando cada vez mais um inferno pra mim.
A única coisa que pensei ao colocar minha cabeça no travesseiro, era como estaria Robert naquele momento e como eu faria para dormir sem o seu calor junto ao meu.


Definitivamente dormir, foi a última coisa que fiz durante as primeiras horas daquela noite, alguns sonhos rondavam minha mente e mais intrigante que seu conteúdo era o que eles eram em si.
Eles eram sonhos.
Há quanto tempo eu não sonhava?
Eu esperava pelos pesadelos, pelo cheiro fétido que sempre me levava á loucura quando as lembranças me invadiam, mas isso não aconteceu.
Eram apenas sonhos, e eram tão bonitos que eu me recordo de ter acordado pelo menos duas vezes me lamentando por ter saído deles e deixada pra trás aquele pequeno mundo de fantasia no qual eu podia fingir que vivia.
Todos eram basicamente a mesma coisa, eu e Rob na praia, não fazíamos nada especificamente, ele apenas olhava pra mim, com os azuis esverdeados tão bonitos e intensos que eram refletidos na cor do oceano a nossa frente.
Aparecia também uma terceira pessoa, eu não me lembrava quem era, mas era uma menina e ela tinha o mesmo tom de cabelo de Robert e o mesmo jeito de sorrir, mas algo no olhar dela me fazia ficar intrigada durante o sono, seus olhos eram verdes, eram de um verde tão intensos que quando acordei, senti vontade de me olhar no espelho para verificar a cor dos meu próprios olhos.
Mas chorei negando com a cabeça.
A menina linda dos meus sonhos jamais poderia ter os mesmos olhos que eu tenho.
Eu não poderia gerar alguém tão perfeito.
Eu não podia gerar ninguém.
Era nesse momento que meu desespero voltava à tona e eu percebia como o corpo e o calor de Robert me faziam falta, eu queria poder abraçá-lo naquele momento e esperar que ele me circulasse com seus braços grandes e longos cantando pra mim até que eu estivesse adormecida em seu peito novamente.
E era neste momento também que a idéia de sair da nossa casa me parecia mais certa do que nunca. Por que eu nunca seria a mulher que ele merecia e precisava ter ao lado dele.
Uma mulher saudável de corpo e alma, capaz de amá-lo sem receio de segredos e medos e que pudesse lhe dar filhos lindos para que ele pudesse amar com o coração enorme que ele tinha.
Robert merecia isso; mais do que qualquer outra pessoa.
Um barulho irritante de campainha me despertou dos meus devaneios e eu enxuguei minhas lágrimas com o torso de minha mão, levantando-me da cama e tirando o edredom de cima de mim.
Eu não queria atender ninguém, então apenas olharia pelo olho-mágico e ignoraria como na noite passada, eu não queria visitas, eu não precisava de visitas para me ver do jeito que eu estava, eu gostava de guardar a minha fraqueza pra mim mesma e não ter platéia.
Era Dakota.
Eu quis muito não atendê-la e continuar com os meus pensamentos de sofrer sozinha, mas no segundo seguinte eu já abria a porta e ela sorriu pequeno pra mim.
- Já estava na hora. – ela exclamou divertida.
- Como? – franzi o cenho.
- Eu e Tom estávamos tocando aqui desde ontem à noite. – ela respondeu entrando pelo apartamento.
- Oh sim... eu devo ter escutado alguma coisa.
- Você bebeu?
- O que? Não, não. Por quê?
- Você não está com uma cara muito boa. – ela fez uma cara como se estivesse se desculpando por aquilo e eu sorri pra ela, meio que sem humor, mas ainda assim foi um sorriso.
- É eu acho que não estou mesmo.
- Você quer conversar? Você sabe, eu vou te ouvir.
- Não precisa Dak. Eu estou bem.
- Certo. Vim apenas saber como você estava. – ela sorriu voltando na direção da porta. – Sei que não tenho nada haver com isso Kiki, mas por favor, atenda ao telefone. Robert está ficando desesperado atrás de você.
Ela disse e saiu do apartamento, me deixando atônita por um segundo.
Era isso que eu esperava? Ligações?
Suspirei.
Na verdade eu estava esperando que ele aparecesse ali, na minha porta. Me pedindo pra voltar pra casa, mas isso era estúpido da minha parte, já que fora eu quem quis um tempo.
Uma merda de tempo.
Peguei o celular nas minhas mãos e como um reflexo para meu ato, ele tocou.
O som de Lifehouse com You and Me invadiu minha sala e apartamento e eu respirei mais fundo antes de colocar o aparelho no ouvido.
- Oii. – minhas voz estava quebrada e falhando com apenas aquele cumprimento e quando ele respondeu, eu me senti desfalecer por uns instantes, o som da sua voz me fazendo ficar levemente acesa a sua presença e ao poder que ele exercia sobre mim.
- Kristen...
- Oii... eer ...haam... me desculpe não ter atendido ontem... eu... dormi a maior parte do tempo... uh...
- Eu fiquei preocupado. – eu queria tanto abraçá-lo naquele momento que meus braços ficaram doloridos pela falta que ele me fazia.
- Eu estou bem.
- Está?
Não respondi, ele sabia que eu não estava bem.
- Sei como as coisas estão Kristen, acho que nós precisamos mesmo disso... e vou dar isso a você... apenas me ligue e não demore a... me dar notícias. – ele disse por fim.
- Eu vou ligar Rob. – minha voz já estava embargada. – Como você está? Já está no trabalho? – eu também havia ficado preocupada com ele.
- Sim, estou na empresa... eu tenho que ir Kris... me ligue ok? A qualquer hora.
- Vou ligar.
- Kris?
- Huum? – meu coração disparou no peito de uma forma tão rápida que eu achei que a sair do meu corpo, pura expectativa rolava por minhas veias e eu me vi fechando os olhos esperando e rezando por suas palavras.
- Eu... eu... – ele suspirou parecendo nervoso. – Não é nada.
Abri minhas pálpebras com força, piscando algumas vezes para afugentar minhas lágrimas que começavam a me arder por dentro.
- Até Rob.
- Até Kristen.
Desliguei o aparelho e o joguei em cima do sofá.
Me arrastei até o quarto me encolhendo em minha cama em posição fetal, rezando para que ele tocasse de novo e ele terminasse aquela maldita frase para que eu pudesse dizer a minha também.
Mas isso não aconteceu.
Nem naquele dia, nem nos outros dias infernais que se seguiram.


Continua...


Gente, sem chance de comentar o capítulo hoje... Estou em lágrimas aqui. Mal consigo escrever... Vou deixar pra vocês comentarem ok? Beijos e até mais tarde.
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4 comments:

  1. ESto triSte , eSto chorando ate agora....
    BEIJOSSS.....

    LILI....

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  2. Cara....ai...só um louco não perceberia que ela está grávida...ai que nervosooooooo.....

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  3. ............... *chora

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  4. manooo choreiii riooosss aqui...poxa...nao acredito que aquele otario do Brian nao deixa ela em paz...ou melhor, os dois em paz p serem felizes :(

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

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