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Thursday, January 05, 2012

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 27


Oi gente! Hoje a situação fica ainda pior do que antes, e os dois terão que aprender a conviver com a saudade...

Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; Violência

Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 27


"Talvez o maior problema da solidão seja o fato de andarmos pela vida achando que só nós sofremos dela."
(Jeanne Marie Laskas)

- Então é isso que está me dizendo Kristen?
- Sim... é isso e você sabe que vai ser melhor. – limpei meu rosto das lágrimas fazendo um esforço sobre-humano para encarar seus olhos que agora estavam escuros.
- Melhor pra quem?
- Pra nós dois.
Eu queria dizer que seria melhor pra ele, mas ele não acreditaria em mim.
Desde a hora em que ele passou pela minha porta, eu soube que o que eu estava fazendo agora era o mais certo.
Os olhos com bolsas roxas, a barba por fazer... tudo me indicava que ele não estava bem e saber que eu iria piorar isso estava me matando a cada segundo que se passava.
Quando disse entre soluços e sufocos, que era melhor terminamos, seus olhos rapidamente se estreitaram, formando uma linha firme enquanto ele tentava entender o que eu estava pensando e querendo ao dizer aquilo.
Falar pra Robert que eu não o queria foi a coisa mais terrível e torturante que eu já fiz em minha vida, nem mesmo as dores que já passei quando fui levada de casa se comparavam ao meu estado naquele momento.
Era alucinante o poder da dor em meu corpo e principalmente em meu coração.
Eu me sentia inexistente, como se toda a vida que existia em mim fosse sugada com força e intensidade, deixando apenas o vazio e o frio em meu âmago.
Meus braços estavam cruzados no peito para aplacar a ardência nos mesmos, por que eu estava louca para me jogar em seus braços e esperar que eles se fechassem ao redor de mim, me protegendo, me acalmando e me aquecendo como sempre fizeram.
E mesmo ali na minha sala, com sua blusa quadriculada de vermelho e preto com sua calça jeans amassada e o cabelo de areia bagunçado; os olhos magoados e implorativos, ele ainda era a pessoa mais linda que eu já tinha visto na vida.
- Isso com certeza não é o melhor pra nós dois. Não pra mim.
- Mas pra mim é. – disse com esforço ignorando mais jatos de lágrimas em meu rosto.
- Então por que está chorando? Depois de tanto tempo juntos, você me diz algo assim, por causa de uma discussão estúpida? – ele quase cuspiu as palavras passando as mãos no cabelo num gesto de nervosismo e irritação.
- Não foi por causa da discussão. Não totalmente. – passei minhas mãos no nariz abaixando meu rosto, eu era incapaz de mentir olhando para seus olhos, como quando disse que não o queria mais, eu disse olhando para o chão.
- Eu já te pedi desculpas pelo que eu disse Kristen. – ele estava desesperado agora e eu já estava há muito tempo.
- Não foi pelo o que você disse Robert.
- ENTÃO FOI PELO QUÊ?
Me assustei com seu grito e ele me encarou intensamente.
- É por mim. Sabe que não vamos ficar bem com tudo isso entre nós. – eu apontei meus dedos pra mim mesma, para reforçar que não tinha nada haver com nossas brigas e sim comigo mesma, que não conseguiria ficar em paz continuando a esconder as coisas dele.
- A única coisa que está entre nós, são suas mentiras. – apontou friamente e entre dentes.
Encarei-o e ele sustentou meu olhar, pisquei algumas vezes para ver melhor e afugentar as lágrimas, mas acabou sendo totalmente inútil.
- Por favor, vai ser melhor assim.
Eu só quero proteger você. Completei em pensamento.
- Ok. – ele falou assentindo com a cabeça. – Vai ser como você quiser Kristen. – ele passou suas mãos no cabelo mais uma vez, mas invés de alívio, eu só podia sentir os machucados em meu coração se abrindo com suas palavras. – Como você quiser.
Ele disse por fim, jogando ácido nas minhas próprias feridas, as palavras me magoando enquanto eu o sentia partir de meus braços.
Ergui o rosto do chão para tentar encará-lo, mas não foi uma boa idéia, meu choro ainda caia de meus olhos e o brilho magoado dos seus me levavam ao desespero, beirando o pânico e explodindo com as sensações dentro de mim.
Por um milésimo de segundo eu me movi, meus passos parando no mesmo instante em que eu percebi meus movimentos, prendi meus soluços na garganta com minhas mãos pegando fogo por tentar tocá-lo.
Nem que fosse uma última vez.
- Acabou. – ele sussurrou.
Seus olhos me encararam com tantas emoções diferentes que eu não soube distinguir nenhuma, elas passavam rápido demais e eu via seu esforço em tentar escondê-las.
Abaixei minha mão que – sem que eu percebesse – tinha erguido e mordi os lábios, machucada com suas palavras.
Eu quis repetir, dizer também que havia acabado, mas não tive força pra isso.
Nem força e nem tempo, no segundo seguinte ele dava dois passos e saía pela porta, fechando-a com rapidez e força atrás de si, sem olhar pra trás.
Me deixando sozinha.
E desesperada.
Eu queria gritar para que ele voltasse, para que esquecesse o que eu disse e para pedir que ele ainda me amasse. Ainda me tocasse como só ele fazia e cuidasse de mim como só ele era capaz de fazer.
Mas este grito nunca saiu.
Não nas palavras que eu desejava, o som que esvaiu de meus lábios era de pura dor, os machucados se abrindo de uma forma tão dolorosa que me queimavam por dentro, me sufocando... retirando todos os meus órgãos mais vitais.
Eu me sentia oca, vazia e totalmente sem vida.
Percebi que o tempo se passava quando meus joelhos encontraram o chão e eu me abracei, tentando apagar as lembranças de Robert da minha mente.
Elas machucavam mais do que a realidade.
Me encolhi em posição fetal apertando meus olhos molhados com força.
Nunca uma cicatriz doeu tanto, como aquela que eu levava agora no peito.

‘’Aquele que já não consegue sentir espanto nem surpresa está, por assim dizer, morto; os seus olhos estão apagados. ’’
(Albert Einstein)

TRÊS SEMANAS DEPOIS...

- Você quer falar mais claramente Taylor? Não estou entendendo onde está querendo chegar.
- Sabe muito bem onde quero chegar. Você precisa parar com isso Kristen, ficar sofrendo e se lamentando não vai te levar a lugar algum.
- Quem disse que estou sofrendo?
- Eu disse. – ele respirou fundo. – Você só tem que se livrar disso, lembrar o que aconteceu não vai te ajudar a superar Kiki, você não vê que está perdendo as coisas por causa de sua teimosia?
-Eu não tenho nada para perder.
- Não? Você tem uma família que te ama, mas que você vira as costas, você tinha um namorado que te amava e você também não deu valor a isso.
- FOI POR DAR VALOR A ELE QUE EU SAÍ DE SUA VIDA, E OUTRA COISA TAYLOR, EU NÃO DEVO SATISFAÇÕES A NINGUÉM, EU NÃO PRECISO DE NINGUÉM.
- NÃO VENHA COM ESSA MERDA DE AUTO-SUFICIÊNCIA PRA CIMA DE MIM KRISTEN. NÓS DOIS SABEMOS QUE TERMINAR UMA RELAÇÃO POR MEDO, NÃO É LÁ A COISA MAIS SAUDÁVEL.
- EU NÃ ESTAVA COM MEDO.
- ENTÃO ESTAVA COM O QUE? ESTAVA COM A DROGA DE AUTO-DEPRECIAÇÃO QUE VOCÊ FAZ QUESTÃO DE GUARDAR DENTRO DE VOCÊ. LEVANTE A CABEÇA KRISTEN, VOCÊ SEMPRE FOI FORTE E AGORA ESTÁ FAZENDO DA SUA VIDA O SEU PRÓPRIO INFERNO.
- DEVE SER MUITO FÁCIL PARA VOCÊ FALAR, VOCÊ NÃO ESTAVA COMIGO EM MOMENTO ALGUM E A MINHA VIDA JÁ É UM INFERNO E NEM POR ISSO EU PEDI A SUA AJUDA OU O QUE QUER QUE SEJA DE QUALQUER PESSOA.
- POR QUE É FRACA DEMAIS PARA ADMITIR QUE PRECISA DESSA AJUDA. NINGUEM É CAPAZ DE VIVER SOZINHO KRISTEN.
- VAI PRO INFERNO TAYLOR. E ME ESQUECE.
Não esperei pela sua resposta, o telefone saiu das minhas mãos num jato de violência impressionante e ele já se chocava com o sofá, minha intenção era fazê-lo se chocar contra a parede, mas pelo visto eu tinha errado o alvo.
Não permiti minha mente de continuar processando as palavras de Taylor, não valeria à pena fazer isso, seria inútil e não me levaria a lugar nenhum.
Passei as mãos no meu cabelo que ainda estavam molhados do banho e entrei na cozinha desesperada por uma cerveja ou uma vodka.
Pensando bem, vodka não era uma boa idéia, da última vez que bebi, o cheiro me enjoou e eu passei a noite inteira no banheiro vomitando até minha alma por causa daquela porcaria.
Mas eu tinha que ficar fora de órbita, eu precisava disso, antes que...
Que nada!
Eu precisava parar de achar que a bebida resolveria alguma maldita coisa por mim.
Me sentei completamente estressada no sofá e parei por um momento observando todo a apartamento, eu vinha evitando fazer isso nas últimas três semanas, mas por diversas vezes meus olhos me enganavam e minhas lembranças vinham a tona com tudo o que já aconteceu ali dentro...
Foram as piores semanas da minha vida, ou chegava bem perto.
Eu não dormia se não fosse pela bebida, eu fumava com cada vez mais freqüência, e os pesadelos não me deixavam em paz.
As ruas do México eram o principal foco do meu subconsciente, mas havia também algo que vivia entre eles.
Aquela noite. Aquela maldita noite.
A última vez que eu o tinha visto, ali mesmo naquela sala que agora se tornava doloroso olhar e ficar ali, revivendo suas palavras e as minhas próprias, junto com o sentimento de fracasso e saudade que me assaltavam.
Acabou. Ele havia dito.
Suspirei engolindo em seco e me levantando, tentando impedir os pensamentos que viviam rondando a minha mente.
Eu tinha que estudar e estudar, já eram meados de fevereiro e as provas do semestre estavam chegando.
A campainha tocou no segundo em que saí da sala.
Respirei fundo antes de abrir.
- Surpresa. – Dakota cantou, erguendo os braços e com um sorriso feliz no rosto.
- Hey Dak. – respondi com um meio sorriso.
- Vamos lá Kris, ânimo garota, nós temos afazeres hoje. – ela disse já entrando pelo apartamento e eu cruzei os braços em frente ao peito e franzindo o cenho.
- Que afazeres?
- Compras. É claro que vamos fazer compras Kris, nós temos o jogo hoje e como boa americana que somos, temos que estar preparadas.
- O quê?
Dakota era doida?
- Hoje tem jogo dos Lakers. Vamos reunir todo mundo lá em casa e nós duas vamos comprar os uniformes agora e as coisas para comermos.
- Woow woow. Vamos com calma Peter Pan. – coloquei minhas mãos pra cima ouvindo-a bufar. – Eu não vou a lugar algum Dakota.
- Mas é claro que você vai.
- Não, eu não vou. – revirei os olhos indo pra cozinha e bebendo uma garrafinha de água em um só gole.
-Vamos lá Kris. Você nunca mais saiu comigo ou com Tom, fica sempre em casa se empanturrando de cervejas e cigarro.
- Vamos parar por aqui ok? – disse séria pra ela. – E eu sempre fico com você e Tom, não fale que não Dak, seria injusto.
- Ok, ok. Não falo mais nada. – ela baixou o olhar e eu me senti meio culpada, eu realmente estava deixando os dois de lado, mas não era por egoísmo, era só que eu não queria ninguém me encarando como se eu fosse uma louca que precisava de ajuda.
Suspirei, ficando levemente irritada.
- Ok. Mas eu só vou comprar as coisas com você. Não vou assistir ao jogo.
Eu não tinha certeza de quem iria nesse jogo e era melhor prevenir, eu não estava preparada para um encontro agora.
- Tudo bem então. – ela sorriu e eu até sorri um pouco também. – Vamos, vai trocar de roupa.
Revirei os olhos de novo e entrei em meu quarto, ignorando novamente as lembranças que aquilo me trazia.
Coloquei uma calça de malha escura e uma blusa branca normal. Peguei meu All Star e me encontrei com Dakota na sala.
- Vamos aonde? – perguntei trancando o apartamento.
- Vamos ao Owens. Temos que comprar cerveja e batata frita e algumas stacks.
- Ok.
- E depois vamos comprar os uniformes. Sam também vem pra cá e vamos comprar três masculinos.
Engoli em seco já sabendo que de quem seria o terceiro uniforme.
- Haam, Dak?
- Sim? – disse já entrando no táxi e mexendo em sua bolsa.
Mordi meus lábios ficando nervosa de repente.
- Eeer, você sabe... ou tem... – eu não consegui mais falar, minha garganta se fechou e eu me senti levemente tonta por estar querendo entrar naquele assunto.
- Se eu o tenho visto? – perguntou sucinta.
Não respondi, desviei o olhar para o banco vazio ao meu lado, o tecido de revestimento parecia mil vezes mais interessante agora.
- Kris... ele passa tempo demais na empresa agora ou trabalhando em casa. Eu não sei o que está acontecendo com ele, mas ele vai ficar melhor seja do que for. Ele está saindo direto com Tom e Sam, acho que ele está bem. Robert é meu irmão e eu não vou perguntar o que houve com vocês, eu o conheço bem demais pra saber que ele jamais diria alguma coisa.
Ela sorriu no final da fala e eu tentei, mas não consegui sorrir de volta.
Meu coração palpitando à medida que suas palavras se infiltravam em meu organismo, meu oxigênio ficou escasso e eu quis voltar desesperadamente para o meu apartamento.
Ele estava guardando tudo pra si, assim como eu. Talvez a única diferença, fosse que ele já tivesse me esquecido.
Robert era o tipo de cara perfeito demais para ficar sozinho, alguma garota já deve ter tomado conta do espaço que eu deixei vazio.
O pensamento de vê-lo com outra garota martelou tão fundo que a dor se agitou, meu estômago revirando com as imagens que meu cérebro produzia. Os machucados se abrindo como se sal tivesse sido jogado em cima, ardendo na mesma intensidade que meus olhos ardiam agora.
- Shii Kris, não fique assim. – ela passou as mãos em meu rosto.
- Estou bem Dakota. – desviei o olhar para a janela.
- Nenhuma cicatriz dói pra sempre Kris.
Não respondi, eu sabia mais do que ninguém, o que as cicatrizes eram capazes de fazer a uma pessoa.
Eu estava sendo estúpida, tinha consciência disso, fora eu quem decidira acabar, para dar a ele a chance de encontrar alguém melhor que eu, que seria capaz de dar ele tudo o que eu não podia.
Eu queria o melhor pra ele e nem por um segundo eu podia me arrepender disso, ele havia me dado tanto quando eu não tinha nada para oferecer, eu não era ingrata ao ponto de lhe negar a chance de uma vida mais feliz e saudável com outra garota. E não me importava de ter cicatrizes se fosse preciso para vê-lo feliz.
Nem que fosse para vê-lo com outra garota.
Limpei discretamente algo quente em meu rosto e esperei que Dakota não tivesse visto, mas ela não comentou nada e chegamos ao mercado em pouco tempo.
Compramos tudo o que era preciso, as batatas fritas e as stacks, com as cervejas e o refrigerante para Dakota.
Conversamos mais sobre a faculdade e o que faríamos depois dela, eu sabia que continuaria em Los Angeles e ela disse que também ficaria por que não iria deixar nem Tom e nem Robert.
Tentei não me importar com aquilo, mas a coragem de Dakota às vezes me dava uma certa pontada aguda de inveja, ela deixara os pais em Ohio para seguir com o cara que ela amava e com seu “irmão.” Se o meu caso fosse o mesmo do dela, eu tenho certeza que faria a mesma coisa por Rob, como quando ele disse que poderíamos morar em Londres..
Eu não me importaria em deixar os EUA e tudo o que tivesse nele, para seguir com Rob para onde ele quisesse ir. Pensar nisso agora machucava, pois não haveria mais possibilidades de uma vida juntos em Londres, nem em qualquer outro lugar. Não pra mim.
Minha cabeça tinha que se focar em alguma coisa, eu não podia mais ficar remoendo aquilo, o que passou tinha passado e eu sempre levaria comigo a certeza de que ele seria mais feliz sem me ter por perto.
- Kris? Kris acorda.
Foquei meus olhos em Dakota que passava a mão pra cima e pra baixo de meu rosto, para me alertar.
- Ah, oi Dak... eer vamos? – passei as mãos em meu cabelo, estava doida pra ir pra casa.
- Vamos.
Ela sorriu assentindo e não demoramos muito a chegar em casa.
- Não quer mesmo ver o jogo?
- Não Dak, tenho que estudar. – respondi enquanto subíamos as escadas.
- Você vai ficar bem?
- Eu estou ótima Dakota. – disse rapidamente apesar dela não parecer acreditar muito, mas também não insistiu.
- Ok, é só aparecer aqui... você sabe.
Assenti retribuindo o abraço que ela me dava para depois subir as escadas até meu apartamento. Entrei e fechei a porta, respirando fundo e fechando os olhos.
Tinha que estudar ainda, mas estava ficando com sono, com muito sono.
Na verdade, eu vinha dormindo muito nos últimos dias, mas isso devia ser por que era o único modo de sair de órbita sem ser pela bebida e alguma coisa me dizia que eu não iria gostar de beber.
Liguei o ar condicionado e me cobri com o edredom, eu não havia almoçado, mas eu me sentia levemente tonta e talvez fosse mesmo melhor dormir.
Não foi difícil cair na inconsciência.


Não me lembro de que horas eram quando finalmente acordei, mas já havia anoitecido.
Abri meus olhos contra minha própria vontade, se dependesse de mim, eu não sairia daquela cama nunca mais.
Bufei soltando todo o meu ar pelo nariz e passei minhas mãos no rosto pra afastar aquele cansaço que eu sentia.
Levantei-me preguiçosamente e entrei no banheiro, enchi minha banheira com a água quente e devo ter dormido novamente lá dentro, por que quando abri os olhos, meus dedos já estavam enrugados.
Suspirei de novo escovando meus dentes e reparando só agora que tinha algo errado comigo.
Meu pacote de absorventes estava fechado e ainda lacrado, do mesmo jeito que eu comprei, franzi o cenho fazendo as contas, a última vez que eu tinha menstruado foi antes mesmo de chegarmos a Londres. Isso significava que mais de um ciclo completo já tinha se fechado e ainda sim, minha menstruação não dava sinais de aparecimento.
Eu não me importava realmente, nunca havia ligado para aquilo, era apenas intrigante, eu nunca fora muito regular e sempre me recusara a ir a um médico para resolver essas coisas, não me adiantaria em nada ter ou não ter menstruação.
Respirei fundo guardando de novo o pacote pequeno e escutei meu celular tocando no quarto, atendi com meu coração disparado, para ver só depois, que era Dakota.
- Hey.
- Oii Dak.
- Está em casa?
- Sim, estou. Por quê? – cocei meus olhos que ainda estavam um pouco pesados e saí do cômodo indo em direção a cozinha.
- Nada. Lakers ganhou. – ela disse animada.
- Parabéns Dak. – eu quase podia vê-la revirando os olhos agora.
- Como você não veio hoje aqui, vamos a um pub?
- Dak...
- Por favor, Kris.
- Eu acho melhor não, eu dormi a tarde e ainda não estudei.
- Mas amanhã é sexta, e você sempre sabe a matéria completa Kris.
- Eu sei, mas mesmo assim... tenho que estudar Dak.
- Você é chata. – eu sorri.
- Estou tentando cuidar do meu futuro.
Disse sem pensar, mas falar de futuro, me machucava.
- Porra nenhuma de futuro. Eu estou passando aí em meia hora para ver você se arrumando.
- Dakota... eu já disse...
- Meia hora Stewart.
Bufei quando ela desligou o telefone.
Merda.
O que quê eu iria fazer em um pub?
Servir de vela para Tom e Dakota?
Não era possível que uma pessoa não podia nem ficar em casa sozinha.
Rolei os olhos sabendo que ela chegaria ali a qualquer momento.
Fui na cozinha e peguei um pão de centeio passando geléia de uva com um suco de laranja.
Comi rapidamente e voltei pro quarto.
Não tinha muitas roupas, a maioria ainda ficava no apartamento de...
Respira fundo Stewart. Respira fundo.
Balancei a cabeça para tirar os pensamentos e escolhi um jeans skinny azul marinho e uma blusa no estilo bata branca de alças, com alguns detalhes azuis. Coloquei uma sapatilha qualquer que combinasse e deixei meus cabelos soltos, ele esconderia meu rosto durante a noite.
Esperei Dakota na sala, me esforçando para criar coragem para sair de casa, quando tudo o que eu queria era voltar pra minha cama.
A campainha não demorou a tocar e eu rolei os olhos, não sei por que ela não entrava de vez, sempre fazia isso.
- Eu não vou sair com você, se tiver com essa cara Kristen.
- Está falando sério? – respondi fingindo alegria, fazendo-a rolar os olhos e me puxar pela mão.
- Não me irrite Stewart. Estou fazendo isso porque sou uma boa amiga e não te quero enfornada nesse apartamento esperando que a morte te encontre. – ela disse teatralmente e eu consegui sorrir minimamente.
- Vamos a quê pub?
- No perto da praia. Tom já está lá ajudando Sam com a banda. – falou entrando no táxi, eu a segui.
Tive vontade de perguntar quem mais estaria lá, mas me freei. Talvez ela não soubesse ou talvez até nem me dissesse se eu perguntasse.
Mordi os lábios em curiosidade.

Chegamos e foi só aí que tive a oportunidade de olhar no relógio, eram mais de 21 horas e por Deus, eu ainda estava morrendo de sono.
Dakota me puxou mais uma vez pelo braço, nos fazendo entrar.
O lugar já estava cheio e eu comecei a percorrer cada extensão dele a procura de algo que nem eu sabia o que era, ou talvez não quisesse saber.
Não mudaria nada de qualquer forma.
- Senta aí que vou falar com Tom que nós chegamos.
Bufei irritada com seu gênio imperativo e ela me deu um beijo no rosto rindo e indo em direção ao palco.
A traição de meus olhos era vista mais uma vez e eu de novo varri o lugar em busca de alguém, meu coração palpitando, e eu sabia que era de esperança e expectativa.
- Kristenzinha. – a voz de Tom cantou atrás de mim e eu me levantei para receber seu abraço e seu rodopio comigo ainda no ar. – Que milagre te fez sair de casa?
- Sua namorada está insuportavelmente insuportável hoje.
Ele riu.
- É claro que ela está. Ela foi ao bar pegar bebida pra vocês. – ele sorriu e se sentou comigo nas cadeiras vermelhas. – Você está bem? – perguntou me olhando e perdendo o sorriso.
- Não vamos começar com isso ok? Eu estou ótima. – não falei encarando-o, Tom me conhecia tão bem quanto Dakota e saberia que eu estava mentindo.
- Eu espero mesmo que esteja. – ele sorriu e bagunçou meu cabelo.
- Senti falta de vocês.
- Nós também sentimos sua falta. – Dakota disse chegando à mesa com duas canecas de cerveja e um sorriso no rosto. – Não foi amor?
- Claro que foi honey. – ele lhe deu um selinho e eu desviei o olhar.
Não estava disposta a encarar demonstrações públicas de afeto.
- Onde está Sam?
- Ele já vem até aqui. Te mandou um beijo. – ela disse me entregando uma das canecas.
Em um segundo que coloquei o líquido na boca, a bile subiu com força me dando uma ânsia incontrolável de vômito, me levantei de um átimo e com a mão na boca andei rapidamente até a direção em que ficavam os banheiros.
O lugar não era exatamente o que podíamos chamar de bem arrumado, mas era limpo pelo menos, me curvei em um dos cubículos, colocando minhas mãos nos joelhos e deixando que meu estômago expulsasse as substâncias que lhe faziam mal.
Senti mãos em meu cabelo e por um momento lágrimas vieram aos meus olhos, me lembrando de um tempo em que eu passava mal, mas era protegida por braços tão quentes e fortes... braços que não eram aqueles.
- Hei. O que houve? – Dakota perguntou preocupada.
- Não é nada. – respirei fundo e me levantei pra lavar meu rosto e minha boca na pia.
- Kris?
- Não é nada Dak, sério. Acho que me desacostumei um pouco com a bebida. Só isso. – cuspi a água na pia e enxagüei minhas mãos.
Ela pareceu ter ficado realmente preocupada e franziu o cenho.
- Não é a primeira vez que te vejo passando mal, você sabe. Você quase desmaiou semana passada.
- Foi minha pressão que estava baixa, não é nada demais.
- Kristen...
- Por favor, Dak. Eu estou bem.
Ela suspirou derrotada e assentiu com a cabeça, mas ainda estava olhando pra mim.
- Você tem bala aí? Ou um cigarro?
- Só chiclete. – ela colocou a mão no bolso e me entregou uma caixinha de masca de hortelã.
- Obrigada, - ela sorriu.
- Vamos voltar? Acho que Sam já está na mesa.
- Haam, Dak?
- Sim? – disse se virando quando já estava na porta de saída.
- Ele.. quer dizer... você sabe se ele vem... – mordi os lábios e coloquei uma mexa do meu cabelo pra trás da orelha.
Eu quase pude ouvir seu sorriso.
- Eu não sei. Acho que sim, ele sabe que Sam tinha show hoje.
- Ele sabe que... eu estou aqui? – olhei para minhas mãos que de repente tinham a forma mais interessante que eu já tinha visto.
- Não Kris... eu te chamei aquela hora e... talvez ele não... – ela deixou a frase morrer e eu assenti com a cabeça entendendo o que ela quis falar. – Kris...
- Vamos... eu ainda quero ver Sam antes que ele comesse a tocar.
- Tudo bem.
Ela passou seus braços nos meus e nós voltamos pra mesa onde Sam já estava com outro cara que eu não sabia quem era.
- Kristen. – ele disse me abraçando.
Retribui seu abraço constatando que realmente eu tinha sentindo falta de todos eles.
- Hey Sam.
- Como você está? – rolei os olhos fazendo-o rir e o seu amigo me encarou.
- Estou ótima.
- É claro que está. – ele respondeu negando com a cabeça e ainda levava um sorriso no rosto. – Bom, me deixe apresentar a você. Michael. – ele apontou para o cara de cabelos lisos que estava ao seu lado. – Esta é Kristen. Kris, este é Michael.
- Olá. – ele disse, apenas acenei com a cabeça apertando levemente a mão que ele me estendia. Ele segurou na ponta dos meus dedos e deu um beijo no torso da minha mão.
Me incomodei com a intimidade e puxei minha mão de volta levemente, vendo Tom ficar desconfortável e Dakota suspirar sorrindo pra mim.
- Posso me sentar com vocês? – Michael perguntou.
Tom assentiu com a cabeça apontando o lugar a sua frente, eu acabei tendo que me sentar ao seu lado apesar de não querer.
- Você está melhor? – Tom me perguntou sério.
- Sim, foi apenas um enjôo. – sorri pra ele tentando passar segurança e ele me sorriu de volta. – Só não vou beber hoje.
- É a bebida que está fazendo isso?
- Sim, acho que sim. – respondi simplesmente, ninguém precisava saber que eu parecia uma idiota vomitando por cada cheiro estranho que eu sentia.
Nós começamos a conversar sobre banalidades, mas minha mente estava voltando para o que Dakota disse no banheiro, ele não sabia que eu estava aqui e se soubesse, talvez ele não viesse, foi por isso que ela não contou pra ele, por que queria que ele viesse hoje.
Mas ele deixaria mesmo de vir se soubesse que eu estava ali?
Eu acreditava que ele viria de qualquer forma, ele não deixaria o amigo na mão por causa de uma ex-namorada...
Suspirei engolindo o choro preso na garganta.
E tentei me manter focada na conversa.
Era meio incomodo conversar e estar ao lado de Michael, seus olhos pretos me davam uma espécie de estranhamento que não era bom.
Ele me encarava com intensidade demais no olhar e eu cheguei a pedir uma ajuda silenciosa para Tom, mas ele ainda não entendia meus olhares, não como Robe...
Pare. Agora.
Fechei meus olhos com força tentando prestar atenção no que Michael falava pra mim, mas não consegui e quando abri os olhos foi para ver o que eles procuravam desde que entrei neste maldito pub.
Robert estava passando pela porta verde de madeira com um vidro na parte superior, ele tinha o olhar sério e a barba por fazer, suas mãos no bolso da calça preta jeans e a blusa quadriculada de azul de mangas, por cima de uma outra branca.
Ele nunca estivera tão lindo como naquele momento.
Senti meus lábios se curvando em um sorriso involuntário e minha respiração saindo um pouco mais descompassada agora.
- Olha Tom. O Rob chegou. – uma voz feminina que eu presumi ser Dakota avisou.
Tom levantou o braço e ele viu Tom.
Por um segundo ele olhou pra trás como se estivesse esperando alguém e eu me sentir morrer por um instante.
Era uma garota.
Não devia ter mais de 22 anos.
E ela era linda.
Ela chegou ao lado dele e lhe sorriu, ele retribuiu seu sorriso, me dando uma pontada aguda no peito.
Meu rosto inteiro ardeu junto com meus olhos, eu sentia uma pressão estranha na cabeça, como se algo estivesse tentando me afundar.
- Kris? Vamos ao banheiro comigo?
Virei-me como um robô para a direção da voz de Dakota.
E sem esperar por uma resposta da minha parte, ela se levantou e puxou minha mão.

Chegamos ao banheiro e eu parecia não saber como tínhamos chegado ali.
A visão do sorriso de Robert. Um sorriso que não era pra mim, assaltava meu peito, fazendo as feridas se abrirem e arderem como uma intensidade violenta.
- Você não pode ficar assim. – Dakota se aproximou.
Não respondi, eu estava entorpecida.
- Eu estou bem. – consegui dizer depois de alguns segundos.
- Pare de fingir que está bem Kristen...
- Mas eu estou... – concertei meu corpo e olhei para Dakota mordendo os lábios.
Eu podia segurar minhas emoções até que estivesse em casa.
- Kristen...
- Nós podemos voltar?
- Sabia que você ia dizer isso. Tem certeza?
Não respondi apenas revirando os olhos para ela e saindo pela porta do banheiro.
- Não quer beber nada?
- Acho que apenas uma água Dak.
Na verdade eu não queria nada, eu só queria criar coragem para me sentar naquela mesa com todos eles juntos.
Eu podia ir embora, mas eu tinha que provar pra mim mesma que estava preparada pra isso.
Então, porque eu me sentia um tanto quanto irritada?
Não fora pra isso que eu o deixei?
Para que ele tivesse a chance de ter alguém melhor e que pudesse dar a ele tudo o que eu jamais poderia pensar em dar?
E a menina parecia ser ideal para Robert, mesmo que de uma forma meio errada.
Eu não podia ficar ali, sabia que não conseguiria.
- Tome. – Dakota disse me entregando a garrafinha.

- Dak, eu vou embora.
- O quê?
- Não estou me sentindo bem.
Não era totalmente mentira, eu sentia uma leve tontura e meu estômago voltava a dar sinais de ânsia.
- Mas Kristen...
- Eu estou indo Dak. – bebi um gole grande de água e olhei para a mesa.
Robert não estava lá, somente a garota que Tom e Michael já pareciam conhecer.
- Pode se despedir de Tom por mim? E peça desculpas a Sam, eu não estou me sentindo mesmo bem.
Ela suspirou.
- Claro. Quer que eu vá com você?
- Obvio que não Dak. Eu vou ficar bem com um remédio.
- Tudo bem Kris, me ligue ok?
Assenti e a abracei saindo do bar depois de lhe dar um beijo no rosto.

Cheguei até o lado de fora do lugar já olhando de um lado para outro na pressa de achar logo um táxi, mas não foi bem um táxi que eu achei.
Olhando para a parede lateral eu o vi ali, parado com um cigarro entre os dedos e segurando um telefone na outra mão.
Não sei se ele estava me vendo, mas eu podia sentir meu coração disparado e minha respiração começando a ficar descompassada.
Foi no segundo em que decidi desviar o rosto, que ele me encarou.
Os azuis esverdeados me prendendo e me queimando por dentro como sempre fizeram.
Meus ossos virando puro líquido com minhas mãos tremendo, virei-as em punhos quando a saudade que eu sentia dele me invadiu.
Instintiva e forte.
E eu quis me aproximar.
Quis tanto me aproximar.
Algo me impedia apesar de eu não saber o que era, talvez fosse a mágoa que eu sentia de mim mesma, ou a consciência dizendo que fui eu quem escolhera isso, devendo assim deixá-lo em paz.
Seus dedos longos pegaram o cigarro novamente levando-o até a boca.
Canela.
Ele ainda devia ter o mesmo gosto de canela.
Engoli em seco percebendo que estávamos apenas nós dois parados ali, nos encarando com intensidade no olhar.
Tantas emoções se passavam por seu rosto e eu tinha certeza que ele estava identificando cada uma das que passavam pelo meu.
Suas mãos abaixaram o telefone e eu estremeci de leve, como se seus movimentos fizessem dele algo mais real.
Só que nada podia ser mais real do que aquilo, seus olhos nos meus e as sensações que ele me fazia sentir, meu peito doía das feridas e de como meu coração estava desesperado, como se quisesse sair de lá de dentro para se encontrar com o dele.
Cruzei meus braços e mordi os lábios sem nem mesmo me dar conta de meus movimentos, num gesto de defesa para a dor que me assaltava por não poder senti-lo.
- Oi.
Mordi os lábios de novo engolindo em seco.
- Oi. – baixei meu olhar, não tinha coragem para encará-lo.
- Não vai ficar?
- N-ão. Eu... tenho que estudar.
Ele assentiu tragando mais uma vez e olhando para os seus pés agora.
- Rob?
Um nó se formava em minha garganta à medida que a voz que o chamou se aproximava.
- Rob? – a garota que estava com ele repetiu, nos encontrando ali há menos de três metros de distância um do outro e com um clima meio estranho no ar.
Ele não respondeu, nem mesmo quando ela se aproximou dele, eu senti meu coração ser apertado no fundo do peito como se uma mão o estivesse esmagando.
- Não vai entrar? – ela perguntou colocando a mão em seu braço e ficando numa proximidade perigosa demais do seu corpo.
Meus olhos arderam e eu me virei lentamente para a rua num desespero completo por sair dali e achar logo um táxi.
- Não. – ouvi sua resposta curta.
Vi um táxi no fim da rua e fiz um sinal para que ele parasse.
- Você vai sozinha? – a voz rouca e de sotaque inconfundível disse me fazendo estremecer.
- Sim, não é muito longe.
- Eu sei.
Engoli em seco encarando seus olhos.
Ele também estava com... saudade?
Eu conhecia aquele brilho nos olhos dele e novamente eu quis me aproximar... e me aproximar...
- Olá! - a garota me olhava com o que eu achei ser curiosidade no olhar e eu não baixei o rosto, ela podia ser melhor para Robert, mas eu não precisava ficar ali e ver isso de camarote. Além de sua voz conter um “quê” a mais do que eu achei ser ciúmes.
- Olá. – respondi pra ela e reparando que o táxi tinha chegado – Boa... noite. – eu disse sem o encarar.
- Boa noite.
Engoli em seco tentando descer o maldito nó em minha garganta e abri a porta do táxi, entrando rapidamente e dando meu endereço para a senhora que me olhava com também curiosidade.
Por que todo mundo simplesmente não ia se foder?
Mais que inferno.
Ela acelerou e eu quis olhar pra trás, minha parte mais masoquista querendo olhar novamente os dois juntos, para enfiar a imagem na minha cabeça pra que assim eu deixasse de ser idiota.
Uma parte de mim dizia que eu não iria agüentar e eu ainda tinha que me segurar até chegar em casa.
Desci do táxi e paguei deixando dinheiro de sobra para a senhora e entrei em meu apartamento.
Não sabia se queria chorar ou não.
Mas não importava de qualquer forma e não adiantaria fazer nada.
Robert estava bem e com uma garota que eu o merecia.
O que eu sentia não tinha importância.
Mas não deixava de doer.
As lembranças de nós dois invadiram minha mente e foi inevitável não deixar as lágrimas saírem, elas podiam ser meu escape, elas me fariam sentir melhor.
A música baixa e rouca que eu escutava enquanto me encolhia na cama, era só um presente da minha imaginação.
Porque não era mais pra mim que ele cantaria, não era eu quem dormiria com ele essa noite, não era a mim que seus braços aqueceriam e protegeriam.
Não mais.
Ele estava me esquecendo.
E eu não podia fazer nada para reverter isso. Não se eu quisesse que ele fosse feliz.
Bloqueei minha mente das lembranças como um ato inútil, já que elas vinham mais constantemente que antes, junto com as lágrimas agora.
Fechei meus olhos e não consegui dormir.
Eu definitivamente precisava de um calmante ou dos meus remédios.
Mas algo me dizia que eles não iriam funcionar.

Continua...

Oh Senhor... vai ser sempre assim agora? Vou chorar em todos os capítulos que editar até que eles decidam fazer as pazes? Eu sinto como se tivesse vivenciando cada dor deles, principalmente do Rob que não é colocada em palavras, mas é expressa pelos olhos. Ele deve estar sofrendo demais com a ausência dela, principalmente por que se sabe o quanto ela sofreu no passado e não quis dividir com ele esse sofrimento. Por não poder cuidar dela como ele prometeu que faria... não poder apagar a tristeza de seus olhos. Espero que eles voltem logo ou não terei mais lágrimas. Beijos e até mais tarde.
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2 comments:

  1. CARAMBA tipo eu acho que ela ta gravvida !
    sei lá ! ahsuahsaush'

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  2. eu to chorando pacas man kero q eles voltem logo e q o michael não venha enxe o saco u.u

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