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Wednesday, January 11, 2012

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 33


Olá pessoal! O capítulo de hoje está em clima de recomeço. Nosso casalzinho receberá os amigos para um jantar em casa, mas os enjôos da Kris deixarão o Rob muito preocupado...

Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; Violência

Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"

CAPÍTULO 33

''Amor não é amor que se altera quando encontra alteração. Ou uma marca rígida, que aparece numa tempestade e nunca se abala. Amor não se transforma de hora em hora, mas surge mesmo à beira da morte.''

(William Shakespeare)

O dia amanheceu com a mesma sensação de paz com a qual adormeci. Meus pensamentos soltos e leves e tudo parecia estar em ordem mais correta do que nunca.
- Acha que eu engordei?
- Quê? – resmungou continuando com os beijos em minha barriga.
Estávamos ali desde que nos amamos novamente, já eram mais de seis horas da manhã e nós dois tínhamos que sair, mas isso não estava importando no momento. Eu tinha os seus lábios em mim, passeando por toda a minha pele com suas mãos grandes segurando meu corpo debaixo dele.
Eu estava muito bem. Obrigada.
- Você acha que eu engordei?
- Huum... – disse pensativo, subindo com beijos por meus seios e se fixando ali. – Acho que não baby, mas...
- O quê?
Droga, sabia que tinha engordado.
- Estão maiores. – apontou, sua expressão levemente pensativa, como se fosse um código que ele tentava decifrar enquanto olhava para os meus seios.
- Sério? – olhei também e realmente estavam maiores, na verdade, eu nunca tive muito... então aquele tamanho era realmente desproporcional.
- Sim, é sério.
Ele sorriu malicioso antes de beijá-los com pura luxúria, abocanhando-os totalmente, como se fossem a única coisa no mundo pra ele naquele momento.  
- Não tem... muita graça neles... você sabe.
- Eles são perfeitos.
Minha voz já era gemidos com os seus movimentos ritmados, suas mãos desceram até minha intimidade começando a me estimular.
- Deus Robert...
Não era possível que ele não se cansasse. Não que eu estivesse reclamando, mas nós não saímos daquela cama desde sábado à noite, nem para comer nem nada disso, passamos muito mais de 24 horas, apenas fazendo amor.
E eu estava muito bem com isso, principalmente com o jeito que ele me olhava cada vez que deslizava entre minhas pernas e me preenchia daquela maneira deliciosa, como estava fazendo agora.
Ele me olhava nos olhos, com amor e puro desejo brilhando nas orbes azuis esverdeadas que sempre seriam a minha vida. Era por ali que podia enxergar a sua alma durante cada segundo.
- Eu te amo. – sussurrou abafado na pele do meu pescoço.
Os movimentos se tornando consecutivos sem deixarem de ser lentos e fortes, me fazendo chorar de agonia para que meu ápice chegasse logo, aliviando toda a necessidade essencial que eu tinha por ele.
- Robert...
Gemi involuntariamente, fechando meus olhos com força e mordendo meus lábios, ele estava atingindo um ponto especial dentro de mim e puxava a pele dos meus seios entre seus dentes, lambendo-os e brincando com o mamilo.
Minhas mãos viraram punho em sua nuca que eu já sentia úmida por causa do suor.
E eu cheguei ao meu clímax com mais dois movimentos certeiros dele.
Mordendo os lábios para não gritar e cravando minhas unhas em suas costas, até que ele se derramou dentro de mim e eu cheguei lá de novo.
Era intensidade demais para que eu agüentasse sem gritar seu nome, fazendo-o ecoar por todo o quarto e talvez até pelo apartamento.
- Kristen.
Ele disse e desabou em cima de mim, apertei ainda mais minhas pernas que estavam em volta do seu corpo sem nem mesmo que eu me lembrasse de como elas haviam ido parar ali.
Fiquei acariciando os fios de areia amarela, sentindo o suor em minhas mãos até que recuperássemos as respirações.
- Temos que ir. – ele disse me dando um beijo no rosto e me olhando, sorrindo.
- Não. – choraminguei.
- Sabe que temos Kristen.
- Não.
Ele riu baixo e me beijou, esqueci de tudo como sempre, apenas para sentir seu beijo e seu gosto inigualável em minha boca, se enroscando em minha língua e me fazendo perder a sanidade.
- Vamos.
Um gemido de protesto saiu de nossas gargantas quando ele saiu de dentro de mim, fazendo eu me sentir vazia e fria, querendo que ele me esquentasse de novo.
- Eu não vou.
Disse me enroscando nas cobertas brancas ouvindo seu riso.
- Não vai pra faculdade? – ele estava sentado na cama agora, passando a mão em meu cabelo, eu estava mesmo ficando com sono.
- Não. Tenho uma prova só amanhã e vou dormir enquanto você estiver no trabalho. – sorri pra ele me virando de bruços, deitando em cima do meu estômago com o rosto voltado pra ele.
- Sabe que eu ficaria com você o dia todo não é?
- Uhuum.
Resmunguei apenas, já me embriagando de novo com seus lábios na minha pele, subindo e descendo sobre as minhas costas. Fechei meus olhos...
- Eu não vou demorar.
- Okay. Coma alguma coisa, estamos aqui desde sábado sem comer nada.
Ele riu me dando um beijo nos lábios e seguindo para o banheiro.
Seu cheiro estava no travesseiro, então afundei meu rosto ficando embriagada com a colônia masculina e ali escutando o barulho da ducha.
Eu estava me sentindo completa, leve e plenamente divina.
Tirar os segredos das minhas costas, fora muito mais que um alívio, fora a minha cura, agora Robert sabia de tudo e mesmo assim me amava e me desejava, isso me fazia mais forte.
Muito mais forte.
- Baby?
Abri meus olhos pesados para encontrá-lo já com o terno, mas ainda tinha a barba por fazer, senti um desejo incontrolável de tocar seu rosto e sentir o mesmo arranhando minha palma.
E foi o que eu fiz.
- Dormiu?
- Um pouco, eu acho.
- Então volte a fazê-lo. Estarei em casa antes das seis.
Assenti com a cabeça sorrindo, tirei minha mão de seu rosto colocando-a debaixo do meu travesseiro onde minha face estava afundada.
Ele me deu um beijo demorado na testa e a última coisa que ouvi, foi à porta do quarto sendo encostada antes que eu caísse num sono profundo e delicioso.

Acordei tarde, muito tarde... já eram 04:13 e meus olhos ainda estavam pesados, mas eu tinha que acordar, meu estômago estava reclamando de fome e eu precisava de um antiácido urgente, aquela azia estava acabando comigo.
Consegui levantar depois de um tempo apenas encarando o quarto, sorrindo como uma idiota por perceber o estado da cama completamente bagunçada, reafirmando que Robert estava ali comigo e que seria meu, pro resto da vida.
Respirando fundo e com um sorriso no rosto, me levantei da cama percebendo que ainda estava nua, rolei os olhos internamente e cacei uma blusa de Rob pelo quarto, amarrando-a de lado quando ficou folgada demais, afinal, uma blusa dele era mais do que um vestido pra mim.
Sorri vestindo uma calcinha em estilo short, saindo do quarto.
Meu estômago estava revirando, pela azia e pela fome, eu precisava urgentemente de comida mesmo sabendo que isso poderia piorar a queimação.
Nem ficando na ponta dos pés, eu consegui alcançar os armários, sentindo tonturas e uma vertigem poderosa.
- Fuck. – coloquei a mão na cabeça esperando que passasse.
Era a merda da minha pressão novamente.
Aquilo tinha que parar logo, antes que Robert visse um dia e ficasse preocupado por besteiras.
Respirei fundo incontáveis vezes até que estivesse melhor, abri meus olhos lentamente e suspirei, soltando todo meu ar pela boca. Alcancei a geladeira tirando de lá uma barra de cereal de baunilha e aveia, comendo junto com um copo de leite.
Por mais fome que eu tivesse, não iria conseguir comer nada enquanto aquela azia estivesse me consumindo.
Fiz uma bolinha de papel com a embalagem sorrindo divertida e tentando acertar a lixeira que estava em cima da pia e eu sentada em cima do balcão.
Desisti depois de sete tentativas inúteis e me levantei, ainda teria que estudar para a prova de recuperação amanhã e sabia que não podia me dar mal nessa, era a última oportunidade de salvar a minha nota de começo de semestre.
E ainda teria que arrumar a casa que estava uma bagunça, ficar longe dali não fora uma boa idéia em hipótese alguma e não poderia estar mais feliz por ter voltado para minha casa.
Quando tinha acabado de arrumar o quarto, foi que o telefone tocou, me livrei das roupas sujas que estavam em minha mão e atendi calmamente ao telefone.
- Oii.
- Kris? – eu sorri com o tom de voz surpreso.
- Oi Dak.
- OMG, eu vou matar você, como assim não me contou que estava aí? Cadê o Robert? Vocês voltaram? OMFG conta logo.
- Vamos com calma Dak. – ri de novo voltando com as roupas para meus braços e andando pelo corredor com o ombro enganchado no aparelho.
- Calma, é o caralho. Conta logo Stew.
- Voltei pra casa. – disse apenas, joguei as roupas na área de serviço colocando tudo na máquina e tirando o telefone do ouvido para aplacar a dor que seu grito me causou.
- OMG, OMG, OMG! Quando foi isso?
- No sábado, eu acho. – sorri botando a medida certa de sabão na gaveta da lava-roupas.
- Bandida, estou tremendamente irritada agora.
- Por quê?
- Você não me contou Stewart. – disse como se fosse obvio e eu rolei os olhos sorrindo e apertando o “liga” na máquina.
- Dak, nem eu sabia que viria até aqui... foi de repente.
- Ainda não está perdoada.
- O que você quer então? – falei divertida já prevendo a hora em que ela diria que faríamos compras.
- Haam, eu não sei... nós vamos até sua casa hoje.
- Tudo bem.
Eu iria adorar tê-los ali e Robert também.
- Certo, mais ainda não está perdoada.
Ela desligou e eu sabia que tinha um sorriso no seu rosto.
Ainda fiquei olhando as roupas girarem lá dentro por alguns segundos, antes de sair de lá e voltar para dentro do apartamento.
Tomei um banho morno e relaxante, as gotas de água caiam em minha pele esquentando meus poros e fazendo eu me sentir tranqüila.
Enrolei-me na toalha branca, colocando uma calça de malha cinza que tinha duas listas pretas do seu lado e era mais larga nos pés, com uma blusa branca colada no corpo, deixei meu cabelo solto e molhado colocando apenas as mexas atrás da orelha e me sentei na cama para estudar.

E foi só isso que eu fiz durantes as próximas horas, estudei e estudei, a matéria já caia como pluma em meu cérebro, faltava apenas uma última parte que eu deixaria pra depois, já eram mais de seis horas e eu bocejava pra caramba.
Além da fome estrondosa que eu estava sentindo.
Suspirei me levantando da cama reparando na bagunça que eu tinha feito, fui pelos corredores e chegando à cozinha comecei a fazer algo pro jantar.
Dakota e Tom deveriam aparecer, então resolvi fazer algo que desse para todos. Uma salada de legumes com um arroz de cenoura e filé em cubos.
Fiz tudo bem picadinho e temperado, colocando um pouco mais de sabor no arroz para abrandar o gosto da cenoura porque Robert não gostava muito e fiz um molho de tomate e manjericão jogando algumas rodelas de cebolas refogadas por cima do filé.
Limpei o balcão enquanto esperava o filé grelhar e verifiquei as horas, Robert estava mais do que atrasado para chegar em casa, já estava dando sete horas e ele ainda não havia chegado, suspirei virando os lados do filé e misturando com as cebolas quadradinhas.
- Amor? – escutei um barulho de chaves caindo em cima de uma mesa e sorri, limpando minhas mãos no pano de prato caminhando até a sala.
- Hey. – sorri ao vê-lo e fui retribuída com o meu sorriso torto em seu rosto.
- Oi. – ele se aproximou e beijou minha testa, eu sentia tanta falta de sentir aquilo, dele chegar do trabalho e procurar por mim em casa e depois me beijar perguntando como foi meu dia.
- Olá.
- Estou atrasado e me desculpe por isso. – seus dedos colocaram uma mexa de meu cabelo atrás da orelha e mais uma vez eu sorri, ficando na ponta dos pés e nada mais foi dito.
Enlacei seu pescoço com minhas mãos pequenas, imiscuindo-as em seu cabelo dourado, entreabrindo os lábios para dar passagem a sua língua ávida.
- Acho que senti a sua falta.
Ele se referia ao tempo que ficamos separados, e me lembrar daquilo me machucava, ficar longe de Robert era uma dor sobre-humana que eu jamais escolheria sentir de novo.
- Eu também senti sua falta.
Ele sorriu voltando a me beijar.
Beijar Robert era sempre indescritível, era amor, prazer, desejo... tudo misturado em um único e especial toque, nada do que eu já havia sentido na vida se comparava com a sensação de seus lábios nos meus, suas mãos em mim e seu gosto me enlouquecendo daquela maneira.
- Tome um banho e vem jantar, Tom e Dakota... – lhe beijei de novo. – Vão aparecer por aqui mais tarde.
- Ok. – ele respondeu, mas não me desgrudou.
E fez apenas depois de meia hora, sim ele ainda ficou me agarrando durante meia hora antes de se virar sorrindo divertido pra mim.
Segui-o com o olhar, vendo o modo irritado que ele tirava a gravata até que senti um cheiro diferente.
OMG.
A comida.
Disparei pela cozinha e desliguei o fogo vendo o filé já sendo torrado.
- Merda.
Com um garfo, eu tirei os que estavam queimados, colocando novos no lugar, suspirando e no mesmo segundo, eu levei as mãos na boca.
Ajoelhei-me de um átimo próxima a lixeira e deixei que a bile subisse, o enjôo crescendo à medida que eu respirava e já podia sentir a pressão em minha nuca.
Meu estômago queimando com a maldita azia que não passava até que senti mãos no meu cabelo, era Robert que se ajoelhava atrás de mim e mesmo sem vê-lo, já podia imaginar a cara preocupada que ele estava fazendo.
- Nós vamos ao médico.
- N-ão. – vomitei de novo levando minhas mãos a barriga.
- Não estou perguntando Kristen.
- Por favor, Rob. Nada de hospitais, sabe que não vou a lugar algum.
- Kris... eu estarei com você, ninguém vai te fazer mal, amor.
Limpei minha boca no torso da mão e me virei para encarar seus olhos agoniados.
- Eu sei... mas isso não é nada, foi o cheiro do filé queimado. – apontei inutilmente enrolando meu cabelo em um coque mal feito enquanto ele me ajudava a levantar.
- Sei que está sentindo isso a algum tempo. E vamos ao médico assim que passar mal novamente Kristen.
Ele estava sério e taxativo demais, ele não iria me deixar escapar.
Apenas assenti, derrotada, eu sabia que havia algo de errado comigo, só não sabia o que era e nem tinha coragem para procurar saber.
Fui para o quarto depois de receber seu beijo em minha testa, às vezes era ainda um pouco irreal que eu estivesse mesmo ali novamente, no nosso apartamento, nosso canto.
Apenas meu e dele.
Sem pressões e sem mentiras entre nós.
Estava tudo perfeito demais para que eu me preocupasse com a minha saúde.
Escovei meus dentes com um meio sorriso no rosto ouvindo a campainha tocar e Rob gritar um “eu atendo” lá da sala. Cuspi a água na pia junto com a pasta de dente e bebi mais água antes de enxugar minha boca com a toalha de rosto e me recompor da crise de ânsias até poder voltar pra sala.
- Sua bandida. – Dakota falou quando me viu entrando no cômodo.
- Oi pra você também Dakota.
- Chata. – ela sorriu e me abraçou, quase pulando em cima de mim e rindo igual a uma louca.
- Você está me esmagando Dak.
- É pra esmagar mesmo. Ah estou tão feliz por vocês. – ela me soltou depois de alguns momentos para me dar um beijo em rosto.
- Atrapalho essa relação? – ouvi a voz de Tom e a gargalhada de Robert atrás de nós.
- Sim. Você está atrapalhando. – disse Dakota sorrindo pra mim. – Nós estamos deixando vocês dois e indo assumir o nosso amor nas placas de Hollywood baby. – a sua piscada de olho me fez rir e o modo como ela se enlaçou ao meu corpo também.
- Larga da minha mulher, Dakota.
- Fica quieto Rob, eu também estou irritada com você. – apontou fazendo-o revirar os olhos e me puxar dos braços de Dakota para os seus.
- E por que, diabos, você está irritada?
- Por quê? Como que é isso... – ela fez um sinal com o indicador, mostrando a mim e a ele abraçados no meio da sala. – acontece e eu não sou informada? Uh? Eu estou indignada e absolutamente irritada com este fato Pattinson.
- Oh meu Deus Dakota, está querendo me dar um motivo de te jogar pela janela?
- Que cheiro é esse? – Tom perguntou mudando totalmente de assunto.
- Você não vai me defender? – ela perguntou me fazendo rir.
- Eu não preciso fazer isso amor, sabe que Robert jamais faria algo com você.
- Não duvide. – Rob disse sorrindo.
- Ok. Vamos comer? Acabei de fazer o jantar.
Mudei de assunto antes que alguém realmente fosse jogado pela janela, Robert riu me abraçando ainda mais forte e seguimos todos pra cozinha.
Tom foi o primeiro a fazer o seu prato e o de Dakota também, nos sentamos todos à mesa e comemos conversando com uma alegria e disposição que há muito tempo eu não sentia. Perguntei de Sam, mas ele estava em Malibu fazendo show, por isso não poderia vir hoje.

- Acho que já estou perdoando você. – ela disse tentando se passar de indiferente, enxugando os pratos e colocando na pia, os garotos guardariam depois porque nenhuma de nós duas alcançávamos os armários de cima.
- Sério? – fui meio irônica sorrindo, passando mais um copo pra ela.
- Sim e agradeça isso ao meu bom coração Stew.
- Ok. – sorri batendo seu quadril com o meu, retirando um sorriso dela também.
- Fico feliz ao te ver assim, você sabe.
- Eu sei Dak e muito obrigada.
Ela sorriu e voltamos a conversar amenidades.
Depois de termos arrumado tudo e de Tom ter levantado Dakota pra que ela mesma guardasse os pratos, nos sentamos todos na sala ainda rindo dos gritos de Dakota na cozinha com medo de cair dos braços de Tom.
- Sabe que eu não deixaria você cair honey. – ele beijou seu rosto.
- Sei. Acho bom mesmo.
Eu ri me abraçando a Rob, Dakota não dava o braço a torcer, mas adorava os cuidados de Tom com ela.
- Você não está com sono?
- Acho que só estou cansado. – Robert me respondeu passando a mão em meu cabelo.
- Bom galera, vamos puxar o carro. Boa noite.
- Boa noite. - respondi a eles, me levantando e indo em direção a porta, dei um beijo nos dois antes que eles saíssem pelos corredores.
- Vamos dormir? – Rob me perguntou.
- Claro.
Ele me pegou nos braços me deixando sorrindo e logo após senti meu corpo em algo macio.
Retirou sua blusa pegando o edredom em suas mãos quando se deitou por cima de mim, aconchegando sua cabeça m meus seios.
- Bons sonhos Kris. – me beijou levemente os lábios sorrindo e se deitando novamente em minha pele.
- Boa noite Rob.
Meus braços circularam seu pescoço fazendo carinho com minhas mãos em seu cabelo, sentindo a seda dos fios dourados e não demorei a adormecer.

Aquela semana poderia ser conceituada de várias formas e de diferentes etimologias, mas a principal, seria: contraditória.
Por um lado eu tinha o meu céu e paraíso, eu estava com Robert e nós não podíamos estar melhor, se eu soubesse que ficaríamos assim após eu lhe contar tudo, já teria feito antes e ignorado completamente minhas inseguranças.
Eu deveria saber desde o princípio que ele me amava do mesmo jeito que eu o amava e que nada nos separaria.
Mas tudo o que acontece têm seus motivos e momentos certos, eu não acreditava muito nisso antes, mas passei a acreditar nas coisas depois que Rob entrou na minha vida.
Ele e toda aquela onda se sentimentos avassaladores dentro de mim.
Com ele, eu aprendi a ter fé em coisas que jamais pensei em crer, como na felicidade por exemplo.
Apesar de o fato de ser estéril ainda mexer comigo, também pesava o fato de que eu não havia contado isso a Rob, isso me machucava em altos níveis de peso na consciência e no coração, já que eu sentia que ele queria ter uma família.
Uma família grande, um time de futebol.
E me doía saber que - mesmo que ele não se importasse - eu teria que lhe negar isso.
Suspirei e fechei meu livro de Shakespeare que estava lendo a uma semana, hoje já era sexta-feira e como toda tarde, eu havia chegado da faculdade passando mal e agora - depois de banho tomado - eu me deitava com uma azia infernal corroendo meu estômago e com uma crise de sensibilidade que eu nunca tivera antes.
Tudo me irritava, o sol estava quente demais, cozinhar não estava me acalmando, Los Angeles de repente ficou muito pequena para toda minha irritação sem motivo e sem controle, só esperava que quando Rob chegasse, eu já estivesse melhor, talvez fosse algo de errado comigo já que eu me sentia diferente.
E não só no corpo, mas por inteira.
Quis tirar os pensamentos de minha mente, mas tudo me levava a um só ponto.
Eu estava doente, mas não poderia contar isso a Rob, ele ficaria preocupado demais por algo que não devia ser tão grave assim.
Fuck!
Aquele edredom era branco demais também.
Merda.
Me levantei contrariada, andando por todo apartamento até encontrar minha mochila da faculdade jogada pela sala, busquei meus livros de gráficos e planos e sentei no chão mesmo, apoiando meu material na mesinha de centro em carvalho claro.
Mas a porcaria da minha mente não estava se concentrando... gráficos e barras, gráficos de linhas... e blá, blá, blá.
Eu queria era que tudo aquilo se fodesse.
E eu senti uma vontade enorme de chorar, tanta vontade que estava esmagando meu peito, sufocando minha respiração e eu não agüentei mais.
Minhas lágrimas vieram violentas assim como meus soluços.
Eu tentava limpá-las porque elas eram desconexas e completamente insanas, eu não tinha motivo algum para estar chorando e mesmo assim, ali estava eu... no chão da minha sala com as pernas em meu peito tentando a qualquer custo aplacar aquela dor irracional que eu sentia.
Demorou tempo demais pra passar, aliás durou quase uma eternidade e o pior de tudo foi Rob entrar e me ver naquela situação.
Ele jogara suas coisas no chão em um átimo e como um raio se aproximou de mim, me pegando no colo.
- Deus, o que houve baby? - suas mãos eram frenéticas em meu rosto, tirando os fios de cabelo que estavam grudados por conta da água salgada.
- Nada Rob... n-ão houv-e nada. - solucei me agarrando em sua camisa.
Eu nunca fora uma pessoa muito carente, nunca demonstrará pelo menos, eu gostava de ser forte e de que os outros me vissem assim, chorar era apenas para poucas ocasiões.
E por bons motivos, não por uma crise de carência como aquela.
- Conta pra mim Kristen, o que aconteceu?
Os olhos agoniados varreram o apartamento procurando por alguma coisa ou por alguém, mas eu não podia deixá-lo acreditar naquilo, por que não era a verdade.
- Rob...
- Shii... está tudo bem.
Ele se levantou comigo em seu colo e me deitou na cama, se esticando do meu lado após tirar os sapatos, me aconchegou em seu peito e apenas depois do que me pareceram horas, eu consegui me acalmar.
- Me desculpe por isso. - murmurei brincando com os botões de sua camisa social que estava meio entreaberta.
- Vai me contar o que houve?
- Nada. - ele me olhou sério. - É verdade, eu... não sei o que aconteceu...
- Ninguém chora desse jeito por nada Kristen...
- Mas é verdade Rob. - me ergui em minha mão direita enquanto a outra se colocava em seu rosto, tentando lhe passar sinceridade. - Eu estava irritada com tudo... meio desligada das coisas e de repente... eu fiquei com vontade de chorar... e bom.. saiu aquilo.
Minha expressão era de total confusão, porque eu não entendia também o que estava acontecendo, eram mudanças estranhas demais para que eu pudesse assimilar com rapidez.
- Tudo bem. - ele suspirou puxando meu rosto novamente por seu peito. - Eu acredito em você. - seu suspiro deu o assunto por encerrado e eu sorri minimamente contra a pele do seu peitoral levemente definido, os pelinhos que seguiam dali até o abdômen eram um charme e me enlouqueciam quando eu passava as unhas por ali e...
OMG.
Era só o que me faltava, virar uma devassa.
Neguei lentamente com a cabeça, pra que ele não percebesse e suspirei.
- Está com sono? Chegou há muito tempo da UCLA?
- Não, uma hora mais ou menos. Mas estou me sentindo cansada. - murmurei.
- Então durma, vou trazer algo para que possa comer.
- Não. - disse quase gritando e travando meus dedos em sua camisa, ele se deitou de novo sorrindo. - Fique aqui.
- Tudo bem baby. Agora relaxe.
As mãos grandes e quentes se passavam por minha coluna e faziam carinho em meu cabelo.
- Canta pra mim?
Ele riu baixo antes de dar um beijo no topo da minha cabeça.
- Sempre.
A melodia de You and Me me invadiu e adormeci completamente.

Mas quem dera fosse por muito tempo.
Pelo que me pareceu menos de duas horas depois, eu tive uma crise horrível de vômitos consecutivos.
E para piorar tudo, Rob estava comigo, me vendo e segurando meus cabelos, enquanto eu praticamente abraçava o vaso e colocava até a minha alma pra fora, com minhas mãos na barriga.
- Nós vamos ao médico. Agora.
- Rob... - eu tossi um pouco quando ele me deixou sentada na cama.
- Agora Kristen.
Ele foi direto à cômoda e tomou um banho tão rápido que quase não o vi entrando no banheiro, seu cabelo molhado e cheirando a shampoo me atiçou, mas eu tentei me controlar.
- É desnecessário Rob, eu estou bem.
Choraminguei já prevendo o horror de ter alguém me tocando.
- Eu estarei com você ok? - suas mãos enquadraram meu rosto, me olhando nos olhos porque eu já chorava. - Ninguém vai encostar em você se não for necessário e eu estarei do seu lado, eu prometo Kris, mas não me peça para ignorar isso.
Eu podia lidar com aquilo não podia?
Ele poderia arranjar uma médica em vez de um médico e apesar de não mudar as coisas, já melhorava bastante.
Assenti receosa com a cabeça, sem poder negar que estava nervosa ou curiosa sobre o que seria falado em um maldito consultório.
- Ótimo, venha.
- Eu consigo andar. - resmunguei irritada quando ele me pegou no colo, rolou os olhos nem se dando ao trabalho de me responder.

Chegar ao hospital não foi difícil, apesar do transito caótico de Los Angeles, conseguimos andar com o carro com mais rapidez. Ele havia comprado um carro, é claro. Na terça-feira, nós fomos juntos escolher e eu que não entendia muito daquilo dei palpite apenas na cor, ele não ficou muito feliz, mas não me criticou.
- Fique sentada. Eu vou até a recepção. - ignorei o que ele falou continuando de pé e com os braços cruzados. - Teimosa. - ele resmungou antes de entrar por aquela parede toda branca de hospital.
Aquilo só estava fazendo meus enjôos aumentarem.
Cinco minutos depois ele voltava com um prontuário em mãos.
- Venha, você não vai demorar a ser chamada.
Ele me abraçou pela cintura e eu encostei minha cabeça em seu peito quando nos sentamos.
- Eu não quero entrar lá Rob, não quero. - disse abafada.
- Você só terá que dizer os seus sintomas ok? Vamos fazer os exames pedidos e vamos pra casa, não vou deixar ninguém te machucar Kris, mas não posso ignorar o estado em que você esta baby. Pode estar doente.
Sua voz era carregada de uma agonia sem fim e eu me senti meio culpada, ele estava fazendo tudo por mim e eu estava sendo uma ingrata e insensível com ele.
- Ok.
- Obrigada. - recebi seu beijo em meu cabelo e no segundo seguinte uma enfermeira nos chamou.
Eu odiava essa coisa de esperar em hospital. Não estávamos pagando? Porque esperávamos tanto assim?
Era apenas minha irritação falando mais alto.
Que saco.
- Srta Stewart. Sr. Pattinson. Sou a Dra. McGraw.
Uma médica - graças a Deus - me cumprimentou com um aceno de mão e eu lhe forcei um sorriso, aquelas paredes brancas estavam me irritando além de limites, cruzei meus braços enquanto ela cumprimentava a Robert.
Aquilo me irritou também, me fazendo bufar de raiva.
Rob entrelaçou nossas mãos e deixaram-nas em cima de minha perna, fazendo movimentos circulares com o polegar no meu torso, numa tentativa meio inútil de me acalmar, mas saber que ele estava ali me deixava em paz também.
- E então? O que temos aqui? - ela perguntou com aquele sorriso branco demais pro meu gosto.
Argh.
- Ela anda passando muito mal, enjôos e muita azia.
- Está tomando algum antiácido ou automedicação?
- Não, não tomo nada.
- Certo. Dores de cabeça?
- Às vezes, mas não demoram muito e logo vão embora.
- Esses enjôos, são muito consecutivos? - ela estava escrevendo em algum bloquinho e eu estava colaborando até demais com ela.
- Sim. Não. - apertei meus lábios respirando fundo. - Apenas enjôo fácil e... qualquer coisa me irrita...
- Está sentindo alguma mudança no seu corpo Srta. Stewart? - eu não sabia onde ela queria chegar com aquela conversa.
- Sim... algumas... estou engordando e meus seios estão maiores... - franzi o cenho quando ela me perguntou sobre o meu ciclo menstrual. - Haam... acho que foi em janeiro... não... foi antes de janeiro... ainda estávamos em Londres e... o que está havendo?
Perguntei já vendo um sorriso no rosto dela e uma expressão meio chocada e meio alegre se instalar nas feições de Rob.
- Não acho que tenha nada de errado com você.
- Como?
- Já pensou na possibilidade de estar grávida?

Continua...

Ahhh... até que enfim juntaram dois mais dois. Precisava de uma médica pra chegar à conclusão tão obvia? Mas acho que ela botou na cabeça a história de ser estéril que nem sonhou com essa possibilidade. Imagino a alegria do Rob quando for confirmado. Amanhã saberemos. Beijos e até mais tarde com o último capítulo da outra fic.
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3 comments:

  1. até que enfim nee ?? hahaha'
    oouu ti unitinhooo ;)

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  2. um bebeeeee,aiii que lindooo!

    ReplyDelete
  3. Um bebe Robsten!! Ahhhhhhhh....

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
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