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Tuesday, January 17, 2012

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 39


Hello pessoal!  É hoje que Kris e Rob conhecerão seus lindos bebês...

Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; Violência

Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 39
“A medida do amor é amar sem medida.”
(Victor Hugo)

Era um calo infernal.
Aquele sol, aquele mar...
Tudo parecia estar contribuindo para que a temperatura aumentasse daquele jeito.
Estava mais de 33 graus em Los Angeles e por Deus, eu estava quase derretendo.
A luz da manhã se infiltrava pela janela de vidro do meu quarto e tudo o que eu queria era continuar dormindo pelo resto dos meus dias, pelo menos enquanto ainda estivesse grávida.
Seria um sonho poder passar pela gravidez inteira, apenas na minha cama, com uma crise inigualável de sedentarismo. E apesar de poder mesmo fazer isso, eu também sabia que uma hora teria que levantar.
Passei a mão através do colchão macio tentando encontrar um corpo quente para poder me abraçar àquela hora e fiquei até irritada quando não encontrei ninguém ali.
Mas que merda!
Onde, diabos, estava Robert?
- Rob? – chamei sem nem abri os olhos direito. – Baby?
Ergui um pouco minha cabeça do travesseiro e olhei pelo quarto apenas para vê-lo vazio.
Fuck!
- Ah droga, eu não quero levantar. – resmunguei pra mim mesma, já pensando em criar coragem para sair da cama. Apesar do calor da cidade, eu podia ficar ali dentro com o ar condicionado ligado e dormir pelo resto da manhã.
- Kris?
Ouvi sua voz me despertando quase automaticamente.
- Aqui. – resmunguei de novo.
- Acorde baby, você tem que comer alguma coisa.
- Eu sei.
Eu sabia e também estava com uma fome...
- Mas não quero me levantar Rob...
- Não vai sair da cama amor, só se sente. – Ele me deu a mão e me ajudou a me recostar na cabeceira de madeira branca. – Eu trouxe pra você.
Sorri pra ele que colocava uma bandeja em meu colo.
- Acho que estou virando uma inútil. – falei fazendo uma careta para minha própria preguiça.
- Está no último mês de gravidez, Kris. Acho que é normal ficar assim.
- Sedentária?
- Cansada. – ele riu.
Aquele riso lindo que só ele tinha.
E eu me deixei deslumbrar por um instante.
- A comida baby.
- Hã? – eu ainda estava perdida em seu sorriso.
- Tem que comer.
- Ah sim. – neguei com a cabeça tentando me distrair com a comida. – Não acha que tem muita coisa aqui?! – disse olhando pra imensidão de comida em minha frente.
- Não era você que comia por três?! 
Eu ri começando a comer as panquecas e estavam muito boas, muito boas mesmo.
- Onde aprendeu a fazer panquecas? – falei com a boca meio cheia e balançando o garfo na minha frente.
- Eu liguei pra minha mãe.
- Sério?
Ele assentiu rindo e ficou ali do meu lado alisando minha perna até que eu terminasse com o último gole do suco e com o cereal também.
- Eu vou estar com o dobro do meu peso depois que eles nascerem.
- Você vai estar linda.
- Argh.
Cruzei meus braços em cima da minha barriga enquanto ele tirava a bandeja de cima de mim.
- Não fique irritada.
- Agora eu quero levantar Rob. – ele sorriu me ajudando a ficar de pé. – Podemos andar um pouco?
- Não vou deixar você sair por aí andando sozinha Kristen. – disse enfático. – Mas nós podemos ir a Hollywood, o que acha? Vamos de carro e você pode andar um pouco.
- Tudo bem. Tenho que trocar de roupa.
- Certo. Estou te esperando lá em baixo.
Ele me deu um beijo demorado nos lábios antes de sair do quarto, levando a bandeja com ele.

Era cada vez mais difícil escolher uma roupa descente pra mim e que fosse confortável.
Eu não queria usar jeans e nem muitas blusas apertadas, principalmente agora que já estava perto dos bebês nascerem.
Eu queria ficar mais confortável, por isso escolhia mais vestidos e sandálias abertas para o caso do inchaço em meus pés.
Coloquei um que apertava mais em meus seios e se alargava em minha cintura e batia até os joelhos, junto com uma sandália e meu colar de pingentes que não saía do meu pescoço.
- Vamos? – perguntei quando cheguei até o corredor das escadas e chamei por ele.
- Vamos.
Robert pegou seu boné que tinha um ‘’LB’’ escrito na frente e seus óculos escuros, me dando um também para depois irmos para o carro.

Andamos devagar, apenas vendo a paisagem e o movimento intenso de Los Angeles.
O sol ainda entrava por meus poros e me fazia sentir confortável agora que não estava mais com aquela preguiça embutida em mim.
Ele dirigiu segurando minha mão no banco enquanto seguíamos na direção da Hollywood Boulevard, praticamente o centro de toda aquela loucura cinematográfica.
Acabamos parando em algum lugar por ali e fomos andando bem devagar pelas ruas, nossas mãos entrelaçadas e ele não fazia idéia de como era sexy com aquele ar despojado e com o sorriso despreocupado no rosto.
- O que foi? – perguntou depois de perceber que eu o encarava.
- Você é bonito.
Disse simplesmente.
Ele era muito mais do que bonito, na verdade.
- Sou é?
- Oh sim, baby. Você é. 
Eu não podia ver seus olhos por causa dos óculos que nós dois usávamos, mas sabia que ele estava revirando-os naquele momento.
- Não adianta revirar os olhos. Você sabe que eu tô falando a verdade. – dei de ombros sorrindo pra ele e fazendo-o gargalhar de verdade.
- Tudo bem, baby. Vou fingir que eu sou bonito então.
Foi a minha vez de revirar os olhos.
- Está tudo bem? – ele perguntou depois de mais tempo em que andávamos. – Não está sentindo nada? – suas mãos foram para minha barriga, enlaçando a minha cintura.
- Estou bem. – sorri pra ele. – Mas estou com sede.
- Venha aqui. 
Fomos andando em direção a um restaurante que tinha aquelas cadeiras do lado de fora e ele me deixou sentada ali enquanto ia até lá dentro pegar alguma coisa para bebermos.
- Aqui. Uma água, baby.
- Obrigada.
O calor voltava a tomar conta do lugar e eu quis ir pra casa, mas não pediria isso.
Era domingo, um dos poucos dias que tínhamos para sairmos juntos e eu não iria estragar aquilo com as minhas besteiras.
- Que horas são?
- 11:20.
- Putz, eu acordei tão tarde assim?
- Você demorou a dormir ontem. Até achei que estava passando mal.
- Sério? – ele assentiu passando seu braço por meu ombro, pelo encosto da cadeira. 
– Acho que não estava encontrando uma posição confortável. Não sei como ainda posso ficar maior do que já estou. – deitei minha cabeça em seu braço fechando os olhos.
- Já está chegando ao fim e eles nasceram logo.
Senti seu sorriso em meu cabelo e sorri junto com ele.
Sim, nossos bebês logo estariam ali. Eu quase já podia senti-los em meus braços.
- Acho que eles serão mais parecidos com você.
- Por quê?
- Não sei. – respondi levantando o rosto para ver seu sorriso radiante. – Eu costumava sonhar com uma menina com o seu cabelo. Mas ela tinha os meus olhos.
- Verdes. – ele sussurrou puxando meu queixo delicadamente pra ele e deixando nossos lábios quase se encostando. – Eles terão os olhos verdes, iguais aos seus.
- Huum...
Resmunguei pra que ele me beijasse logo.
E ele o fez, me deixando na vontade louca de agarrá-lo em cima daquela mesa de restaurante, mas eu tinha que me controlar. Eu necessitava me controlar para não virar uma pervertida quando estava com Robert.
- Eu estou com fome. – sussurrei entre seus lábios.
- Só eu estou vendo o duplo sentido nessa frase, baby?
- Talvez não... – mordi meus lábios encarando-o, vendo os azuis esverdeados ficando mais escuros de repente. – Porque não vamos pra casa, uh?
E ele sorriu.
Sem falar nada, ele me ajudou a levantar e seguimos devagar até o carro. Eu sabia que ele estava sendo cuidadoso pra que eu não me cansasse andando tanto daquele jeito e pra isso, ele era totalmente atencioso comigo, na verdade ele sempre fora assim.

Sorri enquanto fazíamos o caminho de volta até em casa, mas dessa vez nossas mãos não estavam entrelaçadas, ele tinha a mão na minha perna, subindo e descendo por minha coxa, indo para a parte interna e externa da mesma, já me fazendo ficar quente em níveis altos demais.
- Rob... – chamei em tom de uma falsa repreensão.
- O que foi baby?  
Cínico.
Gemi um pouco alto demais quando seus dedos se infiltraram por dentro do meu vestido e se imiscuíram pela minha calcinha, até achar meu ponto sensível e começar a me estimular.
Rebolei em sua mão, querendo criar mais atrito. Com meus quadris investindo em seus dedos.
- Está bom, baby?
Eu arfei quando ele retirou sua mão de dentro do pano fino, olhando pra ele com fogo nos olhos.
Ele não me deixaria daquela forma, deixaria?
- Robert... – disse entredentes.
Ele parou o carro e quando percebi já estávamos na garagem da nossa casa. Seu sorriso malicioso enquanto abria a porta me mostrava que eu estava realmente encrencada aquela tarde.
- Venha. – suas mãos me ajudaram a sair do carro e eu tentava passar minhas pernas uma na outra pra aplacar o calor entre elas.
Até que ele me pegou no colo já quando entravamos na sala e me depositou no sofá.
- Agora, nós vamos brincar um pouco, baby.
Eu tinha certeza que iria morrer se ele continuasse falando daquele jeito no meu ouvido, minhas mãos se crisparam em sua camisa e eu retirei com pressa o boné de sua cabeça, enlouquecida para agarrar os fios de areia entre meus dedos.
Seus lábios foram descendo e abocanhando meus seios completamente, provocando-os com sua língua ao redor do meu mamilo que era mil vezes mais sensível agora.
- Oh Deus Robert...
- Quietinha baby.
Ele continuou com a tortura e eu já sabia onde seus lábios iriam parar quando suas mãos retiraram minha calcinha de forma dolorosamente lenta, até que ele estava me beijando onde eu já pulsava para senti-lo.
A língua ágil passando por toda a minha extensão me fazendo querer chorar de agonia quando seus dedos longos entraram em mim com uma velocidade absurda e ele mordia meu ponto sensível, lambendo e circulando, para depois voltar a morder.
Joguei minha cabeça pra trás, arqueando minhas costas para tentar respirar e reprimir os gritos altos que estavam presos em minha garganta, enquanto eu ofegava.
Definitivamente, aquele homem seria a minha morte.

As semanas se passavam como um borrão na minha frente.
Era tudo rápido demais e intenso demais estar nesses últimos estágios da gravidez.
Os movimentos dos bebês diminuíram quase por completo e eu tinha que admitir que eles me faziam falta.
Robert entrava em pânico total cada vez que saía pra trabalhar e tinha voltado com a mania de me ligar três vezes a cada meia hora.
Eu não ficava mais irritada, porque também estava com certo medo de que eu pudesse sentir alguma coisa e não tivesse ninguém ali comigo e que pudesse acontecer alguma coisa com os bebês.
Eu morreria se acontecesse alguma coisa com eles.
Abanei minha cabeça fechando os olhos com força, para tirar aqueles pensamentos da minha mente.
É claro que nada aconteceria. Ficaria tudo bem. Eu sabia que ficaria.
Levantei meu corpo sob protesto de cima da cama.
Eu estava tão redonda que as blusas de Robert chegavam a grudar na minha barriga, mesmo as roupas dele sendo bem maiores do que eu.
Fui pro banheiro e escovei meus dentes jogando água no meu rosto pra tirar aquela preguiça de dentro de mim, eu queria ficar na cama pelo resto do meu dia inteiro apenas esperando as ligações de Rob e tentando me autocontrolar para não sentir sua falta, mas eu sabia que tinham coisas a serem feitas pelo apartamento, começando pelo quarto dos bebês.
Eu já tinha lavado as roupinhas no dia anterior enquanto Robert estava trabalhando e aquilo nos rendeu uma boa briga pelo começo da noite.
Ele com aquela paranóia de não me deixar fazer nada e eu com aqueles instintos teimosos de que podia fazer de tudo.
Até que ele se irritou e ficou trancado no escritório por quase a noite inteira e eu fiquei me remoendo pra ir atrás dele.
E acabei indo no final das contas.
Fizemos as pazes depois de muita conversa e acabamos na cama. Como sempre.
Suspirei prendendo o meu cabelo num rabo de cavalo frouxo.
Estava um calor infernal na Califórnia, e aquele dia em especial eu me sentia com mais preguiça ainda.
Fui caminhando até o andar debaixo procurando algo para comer na cozinha e depois fui pro quarto de Jeremy com uma maçã na mão direita.
- Onde vou colocar essas roupinhas? – perguntei pra mim mesma colocando um dedo no meu queixo e observando o quarto.
Eu tinha duas opções, ou o guarda-roupa ou a cômoda.
E no final, escolhi colocar tudo na cômoda, seria mais prático e eu não queria ficar me esticando na ponta dos pés para pendurar todas as roupinhas.
Me sentei no chão em posição de chinês e retirei tudo do cesto em que eu havia colocado depois que lavei.
Dobrei tudo com o máximo de delicadeza que eu possuía e ficava babando e conversando com eles na minha barriga a todo instante.
Eu iria ser a mãe mais coruja de todos os tempos, tinha certeza disso.
Fui para o quarto de Annabelle fazendo o mesmo no quarto dela, arrumando as coisinhas e guardado os brinquedos que Robert já tinha comprado para os dois.
Me levantei, me sentindo cansada, muito cansada.
Fui direto pro meu quarto para que eu pudesse me deitar e fechar os olhos por vários minutos.
Foi então que senti.
Uma dor infernal começando na região lombar e se expandindo por todas minhas costas, me fazendo até arqueá-las devido a contração intensa que se passou em meu corpo.
- Oh meu Deus.
Engoli em seco e tentei me recordar das palavras do médico.
“- As contrações virão em intervalos grandes de tempo e depois vão diminuindo, você contará os minutos entre uma e outra e a cada vez que diminuir, você irá para o hospital.” 
- Certo. Eu consigo fazer isso. Pode ser um alarme falso. – respirei fundo fechando meus olhos. – Vamos lá Kristen, se controle.
Eu fiquei repetindo este mantra na minha cabeça pelos 40 minutos seguintes, que foi quando a outra contração me atingiu.
Instintiva e forte.
- Ah. – puxei ar novamente para os meus pulmões. – Respira. Respira.
Mas eu não conseguia respirar direito quando a dor me batia e ela se tornou mais forte e mais rápida e eu já contava os intervalos de 20 em 20 minutos entre uma dor e outra.
- Meu Deus. – passei a mão na minha testa que estava suando.
Eu precisava ligar pro Robert, eu iria entrar em desespero a qualquer segundo.
Aproveitei do intervalo da contração e me inclinei por cima da cama até a mesinha de cabeceira, pegando meu telefone e já gritando com a próxima contração.
- Ate-ten-de Rob... – eu respirava fundo e por arquejos, minha respiração falhava e quando eu achei que poderia me acalmar, sentia algo molhado escorrer por minhas pernas.
Olhei pra baixo com o medo e a ansiedade correndo por minhas veias, quando vi o líquido molhando o edredom branco.
A bolsa. Minha bolsa tinha estourado.
Ok. Com certeza aquilo não era um alarme falso.
- Robert... – chamei seu nome mesmo ele não estando na linha ainda, que só chamava e chamava. – Oh meu Deus, atenda a droga do telefone.
Outro grito saiu da minha garganta e as contrações agora vinham de 15 em 15 minutos.
- Kristen?
- Robert. Pelo amor de Deus... – ofeguei. – Venha pra casa. 
- Estou entrando no carro, baby. Respire ok? Não solte o telefone e continue comigo na linha.
Eu tive que morder um travesseiro pra evitar gritar alto quando percebi que minha barriga estava mais inchada e que meu corpo já fazia movimentos próprios.
- Oh Deus Robert... as contrações... – arfei de novo. – Estão vindo muito rápidas.
- Eu já estou chegando. Estou chegando Kristen.
Ele estava nervoso, para não dizer apavorado.
Eu quase podia vê-lo com uma mão no cabelo enquanto a outra apertava com força o volante entre os dedos, deixando o telefone no viva-voz.
- Rob...
- Inferno de trânsito da porra. – ele exclamou irritado e eu pude ouvir quando suas mãos bateram no volante. – Eu vou chegar a tempo, baby. Já estou perto de casa ok?! Continue falando comigo Kristen.
- Estou aqui...
- Certo...
Alguns minutos se passaram e ele se assustou mais ainda com o meu grito nas contrações e depois do que eu achei ser uma eternidade, a porta da sala bateu com força e eu pude ouvir aliviada seus passos rápidos e pesados nos degraus da escada.
- Kris... – ele disse já se aproximando de mim e da cama, passando seus braços ao redor dos meus ombros e da minha perna. – Shii... já estou aqui, baby.
Mais uma contração e eu me revirei violentamente em seu colo, puxando a blusa de sua camisa social com força, praticamente rasgando-a, se eu tivesse mesmo força pra isso.
Ele andou mais rápido e sem nem trancar a casa, seus braços me colocaram no banco traseiro do carro, deitando meu corpo ali.
Robert dizia o tempo todo que iria ficar tudo bem, e eu sabia que ele estava tentando convencer mais a si mesmo do que a mim.
- Tom... – ele disse me fazendo imaginar que ele estava de novo no celular enquanto o carro seguia acelerado. – Vai pro hospital cara. Agora.
- É com a Kristen? Oh meu Deus, Dakota... – Tom gritou do outro lado da linha. – Nós já estamos chegando cara. Encontramos você lá.
Rob se despediu deles e me fitou, olhando rapidamente para o banco de trás.
- As contrações? 
- 10 em 10 minutos... – respondi ofegante, e podendo reparar só agora que eu não vestia nada além de sua camisa e da minha calcinha boy short. – Rob... minhas roupas...
- Oh droga... – ele bateu no volante de novo. – Não quero que pense nisso ok? Eu vou estar com você e você não vai pensar em nada, além disso, tudo bem?!
- Rob...
Eu estava quase entrando em pânico.
Eu pensava nos meus bebês e no meu medo de que acontecesse algo com eles e só de imaginar todas aquelas pessoas tendo que tocar em mim...
- Me responda Kristen. Você vai olhar só pra mim, meu amor. Ninguém vai machucar você. Eu não vou deixar Kris.
- Eu sei. – respirei fundo e senti o carro parando.
Ouvi Robert chamando desesperado por alguém na recepção e de repente eu era colocada em uma cadeira de rodas.
- O Dr. Collins já está a caminho. Alguém com o nome de Tom Sturridge ligou e nós estávamos esperando por vocês.
Robert assentiu e eu quase podia ver o alívio se formando em seu organismo enquanto uma enfermeira me levava até outra sala com as mãos dele grudadas na minha.
Tive que retirar minha roupa e colocar uma camisola própria do hospital, lutando contra meus instintos de autopreservação por outras pessoas me verem daquele jeito.
- Srta. Stewart? – ouvi a voz do Dr. Collins que já colocava os pares de luva. – Sr. Pattinson. Parece que chegou a hora. Como estão as contrações?
- 7 em 7 minutos doutor. – uma enfermeira respondeu fazendo com que ele assentisse com a cabeça.
- Você está pronta Kristen, vamos apenas fazer um exame de toque.
Engoli em seco e fechei os olhos deixando as lágrimas caírem.
- Olha pra mim, eu disse pra você olhar pra mim Kristen. Abra os olhos meu amor.
Eu o fiz depois de um tempo.
Ele estava tão assustado e eu só estava piorando a sua situação com o meu ataque de pânico.
Coloquei minha palma em sua bochecha e ficamos nos encarando pelo que me pareceu uma eternidade.
- Vamos lá Kristen. É agora.
Rob segurou com mais força meus dedos, sem nunca deixar de me olhar nos olhos.
- Agora.

Eu me sentia forte naquele momento.
Eu colocaria meus filhos no mundo para que eles fossem amados por mim e por Robert, com um amor que já era infinito...
E eu fiz força, empurrando pra baixo até que minha respiração se perdesse e eu tivesse que parar para receber oxigênio.
- De novo.
Senti uma das enfermeiras segurando minha perna e me ajudando na força do meu corpo, até que encostei o queixo na minha clavícula e forcei novamente.
- Uma última vez Kristen. Vamos lá. – Dr. Collins dizia, com a esperança reverberando em sua fala, ele parecia concentrado e eu sabia que ele iria fazer de tudo pra ajudar meus filhos.
Empurrei de novo e de novo até que não restasse mais força dentro de mim, deixei minha cabeça bater na cama hospitalar e chorei emocionada quando ouvi um chorinho bem fino ecoando pelo quarto branco.
- É Jeremy Kris, ele nasceu meu amor. – Rob dizia do meu lado, colocando sua testa na minha que estava pra lá de suada, com a voz soltando um orgulho tão contagiante que eu quis sorrir de pura felicidade e emoção.
E eu também quis chorar.
Logo eu, que nunca pensara em passar por algo desse tipo, eu que não merecia essa felicidade imensa, estava ali, pronta pra receber meus filhos nos meus braços e protegê-los com a minha vida.
- O que houve? – Rob perguntou apertando minha mão e olhando assustado para o médico.
- Nada, o bebê está virando. E isso é ótimo porque poderemos fazer os dois de normal.
Respirei mais aliviada, deixando o medo sair do meu corpo.
E o médico me mandou empurrar de novo depois de um tempo, eu o fiz buscando forças de eu onde nem eu sabia, eu sentia meu corpo cansado e fraco, mas eu tinha que ser forte.
Era minha filha que iria nascer agora e eu tinha que ter força. E eu tive.
Quando eu já estava exausta ouvi mais um choro e de novo, eu chorei junto com ela e com Jeremy, que eu sabia que estava em algum lugar por ali.
- Oh meu Deus Kristen. – ele sussurrou de olhos fechados me dando um beijo de leve nos lábios. – Eu amo tanto você.
E eu chorei de novo ao ouvi-lo dizendo com tanta emoção na voz, a verdade era empregada ali com tanto fervor que eu me senti aquecer por dentro e meu peito inchar de um amor infinito que eu tinha por ele.
- Eu amo você. – sussurrei antes de ele sorrir carinhoso pra mim e se afastar minimamente.
- Tem gente que quer conhecer a mamãe.
Uma enfermeira sorridente colocou um pacotinho bem pequeno de cor azul perto do meu peito direito e depois um rosa, no meu peito esquerdo.
- Oh Deus.
Eu os abracei com o resto de força que eu tinha, fechando meus olhos e deixando meus lábios encostarem-se à testa de cada um dos dois por tempo indefinido.
- Eles são lindos, Rob.
Ele me deu aquele sorriso.
Aquele sorriso emocionado que voltou a me aquecer junto com nossos filhos ali no meu peito, seu rosto se abaixou e ele também beijou cada um deles e depois a mim, com os lábios carinhosos em minha pele e passando um de seus braços para também abraçar os gêmeos.
Mas cedo demais a mesma enfermeira os tirou de mim, me deixando ali sentindo desespero por ficar longe deles.
- Eles vão pro berçário. 
Assenti deitando meu rosto em sua mão que me acariciava.
O Dr. Collins veio até nós e nos cumprimentou pedindo para que eu ficasse no soro por pelo menos um tempo, até que eu recuperasse as minhas forças. Não discuti com ele, nem poderia.
Rob apertava minha mão com tanta força que eu achei que fosse me partir ao meio, como em um aviso que eu iria cumprir tudo o que o médico falava.
No final das contas, eu nem senti a picada da agulha em meu pulso, apenas um beijo de Rob em meu rosto.
O cansaço me tomou completamente e eu dormi de imediato.

Continua...

Ahhh nasceram! Que lindo! Coitado do Rob, deve ter levado um susto enorme quando ela ligou gritando de dor. Até posso imaginar o desespero dele pra chegar logo em casa. E que fofo o Tom ligar pro hospital pra avisar ao médico. Quem tem amigos nunca está sozinho não é mesmo? Quero ver amanhã como vai ser o início da vida deles com os bebês. Beijos e até mais tarde.



P.S.: Mais uma chance pra vocês conhecerem as outras fics do site:


Fanfic The Beginning - O começo - conta a história do fundador da família Cullenhttp://www.twilightmoms.com.br/2011/12/fanfic-beginning-by-alexandra-cristina.html

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7 comments:

  1. Adorei o capitulo de hojeee a felicidade da Kris e do Rob Dso BêBês..♥

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    1. Muito perfeito né? Depois de tanto sofrimento receber uma alegria dessas é maravilhoso demais.
      Bjs.

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  2. Replies
    1. Espero o de amanhã Alexandra que você vai amar ainda mais.
      Bjs.

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  3. perfeito incrivel .. lindo esse cap

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    1. O próximo está tão lindo quanto esse Carol.
      Bjs.

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  4. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh nasceram os Robsten bebes!!
    Deve ser a cara dos pais!!

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...