Pages

Wednesday, January 18, 2012

FANFIC - FINDING HAPPINESS - CAPÍTULO 40


Oi gente! Hoje começa uma nova vida, uma nova realidade para Rob e Kris... é só felicidade...

Título: Finding Happiness
Autora(o): Belitta
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; Violência

Finding Happiness
By Belitta

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 40

“Aquele que conheceu apenas a sua mulher, e a amou, sabe mais de mulheres do que aquele que conheceu mil.”
(Leon Tolstoi)

 ROBERT

- Ela vai ficar bem?
- Sim. Ela vai ficar bem. Os bebês estão ótimos e mais alguns dias poderão ir pra casa.
Assenti com a cabeça agradecendo ao médico e as enfermeiras que ainda estavam na sala.
Eu não tirei meus olhos de Kristen em nenhum segundo, ela agora dormia profundamente do meu lado, com as minhas mãos fazendo um carinho no seu rosto enquanto eu sentia meu peito se inchando do puro orgulho que eu sentia dela e por ela.
Ela havia sido tão forte.
Não só naquele momento.
Mas em toda sua vida.
Por tudo o que já tinha passado e ela ainda estava ali.
Ela ainda me olhava com aqueles olhos verdes incríveis que eram capazes de tirar meu chão e com aquela força sobrenatural que ela tinha de me fazer ignorar as coisas e pensar apenas nela.
Deixei meu polegar passar por seus lábios quentes e sorri me recordando da sua mania de mordê-los enquanto colocava uma mexa de cabelo atrás de sua orelha.
Ela era tão perfeita.
Mesmo com suas teimosias e birras.
Ela sempre seria a mulher mais linda do mundo pra mim.

Uma batida fraca na porta me tirou dos meus devaneios e olhei vendo uma enfermeira entrando na sala.
- Vamos levá-la para o quarto privativo. Ela terá mais conforto e privacidade.
Assenti de novo agradecendo e ignorando o sorriso que ela me deu.
Dei um beijo na testa de Kristen e saí do quarto indo em direção ao berçário.
Eu queria ver meus filhos de novo, o tempo em que eles ficaram na sala comigo e com Kristen não era o suficiente pra ficar realmente com eles.
Caminhei por aqueles corredores brancos do hospital até chegar ao berçário da ala de pediatria e lá estavam eles. Os nomes estavam escritos embaixo dos berços, que eram juntos um do outro.
Annabelle estava tão quietinha, apesar de estar acordada e já era uma princesa com aquele manto rosa que a cobria, enquanto ela balançava um pouco as mãozinhas pra cima, os olhos abertos e tinham as cores exatas dos olhos de Kristen.
O verde incrivelmente perfeito e furioso.
E eu me apaixonei mais ainda por ela. Por Jeremy. E por Kristen.
Jeremy tinha os meus olhos, as cores indefinidas ainda estavam um pouco escuras, mas ele era claramente mais parecido comigo.
Meu garoto.
Eu tinha certeza que estava igual a um idiota parado ali na frente daquela “janela” de vidro enquanto a enfermeira erguia-o pra que eu pudesse ver.
O orgulho atravessando minhas veias e se alojando direto em meu coração, me fazendo querer ficar ali os observando pelo resto da minha vida.
- Hey.
Não me virei pra saber quem era, nem precisava.
Reconheci a voz meio de cansada de Tom do meu lado e sua mão em meu ombro.
- Desculpa à demora cara, Dakota quis passar na sua casa pra pegar as coisas dos bebês e da Kris.
Sorri por ela ter se lembrado disso quando nem eu mesmo me lembrei na hora.
- Cadê eles?
- Ali. – apontei para os berços da frente ainda com aquele sorriso idiota no rosto.
- Uau. 
- São incríveis não são?!
- São sim cara, parabéns irmão.
- Obrigada Tom, por estar aqui também cara. Sei que estava indo pro trabalho.
- Idiota. – ele resmungou também sem conseguir tirar os olhos dos meus filhos. 

Eu fiquei ali o tempo inteiro, ignorando o olhar das enfermeiras em mim e em Tom que com certeza nos achava loucos por estar há tanto tempo parados no mesmo lugar.
- Hey. – ele exclamou colocando a mão no vidro, depois de um tempo. – Aquele garoto está perto demais do berço de Annabelle.
- Ele está dormindo Tom.
- Não importa cara, ele pode crescer e querer namorar a minha afilhada. Qual a dele afinal?!
- Deixa de ser idiota. Minha filha não vai namorar.
- Eu espero mesmo que não. Fique de olho, irmão. Ela é muito gata. Mas eu te ajudo, cara. Temos que ensinar Jeremy a protegê-la quando estiverem na escola.
Eu quis gargalhar de nossa preocupação antecipada.
Eu não precisava me preocupar, precisava?
Mas, pensando bem... o berço daquele garoto estava realmente muito perto do de Annabelle e eu poderia pedir pras enfermeira pra que pudessem afastar, já que minha filha era bonita demais pra ficar tão perto de garotos daquele jeito.
- Está perto demais, não está? – perguntei baixo, ficando meio preocupado...
- É o que eu estou dizendo irmão.
- Não acredito que estão discutindo sobre isso?
Ouvi a voz de Dakota atrás de nós e ela levava uma bolsa em suas mãos.
- Oii, honey.
Ela revirou os olhos antes de me abraçar, quase me fazendo ficar surdo com seu grito.
- Por Deus, Dakota. Estamos em um hospital.
- Oh... ops. – ela riu me entregando a sacola. – Me deixe ver meus afilhados.
Dakota se abraçou a Tom pra poder ver as crianças e eu sorri de novo vendo meus amigos ali comigo.
Uma enfermeira pegou Annabelle no colo e a ergueu pra que a víssemos e depois fez a mesma coisa com Jeremy.
- Ooown Rob. Ela vai ser a cara da Kris. – ela exclamou querendo chorar.
- É linda não é?
- Olhe só Jeremy, é maior e tem os seus olhos Rob. Tão bonito. Acho que a Kris, vai ficar de cabelos brancos quando ele começar a namorar.
- Vamos parar com esse papo de namoro por aqui ok?!
Eu não queria nem pensar em algum idiota chegando perto da minha filha.
- E a Kris? Cadê ela cara?
- Está no quarto. Descansando.
- Sabe quando ela acorda?
- Não. – eu disse, mas esperava que fosse logo.
O quão estúpido eu era por já estar com saudades dela?

Suspirei vendo as duas enfermeiras colocá-los de volta no berço.
- Eu vou ficar no quarto com ela tudo bem? Vocês dois parecem estar preocupados com o berço do bebê estar perto demais de Annabelle.
Revirei meus olhos sorrindo e ela se virou atrás de nós.
- Se ela quiser alguma coisa me chame. Ou se acordar também. – dei meu último aviso antes dela desaparecer pelo corredor.
Eu ainda queria ficar mais um tempo ali.
Olhando pra meus filhos.
Olhando para um sentimento totalmente novo, mas ao mesmo tempo muito familiar, que me tomava o peito.
Para o meu futuro com Kristen.
Um futuro que estava só começando.
E que seria mais longo do que qualquer outro já tenha sido.
Por que futuro nós tínhamos.
E eu sabia que o amor que eu sentia por ela e pelas crianças, apenas cresceria cada dia mais, com o passar do tempo.
Dos dias, das horas, dos minutos...

KRISTEN

Era como mais um dos meus sonhos bons.
Era mais uma das minhas irrealidades.
Um sentimento estranho, mas tão reconfortante que me tomava...
Que me fazia querer abrir meus olhos meio sonolentos para encarar a atmosfera perfeita que eu sentia a minha volta.
Eu conseguia sentir os cheiros, as cores. As visões que poderiam ter ao longo daquele caminho percorrido. E tudo isso só se tornaria mais real no momento em que eu abrisse meus olhos.
Mas eles pareciam travados um no outro. Sem querer abrir ou me dar a chance para fazê-lo, me fazendo recordar das palavras do médico que me pediu para ficar no soro.
Será que eles tinham colocado mais algum remédio ali, para que eu dormisse?
Se fosse isso, eles me veriam irritada.
Que diabos!
Eu queria ver meus filhos.
E queria ver Robert.
Eu queria ver os três agora. Naquele exato momento.
Franzi um pouco meu nariz, tentando movimentar minha boca e meu rosto por completo, tirando um pouco a dormência que eu senti neles por ter dormido tanto.
E finalmente conseguir enxergar por trás dos cílios.
Meio embaçado e as coisas ainda um pouco desfocadas, mas ainda assim era uma visão.
Inspirei fundo e aquele cheiro característico de hospital me invadiu, me fazendo imaginar que eu estava em uma sala privativa já que não havia barulhos por ali.
- Kris?
Olhei para o meu lado vendo Dakota de pé e com um sorriso no rosto.
- Hey Dak! Onde está Robert? Meus filhos?
Minhas mãos foram direto pra minha barriga que agora estava plana.
-Ele está com Tom no berçário. – me respondeu revirando os olhos. – Eles parecem estar discutindo sobre um berço de outro garoto estar perto demais de Annabelle. E terão que ensinar Jeremy a defendê-la quando estiverem na escola.
Eu gargalhei.
- Mas eles acabaram de nascer!
- Diga isso pra eles então. Daqui a pouco eles acharão que Jeremy está paquerando a enfermeira.
Eu gargalhei novamente, adorando aquele clima de felicidade que estava praticamente incrustado em mim.
- Mas não se preocupe. Eles logo estarão aqui. O que acha de um banho?
- Oh sim, por favor. Eu necessito de um banho.
- Ótimo. Eu passei na sua casa e peguei a bolsa que vocês tinham separado para o bebê e para você.
- Você é um anjo, Dakota.
- Eu sei, love. – ela sorriu piscando pra mim. – Eu sou foda.
Gargalhei e entrei no pequeno banheiro que tinha no quarto.
Tomei um banho rápido e morno, apenas pra tirar aquele cansaço do meu corpo que logo se transformou em ansiedade.
- Oi.
Olhei pra porta do banheiro no mesmo instante em que Robert aparecia ali e fechava a porta atrás de si. Meu sorriso se alargou e ele correspondeu com ar de alegria que era um reflexo do meu.
- Hei. As crianças?
- Estão no berçário. Já virão aqui, para que possa alimentá-las.
Sorri ainda mais em expectativas de vê-los de novo e de poder amamentá-los.
- Como eles são? – perguntei enquanto ele me tirava da ducha e me enrolava numa toalha, para depois começar a me enxugar.
- Jeremy é maior e bem parecido comigo, eu acho. – ele sorriu, com aquele orgulho reverberando ali novamente. – Annabelle é uma princesa e tem seus olhos.
- Eles são lindos.
- Sim, baby. Eles são.
Ele trocou minha roupa e eu me deitei de novo recebendo os abraços de Tom.
Rob se sentou ao meu lado na cama, segurando em minha mão enquanto meu coração pulava alto no peito de tanta vontade de ter meus filhos em meus braços de novo.
E de novo e de novo.
Eu jamais seria capaz de me separar deles.
Nunca. Nem em pensamento.
- Eu vou lá fora, tenho que ligar pra faculdade. – Dakota disse com um sorriso no rosto e saiu do quarto junto com Tom, que também tinha que ligar pro trabalho e avisar que chegaria mais tarde.
- Eles não estão demorando?
Ele sorriu me dando um beijo na testa.
- Relaxe ok?! Eles ainda estão no berçário.
Mas eu só conseguia ficar mais ansiosa e aflita. E não foi fácil me segurar pra sair daquela cama e ir direto ver meus filhos, por conta própria, até que uma enfermeira chegou trazendo Jeremy nos braços.
Minhas mãos tremendo levemente, mas ao mesmo tempo eu me sentia total e completamente preparada para tê-los em meus braços.
- Acho que tem alguém com fome, mãe.
Eu quis chorar quando ele foi colocado no meu corpo, os olhinhos bem abertos, ele era tão pequeno e tão fofo que eu tinha vontade de prendê-lo ali apenas pra sentir seu corpinho miúdo junto do meu.
- Pode alimentá-lo. – ela disse e eu assenti com a cabeça, sem saber direito como fazer isso.
Rob me ajudou a baixar a alça do meu vestido levemente e eu posicionei Jeremy, esperando que ele me ajudasse com aquela tarefa inédita e sorri quando ele por conta própria abocanhou meu seio, me machucando um pouco no começo, mas depois se tornando algo tão bom e tão mágico.
Algo que eu nunca pensei em vivenciar.
Meus olhos encararam Robert e eu vi que assim como eu, as íris indefinidas estavam marejadas, seus dedos longos se passavam pelo pouco cabelo aloirado que havia em Jeremy, sempre com aquele sorriso bobo e orgulhoso no rosto.
Jeremy era nosso garoto.
E eu sabia o quão feliz ele estava por tê-lo. Assim como estávamos também por Annabelle.
- Nossa filha? – perguntei a enfermeira que já ia saindo do quarto.
- Ela vai acordar em alguns minutos e já a trago aqui. – assenti agradecendo e voltando para o meu momento com Jeremy que agora estava com os olhinhos fechados.
- Ele vai ser idêntico a você. – sussurrei levemente para vê-lo sorrir de novo.
No minuto seguinte Annabelle entrava no quarto, estava agitada e balançava os bracinhos pra cima apesar de seus olhinhos estarem fechados.
Robert a pegou enquanto Jeremy acabava de mamar e ficou passeando com ela pelo quarto, para distraí-la da fome.
Ele me passou Annabelle e depois pegou Jeremy, fazendo o mesmo com ele.
E antes que a enfermeira viesse até ali, para levá-los de mim novamente, nós ficamos assim.
Nós quatro. Um sorriso bobo de pura felicidade e emoção era impresso no meu rosto e no de Robert, que logo veio se sentar ao meu lado e me beijar levemente, ainda ninando Jeremy em seus braços.
Ele seria o melhor pai do mundo.
E eu... bem... eu seria apenas a garota de sorte.
Que ele havia escolhido pra ser dele...
Pelo resto da vida.

Demoramos quase quatro dias para sairmos do hospital, não que eu estivesse contando, por que na maioria das vezes, eu apenas dormia e acordava para amamentar as crianças.
Não gostava de hospital e meu coração ainda palpitava a cada vez que uma pessoa diferente entrava.
Ninguém me tocava mais, o que era um alívio e isso também fazia com que Robert fosse pro trabalho com menores preocupações.
Ele dera ordens na recepção pra que ninguém entrasse no meu quarto e nem falasse comigo, apenas ele ou Tom e Dakota, que vinham sempre acompanhados de Sam pra me ver ou para ver as crianças no berçário.
E eu estava cada dia mais alegre e feliz com as coisas a minha volta. 
Eu tinha meus filhos.
Eu tinha Robert.
E tinha os melhores amigos que eu poderia sonhar em ter.
Não precisa de mais nada.
Ou pensava que não precisava.
Ficar tempo demais no hospital me dava a chance de pensar em muitas coisas e a principal delas, era em minha família e minha mãe... que estava afoita do outro lado da linha falando comigo e quase chorando por vontade de vir pra cá e conhecer os netos.
- Não acredito que sou avó de novo.
- Agora só falta o Cam para te dar mais um neto, mamãe.
- Isso seria tão bom. Eu queria tanto poder ir até aí e ficar uns dias com vocês, meu amor.
- Eu sei que sim. Mas cuide das suas coisas ok?! Taylor me contou que não passou bem na semana passada... o que houve?
- Não acredito que ele já te ligou.
- Sim, eu estava falando com ele antes de você ligar. E responda minha pergunta, mãe.
- Não foi nada, minha pressão caiu. Foi só.
- Tem certeza? Você foi ao médico?
- Está tudo sob controle, Kristen.
Suspirei resignada por não poder estar com ela e obrigá-la a me contar se estava mesmo bem como dizia.
- Tudo bem mamãe. Apenas se cuide, por favor. – naquele momento Robert entrava no meu quarto, sorrindo pra mim que já estava arrumada para ir embora. – Eu tenho que ir, vou sair do hospital hoje.
- Não se preocupe filha. – ela disse e eu podia ver a emoção em sua voz, por eu estar preocupada com ela, eu sempre me preocupava com ela, só não sabia como demonstrar. – Dê um beijo em Robert por mim e nos meus netos também.
- Pode deixar... eu... 
Eu queria falar que a amava e vi o sorriso de Robert me encorajando a fazer aquilo. Mas engoli em seco e fechei meus olhos, me despedindo apenas.
- Tudo bem? – ele perguntou quando desliguei o telefone.
- Sim... – respirei fundo. – As crianças?
- Já chegarão. – ele se aproximou, me abraçando e dando um beijo em minha testa. – Pronta pra irmos?
- Oh sim, por favor. Eu necessito da minha casa.
- Então é só esperar as crianças.
Ele disse rindo e me ajudando a levantar da cama.
Passei minhas mãos pelo cabelo em pura ansiedade de ir logo pra casa com meus filhos e ficar com eles o dia inteiro.
- Ainda vai trabalhar hoje? – perguntei ouvindo seu suspiro.
- Sim, me desculpe. Mas tenho que voltar pra empresa.
Assenti sorrindo pra ele e dando um beijo em seu rosto depois que me aconcheguei mais em seus braços.
- Vamos ter que ir de táxi ok?!
- Tudo bem. Eu me esqueci de comprar as cadeirinhas pra eles, eu sou uma péssima mãe, eu sei.
Eu respondi fazendo-o ri.
- Não seja exagerada.
Revirei meus olhos e sorri de novo.
E mais ainda quando nossos filhos chegaram pela mão de duas enfermeiras e do médico.
- Já está liberada Kristen. 
- Obrigada. 
Estiquei meus braços para pegar Jeremy enquanto Annabelle era colocada nos braços de Robert.
Agradecemos a todo mundo que estava na sala no dia do parto e que haviam cuidado de mim e dos bebês naqueles dias e logo estávamos no táxi, indo – finalmente – para nossa casa.
- Está cansada. Não quer dormir um pouco?
- Annabelle deve acorda a qualquer momento. Acho que vou ficar acordada e depois eu durmo.
- Certo.
Ele a colocou no seu berço lhe dando um beijo na testa, assim como ele fazia comigo e depois fomos juntos pro quarto de Jeremy colocando-o em seu berço também, para que ele pudesse fazer a mesma coisa que fez com Annabelle.
- Vou tentar chegar mais cedo ok?! – assenti com a cabeça, fechando os olhos pra sentir seu cheiro mais forte. – Me ligue pra qualquer coisa, Kristen. Com você ou com as crianças.
- Pode deixar, baby.
Sua boca desceu sobre a minha num beijo deliciosamente molhado e intenso até que nos afastamos meio a contragosto e ele sorriu saindo do quarto.
Fiquei parada um tempo, escutando seus passos pesados na escada e depois a porta se fechando e por fim o barulho de carro saindo da garagem, suspirei com um meio sorriso no rosto me virando para Jeremy que dormia igual a um anjo.
O rostinho grudado no berço e suas mãozinhas ao lado dela, com aquelas roupinhas fofas de cores verdes.
- E então filho?! Somos só eu, você e sua irmãzinha... o que faremos? – escutei um choro fino de Annabelle no outro quarto.
- Tudo bem... eu já sei o que faremos.
Sorri antes de sair do quarto e indo alimentar Annabelle.
- Hei princesinha.
Eu adorava falar com eles, mania que eu peguei desde o começo, enquanto Robert cantava, eu apenas conversava com eles e os movimentos que eles faziam na minha barriga, me faziam acreditar que estavam escutando. 
Peguei-a calmamente do berço, colando seu corpinho miúdo junto do meu enquanto a amamentava. Ela fechou seus olhinhos parecendo estar realmente com fome e se pôs prontamente a sugar meu seio... ainda doía um pouco no começo... mas aliviava depois também.
- Agora você vai voltar a dormir não é? – falei inutilmente, já que ela tinha voltado a dormir na mesma hora.
Levantei a alça do vestido com um sorriso já pregado no meu rosto e me senti cansada e com um pouco de sono... Jeremy acordaria em pouco tempo para se alimentar e eu tinha que aproveitar este pequeno intervalo deles. Liguei a baba eletrônica do quarto dos dois e tomei um banho morno, adormecendo logo depois.
Acordei novamente com o choro de Jeremy que voltou a dormir logo depois de amamentado.
Saí do quarto dele entrando logo no de Annabelle para conferir se estava tudo bem e desci logo em seguida, quando vi que já eram mais de três horas da tarde e meu estômago reclamava de fome.
Preparei um sanduíche qualquer e comi com um suco de laranja para depois voltar até as crianças para trocá-las.
O dia se passou até rápido, meu corpo cansado que despertava de três em três horas, estava quase implorando por uma noite longa de sono.
Robert chegou eram mais de seis horas e me ajudou com o banho deles para que pudéssemos jantar e dormir logo em seguida.

Mais dias se passaram e ele estava comigo mais tempo do que realmente podia, ficava acordado de madrugada mesmo quando chegava exausto do trabalho e era mais presente na vida das crianças do que eu já tinha visto alguém fazer.
- Não precisa levantar Rob. Eu vou até lá baby. – eu lhe disse em uma noite.
Eu sabia que o trabalho dele estava ainda mais pesado com a crise que aconteceu na bolsa de Nova York e ele estava lutando para que as ações da empresa não sofressem tanto com o impacto disso. Mas é claro que ele não me deu ouvidos, apenas me beijou e foi pro quarto de Annabelle enquanto eu amamentava Jeremy.
Nós fazíamos isso todas as noites desde que chegamos do hospital.
Eu sabia que podia amamentar os dois, mas eles tinham horários diferentes para amamentação, por isso eu ficava mais tempo acordada do que dormindo.
Dei um beijo em Jeremy colocando-o no berço de novo, acendi sua luminária de carrinhos e o cobri com sua manta azul com branco, antes de sair do quarto.
- Ela está com fome? – perguntei entrando no quarto de Annabelle e estranhando porque não tinha nem duas horas que ela havia mamado.
- Não. – ele sorriu olhando pra ela e fechando os botões de seu pijaminha lilás. – Era a fralda. Mas já está tudo resolvido.
Eu sorri me aproximando dele enquanto ele a ninava em seu peito que estava sem camisa, ele a olhava com tanta devoção... tanto amor... o mesmo olhar que ele dava a Jeremy e a mim.
Era o mesmo olhar do meu pai para a minha mãe quando chegava do trabalho, enquanto ainda morávamos em Miami e éramos mais felizes que qualquer outra família daquela vizinhança pequena.
E hoje...
Hoje eu tinha minha própria família.
Meus filhos que eu amava além de qualquer razão.
Robert que era o pai dos meus filhos e o homem que eu amaria até o final da minha vida.
E até depois dela também.
Era divino, sublime e completamente surreal que eu... logo eu, pudesse estar sempre assim... tão feliz... tão divertida com a vida...
Com a minha vida. E não com a vida que eu queria ter.
Por que eu tinha tudo o que eu queria ali, ao alcance das minhas mãos.
O homem perfeito, filhos perfeitos.
Eu tinha a minha própria família perfeita.
- Hey! O que houve?
Senti que ele se aproximava de mim depois de ter colocado Annabelle no berço, foi só então que percebi que tinha lágrimas em meu rosto.
- Nada. Não é nada. – respondi enxugando minhas lágrimas silenciosas.
- Baby...
- Está tudo bem Rob... eu apenas...
- Apenas... – ele me encorajou a terminar minha frase.
- Nunca imaginei estar aqui... assim... desse jeito... com você e nossos filhos...
- Kris... – seus braços se passaram a minha volta me deixando olhar em seus olhos. – Isso é real, meu amor. Não precisa chorar. - Seus lábios desceram até minha testa de um jeito tão carinhoso que eu senti sono e louca para dormir em seus braços.
- Eu sei... mas ao mesmo tempo parece tão irreal Rob. Olhe só isso...
Nós olhamos para Annabelle que já tinha voltado a dormir, embrulhada na sua manta cor de rosa com a luz da lua lá fora batendo direto no seu rostinho. Dando a ela o ar angelical que os dois pareciam ter.
- Eu nunca me imaginei assim... tão feliz.
- Não imagine Kristen. – seus olhos me encararam. – Apenas veja, baby. Tudo isso é seu... é nosso, meu amor.
Deixei que minhas lágrimas fizessem seu trabalho naquele momento, às vezes sorrindo, às vezes querendo gargalhar.
Eu me sentia tão bem, que poderia rodar o mundo inteiro a pé e não ficar cansada.
Não se fosse pra voltar para ali.
Para minha família.
Para Robert e meus filhos.
Eles eram a minha luz e o meu lar.
Nada, além disso, realmente importava.
Não se eu sempre pudesse voltar para seus braços no final das contas.

Continua...

Ahhh que capítulo lindo! Essa nova fase da vida deles está tão perfeita que a Kris tem mesmo que se sentir emocionada. Com esses filhos lindos e esse homem perfeito ao seu lado ela não precisa de mais nada pra ser feliz. Vejo vocês mais tarde. Beijos.
Compartilhar:

Postagens Relacionadas:

← Anterior Proxima → Home

4 comments:

Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...