FANFIC - FUCKIN PERFECT - CAPÍTULO 1

Olá galera! Vamos ao primeiro capítulo da fic? Hoje vocês vão conhecer a Bella e o universo onde ela vive...

Título: Fuckin Perfect
Autora(o): Luana G.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18

Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Álcool, Drogas, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência

Fuckin Perfect

By Luana G

Atenção: Este conteúdo foi classificado 

como impróprio para menores de 18 anos.

"Estou ciente, quero continuar!"

CAPÍTULO 1

I don't give a damn bout my reputation.

(Eu não dou a mínima para minha reputação.)

I've never been afraid of any deviation.

(Eu nunca tive medo de qualquer desvio.)

An' I don't really care.

(E eu realmente não me importo.)

If ya think i'm strange, i ain't gonna change.

(Se você acha que sou estranha, eu não vou mudar.)

I don't give a damn about my reputation.

(Eu não dou a mínima para minha reputação.)

Bad Reputation - Joan Jett & The Blackhearts

Isabella Swan;

– All I need is someone to save me. Cause I am goin’ down, and what I need is someone to save me. Cause God, i’m goin’ down, all the way down. – Cantei junto com a música enquanto via a fumaça do cigarro dançar pelo quarto. – “I'm goin' down. All the way do”

Quando a música acabou ouvi batidas fortes vindas da porta do meu quarto. Provavelmente alguém já estava batendo faz tempo.

Levantei lentamente e destranquei a porta, abrindo logo em seguida.

Alice já estava prestes a bater novamente.

- Até que enfim, senhorita musa das trevas! – Alice entrou no meu quarto sem nem pedir licença e foi logo desligando o rádio.

- Ei, ei, ei, pode parar. – Falei colocando o cigarro entre os lábios e liguei o rádio novamente, apenas abaixei o volume ensurdecedor.

- Você devia parar com isso, qualquer dia a mamãe descobre. – Ela apontou para o meu cigarro e foi se sentar na minha cama.

Suspirei, soltando a fumaça pela boca. Alice não ia sair dali tão cedo.

- O que você quer? – Perguntei, apagando o cigarro no cinzeiro e depois o escondendo dentro da gaveta.

- Mamãe veio falar comigo e com a Rose hoje. – Ela falou como se isso fosse de grande importância.

– E eu com isso? – Perguntei, me sentando na outra ponta da cama.

- Hey, um pouco de amor nesse coração de pedra, por favor? – Ela se surpreendeu com a minha falta de interesse.

Como se já não estivesse acostumada com isso.

Revirei os olhos, ela continuou.

- Ela disse que vamos jantar fora amanhã, temos que estar prontas as sete em ponto. – Alice avisou.

- Ela tá querendo fazer média pra ganhar alguma coisa, Esme nunca foi de ficar fazendo jantarzinho em família, não depois que se casou com Carlisle. – Falei.

- Pára de ser chata, você fala como se o Carlisle fosse terrivelmente ruim. – Alice me repreendeu.

- E não é? – Ergui as sobrancelhas.

- Não. Só você acha isso. – Ela retrucou.

- Tá legal Alice, eu vou nesse jantar, vou colocar a minha pior roupa, fazer a minha pior maquiagem, e ser o mais chata possível. Satisfeita? – Perguntei.

- Super! – Ela bateu palminhas.

- Agora dá o fora. – Falei, acabando com a alegria dela.

- Quanto rancor nesse coraçãozinho Bella. – Ela provocou, eu estava prestes a tacar o travesseiro quando ela fechou a porta.

Baixinha insuportável!

Alice era a típica irmã mais nova chata e mimada.

Anda de cor de rosa dos pés a cabeça e faz tudo que a mamãezinha quer.

Rosalie é a mais velha. É o orgulho da minha mãe, fez até faculdade de administração só para trabalhar com Esme, tem todos os caras aos seus pés e é linda e loira.

E eu? Eu sou a do meio, a excluída, a estranha, a encapetada, a que não faz nada da vida, a que tem cara de drogada, a que anda com roupas de menino, a que usa boné. Eu sou a que escuta músicas do diabo, a que bota medo nas criancinhas, a que toca o terror por onde passa, a que tem cabelo estranho, a que vive quebrando as regras, a que deveria seguir o exemplo das irmãs, mas não segue. A “pau mandado”, a que tem um espírito ruim no corpo, a que não respeita ninguém. Eu sou aquela que mãe nenhuma teria orgulho em apresentar para as amigas como filha. Eu sou o inferno pessoal das pessoas ao meu redor, mas pode me chamar de Bella.

Dei risada com a minha definição de mim mesma. Era tão a minha cara!

Desci para fazer um lanche antes que minha mãe chegasse e ficasse tentando enfiar aquelas comidas verdes por debaixo da minha goela.

Estava procurando o refrigerante na geladeira quando Rosalie apareceu na cozinha com sua roupa de ginástica e os cabelos loiros presos no alto da cabeça.

- Que sorte você tem de ser magra e poder comer o que quiser. – Ela falou olhando com uma tristeza fingida o meu grande hambúrguer.

- Até parece que você odeia muito ir para a academia. – Falei e ela gargalhou.

- Tem seu lado bom. – Ela deu de ombros.

Claro, quando se é bonita tudo tem seu lado bom. Quanta injustiça nesse mundo!

- Vai jantar com a gente, ou vai dar o fora? – Rose perguntou.

- Eu não queria, mas vou ter que ir, não aguento mais ficar sem meu carro. – Falei.

Minha mãe não era muito de brigar ou ficar fazendo escândalos quando eu resolvia que não ia fazer o que ela queria, ela simplesmente sumia com o meu carro, escondia meu rádio, quebrava meu celular... Um amor de pessoa.

- Você é bizarra Bella. – Rosalie gargalhou e saiu da cozinha.

Eu nem liguei, estava acostumada a ouvir as pessoas que dizendo que eu sou bizarra, super engraçada... Eu nunca entendi.

Subi as escadas correndo – quase derrubando refrigerante pela escada por causa do copo cheio demais – quando ouvi o carro da minha mãe entrando na garagem.

Era uma coisa boa evitar a ela e ao Carlisle.

Sem contato, sem brigas, sem castigo e eu continuo com meus pertences intactos.

Me aconcheguei na minha cama enquanto comia e assistia uma série qualquer na televisão.

- Bella? – Minha mãe abriu a porta num estrondo, provavelmente achando que estava trancada e... Droga, porque eu não tranquei a porta?

- Ai, que susto! – Eu pulei na cama, derrubando o copo em cima da minha camisa. – Droga! – Praguejei, sentindo o líquido extremamente gelado arrepiar minha pele.

- Desculpe. – Ela se aproximou para me ajudar com a bagunça.

- Tá tudo bem. – Pulei da cama e fui trocar de blusa.

Odiava quando Esme tentava dar uma de mãe legal, eu estava satisfeita com o nosso relacionamento distante e ponto.

Quando voltei para o quarto Esme ainda estava lá, sentada na minha cama.

- O que foi mãe? – Perguntei, me esforçando para mandar um bom humor.

- Eu estava pensando em amanhã irmos jantar em um...

- Alice já me falou sobre isso, mãe. – Tentei adiantar a conversa, interrompendo o papinho dela.

- Ok. – Ela suspirou, derrotada. – Os filhos do Carlisle vão estar lá, quero que vocês se conheçam melhor, eles estão se mudando para a cidade. – Ela contou.

- Estão é? – Ok, ela conseguiu minha atenção. Porra, o que aconteceu com a casa deles na Inglaterra? Não é possível que isso esteja acontecendo!

- Estão. – Ela afirmou.

- Tá, tanto faz. – Me fiz de indiferente, mas estava me remoendo por dentro. Será que tudo ficaria ainda pior?

- Ok, esteja pronta as sete, vamos todas com o Carlisle. Boa noite. – Esme virou e foi em direção a porta.

Sim, as coisas podem ficar ainda pior.

Acordei atrasada, como sempre, o que me fez ficar só com o tempo de tomar um banho correndo e engolir alguns cereais com um pouco de leite. Claro que isso não aconteceria se eu tivesse com o meu carro.

Trabalho em uma loja de CDs, na verdade lá tem muito mais do que só CDs, tem praticamente tudo sobre música, de todos os estilos e qualidades.

Lá estava meu melhor e único amigo, o Mike.

Odiava pegar ônibus, metrô ou qualquer tipo de transporte público, eu até poderia pegar um táxi, mas já tinha torrado quase todo o meu pagamento em besteiras e cigarros.

Então, enquanto minha mãe ficasse com o meu carro, eu tinha que ir andando até a loja, o que levava uns quinze ou vinte minutos da minha manhã.

- E aí Mike? – Entrei na loja virando meu boné para trás.

- Bi! Ainda não pegou seu carro? Sua mãe é do babado mesmo né? – Mike falou, com toda sua “masculinidade”. Deu pra perceber fácil que ele corta para o outro lado, se é que você me entende.

- Pois é, vou adulá-la hoje à noite pra ver se resolve. – Falei, passando para trás do balcão, meu lugar de sempre.

- O que tem hoje à noite? – Ela começou a falar mais baixo, já havia clientes na loja.

- Uma porra de jantarzinho em família. Os filhos do Carlisle estão se mudando para cá. – Bufei, irritada por ter lembrado daquilo.

Mike ia responder, mas um cliente chamou sua atenção.

Já estava de hora de começar a trabalhar.

Foi um dia daqueles, eu não odiava trabalhar, mas se eu pudesse, não estaria ali nesse momento.

Não queria que minha mãe jogasse na minha cara que eu só vivia às custas dela e não fazia nada.

Já era desnecessário o suficiente ter que escutar que minhas irmãs já fizeram faculdade e eu não. Mas foda-se.

- Quer uma carona? – Mike perguntou enquanto saíamos da loja.

Já tínhamos terminado o nosso turno e os outros caras já haviam chegado.

- Melhor não, Alice já deve estar em casa e se ela contar para a minha mãe que eu cheguei no carro de um homem... “Mas você já tá dando para outro cara Isabella?” – Imitei a voz fina da Alice.

Mike gargalhou.

- Nada contra você gata, mas só de imaginar a cena... Cruzes! – Ele afinou a voz e fingiu um arrepio de nojo.

- Viado! – Dei um tapa no seu braço.

- Boa sorte com a sua mãe hoje. – Ele falou quando chegamos ao seu carro.

- Vou precisar. – Acenei e continuei o meu caminho a pé.

Parecia que o sol não ia dar trégua nunca, Malibu parecia estar pegando fogo!

Quando entrei em casa já estava suando em bicas e mal conseguia respirar.

Alice e Rosalie estavam jogadas no sofá.

Estranhei Rosalie estar ali, normalmente ela estaria na academia, ou no salão, ou sabe se lá Deus fazendo o que. Alice eu já sabia que estaria ali, ela está nos últimos dias da sua faculdade de moda, que é na parte da manhã, e como já eram 16:45...

- Oi irmãzinha linda! – Alice me cumprimentou.

- Oi. – Fiz careta para a forma como ela me chamou.

- Não se esqueça que têm que estar pronta as sete! – Rosalie gritou enquanto eu subia as escadas.

- Eu sei! – Gritei de volta.

Tranquei a porta do quarto e coloquei um CD do AC/DC para tocar enquanto ia chutando meus tênis e tirando minha roupa, a caminho do banheiro.

Me joguei de baixo da ducha e fui atingida por vários tremores seguidos por conta do meu corpo quente demais em contado com a água gelada.

Quando comecei a sentir frio, desliguei o chuveiro e me enrolei em uma toalha, secando meu cabelo com outra.

Vesti uma roupa qualquer só para poder descer e comer alguma coisa. Depois eu começaria com o meu teatrinho.

- Você não vai assim né?! – Alice gritou quando me viu passando para a cozinha com a minha camisa furada e shorts puído.

- Claro que não... – Parei para sorrir para ela.

- Ah tá, eu achei... -

- Eu vou muito pior. – Interrompi-a, completando a minha frase.

- Ah meu Deus! – Rosalie me olhou incrédula.

Continuei meu caminho para a cozinha, peguei o pote de sorvete de creme no qual eu já havia dado umas colheradas, passei pela gaveta pegando uma colher e voltei para a sala.

- Bella porque você não se comporta só hoje hein? – Rosalie falou.

- E perder a oportunidade de fazer os filhinhos do Carlisle terem uma péssima primeira impressão sobre mim? Nunca! – Falei, me sentando na poltrona, colocando os pés para cima e apoiando o pote de sorvete nos joelhos.

- O que? – Alice e Rosalie falaram ao mesmo tempo, foi até engraçado.

- A queridinha mamãe de vocês não contou que os mauricinhos estão se mudando para a cidade? – Fingi uma falsa indignação, sorrindo de deboche.

– Não! – Alice falou, mais surpresa do que eu imaginei.

- O que ela te falou? – Rosalie perguntou, parecendo mais curiosa do que surpresa.

- Disse que os filhos do Carlisle, que, aliás, eu nem sei os nomes, vão estar lá no jantar também. Ela queria que nos conhecêssemos melhor porque eles estão se mudando para a cidade. – Contei enquanto quase me afogava em sorvete de creme.

- Eu já vi foto deles, são lindos de morrer! Emmett, Edward e Jasper... – Rosalie fez cara de safada.

- Que porra de nomes são esses? – Gargalhei alto.

No que Carlisle e a mãe dessas criaturas haviam se inspirado, nos avôs deles?

- Quando a Bella dá risada eu não sei se ela tá rindo ou tendo um AVC. – Alice falou para a Rosalie.

- Eu ouvi isso ok? – Apontei a colher para ela.

- Tem alguma coisa de errado aí... – Alice refletiu, me ignorando totalmente.

- O que? – Perguntei.

- Vocês não acham estranho, esses meninos se mudarem para a cidade bem quando a mamãe resolveu reformar os quartos de hospedes? – Alice ergueu uma das sobrancelhas finas, nos olhando sugestivamente.

- NÃO! – Gritei quando fui atingida pela realidade.

- Será? – Rosalie arregalou os olhos.

- Eu já estava desconfiando de algumas coisas, Esme vive falando com eles no telefone, sempre com cuidado de não falar nada comprometedor... No começo eu achei que fosse para não nos deixar com ciúmes, mas agora... É claro que é isso! – Alice falou, já convicta de que estava certa.

- Não é possível! Ela não falou nada, nem pediu nossa permissão! – Falei indignada com a injustiça.

- Bella, a casa é do Carlisle também, não é justo a mamãe colocar as filhas dela para morar aqui e ele não. – Rosalie falou, compreensiva demais para o meu gosto.

Mas ela tinha razão, antes de minha mãe se casar com o Carlisle nós morávamos bem mais perto da praia, em uma casa muito menor do que essa. Então eles resolveram se casar e compraram esse casarão enorme que é mais perto do hospital aonde Carlisle trabalha e também mais perto da empresa da minha mãe.

Esme tem uma pequena empresa que organiza festas e eventos, um pulo bem grande para quem tinha apenas uma lojinha na beira da praia. Nessa parte me sinto orgulhosa da minha mãe, ela realmente conseguiu se superar.

- Vamos nos arrumar, daqui a pouco mamãe está aqui. – Alice falou, me tirando dos meus devaneios.

Deixei-as subirem primeiro enquanto ia preguiçosamente até a cozinha guardar meu resto mortal de sorvete.

Fui para o meu quarto e entrei direto no closet, arranquei aquelas roupas velhas e então comecei a analisar minhas opções.

Comecei por uma meia-calça que já estava bem gasta e rasgada, coloquei um mini shorts jeans cinza que também estava rasgado e puído. Vesti uma regata preta justa e uma mini blusa azul escura que deixaria minha barriga toda a mostra se eu não tivesse vestido a regada, mas não era para tanto. A blusa tinha estampa de banda e as mangas estavam horríveis porque eu mesma as tinha cortado. Ótimo. Coloquei uma meia preta que ia até os joelhos por cima da meia-calça furada e depois calcei os meus coturnos de cano médio.

Eu me sentia ridícula. Ridiculamente boa para estragar esse jantar idiota.

Peguei minhas maquiagens e as carreguei para o banheiro.

Comecei com bastante sombra preta, depois com delineador, lápis e rímel, uma boa camada de batom roxo... Baguncei meus poucos cabelos pretos que já estavam quase secos e por fim coloquei alguns anéis, colares e pulseiras.

- Tá pronta Bella? – Alice entrou no quarto.

Eu dei risada para o espelho do banheiro, já prevendo o susto que ela levaria quando me visse.

- Tô pronta. – Falei, saindo do banheiro segurando o riso.

- AH. MEU. DEUS. – Ela exclamou caindo sentada na minha cama, os olhos arregalados e a boca escancarada.

- O que achou do meu visual, maninha? – Gargalhei alto, sentindo o meu nível de sarcasmo lá no alto.

- Mamãe vai ter um ataque Bella, pelo amor de Deus, tira esse batom roxo, e essa blusa horrível, e esses anéis, e... – Ela perdeu o fôlego.

- Não vou tirar nada. – Falei e passei por ela a fim de pegar meus óculos escuros e meu celular.

Ela continuou parada, me olhando como se tivesse vendo um fantasma. Eu sabia que era mais ou menos isso.

Eu tava mais para zumbi.

- Vamos Alice! – Falei, revirando os olhos.

Saí do quarto colocando meus óculos escuros, podia ouvir a voz da minha mãe lá embaixo.

Era hora do show.

Continua...

Caramba, essa Bella é do babado. Tanta rebeldia pra azucrinar a mãe e estragar um jantar de família que deveria ser comemorativo. Por que será que ela age dessa forma? E esse Mike gay gente? Já gostei dele, deve ser divertidíssimo. Vamos ver amanhã qual vai ser a reação da Esme e como será o jantar. Beijos e até mais tarde.