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Thursday, January 26, 2012

FANFIC - FUCKIN PERFECT - CAPÍTULO 2


Bom dia galera! No capítulo de hoje vocês vão conhecer um lado meio sombrio e até um pouco perigoso da Bella...

Título: Fuckin Perfect
Autora(o): Luana G.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Álcool, Drogas, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência

Fuckin Perfect
By Luana G

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 2
You escape like a runaway train.
(Você escapa como um trem desgovernado)

Off the tracks and down again.
(Descarrila e cai mais uma vez)

My heart's beating like a steam boat tugging.
(Meu coração está batendo como um barco a todo vapor)

All your burdens.
(Todos os seus fardos)

On my shoulders.
(Sobre os meus ombros)

In The Mourning - Paramore

Isabella Swan;

– Você não vai assim! – minha mãe bateu o pé pela décima vez. – Chega de bancar a criança rebelde Isabella, vá se trocar porque não temos a noite toda! – Ela continuou gritando.
- Não. – falei, decidida.
- Eu vou te proibir de sair dessa casa, nem trabalhar mais você vai! – ela apontou o dedo para mim. – Suba imediatamente! – Esme falou.
- Eu subo, mas eu não volto mais. – subi as escadas, decidida a ficar no quarto.
Se não vai ser do meu jeito, não vai ser de jeito nenhum.
- Ah você vai! – ela correu atrás de mim na escada e agarrou meu braço, me arrastando até o quarto.
- Me larga! Tá doendo! – tentei me soltar dela, mas o aperto era firme, ia deixar marcas com certeza.
- Você não tem mais 12 anos Isabella, não tem porque bancar a coitadinha! – ela me jogou dentro do meu closet e fechou a porta.
Eu me apoiei na parede para não cair.
- E trate de colocar uma roupa apresentável! – ela gritou, eu fiquei paralisada. Esme suspirou por fim e voltou a falar. – Poxa vida Bella! Porque você complica tanto as coisas? Sabe, Carlisle sempre tratou vocês como filhas, e você nunca reconheceu isso. Agora quando ele finalmente vai ter os filhos por perto você me apronta uma dessas? – Esme já não gritava mais.
Eu comecei a me trocar mecanicamente, colocando um jeans qualquer e camiseta.
Eu estava triste, chateada e morrendo de vontade de chorar.
Por mais que não parecesse, eu odiava decepcionar minha mãe, mas ela nunca tentava me entender, nunca!
Era sempre Alice e Rosalie, Alice e Rosalie, Alice e Rosalie. E a Bella? Ah, a Bella que se foda!
Saí do closet e ignorei minha mãe, entrei logo em seguida no banheiro e tentei tirar aquela merda de maquiagem. Ficou pior ainda, mas eu não estava mais ligando.
- Bella, não seja difícil! – minha mãe batia na porta.
Eu não respondi.
Quando meus olhos e minha boca já estavam vermelhos de tanto eu esfregar, coloquei meus óculos escuros e saí do quarto.
- Satisfeita? – perguntei, sorrindo sarcasticamente para a minha mãe.
- Você sabe que isso é para o seu bem... – minha mãe não se deixou abater pela minha ironia.
- Bem? E o que você entende sobre o meu bem? Aliás, o que você entende sobre mim, hein? – ela me olhava de um jeito triste, aquilo me deixou com mais raiva ainda. – Olha, esquece que eu existo ok? – saí do quarto e desci as escadas, podia ouvir os passos dela atrás de mim, mas o silêncio continuou até chegarmos ao carro, aonde todos já nos esperavam.
- Desistiu de colocar a fantasia de halloween Bella? – Alice brincou, me dando uma cotovelada.
Eu dei de ombros, não queria saber de conversa.
Carlisle ligou o rádio, Alice cantarolou uma música qualquer que tocava.
Eu me desliguei, tudo que eu sentia era a tristeza e o rancor me corroendo.

Quando chegamos ao restaurante haviam três rapazes que eu os reconheci como filhos do Carlisle.
Eu os conheci no casamento da minha mãe, há cinco anos, mas foi coisa de minutos eu não estava lá muito sóbria, por isso não me lembrava muito bem deles.
Descemos todos do carro e fomos em direção a eles.
Claro que eu fui o centro das atenções.
A estranha sempre é o centro das atenções, não por merecer, não por ser linda, não por realmente chamar atenção, apenas por ser estranha aos olhos dos outros.
Primeiro Carlisle e todos eles se abraçaram por vários minutos, cheios de sorrisos e felicidade.
Depois foi a vez de Esme, e eu tenho que confessar que bateu uma vontade de abraçá-la daquele jeito também.
- Emmett, Jasper, Edward, essas são Alice, Rosalie e Bella. – Carlisle falou, gesticulando para cada um de nós.
Eu acenei lentamente em quanto minhas irmãs – assanhadas – iam cumprimentá-los mais de perto.
Comecei a observá-los então, o tal do Emmett era gigantesco, mas não gordo, e sim extremamente forte e não parou de sorrir em momento algum, - principalmente enquanto dava uma secada na bunda da Rosalie - Jasper parecia meio bobinho e nerd, o mais magro e baixo de todos, mas mesmo assim, mais alto do que eu, não que isso fosse lá muito difícil né... Edward era o meio termo entre Emmett e Jasper, era alto e até que bem fortinho, tinha um cabelo castanho-avermelhado diferente de tudo que eu já tinha visto.
Edward era o que tinha os olhos mais claros de todos, um verde quase chegando ao azul. E também foi o que mais me olhou, mas não dá mesma forma que os outros, – como se eu fosse um animal de outro planeta – ele apenas parecia curioso.
Entramos no restaurante e nos sentamos em uma mesa que já estava reservada para nós.
Tive de aguentar Alice e minha mãe, sentadas ao meu lado.
Esme às vezes me cutucava e sussurrava “melhore essa cara”, “tire esse óculos”, “coma alguma coisa” e eu apenas ignorava, torcendo para as horas se passarem logo.
A comida parecia ótima, mas eu dei no máximo duas colheradas, e a mesma coisa aconteceu com a sobremesa.
No fim do jantar Esme nos contou que aqueles meninos iam morar conosco, eu continuei imóvel como se ela tivesse contado uma piada sem graça. Alice estava certa então.

Quando chegamos em casa eu subi mecanicamente para o meu quarto, não respondi o boa noite de ninguém.
- Deixe ela, uma hora essa frescura passa. – pude ouvi Esme falando antes de eu fechar a porta.
Usei toda a força que eu ainda tinha e tranquei a porta, me deixando cair no chão logo em seguida.
Não pude suportar mais, as lágrimas começaram a jorrar dos meus olhos e os soluços saiam sem permissão da minha garganta.
Me arrastei até a parte mais afastada do quarto, aonde eu sabia que ninguém poderia me escutar.
Era demais para mim, porque apesar de não demonstrar, eu bem sabia que no fundo eu odiava ser quem eu era, odiava ser estranha, odiava ser a pior de todas, odiava ser um mau exemplo para as outras pessoas.
Mas ninguém enxergava isso, o que todos enxergavam era uma menina que foi mimada demais e agora virou uma rebelde.
Todos enxergavam o contrario da verdade.
No dia-a-dia era fácil esconder tudo, era fácil fingir que não me importava com o que as pessoas dizem, mandava tudo e todo mundo para a puta que pariu e vivia a minha vida do jeito que eu bem entendesse. Mas no fundo, no fundo mesmo, eu precisava mesmo era de alguém que me entendesse, que me compreendesse e que me amasse a ponto de aceitar meus erros e minhas idiotices.
Eu precisava de atenção, precisava de alguém que me abraçasse quando eu quisesse fazer besteira, que não me deixasse chorar por bobeira e que acima de tudo não me julgasse.
Mas eu não tinha ninguém, e até a minha própria mãe achava que tudo o que eu fazia é por pura “frescura”.
Meu peito doía de tanto soluçar, minha cabeça parecia que ia explodir, mas a dor emocional que eu sentia naquele momento... Era com certeza a pior de todas.
Levantei-me com um pouco de dificuldade por não estar enxergando nada, e fui até o banheiro.
Naquele momento eu não estava mais pensando em nada.
Remexi nas gavetas até achar uma lâmina nova que havia por ali.
Sentei no chão gelado do banheiro e fechei os olhos levando a lâmina até o meu pulso e fiz um corte não muito grande, a dor me impediu de continuar.
Mas eu preferia aquilo, aquela dor multiplicada por mil era melhor do que a dor de não ser compreendida, a dor de ser rejeitada.
Mais lágrimas saíram dos meus olhos, mais soluços saíram dos meus lábios e outro corte foi feito.
A certa altura daquilo, a dor era até algo bom...
Então eu ouvi batidas na porta e logo depois a voz da Alice me chamando.
Paralisei.
Fiquei assustada, meus jeans estava todo cheio de sangue, assim como minha blusa e as minhas mãos.
Droga, o que eu estava fazendo?
Me levantei, ainda escutando as batidas na porta.
Naquele momento eu descobri uma coisa que estava na cara há muito tempo: Alice era a que mais se importava comigo.
Eu me senti um pouco melhor com aquilo, então aproveite a sensação de me sentir importante para alguém por alguns minutos e comecei a me recompor.
Os cortes começaram a doer, e muito, mas naquela altura a dor era uma coisa na qual eu estava acostumada a lidar.
Tomei um banho tentando relaxar, mas eu sabia que não ia conseguir dormir tão cedo.
Comecei a chorar de novo.
Então fiz uma coisa que eu já fazia às vezes: Tomei relaxantes musculares e remédios que eu sabia que iam me dar sono.
E deu certo, claro, eu só tive tempo de vestir uma roupa qualquer e me arrastar para cama.
Mesmo quase inconsciente ainda pude ouvir as batidas da Alice do outro lado da porta.
Só acordei quando fui me virar e meu braço recém machucado esbarrou nos cobertores. Eu gemi de dor.
Minha cabeça parecia pesada demais e o meu corpo doía, então resolvi voltar a dormir, tomando cuidado com o meu braço.

Quando acordei novamente foi por causa do barulho, muito barulho.
Martelo batendo em madeira, risadas, pessoas subindo e descendo as escadas, portas se abrindo e fechando e muitas conversas.
Sentei-me na cama, vendo o estado deplorável em que eu me encontrava.
Fui para o banheiro, ainda tinha sangue no chão, e minhas roupas estavam espalhadas por ali.
Arrumei a bagunça, torcendo para a empregada não perceber o sangue nas minhas roupas.
Tomei um banho rápido para me recompor e fui me trocar.
Por sorte o clima estava ao meu lado, o sol tinha sumido, dando lugar a um incrível céu nublado e uma garoa fina.
O tempo ainda parecia meio abafado, mas eu podia usar um casaco tranquilamente. E foi isso que eu fiz para esconder meus machucados que ainda estavam extremamente doloridos.
Minhas olheiras estavam profundas e roxas, mas pelo menos meus olhos não estavam vermelhos como os de quem chora uma noite inteira.
Escondi um maço de cigarros e um isqueiro dentro do meu short, peguei alguns trocados e coloquei meus óculos escuros para, então, sair do quarto.
Percebi que o barulho que eu escutei vinha dos quartos que eram ao lado do meu, os quartos que agora seriam dos Cullens.
Eles deveriam estar montando móveis novos, ou então trazendo as coisas deles. Não me importei.
Avistei minha mãe lá em baixo sentada ao lado de Carlisle no sofá, parecia ter bastante gente na sala, mas eu nem me importei em ver quem era.
- Será que você pode devolver a chave do meu carro, por favor? – Falei quando me aproximei dela.
- Aonde você vai? – Ela perguntou, eu me controlei para manter a calma.
- Vou na praia. – Menti, e sabia que ia dar certo.
Desde pequena eu sempre gostei de ir à praia quando estava frio e não calor. Eu odiava tomar sol e ficar toda vermelha.
- Volte para o jantar. – Ela avisou depois de pegar a chave de dentro da sua bolsa e me entregar.
- Obrigada. – Sussurrei, puxando o capuz do moletom sobre a cabeça, secretamente satisfeita, mas ainda triste.
Muito triste.

Assim que entrei no meu carro e fechei a porta, comecei a acelerar.
Na verdade, apesar de dizer para a minha mãe que ia para a praia, eu não sabia aonde ir. Porque aonde quer que eu fosse, eu estaria sozinha.
Depois de andar por algum tempo, acabei realmente indo para a praia, as estradas estavam vazias e eu podia correr, sentindo o vento jogando meu cabelo para trás e secando as minhas lágrimas que ainda insistiam em cair.
Estacionei o carro em frente à praia vazia e fui até um pequeno mercado que havia na esquina.
Lá dentro só havia uma senhora que comparava sem parar os preços de dois pacotes de biscoitos e a menina do caixa que parecia muito entediada, mas ergueu os olhos curiosos quando eu entrei.
Peguei algumas garrafas de Heineken e fui para o caixa.
A garota entediada me atendeu rapidamente e alguns minutos depois eu já estava fora dali.
A senhora ainda comparava os preços.
Andei devagar até a areia úmida e me sentei por ali.
Já não chovia mais, mas o vento que vinha do mar era extremamente gelado.
Estava abrindo uma das minhas garrafas quando escutei um barulho de pessoas se aproximando, virei para verificar de quem se tratava.
Ok, será que eu estou louca o suficiente para ter alucinações? Ou os filhos do Carlisle estavam mesmo caminhando na minha direção?
Merda!

Continua...

Uau que tensa essa situação da Bella. Quer dizer que a garota rebelde é na realidade uma menina frágil que só quer chamar a atenção... Mas a atitude dela é bem estranha mesmo. Talvez se ela mudasse essa postura agressiva conseguisse o amor e o carinho que precisa. Quem sabe a chegada dos meninos não será para ajudá-la? Vamos ver no capítulo de amanhã. Beijos.
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4 comments:

  1. to super curiosa pra sabe oq eles vão faze!kk
    to amando a fic

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  2. Então deixe de voltar amanhã.
    É bom saber que você está gostando da fic.
    Beijos.

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  3. Não consigo imaginar Bella tão revoltada assim! E que será que aconteceu para ela ser desse jeito? Até agora não falaram o pai dela, será esse o problema?

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  4. Acho que você está no caminho amiga...
    Mas não vou dar mais informações por que senão perde o suspense... kkkk
    Continue acompanhando pra entender.
    Beijos.

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