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Tuesday, January 31, 2012

FANFIC - FUCKIN PERFECT - CAPÍTULO 7


Bom dia gente! No capítulo de hoje Edward e Bella terão uma conversa muito interessante...

Título: Fuckin Perfect
Autora(o): Luana G.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Álcool, Drogas, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência

Fuckin Perfect
By Luana G

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 7

Young at heart and it gets so hard to wait.
(Jovem de coração e está tão difícil esperar.)

When no one I know can seem to help me now.
(Quando ninguém que eu conheço pode me ajudar agora) 

Old at heart, but I musn't hesitate,
(Velho de coração, mas eu não devo hesita,)

If I'm to find my own way out.
(Se eu quero encontrar minha saída).

Estranged – Guns N’ Roses

Isabella Swan;

Entrei no quarto e bati a porta.
Esse Edward tá me deixando maluca viu!
Não sei o que ele faz, acho que é aquele sorriso idiota dele, eu simplesmente começo a falar que nem uma matraca, ou melhor, que nem a Alice e não consigo mais parar, acabo até dizendo o que não devo! Droga! Eu não podia virar amiguinha dele! Não podia dar o braço a torcer!
Argh!
Sentei na minha poltrona e abracei minhas pernas.
O que está havendo comigo? Alguma coisa está errada, e muito errada.
Alguém bateu na porta.
Só podia ser a Alice.
- Entra. – falei, e fui pega totalmente de surpresa quando o Edward entrou no meu quarto.
Mais que merda ele estava fazendo ali?
- O que você quer? – perguntei sem paciência.
- Já é a segunda vez que você deixa de comer por minha causa... Bom, trouxe café da manhã pra você... – ele colocou uma bandeja em cima da minha cama e caminhou para fora do quarto.
COMO É QUE É?
- Espera. – murmurei, correndo atrás dele.
- O que foi? – ele perguntou.
- Obrigada. – sorri um pouco para ele.
Tinha que admitir que fazia tempo que alguém não era tão legal assim comigo, muito tempo, talvez eu nunca tenha sido tão bem tratada.
Café no quarto? Essa é nova!
Edward trazendo café no quarto para mim? Essa é mais nova ainda!
Ele abriu um sorriso lindo para mim, meu coração disparou.
- De nada. – Edward virou as costas e saiu.
Pela décima vez... O que está acontecendo comigo?

- ALIIIIIIIIIIIIICE!!! – gritei da porta do meu quarto.
- Que? O que foi? – ela subiu as escadas correndo.
- Vem cá... – entrei no quarto novamente.
- Que foi? - ela perguntou ainda assustada.
- Preciso falar com você. – falei.
- Ah Bella! Você me chama aqui pra isso? Eu tava terminando de ver um dos episódios mais legais de Friends! Tava naquela parte que... -
- Alice, pelo amor de Deus, você já assistiu Friends um monte de vezes... Eu sou mais importante, senta aí. – falei, interrompendo-a.
- Tá bom... – ela sentou-se na minha cama.
Só então ela reparou na bandeja que estava ali.
Eu confesso que comi um pouco, estava morrendo de fome!
E claro, o Edward sabia cozinhar mais do que eu imaginava.
Se é que eu imaginava que ele conseguia fazer alguma coisa a não ser pegar mulher.
- Porque esse negócio tá aqui? Hm... Isso é geléia? Hm... – Alice começou a comer o que restou do meu café da manhã.
- Se eu contar você não vai acreditar. – comecei a andar de um lado para o outro.
Eu precisava contar para alguém da mudança de humor do Edward, mas como eu ia contar isso? Como eu ia dizer que meu quase inimigo tinha me trazido um café especial?
- Fala logo... – ela murmurou de boca cheia.
- O Edward. – falei.
- O que tem ele? – e ela continuava comendo.
- O Edward... Ele que me trouxe café da manhã. – suspirei.

Quinze minutos depois eu ainda estava tentando fazer a Alice respirar.
Por que cargas d’água eu fui falar bem quando ela tava comendo?
- Respira Alice, respira! – continuei batendo nas costas dela.
Tudo bem, agora ela não está mais tão roxa.
- Ok... Pode parar de me espancar Bella. – ela respirou fundo.
- Acabou? – perguntei.
- Sim... Tô bem... Mas me explica direito esse negócio menina! Até ontem você e o Edward eram feito cão e gato, como hoje ele vem te trazer café da manhã na cama? – Alice começou a tagarelar e por um momento a preferi engasgada.
- Calma, eu vou contar... – ela me olhou, esperando. – Assim... eu tinha descido para tomar café e então ele estava lá, aí... – narrei toda a minha conversa com o Cullen para a Alice, que ouvia tudo atentamente.
- Caramba! – Alice estava surpresa.
- Agora eu não tô entendo mais nada... Você precisa me ajudar a descobrir o que o Edward quer... Porque alguma coisa ele que! – afirmei.
- Às vezes não Bella, vai saber se ele não está querendo apenas ser legal com você. – Alice deu de ombros.
- Você sabe de alguma coisa? – perguntei, desconfiada.
Eu conhecia bem a Alice...
- O que você lembra de ontem? – ela perguntou.
- Não muita coisa... Só lembro até aonde eu comecei a beber, depois tudo ficou muito distorcido e engraçado. – fiz careta, como eu odiava perder a minha memória desse jeito.
- Senta aí... – Alice pediu.
- A coisa é tão feia assim? – sentei-me na cama, esperando a bomba.
- Não, não é nada de ruim... Quer dizer, eu não sei direito o que aconteceu, o que eu sei é que quando eu voltei para a mesa você estava quase desmaiada lá, e bem... – ela fez uma pausa.
- O que Alice? Fala logo! – comecei a roer minhas unhas.
- Bem, era o Edward quem estava com você. Aí ele me ajudou a te trazer para casa e tudo mais. Eu não sei o que aconteceu antes disso, se quiser saber, você vai ter que perguntar para ele. – ela desembuchou.
Era só o que me faltava!
Caralho, será que eu fiz alguma coisa com o Edward? Ou melhor, será que ele fez algo comigo?
- Cacete Alice! Fudeu, o que será que aconteceu? Ah, eu sabia que eu não devia ter ido! Sabia! – comecei a andar de um lado para o outro.
- Calma Bella! Vai ver não aconteceu nada... Ele só tava ali porque queria. – Alice deu de ombros, eu não me convenci.
Era isso! Eu tinha feito alguma coisa e essa coisa foi o que mudou o comportamento do Edward comigo! Claro! Como eu não pensei nisso antes? Mas agora como eu vou saber o que eu fiz sem perguntar para ele?
- Que saco! – comecei a praguejar a existência daquela criatura chamada Edward.
- Olha, finge que nada aconteceu, você tava bêbada mesmo, não se lembra de nada, é uma boa desculpa para não tocar no assunto... Agora vamos ao mercado comigo? Fiquei de comprar umas coisas para a Esme. – Alice me puxou para fora do quarto.
- Tá bom, tá bom. – Eu nem estava ligando, minha cabeça estava a mil.
A minha curiosidade de saber o que aconteceu estava quase derretendo meu cérebro.

- Vão sair? – Edward perguntou.
Ele e Rosalie estavam na sala assistindo alguma coisa que eu não prestei atenção.
Quando olhei para Rosalie ela corou por baixo da pele bronzeada.
Ah não, mais essa agora?
O que será que aconteceu?
Eu também fiz alguma coisa para a Rosalie?
Hoje não é mesmo meu dia!!!
- No mercado... – Alice respondeu.
- Posso ir também? – ele perguntou se levantando.
- Não. – eu respondi.
- Sim. – Alice falou ao mesmo tempo que eu.
- Ok. – Edward nos seguiu, é lógico que ele ouviu a Alice.
- Eu dirijo! – falei, caminhando em direção ao meu carro.
- Tá, tanto faz. – Alice deu de ombros.
Entrei no meu carro e então Edward entrou do meu lado.
- Alice! – olhei pelo retrovisor e vi a minha irmã sentada no banco de trás.
- O que? – ela me olhou inocentemente.
- Era pra você sentar na frente! – falei.
Oh lerdeza!
Às vezes eu tinha uma leve impressão de que a Alice fazia essas coisas de propósito. Não é possível que alguém seja tão desligada assim.
- Ah... – ela continuou parada.
- Porque essas coisas só acontecem comigo? – perguntei para mim mesma.
Edward gargalhou.
- Eu resolvi ser legal com você e você continua me odiando... – Edward balançou a cabeça como quem não entende.
- Se eu soubesse o motivo de você ter resolvido ser legal comigo, talvez eu até desse uma trégua para você. – coloquei o carro em movimento enquanto falava.
- Você é muito convencida! – ele revirou os olhos.
- Ah tá Edward! Num dia você me trata que nem capacho, no outro tá me amando e levando comida para mim. Desculpa, mas eu não leio mentes, e não tenho bola de cristal para saber o que você quer. – soltei tudo de uma vez só.
Podia sentir os olhos arregalados da Alice sobre mim.
- Capacho! Eu nunca te tratei mal! Eu só brincava com você e você insistia em levar tudo pro lado pessoal. Não tenho culpa se você é uma emo revoltada que se... – ele parou.
Eu apertei mais ainda o volante do carro, só para não me descontrolar e apertar a minha mão contra a cara dele.
- Continua, continua porque eu tô super acostumada a ouvir isso de todo mundo! Pode continuar! – coloquei o carro de qualquer jeito na primeira vaga do estacionamento do mercado e desci do carro.
- Tá bom, já deu gente. – Alice falou tentando me acalmar.
- Pode ir Alice, te encontro daqui a pouco. – comecei a me afastar.
Será que tinha algum lugar por aqui que vendesse cigarros? Droga, eu saí de casa tão distraída que me esqueci deles.
- Não! Vem comigo... – ela começou a me puxar.
- Não Alice! Não quero. – andei mais rápido para fora do estacionamento, deixando a Alice e o idiota do Edward para trás.
Eu precisava de um cigarro, precisava... Ou então eu ia estourar a cara de alguém... Ou melhor, do Edward.

Depois que encontrei meus cigarros, sentei me calçada em frente ao mercado onde Alice estava.
Agora eu estava controlada, minha raiva tinha dado um tempo e eu conseguia respirar tranquilamente. O que a nicotina não faz com uma pessoa.
Ainda estava sentindo raiva do Edward, e muita!
Bem quando eu achei que o dito cujo tinha mudado para melhor, ele vinha e me dava um novo apelidinho... “emo revoltada” que ótimo, isso me fazia ter lembranças da minha adolescência. Meu coração se apertou...
- Posso me aproximar ou você vai me socar? – uma voz surgiu do nada.
Por algum motivo, eu reconheci essa voz facilmente.
- Eu vou te socar. – respondi para o Edward.
Mesmo assim, ele se aproximou.
- Vou arriscar. – ele se sentou do meu lado. – Sabe, você não é lá muito forte... – ele deu uma risada para mostrar que estava brincando.
- O que você quer Edward? – perguntei.
Eu estava tão cansada! Eu só queria um pouco de paz! Só eu, o escuro e o silêncio.
- Quero pedir desculpas, e quero perguntar se posso conversar com calma com você depois. – ele falou, finalmente conseguindo prender minha atenção.
Eu olhei para ele, curiosa.
- Vá em frente. – arqueei as sobrancelhas.
Ver o Cullen pedir desculpas ia ser engraçado.
- Você me desculpa Bella? Eu prometo que não vou mais te provocar, nem te chamar de criança ou de emo revoltada. – ele sorriu para mim, meu coração vacilou.
Droga, ela fazia aquilo de propósito? Será que ele fazia idéia do quanto aquele sorriso mexia comigo?
- Tudo bem, eu desculpo, sua oferta é tentadora. – dei de ombros, ele gargalhou. – Sobre o que você quer conversa comigo? – perguntei.
- É sobre ontem, mas não aqui e agora... Alice está esperando você. – ele se levantou.
Comecei a ficar nervosa... Por Deus, o que será que aconteceu ontem?
-Tá, mas você vai me falar depois? – perguntei enquanto caminhávamos para o carro, já podia avistar a Alice.
- Sim, eu vou. – ele riu da minha impaciência.
Voltamos para casa em silêncio.
Edward foi ao meu lado de novo, e dessa vez teve até a ousadia de mexer no rádio.
Mas eu não me importei, estava revirando minha mente a procura de informações sobre a noite passada.
E fracassei, não conseguia me lembra de nada, era tudo muito confuso, tão confuso que chegou a me dar dor de cabeça.

Como eu odeio ficar curiosa!
É uma coisa que vai me corroendo e eu fico com uma vontade louca de chacoalhar a pessoa até a falar tudo que tem que falar.
Argh!
Edward estava fazendo aquilo de propósito, só pode.
Eu estou aqui, que nem idiota, andando de um lado para o outro a mais de meia hora, e nada dele resolver vir “conversar” comigo.
Eu não queria ir atrás dele, preferia deixar a curiosidade me matar a bater na porta do quarto dele.
- Bella? – ouvi alguém batendo na porta.
Corri até ela, mas parei com a mão na maçaneta.
Eu realmente estava nervosa!
Abri a porta e encontrei Edward parado do outro lado, sorrindo tranquilamente.
- Sua mãe está te... – não o deixei terminar, puxei-o pela camisa para dentro do quarto e fechei a porta. – Selvagem... - ele falou, e depois teve um acesso de gargalhadas.
- Edward, pára de graça! Fala logo vai! – pedi.
- Nossa, não sabia que você é tão curiosa assim... – ele me olhou surpreso.
- Você não sabe nada sobre mim. – falei.
- Sei mais do que você pode imaginar. – ele rebateu.
Pude ver o arrependimento nos olhos dele segundos depois.
Eu ignorei, deixei passar.
Não podia acrescentar outra coisa a minha lista de curiosidades.
- Sua mãe está de chamando para jantar. – ele murmurou.
Aquilo me deixou curiosa. Argh!
Pelo amor de Deus, Isabella! Para de ser tão curiosa!
- Porque você veio me chamar? – questionei.
- Alice está no telefone e Rosalie não quis vim até aqui... – Edward pareceu meio indeciso em dizer aquilo.
- Porque não quis? – perguntei, totalmente confusa.
Havia alguma coisa de errado com a Rosalie.
- Depois eu te conto, vamos descer. – ele abriu a porta.
Eu a fechei novamente.
- E quando você vai falar comigo? Quando eu tiver seca naquela cama de tanta curiosidade? – não estava mais ligando se ele era o Edward, eu só queria saber o que tinha acontecido ontem!
- Como você é exagerada! Depois do jantar, eu prometo. – ele se divertiu com a minha cara de ansiedade.
- Promete? – frisei mais uma vez, só para ele não esquecer.
- Prometo, prometo. Agora vamos. – ele saiu do quarto, e eu o segui.

Depois do jantar lá estava eu de novo, ansiosa como uma idiota.
Rosalie não tinha olhado para mim nem uma vez sequer, apesar de eu tê-la encarado por um bom tempo.
Estou esperando que o Edward também me esclareça isso de alguma forma.
Ouvi a porta do quarto bater e dei um pulo de susto.
De alguma forma, eu sabia que era o Edward.
Era quase fácil demais para mim reconhecê-lo e diferenciá-lo das outras pessoas.
- Qual é?! Suas boas maneiras foram digeridas com o seu jantar? – perguntei, ainda me recuperando do susto.
- Desculpa, achei que você não tava aqui... Nossa que escuro, cadê você? – ele murmurou, provavelmente perdido pelo meu quarto.
Eu dei risada, me inclinei sobre a cama e liguei o abajur.
Gostava de ficar no escuro, sozinha.
Na verdade nem estava tão escuro assim, a luz da lua iluminava parte do quarto, os olhos dele é que estavam desacostumados.
- Ah, te achei. – ele andou até a cama e se sentou de frente para mim.
- Pode começar. – gesticulei para ele.
- Não sei bem por onde começar... – ele murmurou.
- Ah Edward, faça-me o favor! Você me enrola esse tanto pra dizer que não sabe por onde começar? Começa do começo, né? – como ele era lerdo!
- Tá bom, tá bom... Você se lembra até...? – ele questionou.
- Até quando eu comecei a beber. – falei rapidamente.
- Ok. – ele riu da minha impaciência antes de começar. – Acho que você já estava no vigésimo copo quando eu resolvi interferir, fui até o balcão e levei você para mesa... – eu interrompi.
- Eu falei alguma coisa...? – corei só de pensar na possibilidade.
- Não, não... Você só sabia dar risada! Então... Ficamos na mesa até suas irmãs aparecerem, você parecia meio desmaiada, meia dormindo. Aí aconteceu uma coisa meio chata... – deu para ver claramente que ele estava editando a história, mas não interrompi. – Alice me disse que tínhamos que trazer você para casa, para não causar problemas e etc. Então Rosalie ficou brava por ter que vir embora, eu sinceramente não gostei da atitude dela, eu disse “Você pode ficar aí, Rosalie.” e ela respondeu... – ele fez uma pausa um tanto quanto assustadora. – Ela disse “Ui, defensor da Bella. Quero ver quanto tempo você vai durar, ninguém aguenta ela!”... – ele parou de falar, talvez para que eu absorvesse a novidade.
- E aí? – perguntei, não queria que ele parasse, eu não queria pensar.
- Então Alice a mandou calar a boca, e ela se calou realmente, mas o surpreendente foi que você acordou do nada no mesmo instante e disse “Vá abri as pernas pra alguém, vai Rosalie.”, nós ficamos surpresos, eu realmente achava que você estava dormindo. – ele deu risada. – Depois desse susto Rosalie engoliu todas as palavras dela e ficou muda e paralisada. Então eu e a Alice colocamos você no carro e voltamos para a casa. – ele finalizou.
- Nossa, eu falei isso?... Não me lembro de nada... – droga, eu estava começando a ficar irritada com aquela situação.
- Falou, com todas as letras. - ele afirmou.
- Que bom, pelo menos eu não fiquei lá, quieta, enquanto Rosalie me insultava... - ignorei esse fato sobre a Rosalie, ela nunca foi a melhor das irmãs. Mas eu tinha uma dúvida bem maior... - Por que você resolveu ficar comigo? Quer dizer, lá na festa, me fazer parar de beber e tudo mais? Você não me odeia? – questionei.
- Olha... eu tenho que ser sincero. De primeiro eu realmente achava você doida! Estranha, talvez até esquisita. – ele admitiu, eu gostei do sentimento que me tomou naquele momento, mas não consegui dar um nome a ele. – Mas depois, não sei o porquê, eu simplesmente gostava de te irritar, gostava de ver você nervosa, era... legal. – ele fez uma pausa, eu soube que ‘legal’ não era a palavra que ele queria falar. – Ontem, eu não atendi até agora porque eu fiquei atrás de você, cuidando de você na festa. O que eu sei é que eu não me arrependi Bella. E outra coisa, quando eu trouxe você para cima e te coloquei na sua cama eu vi uma coisa... – ele parou de falar, meu coração também parou.
- O que? – perguntei, minha voz não passava de um sussurro.
Ele pegou minha mão esquerda que mexia constantemente no travesseiro ao meu lado, estendeu meu braço e puxou a manga da minha blusa fina até o meu cotovelo.
Eu gelei.
Ele passou as pontas dos dedos sobre as minhas cicatrizes.
O local pegou fogo.
Não era dor, era algo que Edward causou em mim...
- Eu caí. – tentei puxar meu braço de volta, mas o aperto dele era firme.
- Não, você não caiu. – ele afirmou, como se toda certeza do mundo se concentrasse nele naquele momento.
- Edward... – eu já estava me preparando para arranjar outra desculpa, ou começar a implorar para ele não contar a ninguém.
Eu sabia que minha mãe me internaria.
- Não vou contar a ninguém, eu juro... É só que eu não consigo entender Bella, porque você faz isso? – ele parecia angustiado, como se a vida dele dependesse daquilo.
- Ninguém entende, não vai ser você, um quase estranho, que vai entender. – eu dei de ombros, ele libertou meu braço e eu o escondi novamente com a blusa.
- Tente. – ele sussurrou.
- É uma longa história, e não vou contá-la para você... – eu lutei contra as palavras, na verdade eu queria contar, desabafar com alguém seria a melhor coisa nesse momento.
- Por que não fazemos assim... Eu te conto minha história, assim você não vai me achar mais um estranho, e depois você me conta a sua. Pode ser? – ele me olhou com expectativa.
Eu parei para pensar por um momento.
Mesmo que no final das contas eu não contasse a minha dramática história para o Edward, seria bom conhecê-lo melhor.
Ele me despertava uma coisa estranha, um sentimento estranho, tão estranho que eu nem sabia o nome.
Talvez conhecê-lo melhor ajudasse nisso... Definitivamente, essa seria uma boa trégua.
Muito boa.
- Combinado então. – sussurrei, quase que com alívio.
- Amigos? Mesmo que por pouco tempo? – ele murmurou a última frase um pouco mais baixo e depois estendeu a mão para mim.
- Amigos! – apertei a mão dele com firmeza.
E foi naquele momento que uma onda elétrica percorreu meu corpo, não foi como se eu tivesse pegando na mão do Edward e sim, como se eu tivesse colocado o dedo em um fio desencapado.
E também foi naquele momento que meus sentimentos ficaram mais claros.

Continua...

Ahhh... então o Edward também tem uma história? Interessante. Será que agora vamos saber a história dos dois. E será que essa cumplicidade vai uni-los mais. Tomara que sim. Volto mais tarde. Beijos.
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3 comments:

  1. não preciso nem dizer que fico perfeito esse cap! ameeeeei
    loca pra ler amanha ..

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  2. Gostou? Bem legal saber a história dele né?
    Te espero amanhã.
    Beijos.

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...