Pages

Monday, January 02, 2012

FANFIC - LOVE YOU'TILL THE END - CAPÍTULO 27


Boa tarde galera! Como foram de virada de ano? Espero que tenha sido muito boa. O capítulo de hoje está bem família. Tem a Mel defendendo a mãe, entre outras coisas...

Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; heterossexualidade

Love You´till The End
By Janni

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 27

Kristen´s Pov

Dormi abraçada com Robert, minha cabeça sobre seu peito, dormi escutando o barulho do seu coração, aquele barulho que acalmava. Dormi tranqüila.
Meu celular despertou e acordei de imediato, hoje teria muita coisa pra fazer, estava envolvida em uma campanha contra câncer de mama e eu iria gravar os comerciais hoje junto com outras atrizes, fazer as fotos e tudo mais.
Robert teria um compromisso com seu novo filme também, provavelmente passaria o dia fora.
Fui até o quarto de Melissa e toquei seus cabelos.
– Filha. – cochichei em seu ouvido.
– Hummm... – ela resmungou.
– Já está na hora.
– Mais cinco minutinhos e eu levanto. – falou com a voz sonolenta.
– Está bem, cuidado pra não se atrasar, ok?
– Tá.
– Bom dia. – beijei sua cabeça.
Saí do quarto e fui pra batalha mais difícil. Thomas.
Abri a porta e passei pelo quarto bagunçado.
Ele dormia esparramado na cama, um braço tombando para fora, a foca aberta, aquela cena me fazia rir, ele parecia demais com Robert.
– Filho... filho, acorde. – ele não se mexeu. – Thomas... vamos... está na hora.
– Não mãe... – choramingou.
– Vamos, deixe de preguiça.
– Eu tô doente.
– Doente? – toquei sua testa e parecia normal – Deixe de preguiça Thomas Stewart Pattinson. – falei dando-lhe um tapa no bumbum – Quero você tomado banho e arrumado em vinte minutos pra tomar café, entendeu?
– Manhêêêê... – fez manha.
– Nada de mãe, vamos logo, se não você se atrasa. – sai do quarto e voltei para o meu.  
Engatinhei na cama, até chegar perto do seu rosto.
– Amor? – beijei seus lábios e ele se moveu – Bom dia. – sorri.
– Bom dia. – falou com a voz rouca.
– Vou tomar meu banho ok? Não volta a dormir, você tem compromisso agora pela manhã. 
– Tá.
Ele virou de lado e pegou meu travesseiro, abraçando-o.
Tal pai, tal filho, pensei.
Fui até o banheiro e tomei um banho rápido, vesti minhas roupas, passei um lápis no olho e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo.
Desci para cozinha, a cozinheira ou outro dos empregados ainda não estavam em casa na hora do café, ou seja, eu ou Robert éramos encarregados em fazê-lo. Coloquei umas fatias de pão na torradeira, tirei geléia, queijo, manteiga e presunto da geladeira, coloquei em cima da mesa. Peguei três ovos e os quebrei em uma frigideira, joguei um pouco de sal, escutei a torradeira expulsar as duas fatias de pão, coloquei-as em um prato e preparei mais duas. Virei os ovos em um prato e coloquei sobre a mesa. Peguei a caixa de cereal do Thomas e o leite, deixando perto do seu lugar a mesa.
– Bom dia mãe. – Melissa chegou à cozinha e beijou meu rosto.
– Bom dia amor. Melissa, tire o blazer do seu uniforme, você pode sujá-lo.
– Odeio esses uniformes ingleses, as escolas americanas são bem mais legais, a gente pode vestir qualquer roupa e não essas saias xadrez, camisa social, gravata, e esse paletó-blazer idiota. – ela falou passando geléia na torrada.  
– Bom dia amor... – Robert abraçou minha cintura e beijou meus lábios.
– Hey, eu tô aqui...- Melissa acenou da mesa, incomodada com nossas caricias.
– Eu sei filha, bom dia pra você também. – ele beijou o topo da cabeça de Melissa.
– Cadê o Thomas?
– Já to aqui mãe. – ele chegou todo vestido com o uniforme da escola e jogou o paletó sobre a sua cadeira, sentou e colocou cereal e leite em uma tigela.
Me sentei ao lado de Melissa, para tomar meu café quando...
– Mãe... o que é isso? – ela perguntou assustada tocando meu pescoço... putz, esqueci da mancha. Robert riu e quase se engasgou com o café. – Ai não, não acredito... CREDOOOO MEUS PAIS ESTAVAM TRANSANDO, NOJOOOO. – ela escondeu o rosto com as mãos. 
– ELES O QUE? – Thomas arregalou os olhos em nossa direção e eu quis me matar. – Melissa eu tô comendo, para de falar nojeira.
– Cala a boca Thomas.
– Hey, hey, podem ir parando. – Robert falou – E Melissa, olha a falta de respeito.
– Falta de respeito, eu? Vocês que estavam fazendo coisas enquanto eu e meu irmão inocentemente dormíamos. Ai credo. Olha não me inventem coisa de irmão de novo, entenderam? Já basta essa peste que tenho que aturar.
– Cala a boca tapada. – Thomas jogou um cereal em direção a Melissa que fechou a cara imediatamente.
– Tá vendo o que digo? – ela falou – Minha vida era tão boa quando era filha única. Eu era uma criança tão feliz. Mas vocês tinham que estragar tudo me dando um irmão.
– Ok, já chega. – foi minha vez de falar – Terminem o café e vão escovar os dentes, ou vão chegar atrasados. 
Balancei a cabeça negativamente tentando me acalmar.
Thomas terminou seu cereal e saiu da mesa, Melissa deu mais algumas mordidas terminando a torrada e seu suco.
Ficamos só eu e Robert na mesa.
Me levantei pra tirar as coisas da mesa.
– Vem cá, sweetie... – ele me puxou para seu colo, cai sentada – vai demorar muito hoje? – falou beijando meu pescoço.
– Acho que sim, devo chegar junto com você ou logo depois.
– Humm... – ele beijou meu queixo – que tal um banho de banheira hoje à noite, hein? Pra relaxar.
– Perfeito – sorri contra seus lábios, ele apertou minha cintura, enquanto eu beijava seus lábios. 
– Ah fala sério... – Thomas entrou na sala de jantar, com a mochila nas costas, nos assustando – não dá pra vocês esperarem de noite ou até eu e a Mel irmos pra aula?
– Olha a falta de respeito moleque. – eu levantei e dei passagem pro Robert que segurou a nuca do filho, sem fazer força – Vamos logo embora antes que o portão da escola feche e eu tenha que aturar você o dia todo. – falou rindo e Thomas riu também – Vá chamar sua irmã. Tchau amor. – ele me deu um beijo enquanto Thomas saiu correndo chamando o nome de Melissa – Qualquer coisa me liga ok?
– Pode deixar, bom trabalho. – sorri ao receber mais um selinho. 

Melissa´s Pov

Papai nos levou a escola, eu ia na frente, ao lado do motorista e Thomas atrás. Eu ainda achava estranho, mesmo nascendo aqui, o fato de o volante ser do lado direito do carro, enquanto a maior parte do mundo o tem do lado esquerdo.
Falando no restante da civilização...
– Quando vamos pros Estados Unidos pai?
– Nas férias de verão de vocês Mel, por que?
– Por nada. Vão fazer algum filme por lá?
– Eu não, mas sua mãe está acertando um.
– A mamãe vai pra trabalhar ou pra matar as saudades da vovó e do vovô? – falei irritada.
– Não seja cruel. – ele riu pelo nariz – Além do mais o filme parece que é pequeno, coisa de cinco ou seis semanas de gravações.
– Menos mal.
– Pronto, chegamos. – ele parou o carro em frente à escola. 
– Tchau pai. – eu e Thomas falamos praticamente juntos.
– Tchau, se cuidem. Ah Thomas. Não me faça fazer visitas ao meu melhor amigo, por favor. – papai falou irônico.
– Pode deixar pai. 
Ele bateu continência e eu ri.
O melhor amigo a que papai se referia era o diretor de nossa escola, digamos que o papai faz muitas visitinhas a sala dele, por causa das peraltices do meu irmão.
Vovó Clare fala que isso é castigo que meu pai está pagando, por toda a dor de cabeça que ele causou na época de escola, até chegar a ser expulso, a criatura foi.
Entramos na escola juntos e nos separamos em seguida, eu fui pra a área do High School e Thomas para seu bloco que ficava do outro lado. 
– Hey Mel... – estreitei os olhos e vi mais adiantes uma pessoa ruiva acenando para mim, era Cindy, uma loira ao seu lado, Michelly e do outro uma menina morena, com traços indianos, Lucy.
– Oi meninas.
– Hey por que não estava on-line ontem? – Michelly perguntou assim que me juntei a elas. – bafão forte.
– Eu saí com o Willian... – sorri tímida e escutei o coro das três de “ooohhh” – ok, mas o que aconteceu?
– Briguei com meu irmão mais velho... – Lucy falou – e sabe como ele é o preferido né? – ela deu de ombros – Papai está super bravo, falou que vai me mandar pra Índia, que eu estou perdendo nossos valores e tal. Um saco Mel.
– Sua mãe vai deixar? 
– Jamais. – ela respondeu.
– Além do mais, sua mãe é inglesa... – falei – e você nasceu aqui, você escolhe que cultura seguir.
– Nooossa, super simples né Melissa? – Cindy zombou.
– Melissa para primeira Ministra – Michelly ergueu os braços me dando apoio.
– Idiotas. – respondi rindo.
– Fez o trabalho do senhor Phinigan? - Cindy perguntou.
– Fiz... – respondi – me deu maior trabalhão, odeio idade média.

A campainha soou e fomos todos para sala, passei no meu armário e peguei os livros dos primeiros tempos, olhei ao redor e não vi Tony, o corredor do último ano ficava do outro lado do bloco, mas seu armário era em frente ao meu, torci a boca reprimindo a insatisfação de não ver meu amigo, ok, na hora do almoço eu falaria com ele. 
A primeira parte do dia passou. Primeiro tempo já foi pra matar, química, eu odeio química. Depois tivemos inglês e história.
– Vocês tiraram quanto na prova de inglês? – Cindy perguntou.
– Tirei B menos, errei idiotices... – Lucy falou.
– Eu também. – Cindy confirmou entrando no refeitório.
– Tirei C, me ferrei, minha mãe vai me matar. – Michelly respondeu – Sorte que as outras notas foram altas, e você Mel, tirou quanto?
– A mais. – falei orgulhosa.
– Nerd. – elas falaram juntas.
Fomos para a fila pegar nosso almoço, olhei pelo refeitório e vi Tony sentado em uma mesa no canto, com seus amigos, eles gargalhavam de alguma coisa, prendi os lábios com vontade de rir também.
Peguei minha bandeja, sobre ela coloquei um prato com macarrão com queijo e um pedaço de frango, peguei uma tigelinha de salada.
– O que ela está fazendo? 
Lucy perguntou olhando para a porta enquanto colocávamos molho em nossas saladas.
Era a perua, vadia e vulgar da Roxane.
Odeio essa menina.
Fomos para uma mesa redonda, vazia, nós quatro, e ela se aproximou.
– Hi Losers. – falou passando a mão em seus cabelos castanhos claros.
– O que você quer Roxane? – revirei os olhos olhando para ela.
– Final de semana que vem é meu Sweet Sixteen... – ela mostrou o convite nas mãos. – ah pena que nenhuma das quatro vai ser convidada.
– Imbecil. – falei quando ela deu as costas para seguir seu caminho. 
– Ah Melissa... – ela ergueu o indicador, como se tivesse lembrado algo, girou sobre seus calcanhares e ficou novamente de frente para mim – ontem à noite assisti a um filme... – coloquei um pouco de salada na boca e mastiguei calmamente – era um filme um pouco velho já, como era mesmo o nome? – ela fez uma cara como se pensasse – Ah, lembrei The Runaways. Um em que sua mãe está. – falou rindo sarcástica. – Como ela conseguiu interpretar tão bem aquela roqueira? – falou sorrindo com as mãos na cintura.
– Simples Roxane. – falei calmamente – Ela é uma excelente atriz. Uma das melhores que Hollywood já viu. – sorri vitoriosa.
– Pelo contrário Melissa Pattinson... – ela curvou-se apoiando seus braços na mesa onde eu estava, deixando seu rosto perto do meu – ela conseguiu interpretar tão bem aquela maluca roqueira, por que ela é uma verdadeira Bitch Americana.
– Cala A Boca – falei pausadamente, fechando os olhos tentando me controlar.
– Outro dia também vi um filme em que ela aparece em uma cena de sexo. Nossa aquele ator deve ter feito ela gozar muito sabia? Coitado do seu papai, tão apaixonado e tão corno. Tem certeza que seu irmão é filho dele?– ela riu e eu explodi.
– CALA A BOCA VADIA! – levantei e empurrei seus ombros, fazendo-a bater de costas na parede do refeitório. – LAVA ESSA SUA BOCA ANTES DE FALAR DA MINHA MÃE, ENTENDEU? – imprensava seu corpo contra a parede, com ódio.
- HEY, HEY, HEY! – ouvi a voz de Tony gritando vindo em minha direção. – PÁRA COM ISSO... – ele puxou meu corpo – PÁRA COM ISSO MELISSA!. – ele me abraçou por trás, prendendo meus braços – Pára com isso. – falou calmo em meu ouvido.
- Gente que menina louca... – Roxane falava cinicamente – ela me agrediu. Além do mais, por que a defende tanto? Ela nem é sua mãe.
- CALA A BOCA ROXANE, VOCÊ SABE QUE VOCÊ QUEM COMEÇOU. E DAÍ SE ELA NÃO É MINHA MÃE DE SANGUE? – senti os olhares de todos da cantina sobre mim e senti meu rosto arder, merda eu iria chorar a qualquer momento.
- Vem, chega, vamos sair daqui antes que alguém chame o diretor. – ele me puxou para fora do refeitório, as meninas vinham logo atrás, mas Tony as repreendeu – Deixa que eu cuido dela, é melhor terminarem o almoço de vocês.
- Andávamos pelo corredor vazio, seu braço estava sobre meus ombros e eu praguejava, chorando.
- Eu odeio aquela bitch, odeio. Por que não cai um raio e a parte ao meio? AAAAAHHH QUE ÓDIOOO! – chutei o armário, fazendo um barulho alto.
- Melissa, calma. Pára de chorar.
- Não dá Antony, você ouviu o que ela falou da minha mãe?
- Pude ouvir, acho que o restante da cantina também. Vem cá... – ele me abraçou forte e eu senti um alívio, ficando mais calma. – quais são seus tempos depois do almoço?
- Só tenho aulas eletivas... – me separei dele, limpando minhas lágrimas.
- Quais são?
- Tenho aula de música, depois artes e por último, educação física.
- Então vem, vamos cabular.
Ele abriu o seu armário e tirou sua mochila, abri o meu em seguida e peguei a minha.
Saímos e por sorte ninguém estava por perto para nos ver, seguimos para o estacionamento e ele tirou a chave do bolso da calça social do uniforme.
O carro piscou, destravando, abri a porta imediatamente.
Ele deu ré e saiu da vaga.
Minutos depois estávamos longe da escola.
- Parece bobeira o que vou falar. Mas…
- O que foi? – ele me olhou curioso.
- Queria que a mamãe estivesse aqui. Queria ficar abraçada com ela.
- Onde ela está?
- No estúdio.
- Sabe onde é?
- Sei. – olhei sorrindo para ele – Perto da Victória Station.
- Então lá vamos nós. – ele dobrou a rua e acelerou.
- Pronto senhorita... – ele falou parando em uma vaga.
- Obrigada Tony, você é o máximo. – sorri e abracei seu pescoço.- O estúdio fica ali. – apontei para uma empresa.
- Vá lá, eu fico te esperando.
- Antes vou nesse café, vem comigo?
- Claro.
Saímos do carro e entramos no local, fui até o balcão e olhei milhares de doces que tinham lá, vi uma bandeja de cupcakes de chocolate, com um chantili de chocolate como cobertura.
- Quer um?
- Não, valeu Mel.
- Dois desses, por favor, pra viagem. – falei para garçonete, que me entregou em uma caixinha. – Obrigada.
- Vai lá... vou ficar aqui no café, acho que vou pedir um sanduíche.
- Tá bom, já volto.

Nem precisei me identificar na portaria, a recepcionista já me conhecia.
Subi até onde estavam sendo tiradas as fotos da minha mãe.
Bati na porta e um rapaz, a abriu.
- Pois não? – falou de uma maneira um tanto quanto afeminada.
- Eh, a Kristen está aí? Sou a filha dela.
- Ah claro, Melissa, desculpe, não a reconheci. – ele abriu a porta mexendo as mãos freneticamente.
- Sem problemas. – sorri simpática.
- Ela está na varanda, está no intervalo.
- Posso ir lá?
- Claro querida, fique a vontade.
- Obrigada. – ri do jeito dela, ops, dele… pois bem, eu ri.
- Cheguei à varanda, silenciosamente. Parei olhando-a ao telefone.
- Eu também tô com saudades mãe... – ela sorria falando com a vovó Jules – estamos todos bem... – me aproximei e ela me viu – mãe, vou ter que desligar, se cuide. Pode deixar que mando beijos a todos. – ela sorriu e desligou o telefone.
- Oi. – levantei a mão mexendo os dedos como um tchauzinho.
- Filha, o que você faz aqui?
Ela se levantou e veio até mim, fiquei olhando-a por alguns instantes.
Nós éramos fisicamente, completamente diferentes.
Meus cabelos eram mais claros, minha pele mais branca, minha sobrancelha mais grossa, meus lábios mais grossos, mas éramos emocionalmente iguais. Uma vez tia Ashley falou que eu estava parecida com a mamãe, perguntei como isso era possível, e ela me falou que o convívio muitas vezes deixa as pessoas parecidas.
Não me contive e a abracei, apertei sua cintura, afundando meu rosto em seu pescoço, adorava seu perfume, me acalmava, sabia que ali eu tava segura, que nada e nem ninguém me atingiria, lágrimas teimosas deixaram meus olhos.
- Hey, calma... – ela me abraçou, passando a mão por meus cabelos – tá tudo bem... – ela me beijava, falando com os lábios colados em minha cabeça – tá tudo bem. – ela me puxou e me fez sentar na cadeira onde ela estava, puxou outra e colocou a minha frente, sentando-se – Aconteceu alguma coisa que queira me contar? – ela falou limpando minhas lágrimas.
- Não. – falei baixo, balançando a cabeça.
- Tem certeza?
- Hum hum... – confirmei – fiquei com saudades – ela sorriu meigamente.
- Não deveria estar na escola?
- Decidi não almoçar na escola, daqui a pouco eu volto. – menti – O Antony veio comigo e ficou lá em baixo. Eu te amo mãe. – falei sentando no seu colo, abraçando-a.
- Eu também te amo filha. – ela beijou minha bochecha e colocou meus cabelos atrás da minha orelha.
- Você está bonita. – soltei um sorriso sem graça, ela vestia uma camisa social branca, com as mangas enroladas até o cotovelo, alguns botões abertos, formando um decote e calça jeans.
- Obrigada princesa. – ela sorriu – Tava querendo colo de mãe né? – sorriu me beijando e me aninhei a ela.
- Era…
- Eu sei que queria. E sei que alguma coisa te fez agir assim. Se não quiser me contar, tudo bem. – ela me conhecia bem demais.
- Foi a Roxane, ela veio me encher e me senti mal por ela ter falado de você.
- O que ela disse? – perguntou beijando a minha testa.
- Que eu não era sua filha verdadeira... – claro que omiti o fato dela ter xingado minha mãe. – posso fazer uma pergunta?
- Claro que pode querida.
- Mãe, a senhora faz alguma diferença entre Thomas e mim, por ele ser seu filho verdadeiro?
- Não. – ela respondeu de imediato – Os dois são meus filhos. Faria qualquer coisa pelos dois. Eu amo muito você e seu irmão.
- Do mesmo jeito?
- Do mesmo jeito.
- Como se ama duas pessoas do mesmo jeito? Não dá.
- Dá sim. O meu amor por você é um amor de companheirismo, sabe? Você é minha princesa, minha menina, é aquela que deita ao meu lado em um domingo de manhã, manhosa. Que quando o pai viaja a trabalho, se muda pro meu quarto pra ficar dormindo comigo... – ela sorriu, eu fazia muito isso, era quase relação entre chicletes. – é a minha Melissa.
- E com o Thomas?
- Ah, com o Thomas é outro nível. Com ele é um amor mais rigoroso sabe? Mais disciplinado. Daquele que a gente não pode dar muita corda, senão ele se enforca. – ela riu. – Eu não posso fazer com ele o que faço com você, senão ele confunde carinho com liberdade e apronta mais do que já é acostumado a aprontar. O Thomas é o meu peralta, que me faz ficar esperta sabe? Enquanto ele tá indo eu já fui e voltei três vezes. O que é isso? – ela olhou para a caixinha.
- Comprei pra gente. – abri e mostrei os cupcakes.
- Nossa, que delícia.
Ela pegou um e eu peguei o outro, nós duas lambemos a cobertura de chocolate e rimos do hábito em comum, abrimos a forminha e comemos o bolo.
- Eu te amo, mãe, muito mesmo.
- Eu também filha.
- Com licença... – uma senhora de cabelos enrolados e ruivos apareceu – desculpe incomodar...
- O que é isso Violet... – mamãe falou – essa é minha filha, Melissa. Mel essa é a fotografa da campanha, Violet.
- Prazer. – a cumprimentei.
- O prazer é meu. – ela sorriu – Não queria incomodar esse momento lindo de mãe e filha, mas precisamos continuar, Kristen. – falou simpática.
- Ah claro.
- Melissa, o que acha de tirar algumas fotos com sua mãe?
- Posso? – perguntei olhando pra mamãe.
- Você quer? – mamãe me sorriu com os olhos, acho que só ela conseguia fazer isso. Confirmei com a cabeça – Por mim tudo bem Violet.
- Ótimo. – a ruiva falou – Jack. – ela chamou e o rapaz “rebolativo” veio em nossa direção.
- oi querida.
- Jack, arrume a Melissa por que ela vai tirar algumas fotos com a mãe. Quero que a deixe com o mesmo look que Kristen, por favor.
- Ok, vamos princesa. – olhei pra mamãe e o segui.
- Não passe muita maquiagem nela Jack. – minha mãe o recomendou.
- Exatamente... – a fotografa disse – quero-a com cara de menina.
Ele me puxou para dentro de um camarim.
- Tire esse blazer e a gravata, querida. Vamos trocar essa saia por uma calça, ok?
– ele olhava em uma arara de roupas – Qual número você veste?
- Trinta e oito. – respondi tímida.
- Perfeito, aqui está... – ele me passou um jeans. – vista isso e tire essa meia calça e o sapatinho de boneca também, fique descalça.
Fiquei esperando ele sair do camarim, mas ele não saiu, fiquei meio tímida em mandá-lo sair de lá.
- Ah relaxe querida, eu jogo no mesmo time que você... – falou rindo – não curto meninas. – forcei um sorriso. – Tá bom, eu saio.
Ele saiu e tirei a saia, a meia calça e o sapatinho preto do meu uniforme, vesti o jeans e avisei que ele podia voltar.
- Deixa eu arrumar essa blusa. – a camisa do meu uniforme era social e branca, não tinha nenhum símbolo ou coisa do tipo, apenas uma camisa social, ele abriu alguns botões e dobrou as mangas até o cotovelo, iguais as que estavam com minha mãe. – Sente-se aqui querida.
Ele passou uns cremes do meu cabelo, e passou a escova, espalhou a base por meu rosto e pó, uma sombra clara e um lápis nos olhos bem delicado, por último um gloss cor de boca. Ele me liberou e eu saí do camarim voltando ao estúdio.
- Nossa você está linda filha. – mamãe falou assim que entrei no local.
- Melissa... – a fotógrafa chamou. – sente-se aqui. – mamãe estava sentada no chão, sentei em sua frente, de costas para ela, suas pernas ao meu redor, encostei minhas costas em seu peito e ela me abraçou. – Incline sua cabeça e feche os olhos, como se estivesse dormindo. – assim eu fiz – Kristen, encoste sua cabeça na dela e feche seus olhos, quero um sorriso leve seu Kristen, Melissa não precisa sorrir.
Senti o flash contra minhas pálpebras e mudamos de pose.
Desci depois de uma hora com minha mãe.
Já me sentia mais calma, bem mais calma.
- Caramba, achei que não fosse sair mais de lá... – Tony se levantou e veio em minha direção.
- Desculpe Tony.
- Nossa... – ele reparou em meu rosto e cabelos arrumados. – você está linda.
- Obrigada, tirei algumas fotos com a mamãe. – sorri.
- Que ótimo. Então, vamos?
- Vamos. – seguimos para a sua casa, ficaríamos lá até dar a hora de terminar a aula, não poderia chegar em casa cedo, se não os empregados me dedurariam e ainda tinha o ensaio, que saco, não estava com cabeça para ensaiar. – Antony... – falei assim que entramos no quarto dele, ele ligou o computador e eu sentei na beira da sua cama, ligando a TV.
- Fala… – jogou o paletó do uniforme sobre a cadeira do computador, junto com a gravata.
- Não tô com clima pra ensaio hoje... – falei com cara de pena. Ele puxou a cadeira do computador e colocou a minha frente.
- Quer que eu cancele o ensaio? – suas mãos estavam sobre meus joelhos e eu confirmei com a cabeça. – Vou mandar uma mensagem pra galera então. – ele beijou minha testa e pegou seu celular, digitou algumas coisas e o deixou sobre a mesa. – Pronto.
- O que você falou?
- Que tivemos um problema na escola e que não ia dar pra ter ensaio hoje.
- Valeu. – ele me olhou e sorriu. – Cadê a música que você queria que eu cantasse?
- Ah é essa aqui. – ele me passou o papel com a letra e colocou seu violão no colo, tocou algumas notas e começou a cantar, eu o acompanhei, conhecia aquela música, já havia escutado com meu pai.
Pov off 

Melissa e Tony passaram a tarde toda juntos, cantando algumas músicas, jogando videogame e mexendo na internet.
– Então, você gostou da música que te mostrei, pra você cantar? – Tony perguntou tomando uma Coca-Cola.
– Acho a letra dessa música um pouco tensa demais. Mas eu gosto da melodia.
O celular de Melissa tocou, assustando-a, ela o tirou de dentro de sua mochila e atendeu.
– Alô?
– Mel…
– Oi Thomas, aconteceu alguma coisa?
– Sim, to precisando de você.
– O que houve? Algum problema? – Tony a olhava curioso.
– Já tá ficando tarde, nem o papai e nem a mamãe chegaram, os empregados já foram e eu tô sozinho em casa, tô com fome.
– Oh meu Deus... – ela falou rindo – está bem maninho, já vou pra casa ok?
– Tá bom. – ela desligou o aparelho e pegou sua mochila e o blazer.
– Algum problema?
– Não, mas Thomas está sozinho em casa e eu preciso ir.
– Nossa, já vão dar oito horas, perdemos o horário completamente.
– Verdade. – ela sorriu tímida.
– Eu te deixo em casa, vamos.
– Valeu.
Alguns minutos depois, Melissa entrou em casa, Thomas estava na sala, vendo TV, com um saco de pipoca de microondas nas mãos e uma latinha de Coca-Cola na outra.
– Já vi que deu um jeito na fome.
– Não, só tô enganando o estômago.
– Então faz uma coisa, pega uma panela, coloca metade dela de água e põe no fogo, vou deixar minhas coisas lá em cima e já volto. Vou fazer macarrão com queijo pra gente, beleza?
– Beleza. – ele correu pra cozinha e Melissa foi para seu quarto.
Melissa livrou-se da gravata, da mochila e dos sapatos da escola, calçou um chinelo e voltou para cozinha.
Quando chegou lá a água já estava no fogo fervendo, pegou um pacote de macarrão parafuso e jogou na água quente.
Alguns minutos depois, o jantar já estava pronto.
Macarrão com queijo, o prato preferido dela e de Thomas, o único que ela sabia fazer e só o que Kristen havia ensinado a ela.
– Thomas, vem, já tá pronto. – colocou os talheres na mesa, tirou da panela algumas colheradas de macarrão, servindo seu prato e do irmão. – Pega alguma coisa pra gente beber na geladeira. – falou para o menino que entrava na cozinha.
– acabou a Coca-Cola. – ele falou observando as prateleiras da geladeira.
– O que tem aí?
– Suco de maçã, chá gelado e soda.
– Quero soda.
– Tá bom. – Thomas pegou a latinha de soda e a caixa de suco de maçã, entregou a lata para a irmã e pegou um copo na prateleira, enchendo-o de suco e devolvendo a caixa para a geladeira.
– Só você e a mamãe gostam disso. – falou referindo-se ao suco.
– E só você e o papai gostam de chá gelado. – ele riu.
– O lado americano e britânico da família. – Melissa falou brincando e dando a primeira garfada na comida. Seu telefone tocou e ela atendeu – Alô?
– Melissa? – era Willian – Podemos nos ver agora?
– Ohh, oi Cindy, não, acho que não. – falou olhando para Thomas.
– Não Melissa, sou eu Willian. Ah já entendi, tem alguém aí perto de você, não é?
– Tô jantando com o Thomas, amanhã a gente pode sair se você quiser, depois da aula Cindy, o que acha.
– Tá bom linda, te pego amanhã na escola. Beijos.
– Beijos, até amanhã. Tchau.


Continua…

Que bonitinho a Mel cozinhando pro irmão. É legal ver a família que Rob e Kris construíram. A interação deles, o carinho, a preocupação. Adorei ver a Mel defendendo a mãe. E o relacionamento dela com a Kris também é muito bonito. Espero ver mais desses momentos fofos. Beijos e até amanhã. 
Compartilhar:
← Anterior Proxima → Home

1 comment:

  1. Adorei honey fiquei super emocionada!! Ate amanha beijusculo

    ReplyDelete

Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...