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Thursday, January 05, 2012

FANFIC - LOVE YOU'TILL THE END - CAPÍTULO 30


Oi gente! O capítulo de hoje está muito romântico... apesar dos acontecimentos do início. Curtam muito.

Título: Love you´till the end
Autora(o): Janni
Shipper: Robsten
Gênero: Romance/Drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Sexo; heterossexualidade

Love You´till The End
By Janni

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 30

Pov off

A campainha soou pelos corredores de uma das escolas mais tradicionais de Londres, Melissa saiu da aula de matemática, acompanhada por suas amigas, que conversavam animadas, enquanto sua cabeça estava longe.
- Então, vocês vão lá pra casa, se arrumar? – Cindy perguntou.
- Não, vou me arrumar em casa, papai quer dar sermão no Petter, quando ele for me buscar. – Lucy falou – Nem acredito que o Petter me chamou pro Baile.
- Eu nem acredito que seus pais te deixaram ir pro Baile... – Michelly zombou – bom, como eu vou com meu namorado, não faz muita diferença, mas minha mãe quer tirar fotos e tal. Sinto muito Cindy.
- E você Melissa, vai se arrumar lá em casa? – a menina não respondeu – Melissa?
- Hã? Ah não, desculpa Cindy, mas não vou ao baile.
- Não acredito.. ainda com isso…? Vai ser divertido Mel. – Cindy tentou animá-la.
- Pra você que tem par. Eu vou com quem? Com meu irmão mais novo? Ninguém me convidou Cindy…
- Nem o Antony?
- Eu não iria com ele, e não, ele não me convidou.
- Que eu saiba, ele não convidou ninguém. – Michelly falou.
- Eu falei com ele... – Lucy falou colocando suas coisas no armário – parece que vai viajar com os pais esse final de semana, para visitar o irmão que está estudando em Cambridge.
- Humm… bom preciso ir meninas, bom baile hoje a noite… 

Melissa deixou as amigas para trás e seguiu para fora do seu bloco, onde encontrou o irmão, foram juntos para o estacionamento, esperar Robert…
- Caralho, cadê a luva? – um grupo de meninos se preparava para a aula de baseball.
- Essa aqui man? – Antony pegou no chão.
- Poh valeu Tony, essa mesma. E então, viaja que horas? 
- Eu não vou. Não tô com clima pra viajar com a família, vou me enfurnar em casa. – ele rebatia o ar com o bastão de baseball.
- Vai pro baile?
- Com quem cara? – Tony falou brincando.
- Pensei que você fosse chamar a Melissa.
- Pensei em chamar, mas ela tá bala da vida comigo.
- Por causa daquilo que você falou pra ela?
- Exatamente, até da banda ela saiu…
- Cara, desculpa, mas acho que essa menina é louca. Porra, qualquer menina ficaria super feliz de ouvir uma declaração das que você fez pra ela, mas não, a doida saiu correndo. Tá isso tá soando gay, eu sei. Mas porra, não me conformo, sério mesmo…
- Eu também não, mas ela está me evitando, então, fazer o que não é? Vamos logo pro campo antes que o treinador apareça e arraste a gente. 
Ao chegar ao estacionamento, Melissa sentiu suas pernas congelarem.
Willian estava encostado no carro, com cara de poucos amigos, deu alguns passos em sua direção.
Melissa olhou para o lado, para o irmão, que procurava o carro do pai pelo estacionamento.
- Precisamos conversar. – ele falou segurando o braço da menina.
- Hey maluco, solta minha irmã! – Thomas empurrou o rapaz alto, com toda a força que tinha, fazendo-o dar apenas dois passos para trás.
- Cai fora pirralho. – Willian riu, empurrando o menino, que caiu no chão.
- Sai daqui Willian, e deixa meu irmão em paz. – Melissa ordenou, levantando o irmão.
- Ok, eu deixo o pestinha em paz, mas você vai conversar comigo.
- Mandei você largar minha irmã. – Thomas largou a mochila no chão.
- E se eu não largar fedelho?
- Você vai se arrepender, você vai se arrepender…
Thomas saiu correndo, as pessoas já se acumulavam no estacionamento, vendo a discussão de Melissa e Willian.
- ANTONY… ANTONY – Thomas gritou invadindo o campo de baseball.
- Hey menino, saia daí. – o treinador gritou.
- Antony... – Thomas chegou ofegante ao lado de Tony, que estava em uma das bases, pronto para rebater.
- Hey cara o que houve? – ele olhava assustado o menino loiro.
- A Melissa... – tentou pegar fôlego, mas sua garganta ardia.
- O que tem a Mel, Thomas? – Tony falava nervoso.
- Um cara ta querendo levar ela, no estacionamento. – ele apontava para o local, nervoso.
- GALERA, GALERA – Tony gritava para os outros jogadores. – CORRE PRO ESTACIONAMENTO, CORRE.
Todos saíram correndo para o estacionamento, ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo, mas sabiam que boa coisa não era.
Thomas correu atrás deles, com um taco de baseball nas mãos, assim como os outros.
- Anda logo Melissa, entra no carro… – Willian já parecia nervoso.
- JÁ FALEI QUE NÃO VOU.
- LARGA ELA OU ENTÃO… – Antony gritou, chegando primeiro no local, segurando um taco de baseball.
- Ou então o que franguinho? Vai me bater? Você e mais quem?
- Eu e eles? – Tony falou calmo, encarando o universitário. – Por quê? Acha que não damos conta?
Willian soltou o braço de Melissa e observou Antony e os outros jogadores, todos de boné, alguns sem nada nas mãos, de braços cruzados, obrigando os músculos a ficarem maiores, outros rodopiavam o taco de baseball intimidando Willian.
Melissa sentiu seu coração acalmar.
Um carro parou atrás de Willian e ela reconheceu a Mercedes. 
- PAI... – Thomas gritou – PAI, AQUELE CARA, AQUELE CARA PAI. – o menino falava em frente a Robert, nervoso – TÁ QUERENDO FAZER MAL A MELISSA.
- O que? 
Robert uniu as sobrancelhas e olhou a cena no estacionamento.
De um lado, um grupo de mais ou menos dez meninos a frente deles, Antony, a maioria com tacos de baseball em mãos. Do outro, um rapaz que ele não conhecia, perto dele, Melissa, chorando desesperada.
- O que você quer com minha filha? – ele falou autoritário, olhando Willian por cima.
- Filha? Ela é sua filha? – Willian falou nervoso ao reconhecê-lo.
- Claro… o que quer com ela?
- Na…nada…
- Ele queria levá-la a força senhor Pattinson. – Antony falou aproximando-se de Robert.
- Não, não... – Willian falou nervoso – eu só queria conversar com ela.
- Melissa, você tem alguma coisa pra conversar com esse rapaz?
- Não. – sua voz saiu em um sussurro 
- Então entre no carro…
- Mas pai…
- Agora Melissa… você também Thomas.
- Eu quero dar uma porrada nele pai.
- Entra no carro Thomas Pattinson. Melissa entrou no bando de trás e Thomas no da frente. – Fique longe da minha filha. Quantos anos você tem? Vinte? Sabe que ela só tem quinze anos? Quer ser processado por assédio? Com certeza não, então fique longe da minha filha, entendeu?
- Eu também posso processá-lo, está me ameaçando. – Robert riu sem humor ao ouvir o que Willian falava.
- Só para você saber, meu rapaz. Você sabe onde você está? Está vendo esses jovens? – Robert apontou para os adolescentes que aglomeravam-se no estacionamento. – Você está na melhor escola da Grã-Bretanha, melhor, a melhor escola do Reino Unido. Aqui estudam os filhos de pessoas importantes. Tenho certeza que nenhum dos pais dos filhos aqui presentes, vão se recusar a deixar o filho testemunhar contra você. Todos viram você ameaçando a minha filha. E então, o que acha?
- Vou embora. – Willian resmungou.
- É bom ir mesmo. – Antony falou ao lado de Robert.
- Você me paga moleque. Willian falou dentro do carro, apontando para Tony.
- Vá embora rapaz. – Robert ordenou, Willian acionou o vidro, que subiu, separando-o de Robert, deu partida e saiu da escola.

Robert Pov

O ódio estava me consumindo, eu sabia que estava acontecendo alguma coisa com Melissa, eu sentia que estava.
Fui calado o caminho todo de volta para casa, a ira me tirava o foco, sentia meus olhos em chama.
Thomas percebeu a tensão e não falou nada, Melissa chorava baixo no banco detrás do carro, soluçando. Mas aquele choro não me comovia, estava transtornado.
Kristen com certeza sabia de tudo e não me falou nada.
Chegamos em casa e Melissa foi a primeira a sair do carro, correu para dentro de casa, eu fui alguns passos atrás dela e Thomas por último.
Entrei em casa e a vi correr para Kristen.
- O que houve Mel?
- Papai vai me matar. – ela falou chorando, escondendo-se atrás de Kristen.
- VOCÊ SABIA, NÃO SABIA?
- O que? – me assustei com o tom de voz de Robert.
- ANDA MELISSA FALA, QUEM ERA AQUELE MENINO, O QUE ELE QUERIA COM VOCÊ? – puxei Melissa pelo braço, de trás da Kristen.
- Ele queria levar a Melissa a força. – Thomas falou.
- Vai pro seu quarto Thomas. – falei para ele.
- Mas eu quero…
- VAI PARA O SEU QUARTO THOMAS STEWART PATTINSON.
- Thomas, sobe, sobe agora... – Kristen falou nervosa e Thomas subiu as escadas. – Robert, calma, solta a menina.
- ANDA MELISSA FALA – ordenei largando-a sobre o sofá, e ela caiu sentada. – VOCÊ ESTÁ SAINDO COM ELE, NÃO ESTÁ?
- Não, pai, não tô. – ela chorava desesperada.
- FALA A VERDADE MELISSA…
- PÁRA ROBERT, VOCE NÃO VAI GRITAR COM A MINHA FILHA ASSIM. ELA ESTAVA SAINDO COM ELE SIM, EU SABIA DE TUDO. E SEI TAMBÉM QUE ELA COLOCOU O PONTO FINAL NA RELAÇÃO DOS DOIS.
- E VOCÊ SE JULGANDO A SUPER MÃE, ACEITOU TUDO NÃO FOI? OLHA NO QUE DEU KRISTEN? O MENINO APARECEU NA ESCOLA DA SUA FILHA QUERENDO ARRASTÁ-LA DE LÁ, SABE-SE LÁ PRA ONDE PARA TER UMA “CONVERSINHA”.
- Ele fez alguma coisa com você? – Kristen falou com Melissa, me ignorando.
- ESPERO QUE NÃO, POR QUE SE TIVER FEITO JURO QUE AQUELE MOLEQUE VAI VIRAR CINZAS HOJE MESMO.
- ROBET, CHEGA… PARA DE GRITAR, VOCÊ ESTÁ ASSUSTANDO A MELISSA. VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR NADA NO GRITO.

Kristen´s Pov

- Está mais calmo? – falei me aproximando dele que estava sentado em uma espreguiçadeira ao lado da piscina.
- Não. – ele respondeu sério, olhando fixamente a água azul. – Por que não me falou?
- E o que você teria feito?
- Proibido-a de sair com esse cara, claro.
- Rob... – soltei um riso pelo nariz – por isso não te contei. Proibir? O que ganharíamos em proibi-la de fazer algo?
- Não ganharíamos dor de cabeça.
- Muito pelo contrário. Ela iria fazer as escondidas, era isso que você queria?
- Claro que não.
- Então? Tem jeito melhor de manter seus filhos seguros além de saber todos os seus passos? – ele me olhou, parecia mais calmo – A Melissa me conta tudo Robert, talvez ela omita algumas coisas, claro, ela tem quinze anos, mas tenho certeza que conheço muito bem minha filha e confio nela. Sei tudo o que se passa na vida dela.
- Ela não tem essa confiança em mim… – ele falou triste.
- Tem sim, só que o problema é que ela tem medo, medo de ouvir seus gritos. Robert, você precisa confiar mais na Melissa. Ela já nos deu motivo para desconfiarmos dela?
- Não…
- Então? Por que a trata dessa forma?
- Ela é minha menina, Kristen, minha princesa. Não suportaria ver nenhum menino fazendo mal a ela.
- Só que a nossa menina, Robert, está crescendo. Ela tem que se defender sozinha, e acredite, ela sabe se defender.
- Eu não queria que ela crescesse.
- Eu também não. – sorri – Queria que ela e Thomas continuassem crianças, mas eles precisam crescer e nós precisamos deixá-los crescer. – ele respirou fundo e me olhou.
- Eu não tô pronto para isso. – ele falou soltando um riso pelo nariz e balançando a cabeça negativamente.
- Eu também não.
- Mas você lida com tudo isso bem melhor que eu.
- Na verdade não. Eu só não me esqueci de quando eu tinha quinze anos.
- Esse é o problema Kris, eu aprontei muito com quinze anos.
- Posso imaginar. – eu ri – Então deixe-a aprontar, se ela cair, pode ter certeza que ela vai ter forças para levantar. – passava os dedos em seus cabelos dourados, sentado ao seu lado. – Mais calmo? – beijei sua bochecha.
- Bem mais…
- Que tal tomar um copo d’água para se acalmar mais e ir falar com sua filha?
- Acho que vou fazer isso mesmo.
- ROB… – chamei enquanto ele se distanciava.
- Oi. – ele se virou e me olhou.
- Conversa de boa com ela ok? – ele voltava para perto de mim – Não grita ou coisa parecida, não seja tão severo. Você não é severo. Abra seu coração pra ela, só isso.
- Vem cá. – ele estendeu a mão e eu a segurei, levantando-me – Fique tranqüila ok? Vou deixar o meu ciúme de lado e conversar numa boa com ela. – ele me deu um selinho e eu fechei os olhos.
- Tá.
Sorri e fechei meus olhos, quando percebi seu rosto se aproximando do meu.
Nossos lábios se tocaram com delicadeza, suas mãos corriam por minhas costas, carinhosamente. Sorri quando ele me abraçou mais forte e parou nosso beijo com alguns selinhos.
- Boa sorte. – falei tocando seu rosto.
- Eu vou precisar. – ele me deu mais um selinho e se afastou, voltando para dentro de casa.

Robert´s Pov 

Eu respirava cada vez mais fundo a cada degrau que eu subia em direção ao segundo andar da casa.
Parei em frente ao quarto dela e bati duas vezes na porta.
E pude ouvir sua voz do outro lado, preocupada.
- Entra... – falou baixo e eu abri a porta. – eu tô de castigo por quanto tempo? – ela falou assim que fechei a porta atrás de mim. – Pai, por favor, acredita em mim, eu não…
- Shiii, Mel… – falei calmo aproximando-me de sua cama, sentei à sua frente e ela deixou o livro ao lado, suas pernas cruzadas, com os joelhos dobrados, ela segurava os pés, nervosa. – eu só vim conversar com você. Eu não sei como começar. – falei rindo sem jeito, olhando para o chão.
- Do começo? – ela deu de ombros e riu.
- É, do começo. – falei com minha voz quase sumindo – Hoje eu senti tanto medo quando te vi chorando, foi uma mistura de medo, ódio, sei lá... – respirei fundo quando percebi que minha voz ficava alterada.
- Desculpa. – ela sussurrou.
- Não precisa se desculpar. – toquei seu joelho dobrado – Você… – mordi os lábios – você tem noção do quanto você é importante pra mim, não tem? – ela balançou a cabeça positivamente – Eu acho que eu sou o grande errado dessa bagunça toda.
- Você pai? Por quê?
- Eu sempre tive você só pra mim. Bom, pelo menos até os quatro anos de idade, que foi quando a Kristen apareceu e arrumou as nossas vidas, não é?
- É... – ela riu – nossa vida era um pouco bagunçada quando éramos sozinhos.
- Você lembra? – ela balançou a cabeça positivamente, rindo.
- Lembro, de poucas coisas, mas lembro.
- Eu sempre tive essa sensação de posse sobre você. E só em pensar que você está crescendo, e que daqui a alguns anos vai ter sua vida completamente independente da minha, nossa filha, isso me apavora.
- Pai… ele, ele era meu namorado. – ela falou de cabeça baixa – Pai eu gostava tanto dele, tanto... – seus olhos se encheram de lágrimas – mas ele foi um idiota, um completo idiota. Eu pensava que ele era o homem da minha vida. – eu ri pelo nariz.
- Filha... – tirei meus sapatos e encostei ao seu lado na cabeceira da cama, os braços sobre seus ombros e sua cabeça em meu peito. – você ainda é uma menina, você ainda vai conhecer tanta gente até encontrar o homem da sua vida... – ela me olhou sorrindo e eu beijei sua cabeça – e lembre-se de uma coisa, apenas um homem no mundo vai amar você completamente, amar até os seus defeitos, sabe quem é?
- Meu verdadeiro amor?
- Não... – sorri – eu... – apontei para meu peito – seu pai… eu serei o único que vai te amar completamente, sempre vai estar ao seu lado, mesmo você estando errada. Nem um amor verdadeiro consegue ser maior que o meu.
- Então quer dizer que nem o amor que você sente pela mamãe é maior que o amor do vô John?
- Com toda certeza…
- Você não ama os defeitos dela? – falou rindo.
- Tá louca? – brinquei – Experimenta dividir o quarto com sua mãe quando ela tá de TPM. – Melissa riu alto, tampando a boca com as mãos.
- Vou contar pra ela. – falou rindo.
- Não, pelo amor de Deus, quer ficar órfã de pai, menina? – brinquei.
- Eu te amo pai.
- Eu também princesa. Posso fazer uma pergunta?
- Claro…
- Por que saiu da banda?
- Ah… a banda... – Melissa pareceu triste – descobri que Antony gosta de mim e decidi me afastar.
- Nossa… às vezes acho que você é filha de sangue da sua mãe sabia? Ela agiu exatamente do mesmo jeito antes de namorarmos.
- Pai, quando você soube que a mamãe era a mulher da sua vida?
- Quando eu soube? Quando os meus pensamentos ao acordar iam direto nela, quando eu me esquecia de tudo e me contentava só em ficar olhando-a do outro lado do set, quando eu sentia seu cheiro em toda parte, quando as outras mulheres desapareceram e pra mim só existia ela.
- Nossa, isso é lindo. – ela riu sem jeito.
- É… é lindo. – eu ri – Quer um conselho? – ela deu de ombros e me olhou – Volta pra banda e volta a ser amiga do Antony, tenho certeza que ele está sofrendo muito com você longe dele.
- Como sabe?
- Se ele não estivesse sofrendo, não teria te defendido hoje na escola. Tenho certeza que ele prefere você como amiga, do que não tê-la por perto.
- Vou pensar no caso.
- Vai sair com as meninas hoje? – perguntei já me levantando.
- Não, hoje é o baile da escola.
- E você não vai?
- Não, ninguém me chamou e quem eu tinha pra ir, que seria o Willian, é um perfeito idiota.
- Humm… quer que eu vá com você?
- Pai... – ela riu – ninguém vai ao baile com o pai como par.
- Você pode começar a moda. – ri.
- Não, valeu… isso não seria chamado de moda nos corredores da escola.
- Então tá, vou te deixar sozinha. – beijei o topo de sua cabeça. Virei meu corpo em direção a porta.
- Papai... – sorri ao ouvi-la me chamar daquele jeito, virei e por um instante imaginei a menininha de três anos que tinha medo de raios. – eu te amo.
- Eu também filha, mais que tudo.

Pov Off

Em outro canto de Londres, em uma casa silenciosa, Antony esperava o seu MSN conectar, foi até a cozinha e pegou uma lata de Coca-Cola e subiu.
Quando voltou, uma janela já estava aberta.
Lucy ^^ diz: não foi viajar?
Tony diz : não, não tinha clima pra pegar estrada. Não vai ao baile?
Lucy ^^ diz : tô esperando o Petter. E você, vai?
Tony diz : você sabe que não. E a Melissa como está? Sabe de alguma coisa dela? 
Lucy ^^ diz : não, fiquei com medo do pai dela está furioso. Posso falar uma coisa?
Tony diz: pode.
Lucy diz: Larga de ser idiota Tony, vai atrás da Melissa, não liga para o que ela falou, até parece que você não a conhece, ela é insegura. Ela gosta de você Tony, faz alguma coisa, você vai perder ela. Bom… vou indo, o Petter chegou. Bye… e surpreenda-a. 
Antony ficou olhando a tela da amiga que já estava off.
Surpreenda-a.
Mil coisas passaram e sua cabeça, olhou no relógio, se ele fosse rápido, daria tempo.

Robert, Kristen, Thomas e Melissa já haviam jantado, pizza para a alegria de Thomas, estavam todos na sala de vídeo, assistindo a um filme.
Thomas deitado no chão, Kristen no sofá, com a cabeça de Robert deitada sobre seu peito, dando-lhe cafuné, Melissa com a cabeça sobre suas pernas, também ganhando caricias da mãe. Até que a campainha tocou.
- Deixa que vou atender. – Robert levantou e foi em direção a porta.

Antony´s Pov 

Eu sou um idiota, um complete idiota.
Na verdade idiota não, covarde.
Me arrumei e estou dentro do carro há quinze minutos em frente a casa dela, vestindo um paletó preto, uma camisa branca para fora da calça e dois botões abertos.
Olhei para o banco do passageiro ao meu lado, doze rosas vermelhas, amarradas com uma palha, algumas folhas completavam o arranjo.
Por sorte achei uma floricultura aberta a essa hora.
- Vamos Antony, larga de ser frouxo.
Respirei fundo e fui em direção a porta de sua casa com as flores nas mãos.
Toquei a campainha e ninguém atendeu.
Apertei de novo e logo em seguida o senhor Pattinson abriu a porta e eu fiquei mudo.
- E aí Antony… cara, tá certo que sou meio nervoso, mas eu não mataria minha filha, você sabe, não sabe?
- Hã? – não entendi.
- Qual a dessa roupa, o enterro não é aqui não. – ele brincou e eu senti minhas pernas começarem a tremer.
- Não, não... – forcei um sorriso – eu vim falar com a Mel, posso?
- Claro… mas antes, pare de tremer ok? – ele riu e eu sorri amarelo – Entre. – ele me deu espaço – Mel, visita pra você. – ele chamou e eu fiquei parado.
- Pra mim? – ela apareceu em minha frente, vestindo uma camiseta, calça de moletom e os cabelos loiros estavam úmidos. – Tony? O que faz aqui? Por que está vestido desse jeito?
Vi sua Mãe e seu irmão aparecerem logo atrás dela, o senhor Pattinson foi para junto da esposa e nos observava. Ok, respira Antony.
- Vim… vim te pegar para o baile.
- Baile? Não, eu não vou.
- Não vai? – senti o desespero tomar conta – Poxa, esse vai ser o meu último baile sabia? Tô no último ano, ano que vem não faço mais parte da escola. Acho que você deveria ir comigo. Eu gostaria de ir com uma pessoa de quem eu realmente gostasse.
- Está me chantageando? – ela colocou as mãos na cintura.
- Não… bom, acho que sim. – ri.
- Não posso ir com você?
- Por que não?
- Você não me convidou, Antony – ela sorriu, um sorriso que eu amo.
- Bom, se esse é o problema... – me aproximei dela com as rosas vermelhas em mãos – Melissa, quer ir ao baile comigo? Por favor?
- Posso? – ela olhou para trás, pedindo permissão dos pais.
- Pode – o senhor Pattinson falou e a senhora Pattinson sorriu.
- Aceito. – ela sorriu.
- Pra você. – entreguei-lhe meu presente.
- Nossa, obrigada, são lindas. – ela beijou meu rosto e senti minha pele queimar – Bom, vou me arrumar, acho melhor você sentar, vai demorar um pouco.

Melissa pov

Eu literalmente voei para meu quarto, minha mãe chegou segundos depois, ela foi colocar as flores em um vaso, e quando entrou em meu quarto, eu secava meus cabelos com um secador no máximo.
- Mãe e agora? Eu não posso ir, não tenho mais vestido. E nenhum dos que eu tenho serve para ir ao baile... – meu coração disparava.
- E você acha que eu joguei aquele vestido lindo no lixo? Jamais. Aqui está. – ela me mostrou a sacola e eu dei graças a Deus. – Vá se arrumando, eu pego suas sandálias e arrumo sua bolsa.
- Obrigada.
- Onde estão as coisas para eu colocar dentro da sua bolsa?
- Dentro da minha bolsinha preta, no closet.
- Passei um baby liss no cabelo, rápido, só para dar volume, tirar o liso do dia-a-dia e bagunçá-lo um pouquinho. Passei uma maquiagem escura nos olhos, o que deixou meus olhos mais azuis. Um brilho nos lábios e eu estava perfeita. Minha mãe fechou meu vestido e pronto.
- Aqui está sua bolsa.
- Ai mãe, ele é tão fofo, mal acredito que ele fez isso. – sorria boba – O Tony é o máximo.
- Máximo e fofo? – ela me olhava desconfiada – Esqueci de colocar uma coisinha na sua bolsa, já volto.
Terminei de calçar minha sandália e ela voltou com a bolsa e um sorriso nos lábios.
- O que foi?
- Nada… vamos se não o Tony vai embora.
- Não… claro que ele não iria embora. Estou bonita?
- Linda.
Desci as escadas e meu salto me impedia de ser discreta.
Logo meu pai e Tony apareceram, e ambos ficar boquiabertos.
- Nossa, você está linda! – Tony falou dando um passo a frente e me esticando a mão, quando chegue a um dos últimos degraus.
- Obrigada.
- Pode ficar tranqüilo senhor Pattinson, eu vou cuidar dela. – ele falou segurando minha mão.
- Eu sei que vai Antony. Boa festa.
- Obrigada pai.
- Você está realmente linda. – ele falou assim que meu pai fechou a porta atrás de nós.

Kristen Pov 

- Ficou com ciúmes? – eu falei abraçando a cintura de Robert e alcançando sua boca com um selinho.
- Não. – ele riu me abraçando – Eu gosto do Tony, confio nele.
- Isso é ótimo…
- Por quê? – ele beijava meio queixo.
- Nada, instinto feminino. – eu ri.
Robert me puxou para um beijo, cada vez mais apaixonado, sua mão em minha nuca, enquanto a outra descansava no final de minha coluna, trazendo meu corpo mais junto ao seu, nossas línguas se entrelaçavam perfeitas.
- Hey... – Thomas falou atrás de nós, com os braços cruzados irritados – vão ficar se beijando ou vamos terminar de ver o filme?
- Cara... – Robert falou sem deixar de me abraçar – não tem nenhuma casa de coleguinha pra você ir jogar videogame não?
- Não…
- Não tá a fim de jogar basquete, treinar suas cestas, sozinho?
- Não. – ele olhava sério.
- Thomas, você tá precisando de uma namorada, sério mesmo, fica empatando o namoro dos outros, menino.
- Robert, não fala assim... – dei um tapa em seu braço – vamos terminar de ver o filme filho….

Melissa Pov 

Tony parou o carro no estacionamento e saiu do veículo, abrindo a minha porta e me ajudando a sair.
- Obrigada.
- De nada linda. Vamos?
- Claro.
Ele colocou o braço em volta de minha cintura e fomos em direção ao salão da escola, várias luzes coloridas iluminava o local.
Entramos e tiramos uma foto juntos.
- Olha as meninas ali. – ele apontou para um grupo de pessoas.
- Melissa! – Cindy falou assim que me viu – Nossa nem acredito que você veio. Veio com o Tony né? Já rolou beijo?
- Cala a boca Cindy… – eu ri e cumprimentei os outros.
- Quer um refri Mel?
- Quero, por favor.
- Já volto. – ele beijou minha bochecha e se distanciou.
- Humm... – as meninas fizeram um coro e me deixaram com vergonha – tá namorando, tá namorando.
- Fiquem quietas.
- Vamos dançar com nossos pares, nos vemos na pista. – Michelly piscou o olho.
- Beleza. – Tony voltou com dois copos me entregou um. – Obrigada – sorri, mordi meu lábio inferior e dei-lhe um selinho, fiquei super tímida depois disso.
- Tudo bem, não precisa ficar vermelha... – ele sorriu, segurando meu queixo. Ele se aproximou e encostou nossos lábios por alguns segundos – vamos dançar?
- Vamos. – sorri.
Dançamos várias músicas, eu era tímida, não era muito de dançar, mas estava tão divertida a noite com ele, eu não me importei.
O DJ colocou uma música mais lenta, seus braços abraçaram minha cintura e meus braços envolveram seu pescoço.
- Tô adorando tá aqui com você. – ele beijou meu nariz e eu sorri.
- Eu também, está divertido.
- Pensei que você não fosse aceitar vir comigo.
- Por que não aceitaria?
- Por que me evitou durante os últimos dias.
- Não ligue pra isso, por favor, sou uma idiota.
- Hey, não se xingue... – ele me deu um selinho e eu sorri – você não é idiota.
- Hey Mel... – Cindy me puxou – vem ao banheiro comigo?
- Poh Cindy, eu e a Mel estamos no meio de uma dança, larga de colocar areia no sabonete dos outros.
- Ahh, não vou roubar ela não, chato, vamos Mel. – ela me puxou.
- Já volto. – beijei seus lábios rapidamente e ele sorriu, assentindo.
Cindy entrou em uma das cabines e eu fiquei em frente ao espelho, passei as mãos em meus cabelos e decidi retocar meu gloss. Abri a bolsa e levei um susto.
Que diabos aquilo fazia ali? Minha mãe é louca, definitivamente, olhei e tinha um bilhete dentro, peguei o papel e li.
“Talvez precise disso, se divirta com responsabilidade. Beijos, mamãe.”
Minha mãe é doida, definitivamente. Cindy saiu da cabine e eu fechei a carteira rapidamente, ela se arrumou e saímos juntas, voltando à festa.

Voltamos para a festa e todos olhavam para o palco, cheguei perto de Tony e ele abraçou minha cintura, por trás.
- O que está acontecendo? – perguntei.
- Roxane e Jason ganharam a rainha e rei do baile. – ele falou beijando minha bochecha.
- A Roxane não perde uma oportunidade de se aparecer.
- Queria ser rainha, linda? – ele riu com os lábios contra minha bochecha.
- Não. – eu ri – Definitivamente não.
- Tenho uma surpresa pra você.
- O que?
- Fique aqui, já volto…
- O que ele vai fazer? – perguntei para minhas amigas e seus pares.
- Não tenho idéia. – Michelly falou.
- acho que vai te surpreender. – Lucy falou sorrindo.
- Que? – não entendi bulhufas.
Ele subiu no palco e pegou o microfone que o DJ lhe entregou.
- É… boa noite. – ele falou sorrindo – Bom, vocês devem me conhecer, sou Antony Athkins no último ano. E devem estar se perguntando o que estou fazendo aqui em cima… vou explicar… – um cara entrou e colocou um banco alto ao seu lado, um pedestal e lhe entregou o violão – valeu. – ele agradeceu – Bom… tem uma menina nessa escola, pela qual sou completamente apaixonado, e hoje uma amiga que nós temos em comum, Lucy, me aconselhou a surpreendê-la… então… Melissa Pattinson... – um canhão de luz me iluminou no meio de uma roda que os outros alunos abriram ao meu redor, isolando-me – essa música é para você.
Ele sentou no banco e começou a dedilha o violão, uma música conhecida minha, muitas vezes nossa banda a cantou.
Senti meu corpo tremer, minha respiração deve ter falhado e meu coração explodido.
Aquilo era fofo, lindo e romântico, sim eu sei, mas eu sou a pessoa mais tímida do mundo, só não sou tímida quando canto, é como se eu vestisse um personagem.
Eu estava desesperada com todos me olhando.
A letra da música criava forma em minha mente e eu lembrava de todas as vezes em que eu corri para ele, em todas as vezes que ele me confortou, em todas as vezes que ele me teve, mas como amiga e não como ele queria. É aquela música talvez fosse perfeita para descrever-nos.
- Vai lá. – senti Lucy me dando um empurrãozinho nas costas.
- O que?
- Sobe no palco. – ela me empurrava em direção a uma escadinha de cinco degraus.
- Não, não, tá louca? – meus pés tentavam frear em vão.
- Larga de ser covarde, Mel, vai lá... – quando me vi, já estava aos pés da escada – sobe.
Ela ordenou e eu subi as escadas, respirando fundo.
Me aproximei dele e a música terminou, ele me olhou e sorriu, olhei para os outros alunos e vi Roxane no canto, bufando de raiva por não ser o centro das atenções.
- Está querendo morrer não é? – ele falou me olhando, tocando meu queixo com a ponta dos dedos da mão direita.
- Si… sim – gaguejei ridiculamente.
- Desculpe por isso... – ele sorriu, lindo – pensei que seria romântico.
- Mas foi…
- Melissa... – ele falou ao microfone e meu nome soou por todo o salão – tenho duas perguntas para fazer. – um silêncio pairava na festa e todos olhavam em nossa direção, ele me soltou e deu um passo para trás – Primeiro, volta pra banda? Por favor.
- Volto. – falei de imediato.
- Ótimo. – ele sorriu – Agora a segunda coisa... – ele respirou fundo e se aproximou de mim novamente, segurando minha mão – Melissa Pattinson, quer namorar comigo?
Namorar? Ok, eu morri, literalmente estou morta.
Senti o tempo parar, como se todos ao meu redor mexessem-se em câmera lenta.
Fechei meus olhos e lembrei da conversa mais cedo com meu pai, parecia que sua voz estava em minha cabeça…
“Quando eu soube? Quando os meus pensamentos ao acordar iam direto nela, quando eu me esquecia de tudo e me contentava só em ficar olhando-a do outro lado do set, quando eu sentia seu cheiro em toda parte, quando as outras mulheres desapareceram e pra mim só existia ela.”
Ele descobriu que gostava da mamãe assim. Apertei meus olhos e os relaxei. Quando eu acordava meus pensamentos iam direto no Tony, pensava no momento que eu iria lhe encontrar na escola, quando o via nos corredores do colégio, sentia meu corpo congelar, quando ele me abraçava, seu cheiro me tirava os sentidos e eu não me importava mais se os outros meninos estavam me achando bonita, ou se jogavam indiretas, eu queria saber se ele me achava bonita.
CARAMBA, eu amo o Tony.
- ACEITA, ACEITA, ACEITA… – Os outros alunos gritavam, me tirando de meus pensamentos.
- O que diz? – Tony falou, apertando minha mão. Senti meus lábios se esticarem em um sorriso, meus dentes pequenos ficaram a mostra e devo ter ficada vermelha, por que ele riu.
- Sim. – falei sorrindo e os outros alunos começaram a gritar.
- BEIJA, BEIJA, BEIJA…
Ok, eu vou morrer, eu acho.
Ele se aproximou de mim e abraçou minha cintura, seu rosto se aproximou do meu, tocando nossos lábios, sua boca se moveu lentamente e a minha a seguiu.
Seus lábios eram macios e carinhosos, perfeitos. Nos separamos e ele ainda me deu mais um selinho.
- Vamos sair daqui de cima, senão você tem um treco de tanta vergonha. – ele falou rindo.

Continua…

Ahhh que lindo! Eu amo o Tony! Tão fofo, tão perfeito... um cavalheiro. A Mel merecia alguém assim. E que coisa mais linda o Rob falando da Kris, de quando se descobriu apaixonado por ela. Esses dois ainda vão nos fazer suspirar muito. Até amanhã gente. Beijos.
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2 comments:

  1. Ai q cute!! Adorei honey foi lindo e supreendente. estou cada vez mais apaixonada por essa fic. Beijusculo ate amanha

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  2. Essa história está cada vez mais fofa.... só falta o Thomas arranjar uma namorada!

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Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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