Boa tarde galera! Hoje Bella vai
enfrentar seu maior pavor, mas não estará sozinha...
Título: Crisálida
Autora(o): Valentina LB
Shipper: Bellard
Gênero: Romance
Censura: NC-18
Autora(o): Valentina LB
Shipper: Bellard
Gênero: Romance
Censura: NC-18
Crisálida
By Valentina LB
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
CAPÍTULO
24 – DE SAPO A PRÍNCIPE
O AMOR
(Carlos
Drummond de Andrade)
“Quando
encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns
segundos, preste atenção. Pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se
os olhares se cruzarem e neste momento houver o mesmo brilho intenso entre
eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em
que nasceu.
Se
o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante e os olhos encherem
d'água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se
o primeiro e o último pensamento do dia for essa pessoa, se a vontade de ficar
juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente divino:
o amor.
Se
um dia tiver que pedir perdão um ao outro por algum motivo e em troca receber
um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos e os gestos valerem mais que mil
palavras, entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.
Se
por algum motivo você estiver triste, se a vida te deu uma rasteira e a outra
pessoa sofrer o seu sofrimento, chorar as suas lágrimas e enxugá-las com
ternura, que coisa maravilhosa: você poderá contar com ela em qualquer momento
de sua vida.
Se
você conseguir em pensamento sentir o cheiro da pessoa como se ela estivesse
ali do seu lado... se você achar a pessoa maravilhosamente linda, mesmo ela
estando de pijamas velhos, chinelos de dedo e cabelos emaranhados...
Se
você não consegue trabalhar direito o dia todo, ansioso pelo encontro que está
marcado para a noite... Se você não consegue imaginar, de maneira nenhuma, um
futuro sem a pessoa ao seu lado...
Se
você tiver a certeza que vai ver a pessoa envelhecendo e, mesmo assim, tiver a
convicção que vai continuar sendo louco por ela... Se você preferir morrer
antes de ver a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida. É uma dádiva.
Muitas
pessoas apaixonam-se muitas vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor
verdadeiro. Ou às vezes encontram e por não prestarem atenção nesses sinais,
deixam o amor passar, sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.
É
o livre-arbítrio.
Por
isso preste atenção nos sinais, não deixe que as loucuras do dia a dia o deixem
cego para a melhor coisa da vida: o amor.”
POV
BELLA
É claro que não faria uma
loucura, mas saltar por aquela porta me parecia bem menos doloroso do que ter
de continuar encarando Jacob.
Ele riu do meu embaraço.
Eu não sabia onde enfiar a cara.
Só eu podia ter dito aquelas
palavras, não era invenção dele.
E por que eu pedi que ele fizesse
amor comigo, meu Deus? Eu me fiz de difícil para Edward por tanto tempo, e
bastou umas cervejas para cantar o primeiro que vi na minha frente. O que
estava acontecendo comigo?
– Não precisa ficar assim, Bella,
você estava bêbada, além do mais não tem o menor cabimento você dizer que era
apaixonada por mim, afinal eu era o marido da sua melhor amiga. Claro que não
acreditei em nada que falou. Mas que fiquei tentado a atender seu pedido, não
posso negar. – falou rindo, com seu jeito de dizer verdades brincando.
– Jacob, pelo amor de Deus,
esqueça tudo o que eu falei. Eu não me lembro de nada, devia estar delirando.
Pode ter sido até um caso de possessão, sei lá. – ele bem podia acreditar
nessa.
– Não fique preocupada, Bella,
você não estava falando nada coerente, por sinal estava muito engraçada. E tem
outra coisa que não te contei, você falou o nome do seu ex o tempo todo. Algo
sobre a mão dele no seu corpo. A coisa estava ficando quente, menina. Ainda bem
que de repente você apagou, senão eu não teria sido tão cavalheiro quanto fui.
– seu sorriso malicioso me reacendeu a vontade de abrir aquela porta de uma vez
e acabar com aquela tortura.
Nunca mais beberia na minha vida!
Despedi-me dele, na porta de
casa, desejando silenciosamente que nunca mais nos encontrássemos.
– Te ligo amanhã para saber como
passou a noite. Tchau, Bella. – Jacob me puxou para si e me deu um beijo na
bochecha, muito perto da boca, para meu espanto.
– Tchau, Jacob. Desculpe-me por
tudo.
Já tinha dois dias desde a viagem
a Providence e Edward não tinha me ligado mais.
Peguei-me algumas vezes
conferindo meu celular, para ver se não tinha chamadas suas.
Este meu sentimento de amor e
ódio por ele me deixava confusa.
Não sei se ainda o odiava, ou
mesmo se cheguei a odiá-lo um dia.
Talvez minha raiva maior fosse de
mim mesma por não esquecê-lo e por continuar desejando-o, mesmo que minhas
palavras dissessem o contrário...
Um novo dilema virou o assunto da
casa: Convencer minha mãe que eu poderia passar um final de semana em casa,
sozinha.
Ela tinha uma festa de
inauguração de um restaurante que havia decorado em Lowell , mas não queria
viajar pra lá porque Carmem estaria fora, visitando a irmã, e não teria ninguém
em casa para dormir comigo.
– Mãe, já sou maior de idade, sei
me virar. Será apenas uma noite, pelo amor de Deus. A casa é segura, tem os
cachorros, a empresa de segurança monitorando. Não há perigo algum. – tentei
convencê-la.
– Eu sei, filha, mas fico
preocupada. Berta estará lá comigo também. Pra quem ligará se precisar de
alguma coisa?
– Mãe, não vou precisar de nada.
Tenho que treinar uma música nova no violino e ficarei no meu quarto, trancada,
se preferir. Pode ir mãe, ficarei bem. – estava adorando a idéia de ficar
sozinha por um tempo.
– Está bem, Bella. Acho que tem
razão. – finalmente tinha conseguido convencê-la.
Minha mãe saiu por volta do meio
dia. Já tínhamos almoçado.
Fechei a casa e subi para meu
quarto.
Peguei meu violino e comecei a
treinar. As horas passaram voando. Já eram cinco horas quando desci para tomar
um lanche.
Tomei um banho e tive de sair
correndo para atender o celular.
Era minha mãe pedindo o primeiro
“Boletim” do dia.
Ficamos um tempão no telefone.
Desliguei e continuei a tocar. Já nem precisava mais olhar a partitura.
Eram umas dez horas quando
coloquei uma camisola e me deitei.
Um barulho que eu conhecia bem
fez todos meus músculos enrijecerem.
Levantei e fui até a janela.
Afastei lentamente a cortina e
paralisei com o que vi.
Uma tempestade estava se
formando.
O pânico começou a me dominar.
Lembrei-me que estava sozinha.
Voltei pra cama, cobri minha
cabeça e comecei a controlar minha respiração.
O barulho agora era de raios, os
que mais me davam medo.
Não conseguia evitar as lágrimas,
que já teimavam em escorrer.
Eu estava desesperada.
“Calma, Bella, calma... É só uma
chuva.”
O toque do celular veio ao mesmo
tempo do estrondo de um trovão.
Atendi sem olhar quem era.
– Alô! – minha voz era de pavor,
não conseguia disfarçar.
– Bella, por favor, abra a portão
para mim. Estou aqui fora, na porta da sua casa.
– Edward?
Por mais que precisasse manter
distância dele, estar protegida em seus braços era tentador.
Eu tinha pavor de chuva, mas
tinha mais pavor ainda quando ficava sozinha durante a chuva.
– Já estou indo.
Desci as escadas correndo,
rezando para nenhum raio cair enquanto estivesse fora da cama.
Abri a porta e me atirei em seus
braços.
Meu corpo tremia e eu estava
gelada.
Edward me pegou no colo e se
sentou no sofá, abraçando-me fortemente.
– Pronto, Isabella, eu já estou
aqui. Não está mais sozinha. Fique calma que já vai passar. – sussurrou
ternamente em meu ouvido.
Coloquei meu rosto no vão entre
seu ombro e pescoço e fiquei quietinha.
Não tinha nenhum outro lugar no
mundo onde me sentisse mais feliz e segura do que nos braços de Edward.
Cada estrondo que dava ele me
apertava mais forte e sussurrava palavras de conforto em meu ouvido.
– Você não me ligou mais. – comentei
baixinho, um tempo depois, quando me senti mais calma. Ainda continuava com o
rosto enterrado em seu pescoço.
– Isabella, faz idéia da agonia
que fiquei quando desligou o seu celular e me deixou imaginando o que podia
estar acontecendo você e Jacob? Pensa que não sei que já foi apaixonada por ele?
Ou ainda é, não sei... – sua voz pareceu embargada quando falou isso. - Você
não tem a mínima noção do desespero que me toma quando penso que pode ter se
entregado aquela cara, que ele pode ter tocado seu corpo, beijado sua boca... É
uma dor tão intensa que me atrapalha a respirar. Eu não queria que tivesse a
oportunidade de me contar que estava com ele, então resolvi não ligar mais.
– Mas você está aqui agora...
– Porque sabia que estava sozinha
e que devia estar apavorada. – sua voz era baixa e carinhosa. - Quando começaram
as trovoadas não pensei duas vezes antes de pegar meu carro e vir ficar com
você. Tive medo que não abrisse a porta para mim, que preferisse enfrentar a
chuva sozinha a ficar comigo. Mas meu maior pavor era que ele estivesse aqui.
– Não estamos juntos, Edward. Não
tenho nada com Jacob. Estou feliz que esteja aqui.
– Não tanto quanto eu, Isabella.
– disse quase rindo. - Não imagina como estou me sentindo feliz por tê-la
novamente em meus braços, nem que seja apenas porque seu medo superou o ódio
que tem de mim. – sua voz voltou a ficar melancólica.
– Não te odeio, Edward. Tentei,
mas não consegui.
– É tão bom ouvir isso.
– Por que fez aquilo comigo,
Edward? – a pergunta saiu num fio de voz, como um lamento. Não sei por que a
fiz. Era como se ela estivesse em minha boca aguardando a oportunidade certa
para ganhar som. Já não sabia se chorava de medo ou de mágoa.
– Porque sou um idiota que não
soube reconhecer a força do amor verdadeiro, Isabella. Eu deixei que velhas
referências interferissem em nossa relação, sem me dar conta que o que eu
estava vivendo era muito mais forte e intenso do que uma simples necessidade
física.
A ventania se tornou mais intensa
e os trovões aumentaram.
Fiquei novamente em silêncio.
Encolhi-me o máximo que pude em
seu peito e me concentrei nas batidas aceleradas de seu coração.
Aos poucos fui me desligando da
chuva.
Quando percebi a tempestade tinha
passado.
– Agora que já está bem, vou
embora, Isabella.
Tive vontade de pedir que não
fosse. Edward passara praticamente a noite inteira comigo no colo, sentado no
sofá. Protegendo-me e me amparando com seu carinho. Foi uma verdadeira
declaração de amor.
– Obrigada, Edward. – disse,
saindo do seu colo e me levantando. – Não sei nem como agradecer. – será que
não sabia mesmo?
Edward também se levantou.
Aproximou-se de mim, deixando-me
com as pernas bambas, agora que o pânico não me dominava mais.
– Eu tenho esperança que ainda me
perdoará, Isabella. – falou, olhando intensamente em meus olhos. - Vou te
esperar o quanto for necessário. E não precisa me agradecer. Sempre que
precisar estarei do seu lado.
– Já te perdoei, Edward. Agora só
preciso me perdoar por ter te perdoado. Isso é o que está sendo difícil para
mim. – desabafei.
Ele me deu aquele sorriso torto
que me fazia perder a razão, parecendo muito feliz com o que acabara de ouvir.
– Esta parte é a mais complicada,
Isabella. Mas espero que consiga. Estarei te esperando.
Edward beijou minha testa e foi
embora.
Subi para meu quarto e dormi
feliz, sentindo seu cheiro que exalava da minha roupa.
Continua...
Oh meu Deus, que homem é esse? Só ele
mesmo pra correr em seu socorro, sabendo do seu pavor por tempestades. Mesmo
correndo o risco de encontrar o Jacob lá com ela, ele não pensou duas vezes.
Isso é amor de verdade. Quero que eles voltem logo, quero que eles fiquem muito
felizes juntos. Beijos e até amanhã. Bom domingo pra vocês.
Ai gente q coisa fofa!!! Preciso de um homen desses. Tem pra vender!? Achei lindo adorei. Beijusculo ate amanha!
ReplyDeleteOi Nessie.
ReplyDeleteTambém tô procurando um homem assim pra mim... mas é tão difícil.
Beijos.
Não gostei desse cap, por mais q se ame alguém, uma traição ñ é perdoada assim tão facilmente, ñ na vida real.
ReplyDeleteAlguém tem um homem desses aí?? Eu quero um... Mto boa a fic
ReplyDeleteAchei lindo o que ele fez.. E coitada da Bella só eu sei o que é pavor de trovões e relâmpagos...
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