Oi pessoal! O capítulo de hoje tem mais
emoções ainda. Bella finalmente vai contar sobre seu passado para Edward...
Título: Fuckin Perfect
Autora(o): Luana G.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Autora(o): Luana G.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Álcool, Drogas, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência
Avisos: Álcool, Drogas, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência
Fuckin Perfect
By Luana G
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
CAPÍTULO 12
I know you've suffered,
(Eu
sei que você sofreu,)
But I don't want you to hide.
(Mas
eu não quero que você se esconda.)
It's cold and loveless.
(Está frio e sem amor.)
I won't let you be denied.
(Eu não deixarei você se negar)
(Eu não deixarei você se negar)
Soothing.
(Se acalme.)
I'll make you feel pure.
(Eu
farei você se sentir pura.)
Trust me.
(Confie
em mim.)
You can be sure.
(Você pode ter certeza.)
(Você pode ter certeza.)
I want to reconcile the
violence in your heart.
(Eu
quero reconciliar a violência no seu coração.)
I want to recognise your
beauty is not just a mask.
(Eu
quero reconhecer que sua beleza não é só uma máscara.)
I want to exorcise the demons
from your past.
(Eu
quero exorcizar os demônios do seu passado.)
I want to satisfy the
undisclosed desires in your heart.
(Eu
quero satisfazer os desejos segredos em seu coração.)
Undisclosed
Desires - Muse
Edward Cullen;
Então é assim que funciona?
É assim que você descobre que
está apaixonado? Mais apaixonado do que nunca esteve?
Eu não sei, nunca senti coisa
igual na minha vida.
A única coisa da qual eu estou
ciente é de que preciso dela perto de mim, quase como se eu me sentisse
incompleto sem ela ao meu lado.
Sei que ela – mais do que ninguém
– precisa dos meus cuidados, da minha companhia, e eu não vou negar isso a ela,
nunca.
Sinto como se fosse meu dever
mantê-la feliz e de bem consigo mesma. É assim que ela deve estar.
No momento em que aquelas
palavras horríveis saíram da boca da Rosalie, eu realmente fiquei chocado.
Primeiro porque eu já sabia que
ela não era uma pessoa muito agradável, mas eu nunca imaginei que chegasse a
esse ponto. E segundo porque foi realmente difícil acreditar que tudo que ela
falou sobre a Bella era verdade.
Eu já sabia que a Bella não tinha
um passado muito comum, que alguma coisa de muito ruim havia acontecido com ela.
No começo eu fiquei curioso,
queria saber todos os porquês e todos os motivos, mas agora eu simplesmente não
ligava. Não ligava se tudo que a Rosalie falou fosse verdade ou mentira, não
ligava para o que havia acontecido no passado. O que realmente me interessava era
o presente, e a felicidade de Bella.
Quando Bella se trancou no quarto
eu já previ o que viria a acontecer, pude ouvir os soluços dela mesmo estando
do lado de fora do quarto.
Eu tive raiva, muita raiva,
queria voltar naquela garagem e arrebentar a cara lavada da Rosalie! Nunca tive
vontade de bater em mulheres, sempre achei isso o cúmulo de todo o machismo.
Mas a Rosalie... Ah, essa era uma exceção das grandes! Merecia e ainda merece
levar uma surra que a deixasse sem os dentes! Merecia apanhar só pelo fato de ter
feito a minha Bella
sofrer desse jeito.
O pior mesmo foi vê-la chorando e
não poder consolá-la, não poder entrar naquele quarto e dizer para ela que iria
ficar tudo bem... Mas depois das minhas horas e horas de insistência, depois de
todos da casa já terem ido dormir, Bella finalmente abriu a porta.
Foi um choque, um baque que vai
ficar para sempre na minha memória, não importa pelo que eu ainda tenha que
passar.
Vê-la ensangüentada daquela
forma, os olhos inchados de tanto chorar e a dor, a dor que passava por eles
foi a pior coisa.
Doeu em mim vê-la naquele estado.
Mas esse choque não durou muito tempo, eu vi na minha frente à oportunidade de
finalmente consolá-la e cuidar dela, e não desperdicei um segundo se quer.
Cuidei de Bella como eu nunca havia
feito com ninguém, era como se ela fosse mais importante para mim do que
qualquer outra pessoa, mais importante do que eu mesmo. E depois ainda pude
desfrutar da maravilha que foi dormir com ela em meus braços.
No outro dia foi clara a melhora
emocional dela, mas mesmo assim ainda estava sensível, e às vezes eu a pegava
olhando para o nada, seus olhos perdidos e cheios de lágrimas. Era doloroso
demais para eu ver aquilo.
- Ei, quer comer alguma coisa? Eu
estou morrendo de fome... – na verdade eu exagerei um pouco, queria apenas a
atenção dela.
- Não, não estou com fome... Mas
vá comer, você passou o dia inteiro aqui comigo. – sua voz ainda parecia
distante demais, mas eu não queria forçá-la a contar o que se passava na sua
cabeça.
- Eu já volto ok? É rapidinho. – não
gostava da idéia de deixá-la sozinha, eu podia ver nos olhos dela o quanto ela
odiava isso também, mas naquele momento eu senti que ela queria alguns minutos
de silêncio.
Dei um leve beijo em seus lábios
e depois saí do quarto em direção à cozinha.
Beijar Bella foi uma das melhores
coisas que eu já fiz na minha vida, não era como beijar qualquer uma, não era
um simples beijo. Foi indescritível a sensação que eu senti, e também foi
indescritível como a proximidade entre nós me fez ver o que eu realmente sentia
por ela.
Na cozinha encontrei Alice e
Jasper se pegando em um cantinho. Eles se separaram assim que me viram.
- Podem continuar, vou ser rápido
aqui. – zombei com eles.
- Er... Eu vou ali... – Jasper
ficou vermelho e então saiu da cozinha.
- Edward! – Alice fez cara feia
para mim.
- Só falei a verdade... Jasper!
Cara, volta aqui... – Jasper não me deu ouvidos e eu pude ouvi-lo subindo as
escadas. Dei de ombros e comecei a procurar coisas rápidas para eu comer.
- Cade a Bella hein? Edward... Eu estou começando a ficar
preocupada... – Alice começou a falar sério.
- Ela tá bem Alice, sério, eu
estou cuidando dela. – afirmei.
- Mas o que aconteceu? – ela não
desistiu de tentar saber.
- Não vou contar, se a Bella
quiser, ela te conta depois. – isso era justo, afinal, Bella tinha direito de
escolher quem devia ou não saber dessas coisas.
- Ela vai me contar depois. –
Alice falou com convicção.
- Ok... – quem era eu para
discorda da Alice...
- Vou atrás do Jasper, vejo você
depois. – ela se despediu e saiu da cozinha.
Terminei de comer e então voltei
para o quarto da Bella.
O quarto estava escuro, ela
estava deitada, e a televisão que eu havia deixado ligada agora estava
desligada.
Eu me aproximei da cama e liguei
o abajur para acabar um pouco com aquela escuridão. Deitei-me ao lado dela e a
abracei por trás.
- Tá dormindo? – sussurrei perto
do seu ouvido.
- Não... – ela murmurou com a voz
rouca, parecia estar chorando. Meu coração se apertou.
- O que foi? – perguntei, minha
voz se alterando junto com meu humor.
- Preciso te contar. – ela
começou a se sentar eu imitei seu gesto.
- Contar o que? Não precisa me
contar nada... – e era verdade, eu não me importava mais com o passado dela,
não me importava mais com nada.
- Preciso sim, aquelas coisas...
Tudo que a Rosalie falou é a verdade... – eu a interrompi.
- Bella... Não precisa me contar.
Eu juro que não me importo mais. – eu não queria vê-la sofrer, e eu sentia que
esse assunto era o motivo de tudo isso.
- Não Edward... Eu quero contar,
faz parte do nosso trato, lembra? – ela sorriu, mas seus olhos continuavam
derramando lágrimas pesadas.
- Você tem certeza? – eu insisti.
- Absoluta... Deixe-me falar ok?
– ela fungou e secou as lágrimas com as costas das mãos.
- Tudo bem. – aceitei, afinal de contas
fazia mesmo parte do nosso trato.
- Quando minha mãe conheceu
Charlie, meu pai para todos os efeitos, ele parecia ser o homem perfeito,
sempre tratou-a da melhor forma possível. Mas depois que eles se casaram e se
mudaram para longe dos pais de Esme, as coisas começaram a mudar. Ele se tornou
agressivo, bebia demais, e já chegou a bater na minha mãe diversas vezes.
Depois que Rosalie nasceu, as coisas pioraram cada vez mais. Meu pai voltava
para casa uma vez a cada sete dias, e às vezes desaparecia por semanas com todo
o dinheiro da minha mãe. Sua única fonte de sobrevivência sempre foi a lojinha
de artesanatos que ela tinha na beira da praia, então, ela foi obrigada a
trabalhar para sustentar a casa e ainda cuidar da Rosalie que era apenas um bebê.
Algum tempo depois, a situação ainda era a mesma, mas piorou quando minha mãe
descobriu que estava grávida novamente, de mim no caso. Desta vez foi pior,
porque a cada dia que eu ia crescendo meu pai só tinha mais certeza de que
minha mãe o havia traído, e o ódio dele por mim também crescia. Um ano depois a
Alice nasceu, e parecia que Charlie conseguia me odiar cada vez mais e mais. Se
você reparar bem, eu sempre fui muito diferente das minhas irmãs, elas são
bronzeadas, tem olhos e cabelos escuros, e feições parecidas. Eu não tenho nada
disso, sempre fui pálida demais, com olhos verdes e cabelo bem mais claro que o
das minhas irmãs. Para dizer a verdade, até eu mesma sinto essa diferença, de
longe, posso apostar que meu pai não é Charlie... Quando eu tinha uns oito ou
nove anos, minha mãe começou a me deixar sozinha com meu pai, apenas no horário
da noite, Alice sempre dormia cedo e Rosalie a ajudava na loja. Meu pai
começava a dar sinais de melhora com a bebida, mas era apenas um grande engano,
ele continuava bebendo escondido. Foi aí que as coisas começaram. Ele sempre me
batia quando eu fazia algo errado, às vezes até demais. Mas nessas noites as
surras que ele me dava eram sem motivo algum, parecia que ele se divertia pelo
fato de me ver sofrendo... Nessa época eu nem pensava em contar nada para a
minha mãe, ele sempre me ameaçou dizendo que se eu abrisse a boca ele faria
pior... Minha mãe também nunca ligou muito para mim, ela sempre estava ocupada
demais pensando nas contas que tinha para pagar, nunca pode me dar atenção da
qual eu sempre precisei... Eu me tornei uma criança diferente das outras,
sempre tive hematomas por todas as partes do corpo, sempre fui excluída dos
grupos, eu sofria zoações na escola de todos os tipos e minha única diversão
era ficar um tempinho sozinha na praia depois de voltar da escola, eu amava
ficar sozinha, e ainda gosto... Com o tempo tudo piorou mais do que eu imaginei
que poderia piorar. Aos 10 anos meu pai começou a abusar de mim sexualmente...
Foi a pior coisa que já me aconteceu. Sabe, apesar de tudo, apesar das surras,
de todas as broncas, de todo o ódio, eu o amava e acreditava que ele era meu
pai, eu era apenas uma criança inocente! Mas ele não parecia ligar para isso, e
eu continuei sofrendo calada, não pude contar nada para a minha mãe nem para as
minhas irmãs... Ninguém podia me ajudar. Essa tortura toda durou quatro anos,
até eu conhecer as bebidas e as drogas. Eu me joguei de cabeça nesse mundo, sem
pensar em me arrepender ou voltar atrás. Aos quinze anos eu mal voltava para
casa, não ia mais para a escola, já havia perdido o ano, e estava cada vez mais
e mais viciada em tudo aquilo. E o pior de tudo, o que mais me dói, até hoje, é
saber que ninguém nunca foi atrás de mim, nunca procurou saber onde eu estava
ou o que eu estava fazendo, nunca! Minha mãe mal ligava se eu voltava para a
casa ou não... Depois de algum tempo encontrei com a Alice, que é a única que
se preocupou comigo naquela época. Conversamos alguns minutos e ela me disse
que Charlie havia desaparecido, e depois de duas semanas encontrado morto na
praia, tudo indicava que havia sido suicídio, mas não temos certeza até hoje.
Eu ignorei a felicidade que surgiu em mim quando recebi a noticia da tragédia.
Alice também me disse que as coisas em casa estavam melhores, e que Esme sentia
muito minha falta, queria que eu estivesse em casa, e estava até pensando em
colocar a polícia atrás de mim. Mas eu não quis voltar, estava feliz do jeito que vivia. Pedi que Alice não
contasse a ninguém que me viu e falou comigo, pedi também que ela tentasse
tirar da minha mãe essa idéia de tentar me encontrar e então fui embora.
“O que a Rosalie falou, sobre
fazer sexo em troca de drogas, é a mais pura verdade, foi assim que eu
alimentei meu vício, criei até vinculo com um desses homens, ele me deixava
dormir na garagem dele... Sexo para mim sempre foi uma coisa suja, nunca senti
necessidade, prazer, sexo é uma das coisas que mais me faz lembrar por tudo que
eu passei... Eu tinha acabado de completar dezessete anos quando senti que as
coisas começaram a fugir do meu controle, eu estava mal, muito mal. Naquela
noite eu praticamente acabei com todas as drogas e bebidas que eu havia
guardado, o meu vício estava fora do planejado. Eu senti que alguma coisa de
ruim ia acontecer. Então eu usei todas as minhas forças para ir até a casa da
minha mãe e tocar a campainha, e a última coisa que eu vi antes de cair
inconsciente foi a cara de surpresa da Esme a me ver...” “Quando acordei, em um
hospital, me sentindo totalmente péssima, como se um trator tivesse me
atropelado, uma enfermeira que estava ali me informou que eu havia tido uma
overdose de drogas e já estava ali a mais de três dias sendo desintoxicada.”
“Aquilo foi o que me parou, eu
nunca pensei que teria uma overdose, por mais que eu exagerasse. Isso nunca
passava pela minha cabeça. Mas quando aconteceu, foi que eu vi que tinha de
parar, de um jeito ou de outro. E sabe quem foi o médico que cuidou de mim
quando eu estava no hospital?... Sim, foi o Carlisle, eu meio que fui o cupido
dele e da minha mãe... Não sei muito bem como aconteceu essa história... Depois
de que saí do hospital, conversei com a minha mãe, contei tudo para ela, e ela
me disse que sempre desconfiou de tudo, mas tinha medo de se opor ao Charlie.
Eu fiquei horrorizada por ouvir aquilo dela, mas em certa parte compreendi. Ela
preferia me ver sofrendo a brigar e apanhar novamente do Charlie... Nós duas,
por final, concordamos de que eu precisava ir para uma clínica de reabilitação,
tanto psicológica quanto de tratamento para a bebida e as drogas. Não foram
nada fáceis os meses em que eu passei lá, a abstinência é uma das piores coisas
na qual eu já experimentei. Mas por fim, eu saí de lá quase que curada de tudo
isso. Minha mãe foi me buscar na clínica com Carlisle, eu estranhei, mas quando
cheguei aqui, nessa outra casa, não na minha antiga casinha, eu compreendi tudo
rapidamente...”
“Nos meses seguintes eu me
concentrei em terminar meus estudos. Tive algumas recaídas, não em drogas, mas
em bebidas, uma delas justamente no casamento da minha mãe, quando te
conheci... Eu não sei direito porque fiz aquilo, era uma tristeza tão grande...
Como se eu tivesse sido substituída, apesar de saber bem que seu pai nunca quis
meu mal, e minha mãe nunca levou isso dessa forma, para mim sempre foi difícil
aceitar que minha mãe tinha atenção de sobra para um estranho e para mim não.
Mas com o tempo eu aprendi a levar isso da melhor forma possível... Nunca
encontrei amigos de verdade, e a pessoa mais próxima de mim é a Alice, e o Mike
também, um dia você vai conhecê-lo...”
“Hoje eu posso dizer que não uso
drogas há muito tempo e me orgulho disso. A bebida também já não me faz o mesmo
mal de antes. A única coisa que ainda me atinge é meu relacionamento com a
minha mãe... Mas acho que isso nós nunca vamos superar. E essa é a minha
triste, mas real, história.”
“Eu sou mesmo uma pessoa suja,
imunda, da forma que a Rosalie falou, mas eu tenho os meus motivos de ser
assim, do jeito que eu sou. – Bella finalizou sua história e respirou fundo.
Eu fiquei paralisado, acho que
por minutos, ou horas.
Não podia acreditar em tudo
aquilo que ela dizia ser sua história de vida... E eu que antes achava a Bella
uma pirralha, criança, que não sabia nada sobre a vida e esse mundo estranho,
agora a achava a pessoa mais forte do mundo... Nem eu mesmo tenho a certeza de
que seria capaz de passar por tudo isso e ainda ficar de pé.
- Bella... Eu... – não conseguia
pronunciar as palavras da forma que queria, ela me interrompeu.
- Não Edward, eu entendo. Eu
devia ter te contado antes, não ter me envolvido assim... Você merece alguém
muito melhor do que eu. Agora você sabe que tem coisas que eu não vou poder te
dar, você sabe sobre as coisas que eu passei. Eu entendo que você não vai querer
mais ficar perto de mim... – eu a interrompi antes que ela falasse mais
asneiras.
- Isabella! – eu usei um tom
autoritário, talvez não fosse a hora para aquilo, mas eu não pude controlar,
ela me tirou do sério dizendo aquelas coisas. – Bella, eu não ligo! Eu não me
importo! Eu quero você assim, do jeito que você é, com seu passado, com seus
traumas, com as suas lembranças! Eu não me importo!... Agora eu, sinceramente,
acho você mais forte e corajosa do que eu imaginava. Bella, não é qualquer
pessoa que aguentaria passar por tudo que você passou e ainda sorrir! Viver – mesmo
que de um modo diferente –, mas viver como você vive! Você é maravilhosa só por
acordar todos os dias e seguir em frente depois de todas essas coisas! Eu me
orgulho de você! – desabafei, e ela pareceu maravilhada em me ver falando aquelas
coisas.
Se ela soubesse... Se ela
soubesse que eu ficaria elogiando-a a noite inteira só para ver os olhos delas
brilhando dessa forma...
- Eu não vivo, eu apenas respiro.
Muitas partes de mim foram morrendo com o passar dos dias, não sou uma pessoa inteira,
me movo aos pedaços... Tento não pensar muito no meu passado, mas ele me
persegue, todos os dias. Eu sinto que algum dia eu não vou mais aguentar, eu
vou desistir Edward. – ela continuava a chorar, e sua voz era apenas um
sussurro.
– Não vai desistir, eu não vou
deixar! Vou te reconstruir todos os dias, vou tirar partes de mim para te
completar se for preciso! Não me importa mais Bella, e sabe por quê? Porque eu
já estou envolvido, mas do que imaginei estar. Enquanto você me quiser, eu vou
estar aqui. Aqui no seu presente, construindo seu futuro, e nada de ficar lembrando
as coisas do passado! – eu estava me sentindo estúpido, mas não conseguia achar
outra forma de mostrar para ela o quanto ela era importante para mim.
Bella continuou me olhando e chorando.
Meu desespero começou a crescer, eu não aguentava mais vê-la chorando!
- Sabe... Ninguém nunca disse
coisas tão profundas para mim... – ela sussurrou em meio a um sorriso bobo enquanto
olhava para as próprias mãos.
Eu também sorri e me aproximei dela,
abraçando-a.
– Você gostou? Posso dizer coisas
assim por dias seguidos, se isso te fizer bem. – ela se aconchegou em meu peito
e me abraçou também.
– Não precisa dizer por dias
seguidos, podem ser de anos em anos, desde que sejam verdadeiras, eu vou lembrar-me
delas para sempre. – ela continuou falando baixinho, mas parecia ter parado de
chorar, eu fiquei aliviado.
– São verdadeiras, todas as minhas
palavras são verdadeiras. – eu afirmei com a maior convicção que pude.
– Então isso basta. – Bella falou
e eu confiei em suas palavras.
Isabella Swan;
Segunda feira!
Dei graças a Deus quando o final
de semana acabou, eu estava sobrecarregada! Precisava dormir, precisava comer,
precisava sair daquele quarto, precisava respirar!
Ir trabalhar e ver pessoas diferentes
me deu quase que eu alívio, eu estava me sentindo sufocada.
A única coisa a qual fez tudo
valer à pena foi o Edward.
Sim, parecia que quando eu estava
com ele tudo fazia sentido, desde as piores coisas até as melhores. A maioria
dos porquês tem respostas agora.
É tão engraçado pensar sobre o
que está acontecendo...
Eu, Bella Swan, que sempre jurei
de pés juntos que nunca me apaixonaria na minha vida, eu que jurei ser feliz
sozinha, que pensei que amor era uma coisa inexistente, imaginação das pessoas...
Sim, eu pensava isso. Imaginava que as pessoas não poderiam ser felizes demais,
ter alguém que as entendam com tanta facilidade como nos filmes e novelas. Isso
para mim era pura basbaquice! Mas agora... Agora eu paguei com a minha língua,
é como dizem, “Aqui se faz, aqui se paga”, pois bem. Agora aqui estou então,
tão apaixonada quanto jamais estive. Eu não podia esconder mais, tinha que
confessar, nem que fosse para mim mesma! Eu estava mais apaixonada pelo Edward
do que deveria estar. Mas, sinceramente, não estava ligando mais. A única coisa
que me preocupava era saber se ele iria me corresponder ou não, e agora que ele
já garantiu o quanto gosta de mim – mesmo sabendo de toda a minha horrível
história –, eu vou deixar tudo rolar. Vai ser do jeito que tiver de ser.
- Sua mãe pegou seu carro de novo
bi?! – Mike exclamou assim que saímos da loja e meu carro não estava à vista.
Droga! Como eu ia explicar para
ele que Edward insistiu em me trazer até aqui? Mesmo que isso o tenha feito se
atrasar por pelo menos uns vinte minutos, e que ele também tinha prometido vir
me buscar se eu pudesse esperá-lo chegar até aqui. Já que ele saía do trabalho
no mesmo horário que eu, mas era muito mais longe do que algumas quadras. Eu
não pude recusar, quando ele me olhava daquele jeito...
- Não, não... Eu vim de carona
com um... amigo meu. – Menti, Mike não podia saber, não agora.
- Amigo? Não me engana não!...
Quem é o bofe que está fazendo seus olhinhos brilharem mais do que glitter cor
de rosa? Mais do que os meus brilham quando eu vejo uma liquidação! Uh! – ele
deu um pulinho super afeminado, me incentivando a contar.
Eu ia ter que contar... Mesmo que
superficialmente, mas ia.
- Você não o conhece... Não
pessoalmente... – eu enrolei, isso deixou Mike mais curioso ainda.
- Me diz o nome! – ele jogou sua
franja loira para o lado, esperando ansioso pela resposta.
- Hm... É o Edward. – falei, e
por fim suspirei, esperando que Edward chegasse e eu pudesse ir embora sem dar
explicações. Se bem que eu iria ter de explicar no dia seguinte de qualquer
jeito...
- Espera... Ai, minha nossa
senhora do salto agulha! Me segura que eu vou cair! Edward não é o filho do
Carlisle? – Mike estava chocado.
- Sim é... – eu ouvi o barulho de
um carro parando perto de nós. – E por falar nele... – olhei para o lado a fim
de me certificar de que era mesmo ele, e estava certa.
- Vai me contar tudo depois, sua
doida! – ele falou enquanto eu abria a porta do carro.
- Tá bom, até amanhã. – entrei no
carro e suspirei de alívio.
Olhei para o Edward e então vi
que ele encarava o Mike com uma expressão muito engraçada.
- Esse é seu amigo Mike? – ele
murmurou para mim, finalmente colocando o carro em movimento.
- Sim. – eu dei risada do modo
como ele falou.
- Ele... – Edward segurou o
volante com uma só mão, e com a outra ele desmunhecou, fazendo um gesto muito
gay, e depois colocando o indicador na boca e me lançando um olhar sexy. Eu
quase fiz xixi nas calças de tanto rir. –Né?... – ele voltou a dirigir
normalmente.
Eu continuei rindo do modo como
Edward interpretou a palavra ‘gay’.
- É... Ele consegue ser mais
feminino do que eu! – exclamei, me lembrando de todas as suas roupas rosa e
suas bolsas de marca.
- Ui mona! Adoro! – Edward
desmunhecou outra vez.
Ah... Que isso não se torne um hábito,
por favor... Porque senão, eu teria vários ataques de risos por dia.
Continua...
Nossa... a história dela é pior do
que eu imaginei. Sofrer todos esses abusos do próprio pai... mesmo não sendo
ele o pai biológico? A morte foi pouco pra ele. Espero que agora com o Edward
por perto pra cuidar dela, ela possa se curar definitivamente de todo esse
trauma. E que ela e a mãe consigam superar tudo e seguirem em frente. Beijos e
até mais tarde.
Aí chorei muito!! Lindo, trágico, emocionante!!
ReplyDeleteo Ed imitando um são paulino foi foda !
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