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Sunday, February 05, 2012

FANFIC - FUCKIN PERFECT - CAPÍTULO 12


Oi pessoal! O capítulo de hoje tem mais emoções ainda. Bella finalmente vai contar sobre seu passado para Edward...

Título: Fuckin Perfect
Autora(o): Luana G.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Álcool, Drogas, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência

Fuckin Perfect
By Luana G

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 12

I know you've suffered,
(Eu sei que você sofreu,)

But I don't want you to hide.
(Mas eu não quero que você se esconda.)

It's cold and loveless.
(Está frio e sem amor.)

I won't let you be denied. 
(Eu não deixarei você se negar)

Soothing.
(Se acalme.)

I'll make you feel pure.
(Eu farei você se sentir pura.)

Trust me.
(Confie em mim.)

You can be sure.
(Você pode ter certeza.)

I want to reconcile the violence in your heart.
(Eu quero reconciliar a violência no seu coração.)

I want to recognise your beauty is not just a mask.
(Eu quero reconhecer que sua beleza não é só uma máscara.)

I want to exorcise the demons from your past.
(Eu quero exorcizar os demônios do seu passado.)

I want to satisfy the undisclosed desires in your heart.
(Eu quero satisfazer os desejos segredos em seu coração.)

Undisclosed Desires - Muse

Edward Cullen;

Então é assim que funciona?
É assim que você descobre que está apaixonado? Mais apaixonado do que nunca esteve?
Eu não sei, nunca senti coisa igual na minha vida.
A única coisa da qual eu estou ciente é de que preciso dela perto de mim, quase como se eu me sentisse incompleto sem ela ao meu lado.
Sei que ela – mais do que ninguém – precisa dos meus cuidados, da minha companhia, e eu não vou negar isso a ela, nunca.
Sinto como se fosse meu dever mantê-la feliz e de bem consigo mesma. É assim que ela deve estar.
No momento em que aquelas palavras horríveis saíram da boca da Rosalie, eu realmente fiquei chocado.
Primeiro porque eu já sabia que ela não era uma pessoa muito agradável, mas eu nunca imaginei que chegasse a esse ponto. E segundo porque foi realmente difícil acreditar que tudo que ela falou sobre a Bella era verdade.
Eu já sabia que a Bella não tinha um passado muito comum, que alguma coisa de muito ruim havia acontecido com ela.
No começo eu fiquei curioso, queria saber todos os porquês e todos os motivos, mas agora eu simplesmente não ligava. Não ligava se tudo que a Rosalie falou fosse verdade ou mentira, não ligava para o que havia acontecido no passado. O que realmente me interessava era o presente, e a felicidade de Bella.
Quando Bella se trancou no quarto eu já previ o que viria a acontecer, pude ouvir os soluços dela mesmo estando do lado de fora do quarto.
Eu tive raiva, muita raiva, queria voltar naquela garagem e arrebentar a cara lavada da Rosalie! Nunca tive vontade de bater em mulheres, sempre achei isso o cúmulo de todo o machismo. Mas a Rosalie... Ah, essa era uma exceção das grandes! Merecia e ainda merece levar uma surra que a deixasse sem os dentes! Merecia apanhar só pelo fato de ter feito a minha Bella sofrer desse jeito.
O pior mesmo foi vê-la chorando e não poder consolá-la, não poder entrar naquele quarto e dizer para ela que iria ficar tudo bem... Mas depois das minhas horas e horas de insistência, depois de todos da casa já terem ido dormir, Bella finalmente abriu a porta.
Foi um choque, um baque que vai ficar para sempre na minha memória, não importa pelo que eu ainda tenha que passar.
Vê-la ensangüentada daquela forma, os olhos inchados de tanto chorar e a dor, a dor que passava por eles foi a pior coisa.
Doeu em mim vê-la naquele estado. Mas esse choque não durou muito tempo, eu vi na minha frente à oportunidade de finalmente consolá-la e cuidar dela, e não desperdicei um segundo se quer.
Cuidei de Bella como eu nunca havia feito com ninguém, era como se ela fosse mais importante para mim do que qualquer outra pessoa, mais importante do que eu mesmo. E depois ainda pude desfrutar da maravilha que foi dormir com ela em meus braços.
No outro dia foi clara a melhora emocional dela, mas mesmo assim ainda estava sensível, e às vezes eu a pegava olhando para o nada, seus olhos perdidos e cheios de lágrimas. Era doloroso demais para eu ver aquilo.
- Ei, quer comer alguma coisa? Eu estou morrendo de fome... – na verdade eu exagerei um pouco, queria apenas a atenção dela.
- Não, não estou com fome... Mas vá comer, você passou o dia inteiro aqui comigo. – sua voz ainda parecia distante demais, mas eu não queria forçá-la a contar o que se passava na sua cabeça.
- Eu já volto ok? É rapidinho. – não gostava da idéia de deixá-la sozinha, eu podia ver nos olhos dela o quanto ela odiava isso também, mas naquele momento eu senti que ela queria alguns minutos de silêncio.
Dei um leve beijo em seus lábios e depois saí do quarto em direção à cozinha.
Beijar Bella foi uma das melhores coisas que eu já fiz na minha vida, não era como beijar qualquer uma, não era um simples beijo. Foi indescritível a sensação que eu senti, e também foi indescritível como a proximidade entre nós me fez ver o que eu realmente sentia por ela.
Na cozinha encontrei Alice e Jasper se pegando em um cantinho. Eles se separaram assim que me viram.
- Podem continuar, vou ser rápido aqui. – zombei com eles.
- Er... Eu vou ali... – Jasper ficou vermelho e então saiu da cozinha.
- Edward! – Alice fez cara feia para mim.
- Só falei a verdade... Jasper! Cara, volta aqui... – Jasper não me deu ouvidos e eu pude ouvi-lo subindo as escadas. Dei de ombros e comecei a procurar coisas rápidas para eu comer.
- Cade a Bella hein? Edward... Eu estou começando a ficar preocupada... – Alice começou a falar sério.
- Ela tá bem Alice, sério, eu estou cuidando dela. – afirmei.
- Mas o que aconteceu? – ela não desistiu de tentar saber.
- Não vou contar, se a Bella quiser, ela te conta depois. – isso era justo, afinal, Bella tinha direito de escolher quem devia ou não saber dessas coisas.
- Ela vai me contar depois. – Alice falou com convicção.
- Ok... – quem era eu para discorda da Alice...
- Vou atrás do Jasper, vejo você depois. – ela se despediu e saiu da cozinha.
Terminei de comer e então voltei para o quarto da Bella.
O quarto estava escuro, ela estava deitada, e a televisão que eu havia deixado ligada agora estava desligada.
Eu me aproximei da cama e liguei o abajur para acabar um pouco com aquela escuridão. Deitei-me ao lado dela e a abracei por trás.
- Tá dormindo? – sussurrei perto do seu ouvido.
- Não... – ela murmurou com a voz rouca, parecia estar chorando. Meu coração se apertou.
- O que foi? – perguntei, minha voz se alterando junto com meu humor.
- Preciso te contar. – ela começou a se sentar eu imitei seu gesto.
- Contar o que? Não precisa me contar nada... – e era verdade, eu não me importava mais com o passado dela, não me importava mais com nada.
- Preciso sim, aquelas coisas... Tudo que a Rosalie falou é a verdade... – eu a interrompi.
- Bella... Não precisa me contar. Eu juro que não me importo mais. – eu não queria vê-la sofrer, e eu sentia que esse assunto era o motivo de tudo isso.
- Não Edward... Eu quero contar, faz parte do nosso trato, lembra? – ela sorriu, mas seus olhos continuavam derramando lágrimas pesadas.
- Você tem certeza? – eu insisti.
- Absoluta... Deixe-me falar ok? – ela fungou e secou as lágrimas com as costas das mãos.
- Tudo bem. – aceitei, afinal de contas fazia mesmo parte do nosso trato.
- Quando minha mãe conheceu Charlie, meu pai para todos os efeitos, ele parecia ser o homem perfeito, sempre tratou-a da melhor forma possível. Mas depois que eles se casaram e se mudaram para longe dos pais de Esme, as coisas começaram a mudar. Ele se tornou agressivo, bebia demais, e já chegou a bater na minha mãe diversas vezes. Depois que Rosalie nasceu, as coisas pioraram cada vez mais. Meu pai voltava para casa uma vez a cada sete dias, e às vezes desaparecia por semanas com todo o dinheiro da minha mãe. Sua única fonte de sobrevivência sempre foi a lojinha de artesanatos que ela tinha na beira da praia, então, ela foi obrigada a trabalhar para sustentar a casa e ainda cuidar da Rosalie que era apenas um bebê. Algum tempo depois, a situação ainda era a mesma, mas piorou quando minha mãe descobriu que estava grávida novamente, de mim no caso. Desta vez foi pior, porque a cada dia que eu ia crescendo meu pai só tinha mais certeza de que minha mãe o havia traído, e o ódio dele por mim também crescia. Um ano depois a Alice nasceu, e parecia que Charlie conseguia me odiar cada vez mais e mais. Se você reparar bem, eu sempre fui muito diferente das minhas irmãs, elas são bronzeadas, tem olhos e cabelos escuros, e feições parecidas. Eu não tenho nada disso, sempre fui pálida demais, com olhos verdes e cabelo bem mais claro que o das minhas irmãs. Para dizer a verdade, até eu mesma sinto essa diferença, de longe, posso apostar que meu pai não é Charlie... Quando eu tinha uns oito ou nove anos, minha mãe começou a me deixar sozinha com meu pai, apenas no horário da noite, Alice sempre dormia cedo e Rosalie a ajudava na loja. Meu pai começava a dar sinais de melhora com a bebida, mas era apenas um grande engano, ele continuava bebendo escondido. Foi aí que as coisas começaram. Ele sempre me batia quando eu fazia algo errado, às vezes até demais. Mas nessas noites as surras que ele me dava eram sem motivo algum, parecia que ele se divertia pelo fato de me ver sofrendo... Nessa época eu nem pensava em contar nada para a minha mãe, ele sempre me ameaçou dizendo que se eu abrisse a boca ele faria pior... Minha mãe também nunca ligou muito para mim, ela sempre estava ocupada demais pensando nas contas que tinha para pagar, nunca pode me dar atenção da qual eu sempre precisei... Eu me tornei uma criança diferente das outras, sempre tive hematomas por todas as partes do corpo, sempre fui excluída dos grupos, eu sofria zoações na escola de todos os tipos e minha única diversão era ficar um tempinho sozinha na praia depois de voltar da escola, eu amava ficar sozinha, e ainda gosto... Com o tempo tudo piorou mais do que eu imaginei que poderia piorar. Aos 10 anos meu pai começou a abusar de mim sexualmente... Foi a pior coisa que já me aconteceu. Sabe, apesar de tudo, apesar das surras, de todas as broncas, de todo o ódio, eu o amava e acreditava que ele era meu pai, eu era apenas uma criança inocente! Mas ele não parecia ligar para isso, e eu continuei sofrendo calada, não pude contar nada para a minha mãe nem para as minhas irmãs... Ninguém podia me ajudar. Essa tortura toda durou quatro anos, até eu conhecer as bebidas e as drogas. Eu me joguei de cabeça nesse mundo, sem pensar em me arrepender ou voltar atrás. Aos quinze anos eu mal voltava para casa, não ia mais para a escola, já havia perdido o ano, e estava cada vez mais e mais viciada em tudo aquilo. E o pior de tudo, o que mais me dói, até hoje, é saber que ninguém nunca foi atrás de mim, nunca procurou saber onde eu estava ou o que eu estava fazendo, nunca! Minha mãe mal ligava se eu voltava para a casa ou não... Depois de algum tempo encontrei com a Alice, que é a única que se preocupou comigo naquela época. Conversamos alguns minutos e ela me disse que Charlie havia desaparecido, e depois de duas semanas encontrado morto na praia, tudo indicava que havia sido suicídio, mas não temos certeza até hoje. Eu ignorei a felicidade que surgiu em mim quando recebi a noticia da tragédia. Alice também me disse que as coisas em casa estavam melhores, e que Esme sentia muito minha falta, queria que eu estivesse em casa, e estava até pensando em colocar a polícia atrás de mim. Mas eu não quis voltar, estava feliz do jeito que vivia. Pedi que Alice não contasse a ninguém que me viu e falou comigo, pedi também que ela tentasse tirar da minha mãe essa idéia de tentar me encontrar e então fui embora.
“O que a Rosalie falou, sobre fazer sexo em troca de drogas, é a mais pura verdade, foi assim que eu alimentei meu vício, criei até vinculo com um desses homens, ele me deixava dormir na garagem dele... Sexo para mim sempre foi uma coisa suja, nunca senti necessidade, prazer, sexo é uma das coisas que mais me faz lembrar por tudo que eu passei... Eu tinha acabado de completar dezessete anos quando senti que as coisas começaram a fugir do meu controle, eu estava mal, muito mal. Naquela noite eu praticamente acabei com todas as drogas e bebidas que eu havia guardado, o meu vício estava fora do planejado. Eu senti que alguma coisa de ruim ia acontecer. Então eu usei todas as minhas forças para ir até a casa da minha mãe e tocar a campainha, e a última coisa que eu vi antes de cair inconsciente foi a cara de surpresa da Esme a me ver...” “Quando acordei, em um hospital, me sentindo totalmente péssima, como se um trator tivesse me atropelado, uma enfermeira que estava ali me informou que eu havia tido uma overdose de drogas e já estava ali a mais de três dias sendo desintoxicada.”
“Aquilo foi o que me parou, eu nunca pensei que teria uma overdose, por mais que eu exagerasse. Isso nunca passava pela minha cabeça. Mas quando aconteceu, foi que eu vi que tinha de parar, de um jeito ou de outro. E sabe quem foi o médico que cuidou de mim quando eu estava no hospital?... Sim, foi o Carlisle, eu meio que fui o cupido dele e da minha mãe... Não sei muito bem como aconteceu essa história... Depois de que saí do hospital, conversei com a minha mãe, contei tudo para ela, e ela me disse que sempre desconfiou de tudo, mas tinha medo de se opor ao Charlie. Eu fiquei horrorizada por ouvir aquilo dela, mas em certa parte compreendi. Ela preferia me ver sofrendo a brigar e apanhar novamente do Charlie... Nós duas, por final, concordamos de que eu precisava ir para uma clínica de reabilitação, tanto psicológica quanto de tratamento para a bebida e as drogas. Não foram nada fáceis os meses em que eu passei lá, a abstinência é uma das piores coisas na qual eu já experimentei. Mas por fim, eu saí de lá quase que curada de tudo isso. Minha mãe foi me buscar na clínica com Carlisle, eu estranhei, mas quando cheguei aqui, nessa outra casa, não na minha antiga casinha, eu compreendi tudo rapidamente...”
“Nos meses seguintes eu me concentrei em terminar meus estudos. Tive algumas recaídas, não em drogas, mas em bebidas, uma delas justamente no casamento da minha mãe, quando te conheci... Eu não sei direito porque fiz aquilo, era uma tristeza tão grande... Como se eu tivesse sido substituída, apesar de saber bem que seu pai nunca quis meu mal, e minha mãe nunca levou isso dessa forma, para mim sempre foi difícil aceitar que minha mãe tinha atenção de sobra para um estranho e para mim não. Mas com o tempo eu aprendi a levar isso da melhor forma possível... Nunca encontrei amigos de verdade, e a pessoa mais próxima de mim é a Alice, e o Mike também, um dia você vai conhecê-lo...”
“Hoje eu posso dizer que não uso drogas há muito tempo e me orgulho disso. A bebida também já não me faz o mesmo mal de antes. A única coisa que ainda me atinge é meu relacionamento com a minha mãe... Mas acho que isso nós nunca vamos superar. E essa é a minha triste, mas real, história.”
“Eu sou mesmo uma pessoa suja, imunda, da forma que a Rosalie falou, mas eu tenho os meus motivos de ser assim, do jeito que eu sou. – Bella finalizou sua história e respirou fundo.
Eu fiquei paralisado, acho que por minutos, ou horas.
Não podia acreditar em tudo aquilo que ela dizia ser sua história de vida... E eu que antes achava a Bella uma pirralha, criança, que não sabia nada sobre a vida e esse mundo estranho, agora a achava a pessoa mais forte do mundo... Nem eu mesmo tenho a certeza de que seria capaz de passar por tudo isso e ainda ficar de pé.
- Bella... Eu... – não conseguia pronunciar as palavras da forma que queria, ela me interrompeu.
- Não Edward, eu entendo. Eu devia ter te contado antes, não ter me envolvido assim... Você merece alguém muito melhor do que eu. Agora você sabe que tem coisas que eu não vou poder te dar, você sabe sobre as coisas que eu passei. Eu entendo que você não vai querer mais ficar perto de mim... – eu a interrompi antes que ela falasse mais asneiras.
- Isabella! – eu usei um tom autoritário, talvez não fosse a hora para aquilo, mas eu não pude controlar, ela me tirou do sério dizendo aquelas coisas. – Bella, eu não ligo! Eu não me importo! Eu quero você assim, do jeito que você é, com seu passado, com seus traumas, com as suas lembranças! Eu não me importo!... Agora eu, sinceramente, acho você mais forte e corajosa do que eu imaginava. Bella, não é qualquer pessoa que aguentaria passar por tudo que você passou e ainda sorrir! Viver – mesmo que de um modo diferente –, mas viver como você vive! Você é maravilhosa só por acordar todos os dias e seguir em frente depois de todas essas coisas! Eu me orgulho de você! – desabafei, e ela pareceu maravilhada em me ver falando aquelas coisas.
Se ela soubesse... Se ela soubesse que eu ficaria elogiando-a a noite inteira só para ver os olhos delas brilhando dessa forma...
- Eu não vivo, eu apenas respiro. Muitas partes de mim foram morrendo com o passar dos dias, não sou uma pessoa inteira, me movo aos pedaços... Tento não pensar muito no meu passado, mas ele me persegue, todos os dias. Eu sinto que algum dia eu não vou mais aguentar, eu vou desistir Edward. – ela continuava a chorar, e sua voz era apenas um sussurro.
– Não vai desistir, eu não vou deixar! Vou te reconstruir todos os dias, vou tirar partes de mim para te completar se for preciso! Não me importa mais Bella, e sabe por quê? Porque eu já estou envolvido, mas do que imaginei estar. Enquanto você me quiser, eu vou estar aqui. Aqui no seu presente, construindo seu futuro, e nada de ficar lembrando as coisas do passado! – eu estava me sentindo estúpido, mas não conseguia achar outra forma de mostrar para ela o quanto ela era importante para mim.
Bella continuou me olhando e chorando. Meu desespero começou a crescer, eu não aguentava mais vê-la chorando!
- Sabe... Ninguém nunca disse coisas tão profundas para mim... – ela sussurrou em meio a um sorriso bobo enquanto olhava para as próprias mãos.
Eu também sorri e me aproximei dela, abraçando-a.
– Você gostou? Posso dizer coisas assim por dias seguidos, se isso te fizer bem. – ela se aconchegou em meu peito e me abraçou também.
– Não precisa dizer por dias seguidos, podem ser de anos em anos, desde que sejam verdadeiras, eu vou lembrar-me delas para sempre. – ela continuou falando baixinho, mas parecia ter parado de chorar, eu fiquei aliviado.
– São verdadeiras, todas as minhas palavras são verdadeiras. – eu afirmei com a maior convicção que pude.
– Então isso basta. – Bella falou e eu confiei em suas palavras.

Isabella Swan;

Segunda feira!
Dei graças a Deus quando o final de semana acabou, eu estava sobrecarregada! Precisava dormir, precisava comer, precisava sair daquele quarto, precisava respirar!
Ir trabalhar e ver pessoas diferentes me deu quase que eu alívio, eu estava me sentindo sufocada.
A única coisa a qual fez tudo valer à pena foi o Edward.
Sim, parecia que quando eu estava com ele tudo fazia sentido, desde as piores coisas até as melhores. A maioria dos porquês tem respostas agora.
É tão engraçado pensar sobre o que está acontecendo...
Eu, Bella Swan, que sempre jurei de pés juntos que nunca me apaixonaria na minha vida, eu que jurei ser feliz sozinha, que pensei que amor era uma coisa inexistente, imaginação das pessoas... Sim, eu pensava isso. Imaginava que as pessoas não poderiam ser felizes demais, ter alguém que as entendam com tanta facilidade como nos filmes e novelas. Isso para mim era pura basbaquice! Mas agora... Agora eu paguei com a minha língua, é como dizem, “Aqui se faz, aqui se paga”, pois bem. Agora aqui estou então, tão apaixonada quanto jamais estive. Eu não podia esconder mais, tinha que confessar, nem que fosse para mim mesma! Eu estava mais apaixonada pelo Edward do que deveria estar. Mas, sinceramente, não estava ligando mais. A única coisa que me preocupava era saber se ele iria me corresponder ou não, e agora que ele já garantiu o quanto gosta de mim – mesmo sabendo de toda a minha horrível história –, eu vou deixar tudo rolar. Vai ser do jeito que tiver de ser.
- Sua mãe pegou seu carro de novo bi?! – Mike exclamou assim que saímos da loja e meu carro não estava à vista.
Droga! Como eu ia explicar para ele que Edward insistiu em me trazer até aqui? Mesmo que isso o tenha feito se atrasar por pelo menos uns vinte minutos, e que ele também tinha prometido vir me buscar se eu pudesse esperá-lo chegar até aqui. Já que ele saía do trabalho no mesmo horário que eu, mas era muito mais longe do que algumas quadras. Eu não pude recusar, quando ele me olhava daquele jeito...
- Não, não... Eu vim de carona com um... amigo meu. – Menti, Mike não podia saber, não agora.
- Amigo? Não me engana não!... Quem é o bofe que está fazendo seus olhinhos brilharem mais do que glitter cor de rosa? Mais do que os meus brilham quando eu vejo uma liquidação! Uh! – ele deu um pulinho super afeminado, me incentivando a contar.
Eu ia ter que contar... Mesmo que superficialmente, mas ia.
- Você não o conhece... Não pessoalmente... – eu enrolei, isso deixou Mike mais curioso ainda.
- Me diz o nome! – ele jogou sua franja loira para o lado, esperando ansioso pela resposta.
- Hm... É o Edward. – falei, e por fim suspirei, esperando que Edward chegasse e eu pudesse ir embora sem dar explicações. Se bem que eu iria ter de explicar no dia seguinte de qualquer jeito...
- Espera... Ai, minha nossa senhora do salto agulha! Me segura que eu vou cair! Edward não é o filho do Carlisle? – Mike estava chocado.
- Sim é... – eu ouvi o barulho de um carro parando perto de nós. – E por falar nele... – olhei para o lado a fim de me certificar de que era mesmo ele, e estava certa.
- Vai me contar tudo depois, sua doida! – ele falou enquanto eu abria a porta do carro.
- Tá bom, até amanhã. – entrei no carro e suspirei de alívio.
Olhei para o Edward e então vi que ele encarava o Mike com uma expressão muito engraçada.
- Esse é seu amigo Mike? – ele murmurou para mim, finalmente colocando o carro em movimento.
- Sim. – eu dei risada do modo como ele falou.
- Ele... – Edward segurou o volante com uma só mão, e com a outra ele desmunhecou, fazendo um gesto muito gay, e depois colocando o indicador na boca e me lançando um olhar sexy. Eu quase fiz xixi nas calças de tanto rir. –Né?... – ele voltou a dirigir normalmente.
Eu continuei rindo do modo como Edward interpretou a palavra ‘gay’.
- É... Ele consegue ser mais feminino do que eu! – exclamei, me lembrando de todas as suas roupas rosa e suas bolsas de marca.
- Ui mona! Adoro! – Edward desmunhecou outra vez.
Ah... Que isso não se torne um hábito, por favor... Porque senão, eu teria vários ataques de risos por dia.

Continua...

Nossa... a história dela é pior do que eu imaginei. Sofrer todos esses abusos do próprio pai... mesmo não sendo ele o pai biológico? A morte foi pouco pra ele. Espero que agora com o Edward por perto pra cuidar dela, ela possa se curar definitivamente de todo esse trauma. E que ela e a mãe consigam superar tudo e seguirem em frente. Beijos e até mais tarde.
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2 comments:

  1. Aí chorei muito!! Lindo, trágico, emocionante!!

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  2. o Ed imitando um são paulino foi foda !

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Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...