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Monday, February 13, 2012

FANFIC - FUCKIN PERFECT - CAPÍTULO 20


Bom dia povo! O capítulo de hoje dá um pequeno salto no tempo e poderemos ver como é a Bella como mamãe...

Título: Fuckin Perfect
Autora(o): Luana G.
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Álcool, Drogas, Homossexualidade, Linguagem Imprópria, Mutilação, Nudez, Sexo, Violência

Fuckin Perfect
By Luana G

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 20

Talk to me softly,
(Fale comigo suavemente,)

There is something in your eyes.
(Há algo em seus olhos.)

Don't hang your head in sorrow,
(Não abaixe sua cabeça na tristeza,)

And please don't cry.
(E por favor, não chore.)

I know how you feel inside I've,
(Eu sei como você se sente por dentro,)

I've been there before.
(Pois eu tambem já me senti assim.)

Something is changin inside you.
(Algo está mudando dentro de você.)

And don't you know.
(E você não sabe.)

Don't you cry tonight.
(Não chore esta noite.)

I still love you, baby.
(Eu ainda amo você, querida.)

Don’t Cry – Guns N’ Roses


**********UM ANO DEPOIS***********

Isabella Swan;

Ouvi um barulho incomodo, algo que soava fino e sem intervalos. Aquilo estava atrapalhando meu sono.
O barulho continuou, e eu abri os olhos.
O barulho era um choro que vinha do berço que estava apenas a alguns metros de distância da minha cama.
Melanie.
Olhei no relógio digital que havia no meu criado-mudo. 09:59. Ela é tão precisa quanto um reloginho.
Levantei-me e caminhei até o berço, vendo-a se acalmar assim que eu entrei em seu campo de visão.
Peguei-a no colo e beijei sua testa.
- Bom dia meu amor. – fiquei um tempinho abraçada com ela, sentindo aquele cheirinho de bebê que eu descobri que amava, mas então a resmungona começou a chorar novamente e fui alimentá-la de uma vez.
Peguei a mamadeira que estava dentro da bolsa térmica rosa, e me sentei na minha cama, com ela ainda em meus braços.
- Pronto, pronto. – sussurrei, vendo-a se acalmar assim que começou a se alimentar.
Quase doía olhar para o meu bebê.
Ela era perfeita, óbvio, dois olhos, uma boca, uma nariz, duas orelhas pequenas, poucos fios de cabelo liso e extremamente loiro, dois braços, duas pernas, todos os dedos em seus devidos lugares e enfim, tudo que uma criança saudável deve ter.
Mas o maior problema era que ao invés de ela nascer parecida comigo, ela saiu a copia perfeita do Edward.
Igualzinha, sem tirar nem por.
Os olhos então... Era algo quase assustador, se eu fixasse meu olhar no dela por algum tempo, quase podia imaginar que era o Edward me olhando com aqueles olhos azuis-esverdeados penetrantes.
Só de pensar que no começo foi extremamente difícil aceitar a idéia de estar grávida e sozinha... Se o Edward estivesse comigo, seria tudo muito mais fácil. Ele me ajudaria, e mesmo que ainda estivéssemos brigados, nós faríamos as pazes e ficaríamos noites acordados pensando em nomes para colocar no nosso bebe... Mas não foi assim, eu tive de me virar sozinha.
É claro que tive muita ajuda vinda da Esme e da Alice, mas psicologicamente, eu tive de aguentar tudo sozinha.
Talvez, se bem no começo eu já soubesse que estava grávida, antes mesmo de viajar, ou então quando estávamos lá, brigados, eu teria dado um jeito.
Eu pediria desculpas mesmo sabendo que a culpa não era minha, eu imploraria para ele voltar mesmo sem ter um emprego bom aqui, eu faria qualquer coisa para tê-lo do meu lado durante essa experiência. Mas eu não sabia, eu nem me toquei, nem imaginei que existia essa possibilidade.
Porém, agora, pensando melhor, eu consigo me lembrar claramente de algumas vezes em que os hormônios falaram mais alto do que a consciência de se prevenir.
Pura inconsequência das duas partes, é obvio.
Eu nunca culparia só o Edward, nem só a mim. Era uma culpa dividida, mas que hoje eu não dava à mínima.
Eu demorei séculos para me acostumar com a idéia de ter um filho, ou no caso, uma filha. Mas desde o começo, eu sabia que o Edward não deveria saber de nada.
Não sabia direito o motivo dessa minha decisão, mas alguma coisa me dizia para que eu não falasse nada para ele.
Só mais tarde, quando eu já a tinha em meus braços que eu fui perceber que se eu tivesse contado, ele provavelmente ia querer tomá-la de mim, e isso me deixou aflita.
Carlisle foi o único que bateu um pouco de frente comigo, ele achava que o Edward tinha direito de saber que tinha uma filha, mas depois que eu contei sobre as coisas que aconteceram nos últimos dias em Londres, ele concordou em manter o segredo sobre a gravidez. Pelo menos até ele voltar...

*Flash Back on*

- Bella, ele tem direito de saber, ele é o pai! – Carlisle falou pela décima vez, eu não aguentava mais ouvir aquilo.
Era tanta coisa na minha cabeça que eu pensei que fosse explodir.
- Ele me trocou pela droga de um emprego Carlisle! E se eu contar? O que ele vai fazer? Mandar um dinheiro todo mês pela minha conta e vim visitar a criança quando ela nascer? Não, eu não quero isso. – continuei firme na minha decisão de não contar nada ao Edward.
- E se ele resolver voltar? – Carlisle estava me desafiando.
- Vai ser pior ainda, eu nem vou conseguir olhar na cara dele! Ele ficou bêbado nos três últimos dias que em que eu estava lá, teve crises idiotas de ciúmes do próprio irmão, e ainda queria que eu me sentisse culpada! Eu não vou contar nada, ele está a milhares de quilômetros de distância, não precisa saber de nada! – Já estava prestes a começar a gritar, Esme, Alice e Jasper observavam tudo calados.
- E quando ele voltar? – Carlisle estava começando a ceder.
- Aí nós podemos conversar de novo. – eu falei, e ele assentiu.
Como se o Edward algum dia fosse mesmo voltar... Doce ilusão da parte dele. Edward não voltaria nunca. Ou pelo menos era o que eu esperava.

*Flash Back off*

Fui ao médico várias e várias vezes – nas últimas semanas de gestação, eu cheguei a ir duas vezes por semana ao hospital -, fiz milhares de exames com nomes confusos que eu nunca entendi para que serviam, comecei a tomar umas vinte vitaminas, tive de começar a me alimentar melhor, seguindo uma dieta que a médica passou, e o mais difícil de tudo, o que eu tive mais dificuldade de fazer, tive de parar de fumar. Foi um sacrifício enorme, mas eu consegui.
Quando eu fiz o primeiro ultrassom – com um pouco mais de três meses de gestação - e eu a vi pela primeira vez, quando eu vi que minhas calças jeans apertadas não serviam mais e tive que sair para fazer compras com a Alice em uma daquelas lojas que eu nunca imaginei entrar, quando eu percebi que as pessoas começavam a reparar na minha barriga e sorrir para mim, ou quando alguém perguntava se era menino ou menina, um pouco mais tarde, quando eu a senti se mexendo dentro de mim, mas principalmente, quando eu a peguei em meus braços pela primeira vez... Aí sim eu tomei consciência do que estava acontecendo. Foi como se eu tivesse acordado para a vida naquele momento, como se antes meus objetivos fossem meio sem foco, sem direção certa, e naquele momento, tudo ficou claro e definido. Foi quando eu comecei a viver para a Melanie e não para mim mesma. Era só ela, ela e ela, e ainda é, até hoje. Eu não penso mais em mim mesma, confesso que eu me esqueci totalmente. Eu me foco nela, e me sinto bem assim, não penso mais em Edward, não penso mais no meu passado, não penso mais em nada que não seja relacionado a ela. A minha vida.

*Flash Back on*

E então, depois de nove meses de espera, ela estava ali, nos meus braços pela primeira vez, chorando em plenos pulmões para o hospital inteiro ouvir.
- Qual vai ser o nome? – a enfermeira loira na qual eu havia me esquecido o nome assim que ela o pronunciou – por culpa daquela dor infernal que me fazia querer morrer ao ter que sentir aquilo -, perguntou docemente.
- Melanie, minha Mel. – eu sorri, e então a levaram de mim.
Fechei os olhos e voltei no tempo...
Eu tinha apenas 7 anos, eu ainda era uma criança inocente e normal que não fazia a menor idéia das coisas horríveis que a esperavam pela frente. Eu havia ganhado a minha primeira boneca de verdade. Daquelas que você podia fazer inveja nas amiguinhas que não tinham uma igual aquela. Esme havia me falado que eu teria de dar um nome a ela, e na mesma hora Melanie me veio à mente. Para mim, Melanie era o nome mais lindo que alguém poderia imaginar. “Um nome de princesa” eu havia dito enquanto abraçava a minha boneca de vestido cor de rosa.
Sim, aquele era o nome perfeito.

*Flash back off*

Se eu ainda amo o Edward?
Sim, infelizmente, com todas as forças que ainda me restam, mas isso não muda nada, então eu ignoro esse meu sentimento que já deveria ter ido embora. Tenho medo dele voltar de repente, sem avisar, dele descobrir sobre a Mel e querer tomá-la de mim...
Por isso eu procuro não pensar nele e me focar em qualquer outra coisa.
Eu queria que o Edward ficasse no passado, é claro que eu vou me lembrar dele a cada vez olhar para Melanie, de tudo que tivemos, toda a nossa pequena - mas perfeita - história de amor.
Eu queria que tudo que passamos juntos ficasse apenas guardado em um lugar bonito nas minhas lembranças. Queria que pensar nele não me doesse tanto. Mas parecia ser impossível.
Foi incrível a facilidade que ele teve de me largar, de jogar todas as promessas para o alto, de dizer que precisava de um tempo.
Ele, que me prometeu milhares de coisas, milhares de lugares, milhares de abraços e beijos. Ele prometeu que ficaria do meu lado para sempre, ele prometeu que me ajudaria, e que não me deixaria ficar mal novamente...
Mas e agora? Agora essas promessas não tinham mais sentido. Nada mais havia sentido. Ele me largou no momento em que eu mais precisava dele.
No tempo em que eu ainda estava grávida, eu cogitei a idéia de contar para ele tudo o que havia acontecido, mas pensando na forma como ele mudou de repente, pensando em como ele conseguiu me largar com tanta facilidade, como se eu fosse um brinquedo que ele enjoou de brincar, eu me esqueci dessa idéia rapidamente.
Eu nunca vou entender o que aconteceu com o Edward.
Mike, Jacob e Rennesmee – que eu finalmente aprendi a falar o nome corretamente - são as únicas pessoas que sabem sobre a existência da Mel, e também sobre quem é o pai dela.
Eu realmente confiava neles.
Mike continuava em Paris, me mandava e-mails de semana em semana com direito a fotos e até vídeos dos lugares novos que ele visita. Sempre respondo os e-mails dele com novas fotos da Mel, que ele chama de “pequena bi” ou “mini mona”. Bizarro, eu sei.
Eu havia me aproximado bastante de Jacob depois que o Mike foi embora, talvez porque eu não tinha mais com quem conversar, a não ser com o pessoal de casa. E ele me passa uma segurança enorme, eu me sinto como uma irmã dele. Rennesmee também, ela é um anjo em forma de pessoa. Tem feições de crianças, apesar de não ser mais uma, e às vezes se veste com roupas tão delicadas que eu fico me perguntando se ela é mesmo humana. Alice virou sua melhor amiga de compras, por isso, ela e Jake vivem aqui em casa. Esme ficou feliz em me ver com novos amigos.
Mel terminou seu café da manhã e então ficou me olhando, fazendo barulhos estranhos com a boca. Eu sorri para ela.
- Vou me trocar e nós já vamos descer. Fiquei quietinha aqui. – falei para ela, mesmo sabendo que não haveria resposta, e a deixei no berço.
Ela ameaçou começar a chorar, mas continuou quieta.
Peguei uma roupa descente no closet e fui ao banheiro fazer minha higiene matinal, mantendo sempre um olho na Melanie que estava deitada no berço olhando incansavelmente os elefantes cor de rosa que giravam no seu móbile colorido. Presente da Rennesmee.
Meu quarto e meu banheiro haviam mudado bastante. Agora havia mais rosa do que eu gostaria, mais rosa do que eu podia imaginar, em mais tons do que eu imaginava existir. Mas tudo por uma boa causa. E por necessidade também. Tudo pela Melanie.
No banheiro agora havia uma banheira de plástico, cor de rosa, com suporte de ferro, sem contar os vários shampoos, condicionadores e cremes coloridos que a Alice comprava para a Mel – ela nem tinha cabelo direito ainda! -.
No quarto agora havia um berço grande e branco encostado à parede que antes era vazia, quase como se o lugar dele sempre estivesse sido guardado.
No lugar da minha cômoda média, agora havia uma cômoda branca enorme cheia de enfeites rosa com um trocador de fraldas e vários utensílios que eram da Melanie.
Do lado da cômoda, um pouco afastado e também perto da porta do banheiro, havia um guarda-roupa pequeno combinando com a cômoda, que também era da Mel.
Minha cama estava bem mais perto da outra parede, e no meio do quarto havia um tapete grande e confortável aonde eu brincava com a Mel às vezes. Também havia uma poltrona super confortável ao lado do berço, aonde eu já acabei passando a noite diversas vezes.
Ser mãe não é nada fácil!
Troquei a fralda da Melanie antes de descermos, e então fui tomar meu café da manhã.
Não havia ninguém em casa esse horário, era sexta-feira e todos estavam trabalhando. Menos eu, é claro. Eu havia me despedido um mês antes da minha bolsa estourar, havia guardado quase todo o meu salário desses meses de gravidez no banco e agora eu podia ficar sossegada por algum tempo, ou até pelo menos arranjar alguém para ficar com a Melanie se eu conseguisse um emprego descente.
Todos os dias eram a mesma coisa: Acordar, dar mamadeira para a Melanie, tomar café, assistir televisão com a Melanie, dar almoço para a Melanie, almoçar, brincar com a Melanie/passear com a Melanie, dar mamadeira para a Melanie, tomar café, dar banho na Melanie, fazer a Melanie dormir, ter um tempinho para mim, esperar a Melanie acordar, dar mamadeira para a Melanie, jantar enquanto a Melanie era paparicada pelos avós e tios. Preparar as mamadeiras noturnas da Melanie e então ir dormir com a Melanie. Cansativo, muito cansativo. Nos fins de semanas as coisas geralmente mudavam, às vezes íamos à praia, ou ficávamos na piscina quando não estava muito sol. Às vezes íamos para a casa do Jake – que agora morava com a Rennesmee - e outras vezes – bem raras - eu deixava a Melanie ir passear no shopping com Jasper e Alice e voltar cheia de presentes e brinquedos.
Já disse que ela adora andar de carro? Pois é, adora!
Conforme ela vai crescendo – rápido demais, para mim - as coisas vão mudando um pouco.
Eu estava terminando de trocar a fralda da Melanie – outra vez -, quando ouvi o barulho da porta da frente se abrindo, e logo depois a voz da Alice e do Jasper.
Peguei a Mel no colo e desci as escadas.
- Olha quem está aqui! A coisinha mais fofa da titia Alice! – Alice quase correu na minha direção para pegar meu bebe dos meus braços.
- Toma cuidado com ela Alice! – falei, andando atrás dela enquanto ela ia para a sala.
- Pode deixar Bella, tá comigo tá com Deus. – Alice falou, fazendo cócegas na barriga da Mel, que começou a rir.
- Alice, você vai machucá-la! – falei, já ficando aflita com aquela brincadeira boba.
- Não vou não, ela gosta de cócegas. – Alice continuou, Mel já estava vermelha de tanto rir.
- Ela só tem sete meses, ela não sabe falar se gosta ou não. – já estava prestes a arrancar a Melanie do colo da Alice quando ela finalmente parou.
- Sua mãe é muito resmungona sabia? – Alice falou e a Mel gargalhou, como se entendesse o que ela estava dizendo.
Jasper começou a rir também.
- Me deixa segurar ela um pouco também. – Jasper falou, sentando ao lado da Alice para começarem a disputar de quem era à vez de segurar a Melanie.
Eu os deixei lá e fui para a cozinha preparar a minha janta.
Nesses últimos meses em que eu fiquei a maior parte do tempo sozinha em casa, tive de aprender a cozinhar algumas coisas, nada muito elaborado, claro. Mas eu sabia me virar muito bem. Assim que eu terminei de comer, e estava lavando as coisas que eu sujei, Esme e Carlisle chegaram.
- Como vai a minha netinha preferida? – ouvi Carlisle falar animadamente.
Eu sorri. Ele não tinha outra neta, é claro que ela seria a preferida.
- Oi Bella! – Esme entrou na cozinha carregando caixas de pizza.
Sexta-feira, dia de comer besteira ou invés de comida saudável.
- Oi mãe. – respondi, terminando de guardar os talheres secos na gaveta.
- Comprei pizza, vamos comer. – ela falou, tirando as tampas das caixas quadradas e levando-as para a sala de jantar.
- Já jantei, vou tentar fazer a Mel dormir um pouco mais cedo hoje, eu estou caindo de sono. – falei e logo depois bocejei.
- Se quiser podemos olhá-la um pouco. – Esme falou.
- Só enquanto eu tomo um banho, pode ser? – falei, ajudando-a levar os pratos para a mesa.
- Claro, vai lá. – ela sorriu para mim, e eu fui para o meu banho.
Dei uma passadinha na sala antes, precisava ver se a minha filha ainda estava inteira e depois de vê-la rindo no colo do Carlisle, subi para tomar banho.
Não demorei, mesmo sabendo que eles cuidariam dela o tempo que fosse preciso, eu não gostava de deixá-la sozinha.
Desci, fiz as mamadeiras, coloquei na bolsa térmica cor de rosa e peguei a Melanie para irmos dormir.
- Dá boa noite, Mel. – brinquei, pegando a mãozinha dela e fazendo-a dar tchau.
- Boa noite, Mel. – todos falaram em coro, eu dei risada e nós subimos.
Deixei-a no berço enquanto fui buscar uma roupa confortável para trocá-la e fazê-la dormir, quando voltei, ela estava sentada tentando se apoiar nas grades do berço para ficar de pé. Agora que havia aprendido a ficar sentada sozinha ela não parava mais quieta.
- Você não vai dormir agora, não é mesmo? – falei, observando a sua animação.
Ela me olhou com cara de sapeca e eu dei risada.
Deixei-a lá na sua tentativa de ficar de pé enquanto fui arrastar minha cama até encostá-la na parede, o que não é um trabalho fácil, já que a minha cama não é das menores, mas assim eu poderia deixar a Melanie do meu ladinho sem me preocupar em levá-la para o berço para não cair.
Coloquei alguns dos seus brinquedos preferidos ali e depois fui colocar meu pijama, fazendo o mesmo com ela logo em seguida.
Levei-a para cama, e levei também meu notebook, precisava responder aos e-mails do Mike antes que ele pensasse que eu morri.
Assim que a tela do notebook acendeu, mostrando uma foto de fundo de Melanie e eu tirada há algumas semanas atrás quando fomos à praia, Mel ficou em êxtase, queria tocar e brincar com as teclas e esqueceu totalmente dos seus brinquedos. Eu mal consegui responder o primeiro e-mail do Mike, desisti logo em seguida.
Guardei os brinquedos e o notebook enquanto Melanie me seguia com os olhos. Desliguei a luz e acendi o abajur logo em seguida, voltei para a cama e me deitei ao lado dela, que continuou sentada.
- Vem dormir com a mamãe, vem. – tentei fazê-la deitar, mas ela resmungou e se sentou novamente, com um pouco de dificuldade.
Eu estiquei a mão até alcançar a gaveta do criado-mudo e tentei achar algo para ela brincar até ter sono. Depois de fuçar um pouco meu dedo acabou preso em alguma coisa, eu puxei vi um colar de estrela enrolado ao meu dedo. Eu conhecia aquele colar... Assim que Melanie bateu o olho nele fez barulhos com a boca e estendeu a mão para pega-lo. Eu dei a estrela para ela, sentindo meu coração martelar freneticamente.
- Não coloca na boca. – sussurrei, sentindo várias lembranças invadirem a minha mente de uma força quase assustadora.
Não adiantou, foi quase o mesmo que falar “Coloquei isso na boca, Melanie”. Mesmo assim, deixei-a brincar por um tempo e depois tirei dela, jogando-o no chão. Eu esperava que aquilo sumisse junto com a minha memória.
Melanie começou a chorar, mas logo o sono foi mais forte e ela veio se deitar ao meu lado para dormir.
A noite foi extremamente longa, acordei várias e várias vezes, e quando eu finalmente conseguia dormir, sonhava com o Edward.
Era quase um pesadelo porque quando eu acordava e percebia que não passou de um sonho, me deixava tão assustada quanto aqueles pesadelos horríveis.
Às dez da manhã em ponto, Melanie me acordou, estranhamente não chorando, apenas apertando meu nariz e mordendo minha bochecha. Eu fiz careta e ela deu risada.
- Acordou de bom humor hoje é? – falei, abrindo os olhos que ainda estavam pesados pela falta de sono.
Levantei e fui buscar a mamadeira dela em cima da cômoda antes que o seu bom humor matinal acabasse.
Estava quase terminando de dar o café da manhã para a Melanie quando comecei a reparar em uma movimentação fora do normal no andar de baixo. Ninguém costumava fazer muito barulho esse horário, pois sabiam que a Melanie estava acordando. Que estranho.
Ouvi vozes diferentes das que eu estava acostumada ouvir, barulho da porta da frente abrindo e fechando algumas vezes. Mais vozes, muita conversa, eu diria que eram várias conversas ao mesmo tempo. Uma risada estrondosa que me lembrou da risada de alguém que eu conheço...
Emmett? Não, eu só posso estar ficando louca.
Nesse momento alguém abriu a porta do quarto com violência.
- Bella! – era Alice, parecia estar desesperada.
Ela fechou a porta e veio até a mim, se sentando na minha frente. Nem ao menos brincou com a Melanie. Ok, tem alguma coisa errada.
- Me escuta e fica calma ok? – ela falou, respirando fundo e mantendo a calma.
- O que foi? – coloquei a mamadeira vazia em cima do criado-mudo, sentei a Melanie no meu colo e a segurei firme só por precaução.
- O Edward ele... O Edward voltou Bella... Ele está ai embaixo junto com Emmett e a Rosalie.

Continua...

Que lindo ela ter uma menina! E a cara do Edward! É pra que não paire nenhuma dúvida de que ele é o pai. E ele chegou com 01 ano cravadinho no calendário. Só quero ver agora o que ele vai fazer quando der de cara com a Mel. Vamos ver amanhã. Beijos e até mais tarde. 
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2 comments:

  1. nossa, quanta coisa! eu não ia quere ele de volta mais nem .. não ia negar a filha que é dele tbm, mas eu não ia fica com ele #fato
    loca pra sabe oq vai acontece !!
    não vejo a hora chega amanha kk

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  2. Oi!
    Sabe que eu também acho que aceitaria ele de volta.
    Mas vai saber o que pode estar passando no coração deles né?
    Quem sabe ela dá um segunda chance pra ele?
    Vamos esperar.
    Beijos.

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