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Monday, February 27, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 12


Boa tarde gente! Preparem-se por que hoje vocês vão começar a odiar o Edward e a chorar junto com a Bella...

Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 12

Bella pov’s

Um cheirinho bom tomou minhas narinas. Pouco a pouco minhas pálpebras foram subindo e a luz de uma manhã ensolarada cegou-me. Eu estava no quarto de Edward; nosso quarto agora. Algo me cobria, um edredom. Sentei-me lentamente. Voltei minha cabeça para o closet e vi Edward de pé, vestindo terno e gravata, diante do espelho. Sorri. Levantei-me e o abracei por trás.
–Bom dia. – disse super meiga. – Por que está vestido assim? – perguntei próximo ao seu ouvido. Edward se desvencilhou de minhas mãos. Pensei que me puxaria e me abraçaria, mas Edward apenas me afastou e suas mãos foram para o nó da gravata. Estranhei. Edward estava tão distante! Sentei na cama balançando a cabeça. Eu devia estar sensível. Só por que ele se esquivou do meu abraço não significava que estava me rejeitando. 
–Então aonde vamos? – perguntei imaginando que ele se arrumava para me levar a algum lugar.
–Vou trabalhar, claro. Não é por que eu casei que abandonarei minhas incumbências. – ele falou num tom ríspido. Meus olhos devem ter se esbugalhado. Edward estava brincando comigo?
–Pensei que ficaríamos um tempo longe da empresa para aproveitarmos o casamento. – murmurei olhando-o terminar de se arrumar em frente ao grande espelho no closet. Ouvi uma risada sarcástica de Edward.
–Você já passou uma semana sem trabalhar, quer mais dias à toa? Só por que sou seu marido não significa que irei passar a mão na sua cabeça. Recomendo que se vista e vá trabalhar. Seus pertences estão no quarto em frente a esse, o SEU quarto. Eu não vou esperá-la, vá de táxi ou ônibus. 
Antes que eu me recuperasse do choque das palavras de Edward, ele se foi. Fiquei parada, perplexa, esperando que ele voltasse, me cobrisse de beijos e disse algo como “brincadeirinha”; Edward não veio. Eu fiquei só no quarto reprimindo a vontade avassaladora de chorar. 

–Bella? – Jessica disse enquanto eu passava para o meu local de trabalho. Eu devia estar com uma cara horrível. Não tinha tomado café, apenas tomei meu banho, peguei qualquer roupa e vesti. –O que está fazendo aqui? Não deveria estar na sua lua de mel? – ela perguntou enquanto eu sentava em minha cadeira e ligava o computador. 
Sorri falsamente e fiz a única coisa que me ocorreu: mentir.
–Edward tem uns assuntos para resolver, me pediu para adiarmos nossa viagem. Eu concordei. – não olhei para Jessica enquanto falava, procurei olhar para meu computador. 
–O pessoal comentou que Edward veio para o trabalho, mas não acreditei. E o que está fazendo aqui? Não deveria estar em casa descansando? 
–Ah Jess eu fiquei preocupada com o trabalho e vim. Não queria ficar à toa em casa. Edward bem que quis, até veio sem me avisar, mas eu vim de ônibus. –mais mentiras. Eu não poderia contar a verdade humilhante. Eu ainda não tinha absorvido o que aconteceu. 
–Você é doida! Se estivesse no seu lugar estaria me bronzeando ao invés de vir trabalhar. Ele é o dono da empresa Bella, o seu marido gostoso. Deveria parar de trabalhar e curtir a vida menina! – a voz de Jess, super empolgada, parecia estar longe. 
–Eu não quero ter privilégios só por que sou sua mulher. – murmurei voltando a atenção ao meu trabalho. 
–E aí? Com se sente sendo uma celebridade? As pessoas que agora sabem do seu relacionamento com o Edward estão chocadas! Você notou como todos te olham? Agora irão puxar o seu saco, você tem sorte!
–Jess, se quer saber estou tão avoada que nem notei. 
–E por que está tão avoada hein Bella? Ah, eu sei. Aposto que a noite foi ótima! É por isso que você está com essa cara de cansaço e não está notando nada ao seu redor! Vai Bells, conta! Como foi sua primeira noite? Quero saber de todos os detalhes! Edward é bom de cama? Quantos centímetros o Edward Júnior tem? – seguido de seu discurso Jess riu. Procurei mudar de assunto.
–Jess, o que aconteceu? Meu trabalho está todo feito! – disse enquanto mexia no computador. Virei-me para ela, Jess deu de ombros.
–Considere seu presente de casamento. Agora você vai curtir seu dia como a nova senhora Cullen mesmo que não queira! Então... Está se esquivando da pergunta? Vamos, conta! 
O que eu diria? Que foi um dos piores dias da minha vida? Que dormi ao lado do meu marido bêbado? Não, eu não queria que outras pessoas soubessem.
Mentiria de novo e de novo.
–Eu estava tão cansada que dormi. – sorri. –Vou compensar Edward pela minha falta hoje. 
–Não acredito! Você tem um marido daqueles e dorme? Devia ter tomado Viagra ou qualquer coisa para ficar acordada. Ele não ficou irritado?
–Não Jess, claro que não. Ele compreende que estava cansada. Eu acho que vou vê-lo, convidá-lo para almoçar comigo. – levantei-me. – Vejo você mais tarde. 
–Ok. – ela acenou enquanto eu seguia para a sala de Edward. Eu respirei fundo antes de entrar. Encontrei com Tânia.
–Oi Tânia. – disse olhando para o interior da sala. Edward não estava lá. – Onde o Edward está? 
–Ele está em reunião. Vai demorar. – disse num tom estranho, rude. Ignorei. Tinha mais preocupações. Timidamente entrei na sala, sentei na cadeira de Edward.
–Vou esperá-lo aqui. – anunciei. Ouvi Tânia bufar. Ela saiu da sala. Respirei fundo. Eu não ia perder o controle. Eu não tinha feito nada afinal. Ainda assim sentia que algo estava errado e pensei na possibilidade do erro ter sido meu.
Fiquei perdida em pensamentos, tentando lembrar-me do dia em que falhei, que disse algo que o magoou. Isto explicaria seu comportamento de hoje e manhã. Nada me ocorreu.
A porta se abriu tirando-me de minhas abstrações. Era Edward. O olhar que ele me lançou doeu no osso. Era gélido. 
–Deveria estar trabalhando. – Edward disse. Arfei.
–A Jess adiantou meu trabalho. Eu vim para convidá-lo para almoçar comigo. – sorri insegura. Edward ainda tinha o semblante nulo.
–Tenho muitas coisas para fazer. Almoce sozinha e não me espere para o jantar. – ele se aproximou de sua mesa deixando uns papéis da empresa, fez menção de ir embora. Eu levantei e consegui alcançá-lo, peguei sua mão. Edward virou-se para mim surpreso com minha atitude. 
–Edward o que está acontecendo? O que foi que eu fiz? – murmurei com a voz trêmula. Edward ficou me observando por alguns instantes, a expressão nula. Quando despertou sua expressão era de uma indiferença aterrorizante. 
–Não fique me aborrecendo. – desvencilhou-se de mim e partiu, simplesmente partiu.
Não sei por quanto tempo fiquei parada vendo o caminho que Edward fez. Quando acordei a dor que sentia no peito era tão grande que me senti sufocar. Eu caí de joelhos e pus a mão no peito. Sempre tive uma ótima saúde, mas naquele momento pensei que poderia estar sofrendo de ataque cardíaco. 
“Não Bella! Não fraqueje!” – meu subconsciente gritou para mim. Os pensamentos não me alcançavam.
Saí da sala de Edward entorpecida. Só agora notei que todos me olhavam e as mulheres cochichavam umas para as outras; certamente falando mal de mim. Não me importei. Eu caminhei até a saída e consegui um táxi indo diretamente para minha casa. Eu não iria me entregar à tristeza que oprimia meu peito. Engoli o choro que se formava e ergui a cabeça. À noite tudo seria diferente. Eu faria Edward me dizer o que eu tinha feito, qual era meu erro, e pediria perdão. As coisas se ajeitariam. Afinal de contas Edward me amava.

–Boa tarde senhora Cullen. – uma senhora de meia idade veio me cumprimentar ladeada por uma mulher mais jovem. Estranhei. Quem eram elas? Parecendo que leu meu pensamento a mulher mais velha se manifestou. 
–Sou Magdalena e esta é minha filha Eli. Fomos contratadas pelo senhor Cullen. 
–Ah, entendo. – murmurei sem vida. 
–Ah, e gostou da arrumação do seu quarto? Da disposição dos seus pertences? –ela perguntou super amorosa. Tentei me lembrar do local onde estavam meus pertences. Ela disse que era meu quarto?
–Eu gostei. Por que diz que é o meu quarto, Magdalena? 
–Bem o senhor Cullen disse que aquele seria o seu quarto. – ela murmurou super confusa. Olhei para o chão, estava novamente em choque. Ouvi as vozes das empregadas chamando-me, mas estava tão desnorteada que tudo parecia um zumbido. – Senhora Cullen, tudo bem? – Magdalena perguntou preocupada. 
–Eu vou para o meu quarto. – disse e segui para lá.

Era ridículo, era louco. Como minha vida perfeita estava ruindo tão rápido? Eu estava no sofá da grande sala esperando por Edward. Vestia a camisola dada por Alice, por cima um hobby de seda. Esperava Edward chegar e até agora, duas horas da manhã, ele não havia chegado. Edward não podia estar no escritório? Onde estaria? Estaria fazendo isso para me evitar? O que eu havia feito? Chorei. Tinha dito para mim mesma que não iria chorar, mas chorei. Chorei por que não era brincadeira, tudo. E tudo em que eu pensava era...
Por que eu?
Por que eu?
O que foi que eu fiz?
Por que...?
Eu adormeci no sofá não sentindo o frio da madrugada, apenas a dor de ter tido a felicidade roubada antes de saboreá-la. 

Edward pov’s

A primeira coisa que notei, antes mesmo de abrir os olhos, era que estava com uma puta dor de cabeça. A última coisa que me lembrava era do copo de whisky nas minhas mãos e o líquido desaparecendo a medida em que eu o bebia. Quando abri os olhos reconheci meu quarto. Alguém deve ter me carregado para lá. Senti algo em meu ombro e virei minha cabeça para ver o que era. Vi a pele branca como marfim, os cabelos cor de mogno espalhando-se e uma mulher deitada sobre mim, usando as vestes que Alice lhe dera: Bella.
Dormia profundamente, um meio sorriso nos lábios cheios. Retirei com muito cuidado o braço debaixo de sua cabeça e a ajeitei melhor na cama. 
Já vi muitas mulheres ao acordar, não era a melhor cena para se ver. Elas eram lindas quando estavam acordadas, mas enquanto dormiam a maquiagem sumia, a baba escorria; o inferno na Terra! Com Bella não era assim, o que me surpreendeu. Ela parecia uma boneca de porcelana, ou a Bela Adormecida. Eu sabia que não deveria ficar observando-a, mas não pude evitar. 
Uma nova manhã, a manhã em que eu deveria repudiá-la. Não seria nada agradável, nem para mim e nem para ela. Suspirei levantando-me. O trabalho seria uma ótima desculpa para não olhá-la e ver a magoa que certamente ela emanaria. Levantei e rumei para meu banheiro, tomei um demorado banho. Segui para o meu closet e escolhi as roupas que vestiria. Esperava sair antes de Bella acordar, mas quem disse que eu teria essa sorte? 
–Bom dia. – Bella disse. Não notei sua aproximação. – Por que está vestido assim? – perguntou próximo ao seu ouvido. Arrepiei-me. Suas mãos em mim, quentes. Eu tinha de agir caso contrário não conseguiria completar com sucesso meu plano.
Eu me desvencilhei de suas mãos. Voltei minha atenção para o nó da gravata que estava torta. Eu senti seu afastamento, ela devia estar confusa. 
–Então aonde vamos? – perguntou. Seu tom de voz soava um pouco tenso. Eu nunca fui bom em ser rude, não era do meu feitio. Mas eu precisava. 
–Vou trabalhar, claro. Não é por que eu casei que abandonarei minhas incumbências. – falei o mais ríspido que pude. 
–Pensei que ficaríamos um tempo longe da empresa para aproveitarmos o casamento. – ela continuou. É claro que imaginou uma lua de mel perfeita em algum país Europeu com muito champanhe, belas paisagens e sexo. Eu também imaginei algo assim, mas não com ela. 
“Vamos lá Edward, fique firme! Nada de ter dó!” – pensei para me incentivar a prosseguir com frieza. 
–Você já passou uma semana sem trabalhar, quer mais dias à toa? Só por que sou seu marido não significa que irei passar a mão na sua cabeça. Recomendo que se vista e vá trabalhar. Seus pertences estão no quarto em frente a esse, o SEU quarto. Eu não vou esperá-la, vá de táxi ou ônibus. – falei num tom firme e, quando estava pronto, saí sem olhá-la. Passei pelas empregadas recebendo seu “bom dia”, mas não comi. Tinha coisas mais importantes para fazer.

–E esse é o último papel? – perguntei ao advogado de meu pai. Ele assentiu. Assinei a última folha sentindo-me satisfeito. Agora eu tinha a parte que me cabia na empresa, eu poderia assumir a presidência. 
–Mas lembre-se das cláusulas, senhor Cullen. – o homem alertou. 
–Não se preocupe, eu lembro. Não me separarei durante um ano. A minha parte eu cumprirei. – disse passando os documentos para as mãos do advogado. Ele saiu rapidamente acompanhado de dois assistentes. Tânia entrou na sala de reuniões minutos depois, segurava minha agenda. Eu relaxei na poltrona e sorri, satisfeito com o sucesso do plano.
–Então tudo certo? – perguntou. Sorri malicioso e, quando ela se aproximou mais, a puxei para que sentasse em meu colo. Eu a beijei no pescoço.
–Tudo perfeito. Agora tenho que apressar o divórcio. – continuei a beijá-la. Eu estava precisando de um contato feminino já que não tive nada disso após o casamento. O que Tânia não sabia é que só ela não iria me satisfazer. 
–Você tem uma reunião agora. Os sócios estão esperando. Devo deixá-los entrar? – ela perguntou cheia de subentendidos. 
–O prazer está em segundo plano na minha vida, gata. – eu a afastei de meu colo. Tânia bufou claramente contrariada, mas se retirou a fim de chamar os sócios para a reunião. 
Por alguns instantes pensei em Bella. Logo ela descobriria que não dormiríamos juntos. Fiquei feliz por não estar diante dela agora. Eu não queria ver a decepção em seus olhos castanhos. Eu já deveria imaginar que não conseguiria fugir por muito tempo.
Ao final da reunião eu soube através de Tânia que Bella estava na empresa, mais precisamente em minha sala esperando por mim. 
–Merda! Pensei que ela ficaria em casa e não que viria trabalhar! – esbravejei enquanto seguia para minha sala, Tânia ao meu lado.
–Quer que eu a dispense? 
–Não Tânia, deixe comigo. Ligue para meu restaurante de sempre e reserve uma mesa. Almoçarei lá. – apressei meu passo. 
Eu a encontrei sentada em minha cadeira, avoada. Estava num estado deplorável, teria vestido a primeira roupa que encontrou e vindo para cá? Possivelmente. Logo me notou.
–Deveria estar trabalhando. – disse com frieza.
–A Jess adiantou meu trabalho. Eu vim para convidá-lo para almoçar comigo. – sorriu. Procurei não demonstrar a agonia que sentia naquele momento, em ter que me desfazer dela. Ela não merecia, eu sabia, e isso dificultava as coisas.
–Tenho muitas coisas para fazer. Almoce sozinha e não me espere para o jantar. – aproximei de minha mesa deixando alguns papéis; rumei para fora. Uma mão me deteve, a dela. Fiquei surpreso com seu ato e rapidamente me virei para encará-la. Bella tinha um semblante agoniado. 
–Edward o que está acontecendo? O que foi que eu fiz? – murmurou com a voz trêmula. Sua atitude me desarmou. O que fazer? O que dizer? Sua expressão facial torturada me lembrou minha mãe, o rosto que fez quando soube que meu pai tinha outra. Era a mesma expressão, talvez mais doída. 
“Recomponha-se Edward!” – exigi de mim.
–Não fique me aborrecendo. – eu a empurrei e saí.
Eu não aguentaria encará-la por muito mais tempo. Não poderia. Quando se tratava de assistir sofrimento de uma mulher, eu era fraco. E fugi covardemente sabendo que minhas atitudes iriam despedaçá-la. Mas não poderia voltar atrás, já estava feito. Eu tinha que seguir adiante e recompensá-la quando tudo estivesse garantido para mim, talvez lhe presenteando com um imóvel ou dinheiro. 
Bella podia ser boa, mas não iria tolerar minhas atitudes por muito tempo. Provavelmente me daria o divórcio em uma semana, duas no máximo. E então eu estaria livre novamente. Sorri com o rumo de meus pensamentos. Encontrei com Tânia no corredor. 
–Vai almoçar agora?
–Sim. Você vem comigo. – anunciei.
–Claro. E sua esposa? – perguntou com deboche. Deu de ombros, indiferente. Tânia riu. – Coitada! 
A cada passo que eu dava afastando-me de minha sala, onde Bella estava eu pensava nela. Ela devia estar sangrando com minha indiferença. Ela era mesmo uma coitada como Tânia disse. Uma criatura digna de pena...
     
Lá estava eu fumando um cigarro, algo que só faço muito raramente, olhando a paisagem noturna do lado de fora da janela do apartamento de Tânia. Ela dormia nua, exausta certamente. Tudo o que segurei com Bella eu fiz com Tânia: toques, beijos, gemidos...
Madrugada. Bella deveria estar dormindo em seu quarto. Eu já deveria estar em casa, queria estar em casa. Nunca gostei de dormir em camas desconhecidas. Peguei minhas roupas espalhadas no chão e as vesti. Tânia não notou quando parti.
À tarde com Tânia foi boa, muito prazerosa. Mas faltava algo, eu não saberia dizer o que. Algo durante o sexo, algo que nunca encontrei em ninguém. Suspirei. Eu não queria mais machucar Bella, era algo que não me dava prazer algum. Esperava que estivesse dormindo, que me estapeasse na manhã seguinte e pedisse divórcio. Seria melhor para nós dois. 
As empregadas deviam estar dormindo. Tudo era silêncio e escuridão. Entrei sem fazer barulho acendendo a luz da sala. Fechei a porta e ativei o alarme. Pensei em desligar as luzes e encontrar em meio à semi-escuridão meu quarto, isso até vê-la. 
Bella estava deitada no sofá maior, toda encolhida devido ao frio, vestindo um hobby branco fino. Ao me aproximar mais notei as olheiras e o rosto úmido; andou chorando. Ela estava ali esperando por mim sem dúvida. 
–Bella... – murmurei e rapidamente a peguei nos braços. Cansada como estava nem se mexeu. Estava fria, poderia ficar doente mal coberta como estava. Eu mantive seu corpo próximo ao meu para aquecê-la enquanto a levava para algum quarto. Quando cheguei ao meu quarto, eu parei. Olhei para a minha porta e para a porta do seu novo quarto. Deixá-la no meu quarto não era uma boa idéia. Optei por levá-la para seu novo quarto, em frente ao meu. Eu a deitei na cama, Bella murmurou algo ininteligível, mas não acordou. Peguei um edredom e a embrulhei. Não saí de imediato como deveria ter feito, fiquei sentado olhando-a. Nem mesmo em seus sonhos ela parecia estar em paz, o rosto com uma expressão sofrível. Com uma mão acariciei os cabelos colocando uma mexa atrás de sua orelha. Inclinei meu corpo até ficar próximo de seu rosto e a beijei na testa. Era a única forma de demonstrar carinho, quando Bella estivesse inconsciente. Por mais que eu não a amasse eu sentia compaixão e isso era um saco. O pior era que eu continuaria a magoá-la até que Bella não aguentasse. Eu coloquei meus lábios em sua orelha e murmurei tão baixo que Bella jamais despertaria com isso.
–Me peça o divórcio. – disse e me afastei. Que ela atendesse meu pedido.

Continua...

Eu sabia que ele ia se apaixonar por ela! Agora só precisa descobrir isso nesse coração insensível. Mas acho que ele ainda vai fazê-la sofrer muito antes de se dar conta desse sentimento. E talvez aí seja tarde demais. Talvez Bella já tenha deixado de amá-lo. Quem sabe ela não encontre alguém que a ajude a esquecê-lo? O que vocês acham? Beijos e até amanhã.
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4 comments:

  1. Oi honey!!! Nossa agora meus olhos incharam de tanto choro!! e um carrasco. "Mas o peixe morre pela boca " adorei ate amanha Beijusculo

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  2. Oi Nessie... Confesso que também chorei editando esse capítulo. Mas ele vai passar por todo esse sofrimento também, quando descobrir o que está realmente acontecendo em seu coração.
    Beijos.

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  3. ahh ele tem coração kkkkkkkk

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Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

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