Olá gente! Se preparem para sentir mais
um pouco de decepção pelo Edward, ele continua com seus planos de sedução...
Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
O Contrato
By Jack Sampaio
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
CAPÍTULO 4
Bella pov’s
Sonhei com Edward. Não era a
primeira vez, mas... Estranho dizer que nem nos meus sonhos eu era feliz. Em
meu sonho eu via Edward, lindo como sempre, trajando um blazer preto.
“Edward?” – eu o chamei uma,
duas, três vezes. Eu o vi se afastar cada vez mais e então desaparecer. Algo
que eu já estava acostumada a ver, Edward estava sempre fora do meu alcance.
Ainda assim foi doloroso e eu acordei, como sempre, com os olhos marejados.
Mais um dia no meu tedioso
trabalho. A única diferença dos outros dias é que eu estava atarantada com
trabalhos. Eu não era a única, Jess também estava super ocupada. Ainda assim
ela arranjou tempo enquanto trabalhávamos em nosso cubículo para falar sobre o
seu relacionamento intenso com Mike e como até mesmo Ângela conseguiu ficar com
alguém. Eu ouvia tudo e falei quando necessário, mas senti algo estranho, uma
pressão no peito. Durante a minha ida ao refeitório eu entendi o que era: eu
estava triste. Todas as minhas amigas, poucas eu admito, estavam seguindo com
suas vidas. Iriam se casar e teriam filhos, teriam uma vida. Eu não. Eu estava
parada enquanto todos seguiam com suas vidas e este pensamento me sufocou.
Ainda assim fingi estar bem ou pelo menos normal e ninguém pareceu perceber que
eu estava deprimida.
–Hei Bella, que tal sairmos? – Ângela
perguntou. Ela já havia acabado seu trabalho e estava na minha divisória. Eu
arrumava meus pertences em minha pasta. Jess conversava animadamente com Mike
pelo seu celular, do lado de fora de nossa divisória.
–Obrigada Ângela, mas vou para
casa. Hoje foi um dia cansativo. – disse. –Você vai sair com Jess?
–Sim. Vamos nos encontrar com
alguns amigos. – Ângela disse levemente rubra. Deduzi que os amigos que ela se
referia eram Mike, namorado de Jess, e o cara com quem Ângela estava ficando.
Certamente eu seria um candelabro e tanto!
–Espero que se divirtam. – disse
e afastei-me. – Vou sair antes que Jess tente me arrastar para sair. – pisquei
para Ângela, a mesma sorriu. Caminhei para fora da divisória, por trás de Jess,
e segui para o elevador destinado aos funcionários.
Caminhei para o elevador, estava
tão cansada que mantive meus olhos fechados boa parte do percurso enquanto
arrastava-me para lá. Entrei, apertei o botão do térreo, ou pelo menos achei
que apertei, e encostei-me no fundo do elevador. Quando eu abri meus olhos,
após um longo suspiro, eu estaquei. Edward Cullen estava no mesmo elevador que
eu, o que era estranho já que aquele elevador era apenas para empregados
comuns. Os altos executivos usavam um elevador muito mais opulento.
Ok, eu deveria agir normalmente.
Ele nem sabia quem eu era e que estava no elevador junto a ele. Estava de
costas para mim e falava ao celular. Fiquei encolhida em um canto do elevador o
mais distante dele, meus olhos nele. O cheiro de sua colônia tomou rapidamente
o pequeno espaço. Subitamente Edward, com o celular ainda no ouvido,
encostou-se ao fundo do elevador sem olhar para mim.
Desviei meus olhos e os fechei.
Eu não queria ficar olhando-o como uma idiota. Eu sabia, pela demora, que logo
estaríamos no térreo. Uma parte de mim queria fazer algo, puxar assunto. Eu era
covarde demais para isso. Resignei-me a sentir seu perfume e mais nada e
então...
O elevador pára.
Abri meus olhos e notei que a
porta estava fechada então nós não havíamos chegado. Estranhei. Edward parou de
falar ao telefone e olhava a porta. Aproximou-se dos botões e os apertou
freneticamente.
–Que droga! Parece que o elevador
parou. – ele murmurou para si, certamente. Eu fiquei parada. Edward mexeu no
seu celular, parecia ligar para alguém. Após alguns minutos alguém do outro
lado da linha do celular de Edward atendeu.
–Tânia, o eleva... Alô? Alô? – Edward
afastou o celular do ouvido. Murmurou silenciosamente um “bosta” e encostou-se
novamente ao fundo do elevador.
Mantive meus olhos no chão
enquanto meus pés batiam impacientes no piso. Edward virou-se e olhou para mim.
–Estamos presos neste elevador.
Você teria um celular para avisar que estamos presos aqui? Meu celular
descarregou.
O que? Estávamos presos? AI MEU
DEUS!
–Não eu... Eu não tenho celular.
– murmurei enquanto caminhava e apertava freneticamente os botões. Isso não
devia estar acontecendo, mas por um lado... Um sorriso brotou em meus lábios.
Claro que Edward não viu, eu estava de costas.
–Alguém vai perceber que o elevador
parou. É só nós esperarmos um pouco mais e... – ouvi um arfar e virei-me para
ver Edward. Por reflexo eu consegui pegá-lo antes que Edward caísse estatelado
no chão. Seu peso me desestabilizou e acabei me ajoelhando no chão com Edward
em meus braços.
–Se-senhor Cullen? O-o que está
acontecendo? – perguntei trêmula. Edward respirava com dificuldade.
–Eu... Eu sou claustrofóbico. – disse
enquanto seus braços abraçavam-me pela cintura, sua cabeça tombando até ficar
na curvatura do meu pescoço. Minhas mãos se moveram para suas costas, eu as
acariciei.
–Tudo bem. Não precisa se
desesperar. Alguém vai notar o problema com o elevador. – disse com a voz um
pouco mais composta. Oh merda que situação incrível! Estou próxima de Edward
como sempre desejei, mas na pior situação que poderia estar.
–Lamento, deixe-me ficar assim,
abraçado a você. Está ajudando. – falou com a voz fraca. Seu corpo se
aconchegou melhor ao meu e ali ele ficou, quietinho. Meu coração estava tão
acelerado que temi ter um ataque. Não, não agora! Edward estava frágil como
nunca o havia visto e ele precisava de mim. Eu seria forte, ou pelo menos
fingiria ser para mantê-lo calmo. O abracei afagando suas costas, tentando
mantê-lo calmo.
–Vai ficar tudo bem senhor
Cullen. – murmurei em seu ouvido sentindo sua respiração se acalmar. Ele era
tão quente, tão macio e perfumado! Ah, que Deus me perdoasse, mas eu estava
adorando aquele infortúnio! Que vontade de lhe dizer o que eu sentia,
beijá-lo... O elevador se movimentou. Edward, sobressaltado, afastou-se olhando
desnorteado para os números que passavam. E então a porta se abriu para o
saguão. Havia dois seguranças em frente à porta.
–Senhor Cullen, o senhor está
bem? A senhorita está bem? – um dos seguranças perguntou. Levantei-me e
assenti. Edward ajeitou sua gravata antes torta.
–Eu estou bem, estamos bem,
certo? – ele olhou para mim e deu um meio sorriso. Eu quase tive um AVC. Não
consegui esboçar nenhuma reação.
–Lamento senhor. Nós não sabemos
o que aconteceu com o elevador. – o outro segurança falou. – Parece que a
parada de emergência foi ativada, mas não sabemos como.
–Está tudo bem. Verifique qual o
problema para... – Edward ficou dando instruções para os seguranças que ouviam
atentamente. Eu murmurei um “boa noite” e caminhei para a saída.
Meu Deus, eu tinha abraçado
Edward Cullen, sentido seu cheiro, seu calor! Eu fui uma pessoa afortunada. Eu
poderia morrer e ser uma pessoa feliz pelo pouco que ganhei.
“Isso Bella, guarde na memória
esta chance que Deus presenteou a você e somente isso. Você não terá mais do que
isso.” – pensei, triste.
–Espera! – uma voz me chamou
quando estava descendo os degraus. Eu conhecia aquela voz, mas não queria
acreditar que era Edward a me chamar. Virei-me após alguns instantes e o vi
convergir para mim com um sorriso no rosto.
–Sim?
–Eu não agradeci apropriadamente
pelo que fez por mim.
–Não foi nada senhor Cullen. Eu
não fiz nada.
–Ah, você fez sim! Eu só consegui
me acalmar por sua causa. Agradeço por isso, mas... Muito mais do que agradecer
eu gostaria de fazer algo por você. Aceitaria uma carona, Isabella? – ele disse
com um sorriso lindo no rosto, voz afável. Eu não conseguia respirar. Oh cara! Ele
sabia meu nome! Como? Teria lido no meu crachá?
–E-eu... Eu... – sim, eu iria
gaguejar e irritá-lo. Lá se vai mais uma chance de estar próxima a ele. Eu era
patética! Vamos lá Bella diga algo descente! DIGA!
–Posso interpretar isso como um
“sim”? – ele perguntou com a voz levemente divertida. Eu me obriguei a sacudir
a cabeça em sinal afirmativo. Edward alargou seu sorriso.
–Que bom. Vamos até a garagem,
meu carro está lá. – ele falou voltando a entrar no prédio da empresa. Eu o
segui me segurando para não desmaiar. Eu estava sonhando! Eu estava sonhando!
Eu mal conseguia olhar para o
caminho que fazia. Não fomos pelo elevador, fomos de escadas para a garagem. O
segui silenciosamente. Tudo era surreal. Eu tinha medo de acordar em minha cama
e descobrir que nada era real. Parei ao ver Edward diante de seu carro. Um
carro espetacular, digno de alguém rico. Era um modelo importado, um
Lamborghini alguma coisa. Ele abriu a porta do carona para mim como um perfeito
cavalheiro. Eu entrei bestificada com a série de acontecimentos. Eu estava
pegando carona com Edward Cullen.
O vi fechar a porta e caminhar
graciosamente em frente ao carro. Coloquei o cinto e não toquei em mais nada,
tinha medo de quebrar alguma coisa. Edward parecia feliz. Feliz com o que?
Feliz por estar comigo? Não, ele devia estar feliz por que não morreu em um
elevador com um “João ninguém”, só isso.
–Seu nome é Isabella, não é? – perguntou
enquanto fechava a porta do carro afivelando o cinto e ligando o carro.
–Sim, mas... Como sabe?
–Ontem eu a impedi de cair, li
seu nome no crachá. Desculpe, percebi tardiamente que era você. Mais uma vez
obrigado pelo que fez por mim.
–Eu não fiz nada. – murmurei e
olhei para fora da janela pelo vidro peliculado. –A propósito... O senhor está
bem?
–Sim, mas me chame de Edward. Sou
novo demais para ser um senhor. – disse dando atenção a saída da garagem. Eu
fiquei calada. Eu estava tão surpresa que não sabia o que dizer, como agir.
–Obrigada pela carona. – disse.
Edward soltou um riso baixo.
–Me agradeça quando estiver em
casa. Aliás, onde você mora?
–Ah, claro! Moro aqui perto. Vá
para a Rua Aplee Age, minha casa é em um apartamento nessa rua.
–Tudo bem. Você trabalha há muito
tempo em minha empresa? – perguntou casualmente enquanto ligava o aquecedor,
estava uma noite fria.
–Dois anos. – foi tudo o que eu
disse.
–Dois anos? Nunca a notei antes.
–Meu setor não interage muito com
o senhor e... – eu me virei minimamente para ver seu rosto e notei que parecia
irritado com algo. Ah sim, eu o tinha chamado de “senhor” e ele não queria
isso. – Me desculpe Edward. Não estou acostumada a chamar um de meus superiores
pelo primeiro nome.
–Está bem. Eu compreendo. Então o
seu setor é... Não consigo me lembrar.
–Sou do setor da contabilidade. –
mantive meus olhos na paisagem diante da minha janela. Se eu olhasse para
Edward certamente iria gaguejar e corar. Eu não queria que ele pensasse que
tenho problemas mentais.
–Ah, está explicado por que não a
vejo. Embora minha sala fique próxima ao setor da contabilidade eu não interajo
muito com vocês. – Edward continuava a puxar um papo animado, descontraído. Era
surreal. Eu sempre o vi como um executivo linha dura que não tinha a capacidade
de dar um “bom dia” para alguém e de repente ele me parecia o chefe que todo o
cidadão americano quer ter: gentil, comunicativo...
Eu permaneci calada. Eu sei que
deveria estar aproveitando a situação, puxando papo, mas eu não queria ser
inconveniente. Procurei agir como uma pessoa séria que não agia como as outras
funcionárias suspirando e cochichando quando ele passava. E então chegamos a
minha rua. Estranho. O percurso demorou mais do que eu previa.
–Então qual é o seu apartamento?
– Edward perguntou olhando para a janela.
–Aquele ali. – apontei para uma
pequena construção exprimida entre dois edifícios opulentos. Edward andou
alguns metros com o carro e estacionou por fim.
–Aqui estamos.
–Obrigada pela carona. – falei e
saí rapidamente ignorando o fato de que Edward estava prestes a sair de seu
carro só para abrir a porta para mim. Um perfeito cavalheiro. Será que existia
homem mais perfeito que ele?
–Até amanhã Isabella. – ele falou
atrás de mim. Eu não me virei, continuei a subir as escadas do meu prédio.
Virei-me apenas quando o barulho de seu carro estava se afastado. Eu o vi sair
de minha rua. Estava entorpecida. E mergulhada nesse torpor eu fui para o meu
apartamento dando boa noite ao porteiro, o senhor Travis. Quando cheguei ao meu
pequeno apartamento de três cômodos no quarto andar... Bem...
–AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!
– sim, agi como uma patética adolescente. Eu nunca curti minha adolescência e
naquele momento achei que deveria fazê-lo. Eu não conseguia acreditar em tudo o
que houve. Claro que Edward poderia me ignorar no dia seguinte, mas não
importava. Com as pequenas coisas que houve eu estava verdadeiramente feliz.
Caminhei até o meu quarto e joguei-me na cama. Eu estava em um mundo de sonhos
que não queria acordar.
Edward pov’s
Naquela manhã eu me senti
confiante. Precisava armar algo para me aproximar de Isabella e testar como ela
poderia reagir a mim. Caso ela não mostrasse interesse, o que eu duvidava,
escolheria outra panaca.
Eu esperaria pela melhor
oportunidade de me aproximar dela sem, é claro, chamar atenção demais. Eu não
queria que Alice percebesse que eu a havia escolhido, ela poderia atrapalhar
meus planos. Eu teria de ser rápido e letal. Com estes pensamentos me arrumei
para mais um dia de trabalho.
–E aí Edward? – Tânia falou com a
voz anasalada assim que desci de meu carro na garagem. Dei de ombros. Eu não
iria me indispor com ela.
–Tânia, apesar de tudo eu sou o
seu superior então não me provoque com esta cara de desagrado. – disse, frio.
Tânia se recompôs imediatamente. Ela não era burra, sabia que para tudo tinha
limites e que se ela me desagradasse como agora eu não hesitaria em demiti-la.
–O que me frustra é que ontem eu
estava cheia de amor para dar, mas você preferiu ficar só para pensar naquela
idiotinha. – falou emburrada. O beicinho teimoso que se formou em seu rosto era
atraente, despertou um desejo latente em mim. Olhei envolta, ninguém nas
proximidades. Abri a porta do carro e entrei. Com um dedo eu gesticulei para
que Tânia se aproximasse. Ela sorriu cheia de malícia enquanto adentrava meu
carro pela outra porta, tendo problemas para abri-la. Tânia não estava
acostumada com tecnologia. Após alguns minutos tentando entrar, conseguiu.
–Definitivamente não me acostumo
com este seu carro. – falou resmungona. Coloquei minha mão direita em sua coxa,
acariciando-a.
–O que quer? Que eu troque meu
carro por um mais simples em que você possa entrar sem problemas? – perguntei
com deboche. Tânia parecia entorpecida demais com as carícias para responder.
Subi minha mão até encontrar o meio das suas pernas. Bem como imaginei Tânia
não estava usando lingerie por debaixo da saia. Eu adorava vê-la submissa
diante de uma simples carícia, totalmente entregue. Pela busca do prazer Tânia
faria qualquer coisa, como calar-se por exemplo.
–Então... Irá esquecer toda essa
bobagem e ajudar-me com meus planos... Tânia? – falei aos sussurros enquanto
Tânia contraia as coxas e segurava minhas mãos entre suas pernas para que eu
continuasse com o que estava fazendo.
–Não... Não pare... – sussurrou
perdida. Eu me afastei enquanto ria maliciosamente.
–Se for uma boa menina hoje e me
ajudar terá mais. – disse e a puxei para beijá-la. Um beijo cheio de vontade
que beirava a violência. Tânia sentou-se em meu colo e agarrou fortemente meu
colarinho fazendo-nos aprofundar o beijo. Tive de afastá-la antes que
transássemos ali mesmo.
–Tânia, gatinha, nós temos muitos
afazeres hoje. Deixemos isso para mais tarde.
–Você promete Edward?
–Prometo. Hoje à noite ficaremos
juntos. – Tânia abraçou-me radiante. Estranho... Eu gostava de ter Tânia por
perto pelo prazer que ela me proporcionava, mas quando não estávamos nus sobre
o outro eu me incomodava em estar com ela. Afastei Tânia de mim e seguimos para
minha sala.
Eu ainda não havia visto a tal
Isabella. Bom. Se eu a olhasse muito, aquela mulher nada sexy, eu corria o
risco de desistir. Tinha de traçar algo para me aproximar dela, contava com o
fim do expediente para fazer algo.
Meu dia transcorreu normalmente,
cheio de tarefas. Tânia estava com um sorriso de orelha a orelha, devia ser
pela minha promessa. Mal tive tempo para fazer as refeições, passei o dia em
reuniões chatas.
–Oi Edward. – Alice entrou em
minha sala após a última reunião. Estava radiante, perversamente radiante. Nem
me dei ao trabalho de tirar meus olhos da papelada para vê-la.
–Oi Alice. O que quer? – perguntei
indiferente. Ela caminhou e sentou-se em uma poltrona em frente a minha mesa.
–Hei! Isso não é jeito de falar
comigo! – esbravejou. Eu deveria estar com raiva pela sinuca em que estava
graças a ela, ter de casar com uma derrotada só para agradá-la. Bem, às vezes
eu me esquecia de coisas banais como esta e lembrava-me agora que ela e seu
marido Jasper eram os únicos familiares que eu tinha.
–Como quer que eu fale? “Olá
minha irmã querida”? – perguntei com deboche.
–É um bom começo. E aí? Achou sua
futura esposa? Espero que saiba escolher irmão. Vou investigar a vida dela. – ela
disse desafiadora.
–Não se preocupe. A candidata
escolhida não terá falhas. Não poderá dizer “não” a ela.
–Isso é o que vamos ver. Ah,
Jasper vai para a fazenda neste final de semana. Ou melhor, nós vamos. Você
vem?
–Não sei. Estarei ocupado.
–Bom, se você for me avise.
Tchau. – Alice levantou-se contornando a mesa e beijando-me na bochecha. Eu
sorri. Claro que Alice sabia que eu não iria à fazenda. Eu não ia aquele lugar
desde a morte de nossa mãe, Esme. Mamãe amava a fazenda. Ir até aquele lugar
era motivo de recordações boas e era por isso que eu não queria ir para lá.
Suspirei. Eu odiava ter lembranças familiares, me deixavam... Vulnerável.
Fim de expediente. Tânia estava
no toalete feminino retocando a maquiagem, iríamos jantar e a um motel de luxo.
Saí de minha sala, conversava ao telefone com um repórter interessado em uma
reportagem com minha pessoa. O título era “Edward Cullen, o mais novo
empresário do momento”. Algo assim. Para mim a revista queria apenas puxar o
saco para tirar proveito de meu status.
Eu a vi. Seguia para o elevador,
devia estar cansada, pois mantinha os olhos fechados enquanto seguia para o
elevador de funcionários. Presa fácil. Continuei falando com Geraldy, o
repórter, enquanto seguia apressado para o elevador. Aquele elevador não era
utilizado pelos altos executivos como eu, apenas pela escoria da empresa.
Isabella não me percebeu em
primeira instância após entrarmos juntos no elevador. Talvez não fosse bom que
percebesse de imediato. Fiquei de frente para a porta ainda falando com o
idiota do repórter. Pronto, nós estávamos no mesmo elevador. O que eu deveria
fazer? Puxar assunto? Mas isso era tão atípico de mim! Eu precisava criar uma
situação que nos unisse de algum modo, situação em que eu tivesse desculpas
para falar com ela. Encostei-me no fundo do elevador como ela fazia. Bella
fechou os olhos. Foi naquele instante que vi o botão de emergência para parar o
elevador. Era minha única chance, já estávamos chegando ao térreo. Bella estava
distraída então me inclinei rapidamente para frente apertando o botão.
O elevador pára.
Ok agora eu precisava me
concentrar. Desliguei o celular e comecei a pensar na encenação. Precisava
ficar próximo da garota, mas... O que faria? Ah, claustrofobia!
–Que
droga! Parece que o elevador parou. – murmurei mexendo no meu celular. Agora
precisava desligá-lo de alguma forma... Fingi ligar para Tânia enquanto
desligava o aparelho.
–Tânia, o eleva... Alô? Alô? – aparelho
desligado. Agora eu tinha que me aproximar. –Bosta! – murmurei. Bella
continuava parada, olhando para o chão. Droga, ela não estava reagindo como eu
queria! Será que isso significava que Bella não estava interessada? Não, eu não
iria me desesperar! Continuarei com o plano inicial. –Estamos presos neste
elevador. Você teria um celular para avisar que estamos presos aqui? Meu
celular descarregou. – disse. Finalmente a demente agiu. Parecia atordoada.
–Não eu... Eu não tenho celular.
– murmurou enquanto caminhava e apertava freneticamente os botões. Agora eu ia
começar o meu teatro. Isabella continuou:
–Alguém vai perceber que o
elevador parou. É só nós esperarmos um pouco mais e... – ela dizia enquanto eu
arfava e tombava para frente. Como eu imaginei, Isabella me segurou antes que
eu caísse.
–Se-senhor Cullen? O-o que está
acontecendo? – perguntou aturdida. Procurei respirar com dificuldade e torci
para que Isabella não percebesse a farsa. Eu tinha de lhe dar uma explicação
para eu estar caído em seus braços.
–Eu... Eu sou claustrofóbico. – disse
enquanto meus braços abraçavam Isabella pela cintura, minha cabeça tombando até
ficar na curvatura do seu pescoço. Suas mãos se moveram para minhas costas,
acariciando-as. Senti-me bem, como quando ficava nos braços de minha mãe.
Fiquei surpreso por realmente ser prazeroso estar ali.
–Tudo bem. Não precisa se
desesperar. Alguém vai notar o problema com o elevador. – disse com a voz um
pouco mais composta, ela parecia se acalmar apenas para passar segurança para
mim.
–Lamento, deixe-me ficar assim,
abraçado a você. Está ajudando. – disse fingindo estar fraco. Ela caiu como um
patinho! Eu me aconcheguei melhor em seu corpo, surpreso por notar que Isabella
tinha curvas. Não dava para notar com as vestes feias que usava, aqueles
moletons enormes... Nem minha mãe usaria algo tão ridículo!
–Vai
ficar tudo bem, senhor Cullen. – murmurou em meu ouvido. Senti um arrepio perpassar
meu corpo. Ficar colado àquela garota não estava me fazendo bem, eu estava me
sentindo estranho, vulnerável, como quando estou envolvido com algum familiar
querido ou algo assim. E então o elevador começou a andar. Droga! Por que
agora? Levantei e logo estávamos no térreo. Dois seguranças estavam à porta, olhares
preocupados. Ajeitei minha gravata.
–Senhor Cullen, o senhor está
bem? A senhorita está bem? – um dos seguranças perguntou. Isabella assentiu,
parecia perdida, desnorteada. Fiquei satisfeito que eu estivesse causando isso
nela.
–Eu estou bem, estamos bem,
certo? – disse e olhei para Isabella. Ela estava com a cabeça longe.
Perguntei-me se tinha problemas mentais.
–Lamento senhor. Nós não sabemos
o que aconteceu com o elevador. – o outro segurança falou. – Parece que a
parada de emergência foi ativada, mas não sabemos como.
–Está tudo bem. Verifique qual o
problema para que seja prontamente arrumado. Não queremos que esse tipo de
situação ocorra novamente e... –Olhei envolta e vi Isabella caminhando para a
saída. Merda! Qual o problema da garota? Ela estava agindo como se eu não fosse
Edward Cullen! Por que ela não ficava parada e babando por mim? Por que parecia
correr de mim? Essa aí me daria trabalho, eu sabia.
–Espera! – chamei enquanto
Isabella descia dos degraus.
–Sim?
–Eu não agradeci apropriadamente
pelo que fez por mim.
–Não foi nada senhor Cullen. Eu
não fiz nada.
–Ah, você fez sim! Eu só consegui
me acalmar por sua causa. Agradeço por isso, mas... Muito mais do que agradecer
eu gostaria de fazer algo por você. Aceitaria uma carona, Isabella? – disse com
uma voz polida e sorriso afável. Isabella nem parecia respirar. Beleza! Essa
iria cair fácil.
–E-eu... Eu... – começou a
gaguejar. Bom, muito bom. Pensei se com um pouco de pressão conseguiria dormir
com ela, mas... Algo ocorreu em minha cabeça enquanto conversava.
–Posso interpretar isso como um
“sim”? – perguntei achando hilário suas reações. Ela assentiu.
–Que bom. Vamos até a garagem,
meu carro está lá. – segui para o meu carro esperando que Isabella me seguisse.
Ela seguiu. Eu já imaginava que iria seguir. Ela não seria rude comigo.
Isabella estava muito calada,
envergonhada possivelmente. Ela ficava engraçadinha rubra. Pensei no que
poderia fazer, talvez algumas perguntas. Abri a porta do carona e Isabella
entrou olhando bestificada para o carro. Ela era tão simplória que certamente
jamais entraria em um carro como o meu na vida. Pobre coitada!
–Seu
nome é Isabella, não é? – perguntei enquanto fechava a porta do carro
afivelando o cinto e ligando o carro.
–Sim, mas... Como sabe? – ela
estava assustada. Não sabia ao certo se devia revelar que eu tinha conhecimento
de uma ou duas coisas sobre ela. Talvez mostrar obsessão sem conhecê-la bem não
fosse algo bom.
–Ontem eu a impedi de cair, li
seu nome no crachá. Desculpe, percebi tardiamente que era você. Mais uma vez
obrigado pelo que fez por mim. – ser amável. Esse era meu lema.
–Eu não fiz nada. A propósito...
O senhor está bem?
–Sim, mas me chame de Edward. Sou
novo demais para ser um senhor.
–Obrigada pela carona. – Isabella
disse. O que? Queria se desfazer de mim? Iria pedir para sair do carro?
–Me agradeça quando estiver em
casa. Aliás, onde você mora?
–Ah, claro! Moro aqui perto. Vá
para a Rua Aplee Age, minha casa é em um apartamento nessa rua. – ela falou o
endereço. Eu já havia passado ao acaso na rua. Apenas um complexo de pequenas
casas e apartamentos da classe média. Só de pensar em entrar na rua e uma
plebéia descer do meu carro eu me sentia nauseado. No entanto eu não poderia me
importar com a opinião alheia, não se eu queria ter a minha parte da herança.
–Tudo bem. Você trabalha há muito
tempo em minha empresa? – perguntei ligando o aquecedor do carro.
–Dois anos. – foi tudo o que ela
disse. Essa conversa quase monossilábica estava me enervando, mas eu não
poderia esperar muito dela.
–Dois anos? Nunca a notei antes.
– claro, como iria notar uma coisinha tão sem graça como essa? Não a notarei
nem se estivesse trabalhando nua. Só de pensar que eu teria que conviver com
ela... Isabella estava falando algo. O que ela estava falando? Algo sobre seu setor
eu acho.
–... E... Me desculpe Edward. Não
estou acostumada a chamar um de meus superiores pelo primeiro nome.
–Está bem. Eu compreendo. Então o
seu setor é... Não consigo me lembrar.
–Sou do setor da contabilidade. –
ela disse. Credo, eu até poderia imaginar o que ela era. Uma solteirona que
nunca foi beijada que morava sozinha com um gato. Que porra!
–Ah, está explicado por que não a
vejo. Embora minha sala fique próxima ao setor da contabilidade eu não interajo
muito com vocês. – disse dando atenção ao lugar onde a garota morava. – Então
qual é o seu apartamento?
–Aquele ali. – apontou para uma
pequena construção. O lugar era deprimente. Estacionei querendo logo voltar a
minha casa.
–Aqui estamos.
–Obrigada pela carona. – falou e
saiu rapidamente nem dando tempo para que eu saísse e abrisse a porta para ela.
Que bosta! Essa garota estava sendo difícil! Pensei que logo de primeira ela me
convidaria pra subir pro seu apartamento. A maioria das mulheres faria isso.
Não que eu fosse dormir com ela, claro. A garota parecia tão inexperiente!
–Até amanhã Isabella. – me
despedi e parti.
Pensei neste fato, eu teria que
dormir com ela após o casamento. Tomei uma decisão no mínimo estranha: eu não
iria me deitar com Isabella. Eu já iria arruinar com a garota, não queria humilhá-la
tanto dormindo com ela, ou engravidando-a. Deus do céu! Eu não poderia dormir
com a garota, ela poderia querer engravidar usando de artimanhas para isso!
Cheguei ao meu apartamento em um
condomínio luxuoso no Centro da cidade, cobertura, claro. Tânia estava
esperando na porta, a cara vermelha de fúria.
–EDWARD! POR QUE DIABOS ME DEIXOU
ESPERANDO VOCE...
–Tânia, cala a boca. – falei
abrindo a porta com meu cartão digital e entrando. –Acender luzes. – disse e as
luzes foram acessas. Ignorando os acessos de fúria de Tânia, eu fui diretamente
ao meu quarto retirando meu paletó, a gravata, os sapatos... Após me despir
vesti meu roupão e fui para o meu banheiro no quarto. Não dei muito ibope para
Tânia, logo sua raiva iria amainar. Entrei no Box do banheiro começando meu
banho. Claro que Tânia entrou, devidamente vestida, sentado na privada e me
encarando.
–O que foi Tânia?
–Onde esteve Edward?
–Por aí. – disse enquanto
banhava-me.
–Com aquela sem sal eu suponho.
–Isso mesmo. Fiz um grande
progresso com aquela tal de Isabella. Acho que a partir de amanhã posso começar
a paquerá-la.
–Edward, eu não acredito que vai
levar isso adiante!
–O que Tânia? Quer que eu escolha
uma mulher com mais sex appel? Olha que eu posso acabar me apaixonando e
chutando você. – brinquei. Tânia bufou.
–Que seja. Fique com aquela songamonga.
Você não vai agüentar ficar com ela por muito tempo!
–Assim espero. Eu farei com que a
vida dela seja um inferno. Ela não vai querer ficar comigo por mais de um mês.
–Edward, eu até posso imaginar
que se você quiser vai conseguir essa façanha, mas se dormir com ela a tornará
viciada em você aí é provável que mesmo que seja tratada como um cachorro ela
não largará do seu pé. – Tânia disse com malícia na voz. Olhei para seu rosto
com um sorriso igualmente malicioso.
–Eu não vou dormir com ela. Acha
mesmo que vou correr o risco de engravidá-la?
–E como vai driblar aquele bagaço
de mulher?
–Simples: ignorando-a. Eu não vou
dormir com ela. A não ser que certa pessoa não cuide direito de mim e me deixe
na seca. Aí não posso garantir nada. – falei brincalhão. Tânia tirou os sapatos
de salto alto, despiu-se lentamente. Eu acompanhei seus movimentos visivelmente
excitado, afinal Tânia era uma puta de uma gostosa! Quando estava completamente
nua ela entrou no Box do banheiro junto a mim. Eu não iria ser delicado cheio
de preliminares, não esta noite. Puxei-a pela cintura prensando-a na parede.
Ergui seu quadril penetrando-a de imediato enquanto meus lábios beijavam os
seus com fúria. Por algum motivo, enquanto a penetrava sem nenhuma delicadeza,
lembrei-me do modo gentil como fui tratado por Isabella no elevador. Como me
senti bem em seus braços do mesmo modo quando procurava o colo de minha mãe.
Isso me atordoou. Fiquei um pouco perdido.
–Edward... – Tânia murmurou.
Notei o aborrecimento em seu rosto. Eu havia parado com os movimentos enquanto
pensava em Isabella. Estranho.
–Vamos para a cama. Quero fazer
sexo lá. – anunciei levando-a presa a minha cintura. Sabendo que a partir de
amanhã eu faria o possível para apressar meus planos com a certeza de que em
dois meses a tal Isabella seria desposada por mim.
Continua...
Coitada da Bella, toda apaixonada, e
nem sabe desses planos sórdidos do Edward. Com certeza ela vai cair na conversa
dele e vai acabar sofrendo quando ele abandoná-la. Já estou prevendo um
sentimento muito negativo por esse Edward. Mas vamos continuar pra ver o que
acontece. Beijos e até amanhã.
Oi honey! Putts ele esta mt cachorro sem vergonha! Mas eu gosto pq ele vai acabar se apaixonando por ela ai vou surta de alegria!! Beijusculo ate amanha.
ReplyDeletenesse cap eu fiquei com muito dó da Bella, tadinha ..
ReplyDeleteesse Edward é muito canalha, um verdadeiro idiotaa!
mas to amando,loca pra sabe o que vai acontece :]