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Monday, February 20, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 5


Boa tarde pessoal! Hoje o capítulo é contado pela Bella que está cada vez mais sendo envolvida pelo Edward...


Título: O Contrato 
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio; 
http://www.facebook.com/jacqueline.sampaio; 
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo 
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo


O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"



CAPÍTULO 5 


Bella´s pov


Eu não acreditava que realmente tudo aquilo tinha acontecido entre mim e Edward. Cheguei a pensar que tinha sido apenas um maravilhoso sonho. Talvez fosse. Não importava mais. Não me importava que Edward fosse me ignorar após tudo o que tinha ocorrido, eu me contentaria com o pouco que ele havia me ofertado noite passada. Tomei um longo banho, vesti minhas melhores roupas e fui para o meu trabalho meia hora mais cedo.
–Bom dia Bella! – Jessica disse radiante naquela manhã, eu fingia estar atenta a uma papelada, mas minha mente vagava longe. –Hei, você me ouviu? –Perguntou e só assim despertei.
–Oi Jess. Desculpe-me, eu estou um pouco desatenta hoje.
–Desatenta é apelido, garota! Que bicho te mordeu? – perguntou enquanto se sentava em sua mesa. Pensei que aquela era a oportunidade para contar o que havia acontecido, mas se eu fizesse isso todos da empresa saberiam.
–Nada. Eu só estou me sentindo um pouco indisposta para trabalhar. – menti e Jessica parecia estar tão desatenta que não notou.
–Sabe, você bem que poderia deixar a preguiça de lado e sair comigo e com Ângela. Arrumaremos rapidinho alguém para você. – Jessica dizia enquanto iniciava seu trabalho. Dei de ombros. Se antes eu já me sentia tentada a esperar pelo milagre de Edward Cullen me perceber e ser o meu primeiro em tudo imagine agora após o que tinha acontecido conosco?
–Que tal outro dia? Quando eu estiver a fim de sair você será a primeira a saber. – falei apenas para que Jess não insistisse mais com o convite. Ela pareceu se aquiescer e voltou sua atenção ao seu trabalho. Distraída como estava eu não notei que alguém estava bem próximo de mim, do outro lado da divisória.
–Isabella? – meu nome foi pronunciado docemente, virei-me num átimo. Lá estava ele, meu milagre materializado, os braços apoiados na divisória. Era Edward e, só naquele instante, minhas lembranças sobre ontem não pareceram fruto de uma imaginação iludida.
–O-OI SENHOR CULLEN! – me levantei da cadeira e por muito pouco não caí sentada. O cumprimentei ruidosamente. Ele parecia se divertir com minhas atitudes.
–Me chame apenas de Edward. Não sou tão velho assim. Diga-me: tem companhia para o horário do almoço?
E lá estava eu, simplesmente congelada de choque. Edward Cullen me convidando para almoçar com ele?
–Claro que ela vai! Bella nunca tem companhia para almoçar. Que tal ao meio-dia na porta do refeitório? – para a minha surpresa era Jessica respondendo por mim, incrivelmente animada. Edward reprimiu uma risada.
–Ok. Nos vemos, Bella. – falou e caminhou para a sua sala. Tânia estava parada próxima a porta, olhava mortiferamente para a cena toda. Edward se juntou a Tânia e seguiu para a sua sala.
–AI MEU DEUS! AMIGA ME CONTA COMO VOCE...
–Fala baixo Jess! – sibilei nervosa. Jess parecia louca de histeria.
–O que foi isso Bella? Você conhece o Edward? Quando aconteceu isso? Você... Você TRANSOU com ele é?
–Claro que não Jess! Não diga bobagens eu só... Olha, não conta pra ninguém!
–Claro Bella! Agora desembucha garota! – eu tinha medo do olhar brilhante de Jess. Ainda assim eu teria que contar caso o contrário eu não saberia mais o significado de paz.
–Tudo bem, eu conto. Ontem, quando eu ia para casa, eu acabei ficando presa no elevador com ele.
–O que? Presa? Mas Edward não utiliza o elevador apenas para os funcionários de maior padrão? – Jess perguntou tão espantada quanto eu havia ficado quando o vi comigo no elevador.
–Por algum motivo ontem a noite ele usou o mesmo elevador que eu. Então subitamente o elevador parou e Edward começou a passar mal. Eu tentei acalmá-lo e consegui. Então... Como agradecimento ele me deu uma carona até em casa e ficou fazendo perguntas sobre mim. Foi só isso.
–SÓ ISSO? Minha amiga você acaba de me relatar o acontecimento do século! Minha nossa! Edward Cullen deu carona pra você! Detalhes, detalhes, eu preciso de detalhes! Ele é cheiroso? Como é o carro dele? Ele tentou bulinar em você? Você o convidou para subir junto a você?
–Jess não foi nada disso. Ele foi super gentil e não tentou nada e eu não fiquei me oferecendo! Que tipo de mulher eu seria se agisse assim?
–A esperta, Bella! Aposto que foi por isso que ele se ofereceu para te dar carona, ele queria que você o convidasse para subir e os dois teriam uma noite de sexo selvagem e...
–JESS! Não diga bobagens! Edward não é esse tipo de pessoa!
–Não é? Bella como você pode ser tão ingênua?
–Talvez você esteja enganada Jess. Só por que Edward é bonito e rico ele não precisa ser um playboy insensível. Eu não acho que ele seja assim.
–Bella, você é tão ingênua! Tudo bem, viva no seu conto de fadas acreditando que homens como Edward Cullen são bonzinhos. Desde que você o agarre no final, está tudo bem. Ah e tem que agradecer a mim, eu fechei seu encontro com ele no refeitório. Se dependesse de você Bella, Edward Cullen sairia daqui acreditando que você tem problemas mentais. – Jessica dizia segurando uma risada. Minha cara de surpresa deve ter sido cômica mesmo.
–Eu não... Eu fico tão sem ação perto dele que não consigo agir normalmente. –admiti, derrotada. Jess levantou-se e deu uma tapinha no meu ombro direito.
–Então treine com um boneco inflável, converse sozinha, eu sei lá Bella, mas não aja dessa forma! Ele vai achar que você tem atraso mental! – Jessica disse e não pude contestá-la, ela tinha razão.
–Eu vou fazer o meu melhor. – prometi não para Jess, mas para mim mesma. Deus havia me dado uma chance de que Edward me conhecesse, eu não iria fazer feio.


–Bella, passe pelo menos um batom! –Jess implorava enquanto eu pegava minha bolsa.
–Melhor não, eu não quero que Edward pense coisas estranhas sobre mim. Ele me conheceu como eu sou, eu não quero que ele pense que sou outra pessoa quando estou diante dele. – disse já me dirigindo para a saída. Iria para o refeitório cinco minutos mais cedo do que o horário combinado. Ignorando as broncas de Jess, eu segui para o refeitório, temerosa por não saber como ser normal diante de Edward.
“Vamos lá Bella. Imagine que não é Edward, imagine que é o cara que tira cópias de documentos da empresa para você. É isso! O cara das cópias!” –Pensei desta forma e repeti “cara das cópias” como um mantra na tentativa de aquiescer meu nervosismo. Não adiantou. Quase tive um colapso quando adentrei o refeitório. Ah, claro, eu tinha chegado mais cedo então sem chances de encontrá-lo ainda! Sentei em uma mesa afastada da aglomeração para que tivéssemos um pouco de privacidade. Não que fosse acontecer algo, longe de mim criar esperanças!
“Então vou esperá-lo. Será que entro logo na fila de me sirvo da comida daqui? Não, eu não quero parecer uma mal educada ou com pressa demais em comer e me desfazer de sua companhia. Melhor esperá-lo.”.
Assim decidido eu fiquei sentada com os olhos fixos na porta.


Eu tinha apenas duas horas de almoço. Perdi quarenta e três minutos esperando por Edward. Isso aí, ele não tinha aparecido ainda. A fila para a comida estava gigantesca e eu duvidava que houvesse comida suficiente. Provavelmente tudo acabaria quando eu chegasse até as opções de comida.
Será que Edward havia me dado um bolo de propósito? Não, claro que não! Edward não faria isso comigo. Ainda assim eu estava faminta, precisava comer algo, sendo assim levantei-me. Sairia do prédio e comeria apenas um lanche, a fim de evitar a fila inútil, e voltaria ao trabalho. Quando estava me levantando da cadeira, eis que surge Edward, passava apressado pela porta. Voltei a sentar. Ele olhava para o grande refeitório a procura de algo ou alguém. Pensei em chamá-lo, mas ele já era alvo de todos os olhos femininos do lugar, eu não queria chamar atenção para mim. E então ele me viu, sorriu e caminhou em minha direção. Sério, todas as mulheres do refeitório olhavam para ele, espantadas por ele estar ali. Senti meu coração trepidar a cada passo dado por Edward Cullen em minha direção.
“ACALME-SE BELLA! POR FAVOR, ACALME-SE!” – exigi de mim e todo o aborrecimento pelos quarenta e cinco minutos de espera tinha se evaporado. Eu não me importava de não comer nada, com prazer cederia o restante do meu horário de almoço para conversar com ele.
–Boa tarde. Perdão pela demora. Tive uma reunião de última hora. – disse com um sorriso como quem se desculpa.
–Tudo bem. – falei com uma voz relativamente composta. Ótimo.
–Então... – ele olhou para a fila e estreitou os olhos. –Acho que devemos procurar outro lugar para comer, ou você já comeu?
–Ah, não. Eu não comi ainda.
–Então eu vou levá-la em um restaurante que fica próximo. Costumo comer lá. Um excelente lugar. Vamos? – Edward, que ainda estava de pé, estendeu a mão para mim, um meio sorriso encantador nos lábios. Quando ele sorria para mim eu ficava paralisada, incapaz de agir como um ser humano normal.
“VAMOS BELLA! NÃO É HORA DE FICAR DESLUMBRADA COM O SORRISO DELE, SUA IDIOTA!”.
–Edward, eu tenho que trabalhar logo. Se eu for com você posso me atrasar então... – murmurei super triste por não ter meu momento com ele. Cara por que logo hoje ele tinha que ter uma reunião urgente?
–Não se preocupe. Eu sou seu chefe afinal. Não irei penalizá-la em nada. Por favor, me de o prazer de sua companhia? – ele pediu, os olhos tão calorosos que por Deus, foi muito para mim! Levantei-me cambaleante e segurei sua mão. Todas as mulheres e até funcionários do sexo masculino olhavam para a cena, atônicos. Bem, naquele momento eu não liguei de ser o centro das atenções. Infelizmente assim que começamos a caminhar para a saída do refeitório, Edward soltou minha mão. Uma pena. Eu estava adorando segurar a sua mão macia e um pouco fria, mas ainda assim um contato agradável. Fomos para o seu carro, ou sua nave, era um carro realmente soberbo! Edward gentilmente abriu a porta para mim e assim seguimos silenciosos para o restaurante o que eu agradeci. Se eu iria passar alguns minutos em sua companhia, eu tinha que me preparar e ficar falando com ele não iria ajudar no processo.
Eu me permiti ficar perdida em pensamentos, mas infelizmente meus pensamentos eram com Edward então não deu para me tranqüilizar como eu queria.
–Chegamos. – Edward disse. Eu nem havia me tocado que ele já havia estacionado seu carro. Apressei-me em abrir meu cinto de segurança e saí sem esperar que Edward abrisse a porta para mim. Segui junto a Edward calada e estaquei quando a porta do estabelecimento abriu automaticamente. Só então percebi o quanto era chique o restaurante em que estávamos. Oh merda! Era só o que faltava agora!
–Bem vindos! Ah, senhor Cullen, que alegria em vê-lo e... – o funcionário olhou para mim, deve ter notado pelas minhas vestes que eu era pobre. Lançou um olhar de desdém. –E a sua convidada.
–Olá Sebastian. Veja-nos a mesa de sempre, sim? – senti a mão de Edward em minhas costas e meu coração bateu erraticamente.
–Ah, como quiser. Sigam-me. – o funcionário disse e passou a caminhar. Não ousei olhar para os lados e verificar a opulência daquele local. Mantive meus olhos no chão. Algumas vezes tropecei, mas Edward parecia estar pronto para me erguer caso eu caísse estatelada no chão. Isso não podia estar acontecendo, não é? Como eu passei de mulher invisível na vida de Edward Cullen para a garota especial que ele levava para almoçar num restaurante chique? Eu nunca saberia repassar a história pra alguém.
–Sentem-se. – o funcionário disse e Edward puxou a cadeira para que eu sentasse. Sempre tão cavalheiro! O funcionário nos cedeu para cada um o cardápio. Eu o peguei e quando o abri quase tive um treco. Nem mesmo todo o meu salário poderia ser o suficiente para uma refeição nesse restaurante. Comecei a suar frio.
–Vamos fazer os nossos pedidos Bella. Você me acompanharia em um vinho? – Edward perguntou. Eu o olhei, devia estar branca. Como diabos eu ia pagar a minha parte?
–Bem eu... Edward... Senhor Cullen esse... Eu não vou poder pagar a minha parte. – sibilei querendo enterrar minha cabeça no chão como uma ema. Edward sorriu.
–Você é minha convidada. Claro que serei eu a pagar seu consumo aqui.
–Não posso aceitar! Tudo aqui é muito caro senhor.
–Me chame de Edward, por favor. – ele virou-se para o funcionário e disse:
–Uma garrafa de seu melhor vinho tinto. Eu não desejo comer nada, mas a senhorita certamente deseja. Diga-me Bella, o que deseja comer? – cruzou as mãos e as colocou abaixo do queixo. Foi difícil desviar meus olhos de toda a sua perfeição e olhar o cardápio, mas eu o fiz.
–Bem eu... Eu quero algo bem leve e que não seja uma comida esquisita. – disse enquanto olhava para o cardápio. Que bosta! O que eu fui falar?
–Então recomendo um salmão grelhado com molho de menta para a senhorita. Um prato leve e saboroso. – o funcionário disse e notei que tinha um sorrisinho de escárnio. Eu assenti sem graça. Os cardápios foram retirados da mesa e o funcionário afastou-se.
–Parece sem jeito com este ambiente. Perdão. Eu deveria ter escolhido um restaurante em que você pudesse se sentir bem.
–Não se preocupe Edward. Não me importo. Então... Não vai comer nada? Deveria comer se não comeu até agora.
–Estou sem fome. Beberei apenas vinho. Me acompanhará? – perguntou e vi o mesmo funcionário trazer o vinho.
–Eu não bebo. – disse enquanto uma taça de cristal era colocada diante de mim.
–Abra uma exceção agora. Eu não gosto de beber sozinho. Não se preocupe, você não ficará bêbada.
–Tudo bem. – concordei e o funcionário serviu a mim e a Edward. Eu nunca bebia, não sabia beber, mas não consegui dizer não a Edward. Beberiquei o vinho, não era tão bom, eu preferiria beber Coca, mas não poderia contrariar Edward. Edward me olhava intensamente enquanto bebia.
–Edward, por que me convidou para almoçar? – perguntei e me arrependi da pergunta. Não queria parecer aborrecida ou algo assim.
–Não sabe? – perguntou voltando a sorver vinho. Eu peguei minha taça e beberiquei a bebida mesmo não sendo do meu agrado.
–Não. Pode me explicar? Ainda é por se sentir grato por ontem?
–Não Bella. Não é apenas por isso. Como posso explicar... Hmmm... – estava perdido em pensamentos e desejei poder ler mentes. Algo brotou em mim: esperança. O que? Eu com esperanças de ser outra coisa que não uma simples funcionaria? Eu devia estar bêbada com o pouco que bebi.
–O que? – inclinei-me a frente dele e então minha refeição veio. Droga! Edward pareceu dar toda a sua atenção a sua taça de vinho e eu tive que dar atenção à comida. Não foi fácil comer. Toda a fome que eu sentia desapareceu. Ainda assim me forcei a comer e nossa! A comida era super deliciosa! No entanto vinha em pouca quantidade, eu não entendo gente rica que gasta tanto com tão pouco. Não foi fácil comer com classe, ainda mais com tantos talheres sobre a mesa, mas procurei apenas me lembrar do básico: coma devagar e com a boca fechada. Edward passava a maior parte do tempo olhando-me, às vezes parecia sorrir. Ele era tão encantador! Parecia estar apreciando estar comigo e isso me deixava tão feliz! De tão distraída que fiquei, logo o meu prato estava vazio. Eu pensei em não tocar no assunto temendo decepção com as palavras de Edward. Fiquei ocupada demais com minha taça e quando havia esvaziado a taça, Edward colocou mais para mim. Murmurei um “obrigado” e fitei a toalha de mesa.
–Então, retomemos ao assunto em foco. – disse e se serviu de mais uma taça da garrafa de vinho. Fiquei tensa. O que ele iria falar? –Você queria saber o porquê de eu convidá-la para almoçar, não é? – seu meio sorriso era uma coisa de louco. Eu estava hiperventilando sem saber.
–Sim. –disse tão baixo que não tinha certeza se Edward tinha me ouvido. Ele segurava a taça mexendo o conteúdo do vinho para lá e para cá enquanto balançava.
–Serei direto, Bella. Não é de o meu feitio enrolar.
O que? Que papo era esse? Oh droga ele vai me despedir ou o que? Talvez me ofereça um cargo...
–E o que tem para me dizer? Não consigo imaginar o que. Vai me demitir ou algo assim? – cara eu odeio quando exteriorizo meus pensamentos, mas parece um tic. Não dá pra fugir disso. Edward sorriu.
–Claro que não! Eu não demitiria alguém que tanto me fascina desde o dia em que impedi você de cair no corredor.
O que? O que ele disse? Estou com cera do ouvido? Não, Edward não disse isso!
–Mentira... – murmurei debilmente. Eu não conseguia me conter.
–Acha que estou mentindo? Por que mentiria pra você?
–Não sei Edward, mas acho difícil de acreditar que eu fascine você. Eu sou tão desinteressante! Eu... – Edward fez sinal para o funcionário que nos atendeu vir até nós interrompendo-me. Eu me calei instantaneamente.
–Sim senhor Cullen?
–A conta. – retirou um cartão de crédito do bolso interno do paletó que usava juntamente com duzentos dólares. –Sua gorjeta. – disse apontando para as notas. Quem dá duzentos paus de gorjeta? Apenas alguém rico. O homem sorriu como um retardado e se encaminhou para o caixa. Eu fiquei calada sem saber como iria tocar novamente no assunto. 
Edward tinha um olhar perdido para uma persiana de vidro atrás de mim. O funcionário trouxe o papel com a conta e o cartão, tudo já pago. Edward levantou-se e eu fiz o mesmo. O clima estava tão estranho que pensei em pedir a Edward para ir de ônibus para a empresa. Enquanto seguia para seu carro olhei nervosamente para meu relógio de pulso, eram duas e meia, meia hora de atraso. Eu estava me sentindo leve e um pouco tonta. Cambaleei duas e vezes e nas duas senti a mão de Edward em sinal de apoio. E então estávamos dentro do carro. Eu fiquei mortalmente calada e prometi a mim mesma não falar nada de constrangedor, ou seja, nem tocar no assunto que estávamos falando. Edward dirigiu direto para a empresa e assim que ele estacionou seu carro eu me apressei em sair.
–Obrigada pelo almoço e pela carona. Tenha um bom dia. – falei rapidamente desafivelando o cinto e tentando abrir a porta, mas não consegui. Edward segurou-me pelo braço impedindo-me de sair.
–Espere. Temos algo a tratar antes. – ele disse e eu congelei. Eu não estava preparada para o que quer que viesse agora.
–So-sobre o que? – perguntei enquanto gaguejava.
–Não acabamos nossa conversa. Você dizia que não sabia os motivos por eu sentir fascínio por você e quando eu ia responder o funcionário do restaurante nos interrompeu.
Eu nem conseguia olhar para a cara de Edward. Isso não podia estar acontecendo, podia?
–Ah, sim. Olha, eu sei que você está muito agradecido com o que aconteceu, mas qualquer um teria feito o que eu fiz então...
–Você não agiu como qualquer uma. Você foi maternal. As outras pessoas não seriam assim.
Eu fiquei espantada. Naquele instante eu tinha todos os pensamentos possíveis com Edward, menos pensamentos maternais. Se bem que... Quando o vi frágil daquele jeito eu quis protegê-lo. Talvez ele tenha interpretado isso como sentimento maternal e não como amor.
–Pode até ser, mas... – virei-me para ele a fim de simplificar tudo e disse: –Afinal, o que você quer de mim? – perguntei com a voz trêmula de expectativa e medo.
–O que eu quero? Bem... Fico feliz que tenha ido direto ao ponto. Eu também sou assim, direto. Importa-se se, ao invés de dizer, eu lhe mostrar o porquê de tudo isso? – ele perguntou inclinando em minha direção. Então tudo aconteceu rápido ou lento demais, eu não me senti presa a coisas tão banais como o tempo. Em um momento Edward estava olhando para frente sentado em seu banco e no outro seu corpo estava inclinado em minha direção, sua mão em minha nuca puxando-me para ele e seus lábios nos meus. E então eu desmaiei de olhos aberto e consciente. Isso é possível? Sim, era. Eu não conseguia me mexer e nem corresponder ao beijo. Apenas fiquei parada enquanto sentia os lábios macios roçando nos meus e estes mesmos lábios tentando aprofundar o beijo separando meus lábios.
“MEXA-SE SUA IDIOTA! MEXA-SE!” – eu gritava para mim mesma, mas meu corpo continuou entorpecido demais para agir. Edward afastou-se e olhou-me claramente confuso.
–O que foi? – perguntou visivelmente preocupado. Ele devia ver que eu estava mais branca que uma vela.
–Eu preciso ir. – murmurei e saí do carro sem me dar ao trabalho de olhar para trás e ver o semblante chocado de Edward. Eu sei, eu era uma idiota. O que eu estava fazendo afinal? Minha chance de tê-lo e lá estava eu fugindo dele! Eu era burra. EU ERA BURRA! BURRA! IDIOTA! IMBECIL!


–Ah aí está você! Onde esteve? – Jessica perguntou e sabia que não iria ter paz.
–Como assim onde estive Jess? Sabe que eu fui almoçar com ele.
–Mas eu fui ao refeitório e não vi você. Para onde foram? Saiu com ele? OH ME DEUS VOCÊ FOI PARA UM MOTEL COM ELE?
–Claro que não! Edward me levou a um restaurante freqüentado por ele.
–Nossa então deve ter sido um restaurante muito chique! – disse Jess com a cara cheia de assombro.
–Sim e ele pagou a conta. Não tinha como eu pagar.
–E então Bella sobre o que conversaram? – Jess queria que eu lhe dissesse algo quente como “Edward tentou me seduzir”, mas eu não podia. Eu não havia digerido o que tinha acontecido. Eu não poderia contar até por que Edward poderia querer segredo. Eu estava um caos então para não piorar as coisas menti casualmente.
–Sobre a empresa, essas coisas. Acho que o Edward se aproximou de mim para saber os podres dos funcionários, quem rouba material de escritório e blá blá blá. – falei com um meio sorriso nos lábios. Jess não somente acreditou como parecia decepcionada que meu encontro com Edward tivesse sido para esse fim.
–Cara que droga! Pensei que iria rolar algo. Tem certeza de que ele não se mostrou interessado? Não te olhou de um jeito estranho? Não tentou passar a mão em você?
–Não Jess. O Edward não fez nada. Por que ele faria? Eu sou tão... Sem graça. –olhei para o piso e essa era minha incógnita. Por que eu? Alguma coisa estava errada. Ainda assim... A felicidade foi me tomando e eu me peguei sorrindo como uma retardada. Jess estava ocupada demais no MSN com Mike para notar minha mudança. Eu estava pasma, eu realmente havia beijado Edward! Ainda assim era difícil acreditar. Estava mais fácil acreditar que usei cocaína no banheiro e tive alucinações do que crer nisso.
Eu fiquei perdida em pensamentos com Edward Cullen e nem consegui trabalhar bem. Fiquei agradecida que o horário de saída estivesse próximo e naquele momento algo me ocorreu tardiamente. OH MEU DEUS O QUE EU FIZ? EU DISPENCEI ELE! AI MEU DEUS! EU SOU UMA IDIOTA! IDIOTA!
–Hei Bella, amiga, você tá bem? Por que você tá batendo a cabeça na sua mesa? – Jess perguntou e só então percebi que estava agindo como uma demente.
–Ah eu... Bem eu... Eu tô com dor de cabeça, é isso.
–E em que planeta você acha que bater a cabeça na mesa vai melhorar sua dor de cabeça Bella? – Jess disse com escárnio. –Acho que você ficou balançada com o Edward, uma atitude muito estranha da parte dele. Imagine convidá-la para almoçar e fazer perguntas sobre a empresa? Super broxante!
Jessica continuou a criticar Edward e enquanto isso eu me arrumava para sair uns minutos mais cedo. Eu havia cometido um erro. Quando Edward me beijou eu simplesmente surtei. Precisava corrigir meu erro ou iria perdê-lo. Saí de fininho sem que Jess percebesse e fui para a garagem. O carro dele ainda estava lá então fiquei lá parada esperando e pensando no que eu diria. A princípio eu pensei em dizer tudo o que sentia por ele, todo o meu amor, mas desisti. Eu não podia fazer isso, eu iria assustá-lo.
“Vamos lá Bella, uma coisa de cada vez.” – pensei e procurei respirar pausadamente. Foi preciso apenas alguns minutos para que eu sentisse uma presença atrás de mim, uma respiração quente na minha nuca. Virei-me e lá estava ele.
–Oi. – disse de forma calorosa. Eu me derreti no brilho dos seus olhos. E então me lembrei da merda que tinha feito. Tratei de corrigir.
–Edward sobre o que aconteceu na hora do almoço eu... Eu sinto muito! Eu estava confusa e... –Edward colocou o dedo indicador nos meus lábios.
–Quer uma carona para casa? – Edward sugeriu. Meu coração quase saltou do peito.
–Quero. – murmurei. Edward deu um meio sorriso e abriu a porta para mim, eu entrei sem hesitar. E teria mais momentos Edward Cullen na minha vida.


Continua...


Coitada dela, está caindo direitinho na conversa dele. Com esse papo manso e esses sorrisos tortos como ela vai resistir? Vamos ver no próximo o que o Edward tem pra falar sobre isso. Beijos e até amanhã.
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3 comments:

  1. Oi honey!! Esta caindo, ela caiu faz tempo! Q do dele vai sofrer um bocado. Adorei ate beijusculo

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  2. Quem não resiste ao sorriso torto de Edward Cullen?? Eu não......

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  3. Eu não resistiria eu cairia nessa onda dele na primeira chance!!

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