
Boa tarde galera! Hoje o capítulo dará
um pequeno salto no tempo e poderemos acompanhar um pouco do relacionamento
entre Bella e Edward...
Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
O Contrato
By Jack Sampaio
Atenção: Este conteúdo
foi classificado
como impróprio para
menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero
continuar!"
CAPÍTULO 8
Bella pov’s
O tempo passa, mesmo quando nosso
desejo é de que permaneça estagnado.
Poderiam ter se passado dias,
meses ou até anos, eu não perceberia tal passagem. Ainda assim eu sabia
exatamente quanto tempo eu e Edward tínhamos de namoro: dois meses e quinze
dias.
Todos os dias eram um conto de
fadas para mim, mesmo que fizéssemos coisas banais juntos como um café da
manhã, um passeio no parque, almoço em algum restaurante de sua escolha ou quem
sabe um jantar em um ambiente mais opulento. Qualquer coisa ao lado dele era
ótima e não sentia o tédio se apoderar de mim por não fazermos algo mais
arrojado; Edward parecia compartilhar de minha opinião.
Eu disse tudo sobre mim para ele,
cada detalhe que cheguei a considerar insignificante, detalhes pessoais que
nunca partilhei com ninguém. Pouco soube a seu respeito, Edward não era de
falar sobre sua pessoa, mas não me importei com isso.
Claro que Jessica e Ângela
estavam desconfiadas das mudanças que se operavam em mim durante esses mais de
dois meses, elas notavam o quanto eu parecia estar sempre feliz mesmo que a
quantidade de trabalhos em minha mesa fosse grande. Por fim contei as duas o que
estava acontecendo comigo, meu envolvimento com Edward, não tinha como esconder
delas por muito tempo. Jess ficou radiante, mas senti uma pontada de inveja em
suas palavras. Dei de ombros. Se estivesse em seu lugar também sentiria inveja.
Ângela parecia feliz por mim e todos os dias eu relatava as duas o que
acontecia entre mim e Edward, elas ficavam em júbilo por isso.
Embora eu fosse sua namorada não
havia troca de intimidades em frente a todos, Edward dizia que era importante
sermos discretos e acatei seu pedido. Edward não havia até agora me apresentado
a sua família como sua namorada, mas não me importei. Eu não me importava com
nada, nem mesmo se soubesse que eu era só um passatempo. Ao menos eu o tinha em
meus braços e isso bastava.
Aquela era uma manhã feliz de
domingo. Eu e Edward estávamos completando três meses de namoro e Edward
prometera a mim que iria me apresentar a sua irmã Alice e ao cunhado Jasper. Eu
não havia exigido tal coisa dele, claro que não! Ainda assim, na noite
anterior, quando Edward disse que iríamos jantar com sua família, eu fiquei
radiante, estava radiante até agora. Essa era a prova de que eu não era um
passatempo.
Acordei bem cedo com o intuito de
arrumar meu apartamento, andava tão desleixada com a limpeza e organização que
o local estava quase inabitável. Em parte decidi limpá-lo por que precisava me
distrair com algo, estava tensa com o jantar com os familiares de Edward. Uma
bobagem, eu sabia. Coloquei uma música agitada em meu som, peguei os produtos
de limpeza, vesti apenas uma camisa velha e comecei o serviço. De fato a
limpeza ajudou-me a relaxar e acredito que estaria completamente relaxada até o
anoitecer se meu celular não tivesse tocado.
–Droga! – resmunguei tirando as
luvas de látex e correndo, suja de sabão, até a sala onde havia deixado meu
celular. O atendi num átimo.
–Alô? – perguntei ofegante.
–Não acredito! Você não consegue
ainda reconhecer o número de celular do seu próprio namorado? Amor, assim você
me deixa triste. – Edward disse do outro lado da linha, podia ouvir seu riso.
–Oi amor! – cumprimentei
radiante. – Perdão eu atendi tão rapidamente que não chequei quem poderia ser.
– sentei no braço do sofá, um sorriso que não conseguia retirar de meu rosto.
–Bom dia amor. Não me diga que
acordei você? – Edward perguntou, sua voz parecia preocupada.
–Não. Acordei cedo e estou
limpando o apartamento.
–Amor, importa-se se eu aparecer
agora? – Edward perguntou. Eu estaquei.
–Não, claro que não, mas...
Pensei que só nos veríamos ao anoitecer quando você viesse me buscar para o
jantar com sua família. Por um acaso o jantar foi cancelado?
–Não Bella, não é isso. Tenho
algo importante para conversar com você e... Bom... Acho que seria melhor falar
antes do jantar. Posso ir até aí? – uma súbita tensão tomou meu corpo. O que
Edward gostaria de conversar comigo?
–Claro Edward. Eu vou me arrumar,
espero por você aqui.
–Então até mais meu amor. Estou
ansioso para vê-la. – Edward disse e me senti derreter. Ainda custava a
acreditar que Edward me dizia tais coisas.
–Até mais. – desliguei e me
dirigi rapidamente para o banheiro, precisava estar de banho tomado e vestida
quando ele chegasse.
Enquanto me ocupava em lavar meu
cabelo, mil especulações passaram em minha cabeça. O que Edward queria falar
comigo? Eu não conseguia pensar em algo bom. Senti um arrepio perpassar meu
corpo quando minha primeira sugestão do motivo da conversa fosse o término do nosso
namoro. Tentei espantar logo tal pensamento sombrio. Se Edward fosse terminar
comigo ele não me trataria tão carinhosamente ao telefone como sempre faz.
Cansada de minhas próprias
especulações, terminei meu banho e fui ao meu quarto vestir algo. Eu estava
secando meus cabelos com uma toalha, após vestir uma calça jeans e uma camisa
branca, quando a campainha tocou.
–Droga! – corri até a porta e a
atendi. Edward estava lá de pé, lindo como sempre. Era impressionante como eu
ainda perdia a fala ao vê-lo. Edward me olhou de cima a baixo e sorriu.
–Bom dia. – disse dando-me um
selinho antes de adentrar completamente meu apartamento. Sentou-se no sofá.
–Desculpe, não consegui terminar
de me arrumar, devo estar horrenda! – reclamei caminhando para o corredor que
me levaria a meu quarto. – Vou terminar de me arrumar e já volto. – disse, mas
ao chegar à entrada do corredor, próximo ao sofá, Edward puxou-me pelo braço e
me fez sentar em seu colo.
–Não seja boba. Está linda como
em qualquer outro dia. – seus braços envolveram minha cintura puxando-me para
mais perto do seu peito. Eu me inclinei beijando-o calmamente. Após o beijo
Edward colocou sua cabeça próxima ao meu pescoço inspirando.
–Está tão cheirosa. – murmurou
com a voz rouca. Senti um calor tomar meu corpo, um calor que já era familiar
para mim. Bem como eu imaginei, quando o corpo de Edward parecia estar sendo
consumido pelo mesmo calor, ele se afastou. Fez com que eu sentasse ao seu lado
no sofá. –Termine de se arrumar, eu vou esperar aqui. – ele disse. Eu fiquei a
olhá-lo tentando desvendar o que se passava na mente de Edward, tentando
compreendê-lo. Nada me ocorreu.
–Ok. – disse e segui para o
quarto.
Apesar de estarmos juntos há três
meses, os três meses mais felizes de minha vida, Edward nunca tentou passar dos
limites comigo. Às vezes eu notava sua excitação quando nossos corpos estavam
próximos demais e então Edward se afastava. Edward era homem e todo o homem
precisa de sexo. Ele parecia se conter apenas por mim, ele sabia que eu era
virgem. Talvez temesse passar dos limites e me magoar. A idéia de fazer sexo
com Edward nunca me pareceu aterrorizante, mesmo quando ele não era meu. Agora
o que eu mais queria era experimentar o prazer com ele, estreitando nossos
laços. Eu precisava dizer a ele que estava pronta, mas não seria algo fácil.
Mesmo com o grau de intimidade que tínhamos, eu não me sentia com coragem o
suficiente para dizer em palavras que queria fazer amor com ele. Talvez eu
pudesse apenas conduzi-lo, esta mesma noite. Em menos de meia hora eu já estava
pronta. Edward aguardava-me sentado no sofá, os olhos fixados na minha pequena
sacada, olhando a paisagem.
–Desculpe a demora. – murmurei e
sentei ao seu lado. Edward ergueu a mão e afagou minha bochecha.
–Não demorou nada.
–Então você já tomou café? Eu
posso preparar algo para você. – fiz menção de me levantar, mas Edward puxou-me
pelo pulso fazendo com que eu voltasse a sentar. Agora a expressão de Edward
era séria, o que me assustou.
–Não, eu comi antes de vir para
cá. Então eu quero conversar com você antes de irmos ao jantar que Alice está
promovendo.
–Ah sim, você disse que queria
conversar. Então diga sobre o que é. – perguntei tentando aparentar calma, mas
no fundo estava tensa. Edward parecia tão sério naquele momento, algo atípico
dele. Segurou minhas mãos entre as suas, seus olhos em mim.
–Bella, eu sei que é cedo para
tal coisa, mas visto que não tenho dúvidas sobre você eu não quero mais
esperar. Desde que você entrou em minha vida eu não consigo me imaginar sem
você ao meu lado e mesmo o pouco que eu já tenho já não é o suficiente. – Edward
voltou seu olhar para nossas mãos, eu continuei a olhá-lo sem entender aonde
aquela conversa iria parar.
–Edward eu... – comecei a falar,
mas Edward colocou seu dedo indicador em meus lábios.
–Deixe-me terminar, por favor! –
e então eu o vi se mover e pegar algo no bolso da jaqueta. Era uma caixinha
aveludada, muito bonita. Eu comecei a suar frio.
–Bella... – ele me chamou
olhando-me com intensidade, suas mãos abriam a caixa. Eu não consegui tirar
meus olhos dos seus. – Bella, você aceitaria ser minha esposa? – ele perguntou,
havia tensão em sua face, como que temendo minha rejeição.
Eu me permiti ficar mergulhada no
catatonismo. Nem em minhas mais arrojadas fantasias eu imaginei que um dia essa
criatura divina pudesse ser minha ao menos uma vez, quanto mais eu ser sua
esposa. Mesmo que tudo fosse real a minha volta, mesmo que eu já estivesse
parcialmente acostumada com Edward, eu ainda me perguntava se estava vivendo um
sonho. Eu temia que em uma manhã eu acordasse e percebesse a ilusão tendo que
viver mais um dia em minha antiga vida patética, a vida em que eu era mera
espectadora da vida de Edward. Eu estava viciada nele, não conseguiria suportar
a regressão de nossa relação. E agora, contrariando a tudo, podendo ter uma
mulher a sua altura, lá estava Edward me pedindo a coisa que eu mais queria,
mais do que ar ou comida ou riqueza ou saúde. Eu queria...
–Bella, o que foi? Por que está
chorando? – Edward perguntou alarmado, com uma mão tateou meu rosto e colheu
algumas lágrimas com a ponta de seus dedos.
–Eu... Eu só... – eu não
conseguia me fazer pronunciar a palavra “sim”. Eu estava tão atordoada ainda
digerindo a situação que simplesmente estaquei. Edward com uma das mãos livres
afagava meu rosto.
–Escute você não precisa
responder agora. Pode ter o tempo que quiser para pensar, afinal de contas é um
grande passo para nossas vidas e... – eu não deixei Edward terminar. Joguei-me
em seus braços. Edward abraçou-me apertado. Após um tempo, abraçados, Edward
afastou-me e sem dizer nada, com seus olhos fixos nos meus, colocou a aliança
que trouxera em meu dedo anular direito. Ergueu minha mão beijando o local onde
agora estava meu anel de noivado, colocou ambas as mãos em minhas bochechas
puxando-me para um beijo ardente. Eu estava nas nuvens, poderia morrer da pior
forma e ainda sim manteria um sorriso no rosto. Antes que eu pudesse
exteriorizar o que estava pensando, senti que o clima entre nós mudava para
algo mais intenso. Edward deitou-me no sofá cobrindo meu corpo com o seu, seus
lábios nos meus, suas mãos em meu abdômen massageando-o.
Envolvi meus braços no pescoço de
Edward e naquele momento, sabendo que ele iria me pertencer pelos laços do
matrimônio, eu desejei muito mais do que beijos. Por fim consegui livrar uma
mão passando a mesma para o peito de Edward. Ele usava uma camisa de botões
azul com as mangas dobradas até o cotovelo. Consegui abrir dois botões
infiltrando minha mão a fim de tocar seu peito nu.
Cedo demais Edward se afastou.
Parecia horrorizado que nossa troca de carícias tivesse ido tão longe.
Sentou-se no outro sofá, os olhos no chão.
–Desculpe. Não era minha intenção
desrespeitá-la. – murmurou. Eu me endireitei no sofá.
–Não me desrespeitou. Edward
eu... Eu não acho que... O que eu quero dizer é... Eu estou pronta. – não
conseguia olhar para ele, não queria que Edward pensasse que era uma oferecida.
Mas pensando bem nós estávamos noivos. Não tinha nenhum problema. Edward ficou
me encarando com uma expressão insondável.
–Eu preciso ir. Venho buscá-la
mais tarde.
–Edward, não precisa ir. Foi algo
que eu disse? – perguntei apavorada. Edward pareceu ficar alarmado com minha
expressão.
–Não é nada Bella é só que...
Bom... Eu achei que seria bom se nós dois deixássemos isso para depois.
–Depois quando?
–Depois do casamento. O que acha?
–Edward, não precisa fazer isso
por mim. – murmurei super sem graça.
–Não faço apenas por você, faço
por mim também. Bella, entenda que durante esse tempo eu sempre me envolvi com
mulheres... Mulheres impuras por assim dizer. Mulheres que se entregavam a mim
apenas com o intuito de ganhar algo valioso em troca. Agora eu tenho você e
quero que tudo seja perfeito, a moda antiga. Quero que seja minha após estarmos
casados. É um capricho, eu sei, mas...
–Não, eu entendo. Se for assim
que deseja, será assim. – eu devia estar rubra, não era fácil falar em algo tão
íntimo. Edward sorriu. Levantou-se do sofá onde estava e sentou-se ao meu lado.
Puxou meu rosto em direção ao seu e beijou-me.
–Eu realmente estou feliz que
tenha aceitado. – sussurrou em meu ouvido. –Eu preciso ir. Vejo você ao
anoitecer.
Eu me despedi de Edward na porta
do prédio e quando por fim ele partiu e fiquei sozinha em meu apartamento, eu
caí no berreiro. Eu sei que é algo patético para aqueles que acompanham, mas
não para mim.
A princesa tinha seu príncipe e
logo conheceria a frase “e então viveram felizes para sempre”.
Eu segui entorpecida para a casa
da irmã de Edward, Alice. Ainda custava a acreditar que Edward havia me pedido
para ser sua esposa, que eu o teria ao meu lado sempre, acordaria com ele,
teria a posse de seu corpo... Todas as grandes e pequenas coisas que diziam a
seu respeito seriam minhas. Edward levara um buque de flores silvestres para
mim, elogiou meu vestido azul marinho, dizendo que aquela cor ficava bem em
mim. Valeu à pena gastar todo meu salário daquele mês com o vestido que comprei
em uma butique chique só para ouvi-lo me elogiar daquela forma.
– Então, sentiu minha falta? –
Edward perguntou enquanto seguíamos de carro para a casa de Alice.
–Claro. Mas ainda assim foi bom
que você tenha ido embora de casa.
–Por quê? – Edward virou-se para
me olhar ignorando a estrada por alguns instantes.
–Eu meio que fiquei catatônica
após sua saída. Foi difícil digerir o fato de que fui pedida em casamento.
–Por que é tão difícil aceitar
que a pedi em casamento?
–Edward eu não sou muito adequada
pra você. – admiti sentindo a veracidade em minhas palavras. Isso doía. Eu
sempre soube, mesmo agora, que não era adequada para Edward. Senti a mão de
Edward segurar a minha no banco.
–Não quero ouvir tal idiotice.
Pare de se diminuir. – Edward disse parecendo aborrecido. Talvez ele estivesse
certo, eu devia ter algo especial para ele me querer. Ficamos calados durante o
restante do percurso.
–Pronta? – Edward perguntou
enquanto tocava a campainha do portão. A casa de Alice era grande, isso pude
notar sem nem ter entrado na propriedade.
–Sim. – murmurei fitando o chão.
Edward ergueu minha mão com a aliança e a beijou.
–Boa noite, bem vindos. – disse
uma governanta que nos recebeu. Alguns empregados atrás dela sorriam para nós,
em posições retas, perfeitas. Murmurei uma “boa noite” e segui ao lado de
Edward. A casa era impressionante, tão grande, com vidros substituindo paredes
e toda branca. Eu tentei conter meu olhar fascinado, mas não acho que consegui
disfarçar o quanto estava impressionada com a opulência do local. Mesmo tendo
frequentado lugares chiques através de Edward, eu ainda não conseguia me
acostumar com a riqueza daquela família.
Alice, linda como sempre, ladeada
pelo seu marido Jasper, veio nos receber na porta.
–Boa noite. Bem vindos! – ao
notar que era eu ao lado de Edward ela estacou. Seus lábios ficaram em uma
linha rígida e sua testa se franziu. Não entendi sua expressão, parecia
aborrecida pela minha presença. Rapidamente Alice mudou.
–Bella! Não acredito que é você!
Que bom vê-la! – abraçou-me.
–Oi Alice. – correspondi
timidamente seu abraço ainda pensando na expressão de Alice assim que me viu.
–Bem vindos. Ficamos felizes que
tenham vindo. – Jasper falou. – Muito prazer em conhecê-la Bella.
–Como sabe meu nome? – perguntei
sem conter a curiosidade.
–Alice fala muito de você, parece
gostar verdadeiramente de você. – disse Jasper.
–É claro que gosto! Bella salvou
minha noite certa vez, sabia disso Edward? – ela virou-se para seu irmão e,
embora sorrisse, tinha um olhar hostil. – Certa noite eu saí com Jasper para um
barzinho, mas meu sapato quebrou. Bella entregou seus próprios sapatos para que
eu não perdesse minha noite.
–Ah, Bella me falou a respeito
quando comentei que você queria conhecer minha misteriosa namorada. Disse que
vocês se falavam. Que coincidência boa não acha Alice? – Edward sorria e senti
um tom de zombaria, Alice estava séria. Eu e Jasper olhávamos a situação sem
entender o que se passava. Por fim a tensão se amainou.
–Então vamos ao jantar. Venha
Bella. – Alice pegou minha mão e me fez sentar ao eu lado. Edward sentou na
minha frente com Jasper ao seu lado. À medida que eu e Alice conversávamos a
tensão que antes eu sentia foi se dissipando. Alice foi simpática como sempre,
mas havia um tom estranho em sua voz, triste. Procurei não pensar muito nisso.
–Quer dizer que ele a pediu em
casamento? – Alice perguntou-me pasma. Todos nós já tínhamos jantado, estávamos
na sala de visitas tomando um chá.
–Claro, Bella é a mulher da minha
vida. Eu não quero perder tempo. – Edward estava sentado ao meu lado, segurava
minha mão. Alice nos olhou atentamente. Eu me senti mole com suas palavras, com
seu despreocupado toque.
–E já marcaram a data Edward? – Jasper
perguntou.
–Não. Eu a pedi essa manhã.
Bella... – Edward virou-se e me olhou, seus olhos eram tão fascinantes que só
pude olhá-lo como uma idiota. – Quando quer se casar?
Eu queria dizer AGORA, mas
pareceria loucura.
–Quando você quiser. – murmurei.
Edward acariciou meu rosto. Virou-se para Alice.
–Certamente você vai querer
organizar o casamento, não é mesmo Alice?
–Sim. Quero cuidar de tudo como
presente de casamento. – ela disse com a voz sem nenhuma emoção.
–Uma semana é o suficiente? – Edward
perguntou e eu estaquei. Ele realmente falou uma semana?
–Sim. Eu o aconselho a dar uma
semana de folga para Bella do trabalho. Vou monopolizá-la.
–Claro. Bella, essa data está boa
para você? – Edward me olhou aparentando preocupação. Devia estar temendo que
sua precipitação me desagradasse.
–Você não tem idéia do quanto
estou feliz. – murmurei contendo a vontade de chorar.
–Então vamos começar agora.
Edward eu vou tirar suas medidas. Vamos até o meu quarto. Em seguida tiro as
suas cunhadinha. – Alice levantou-se, veio para meu lado e me beijou na
bochecha. Puxou Edward pela mão. Os dois desapareceram pela escadaria. Teria
ficado quieta se a voz masculina não se manifestasse.
–Fico feliz por você. Você parece
ser certa para o Edward. Ele está precisando de alguém descente ao seu lado.
–Mesmo que você ou Edward digam
isso, eu ainda não acho que sou merecedora de uma pessoa como ele.
–Não diga tal bobagem. Edward tem
estado muito solitário. Mesmo tendo Alice e a mim, ele não tem ninguém que
cuide dele, que esteja sempre ao seu lado. Será bom para ele casar. Dessa forma
ele amadurecerá.
–Estranho, eu já acho Edward
maduro. – olhei para Jasper, ele tinha um olhar vago. Alguma coisa estava
acontecendo ali, ou eu devia estar apenas paranóica.
–Seu vestido ficará lindo! Alguma
preferência para a cor da decoração? – Alice perguntou enquanto tirava minhas
medidas.
–Não sei nada sobre isso. Acho
que vou deixar em suas mãos capazes, mas... Eu não sei como eu vou pagar.
–Ah Bella não se preocupe com
isso! Nós temos dinheiro para dar e vender. Vamos cuidar de tudo! Apenas diga
os nome que você quer em sua lista e os nomes de seus padrinhos.
–Eu vou pensar nisso.
–Mas pense rápido Bella. O
casamento é daqui a uma semana!
–Eu estou ansiosa para o
casamento, mas... Uma semana? Não é algo precipitado?
–E o que tem isso? Você não quer
se casar cedo? Tem dúvidas quanto a Edward? – Alice parou de tirar minhas
medidas e me olhou especulativa. Apressei-me em retirar a impressão errada.
–Não! Eu tenho certeza de Edward!
–Que bom. – Alice ficou a me
olhar, uma expressão que eu não compreendia.
–Alice, você não me quer como
cunhada? – murmurei. Ela estacou com minhas palavras.
–Não! Claro que não Bella! Você é
a cunhada que eu sempre desejei e...
–Então por que você parece ter
ficado aborrecida quando Edward me apresentou a você? – eu a observei. Vi seu
rosto ficar surpreso com minha sinceridade e então uma expressão suave aparecer
e seu rosto.
–Bella, me promete uma coisa?
–O que Alice?
–Você ama meu irmão, eu posso ver
isso. Você é exatamente o que Edward precisa. Fique com ele.
–Alice, não precisa me pedir algo
assim. Claro que eu vou ficar com ele, vou cuidar muito bem do seu irmão. – prometi
com fervor. Alice sorriu.
–Que bom. Agora a partir de
amanhã você é minha. – Alice piscou.
Alice era uma pessoa espontânea,
maravilhosa. Eu me enchi de contentamento em saber que eu iria pertencer àquela
família maravilhosa.
–Então você ficará ocupada com
Alice. Já pensou em quem serão seus padrinhos? – Edward perguntou, estávamos
saindo do terreno da casa de Alice.
–Sim. Jessica e Mike serão meus
padrinhos. Eu não o conheço muito bem, mas não tenho muita opção. Eu não sou de
muitos amigos e não tenho parentes. – murmurei e virei meu rosto para olhar a
paisagem pela janela, não queria que Edward visse meu rosto. Vendo-o com sua
família despertou algo em mim, uma antiga tristeza. A tristeza de não ter
nenhum familiar. Senti a umidade em meus olhos.
–Bella, está chorando? Por que
está chorando? – Edward perguntou alarmado, retirou uma mão do volante,
colocando em meu rosto. Peguei sua mão e a segurei.
–Estou bem eu só... Não é nada.
–Bella, não minta. Você deve ter
um motivo. O que foi? Alice foi desagradável com você? – ele parecia
terrivelmente preocupado. Eu sorri para tranquilizá-lo.
–Não é isso. Sua família é
maravilhosa. É que... O clima familiar me deixou um pouco sensível. Fazia tempo
que eu não me sentia assim. Eu tinha me esquecido como é estar entre familiares
e quando lembro dói. – agora que iríamos ser marido e mulher eu podia dizer
tudo sobre mim, até os fatos tristes que fiz de tudo para ocultar dele. Edward
ficou calado. Após alguns minutos notei que não estávamos indo para meu
apartamento.
–Para onde nós estamos indo
Edward? – eu perguntei.
–Meu apartamento. Namoramos há
três meses e você ainda não conhece o lugar onde moro.
E era verdade. Edward passava a
maior parte do tempo em meu apartamento quando vinha me ver. Nunca havia ido
até sua casa, nem sabia onde era. Poderia parecer desleixo de minha parte, mas
eu não queria incomodar Edward de jeito nenhum e por isso eu nunca perguntava
nada, cobrava nada. Minha tristeza pareceu se exaurir quando percebi que Edward
iria ceder, mostrar mais coisas ao seu respeito. Eu mantive um sorriso no rosto
esperando ansiosa pela chegada ao seu apartamento.
–O que achou? – Edward perguntou
ao acender as luzes com um comando de voz. Eu olhava a tudo embasbacada. Edward
morava na cobertura de um prédio de luxo. A decoração era simples, mas de muito
bom gosto.
–É lindo! – disse caminhando até
o sofá branco e sentando. Edward ficou de pé.
–É aqui que vamos morar após o
casamento. Você poderá alugar seu apartamento. Venha, vou mostrar a casa. – Edward
pegou minha mão conduzindo-me por todos os cômodos do gigantesco apartamento.
Aquele lugar era magnífico, tão grande, tudo tão limpo e arrumado! E tudo
tão... Solitário. Edward vivia sozinho ali, sem ninguém, ninguém...
Fiquei reconfortada em saber que
logo eu iria preencher qualquer vazio que ainda pudesse existir em sua vida.
–O que foi? – Edward
perguntou-me. Sorri.
–Nada. Ainda falta me mostrar um
cômodo eu suponho. – disse e vi Edward me sorrir cheio de malícia.
–Sim. O meu quarto. – Edward
puxou-me até a porta dupla que dava para o seu quarto, acionou o comando
acender luzes ao passarmos pela porta. Seu quarto era magnífico: espaçoso, as
paredes pintadas de preto e com telas de pinturas abstratas, móveis brancos.
Uma porta devia dar para o closet enquanto outra devia ser de seu banheiro. O
quarto possuía uma grande sacada.
–Puxa, um quarto maravilhoso!
Aliás, tudo aqui é maravilhoso.
–Foi Alice quem o decorou. Fico
feliz que tenha gostado. Este será nosso novo lar daqui a uma semana. E pode
começar a trazer seus pertences para cá e alugar seu apartamento.
–Nossa, está tão em cima! Edward,
eu não sei se vamos conseguir ajeitar tudo em uma semana. – Edward ergueu
nossas mãos entrelaçadas e afagou meu rosto.
–Não se preocupe. Alice cuidará
do casamento e eu cuidarei de sua mudança, trarei para cá apenas o essencial. O
restante ficará para seu inquilino. Amanhã vá a empresa falar com seus amigos,
anunciar quem será seu padrinho e madrinha, sua dama de honra e convidar quem
você quiser.
–Tudo bem. – Edward abraçou-me,
um abraço apertado, e sussurrou em meu ouvido:
–Perdoe a pressa. Sei que uma
semana é um exagero, um tempo muito curto, mas...
–Tudo bem. Eu estou tão ansiosa
quanto você para ficar ao seu lado, sempre.
–Que bom. – Edward beijou-me com
avidez e guiou-me para sua cama. Eu estava tão perdida no frenesi de seus
lábios, suas mãos, o perfume e o calor do seu corpo que não notei quando
estávamos deitados, o corpo de Edward comprimindo o meu no colchão. Seus lábios
não me davam liberdade para falar, sequer para raciocinar. Suas mãos prensavam
as minhas acima de minha cabeça. A atitude de um Edward afoito realmente me
assustou, mas isso não fez com que eu o detivesse. Mesmo temerosa com os
acontecimentos, com a novidade por detrás de tudo, eu queria aquilo. Eu queria,
eu precisava ter mais de Edward. Eu o queria em meus braços, em minha língua,
dentro de mim. Minhas mãos deixaram de acariciar sua nuca e passaram para
frente de sua camisa de botões. Enquanto Edward beijava-me no pescoço, minhas
mãos tentavam abrir os botões de sua camisa. Ele estacou e afastou-se tão
rapidamente que demorei alguns segundos para processar o ocorrido.
–Me desculpe! Não deveria ter
agido assim! – falou e parecia desnorteado. Edward sentou-se na cama longe de
mim, os olhos fixos no piso acarpetado.
–Tudo bem Edward. Não precisa
ficar assim. Não foi nada. Olha... – tentei me aproximar e tocá-lo, mas Edward
levantou-se da cama.
–Devo levá-la a sua casa. A
partir de amanhã começam os preparativos. Você deve estar descansada. – virou-se
para mim e sorriu. Ajudou-me e levantar da cama e logo seguíamos para minha
casa num silêncio mortal.
Eu não entendia a hesitação de
Edward em me tocar. Será que era realmente tão importante me manter virgem e só
fazer amor comigo após o casamento? Se não era algo importante para mim, como
poderia ser tão importante para ele? Eu queria perguntar suas reais motivações
para não querer me tocar, eu queria conduzi-lo até a cama mostrando a ele que
não havia problema algum fazermos amor, mas eu nada fiz. Desde que Edward
entrou em minha vida procurei ao máximo não ser um estorvo. Ignorei tudo que
pudesse incitar a termos uma discussão, como as especulações que aconteciam na
empresa do suposto caso entre Edward e Tânia. Como nunca vi nada eu dei de
ombros, mesmo que por dentro a insegurança me ferisse. Eu temia que Edward
fosse tirado de mim, não achava que tinha algum atrativo que o prendesse a mim.
Qualquer mulher com um pouco mais de carne e grana para se enfeitar poderia
chamar a sua atenção e eu seria facilmente descartada. Eu temia isso mais do
que qualquer outra coisa. Edward tornou-se para mim uma espécie de droga, eu
precisava de doses diárias dele para ser feliz.
–Bella? – a voz de Edward me
despertou da letargia.
–Ah! O que? – olhei para os lados
desorientada. Nós já estávamos em frente ao meu prédio.
–Chegamos. – ele sorria, parecia
se divertir com minha cara desnorteada.
–Ah, sim. Então já estou indo. Nos
vemos amanhã, se eu conseguir ter um tempo pra isso. Com toda essa correria de
casamento imagino que ficará difícil. – falei entre risos.
–Provavelmente. Alice vai
monopolizá-la. Então é melhor nós aproveitarmos agora. – Edward puxou-me para o
círculo de seus braços e beijou-me voraz. Era incrível a sensação de ser
beijada por Edward. Eu me sentia alheia a tudo. Poderia acontecer um maremoto
ou uma explosão e eu não perceberia. E eu não via a hora de ser inteiramente
dele, de ser uma mulher completa e saber o que era o prazer pelas suas mãos
grandes, macias e frias. Quando ambos estávamos ofegantes, Edward me soltou.
–A mudança ficará sob minha
responsabilidade. Amanhã venho buscar você e a deixarei com Alice.
–Antes eu gostaria de ir à
empresa falar com minhas amigas.
–Tudo bem então. Boa noite meu
amor. – Edward disse beijando-me na testa. Pensei em convidá-lo para subir
comigo, mas nada disse. Saí do carro e só entrei no prédio quando o carro de
Edward desapareceu na esquina. Deixei minhas dúvidas de lado para ser apenas
embalada pela felicidade e a certeza de que logo Edward e eu seriamos um só.
Era só isso que importava.
Ao adormecer eu sonhei com
Edward.
Continua...
Então é isso... Bella vai casar com
Edward e se verá presa a esse plano sórdido dele para garantir sua herança. Espero
que ao longo desse convívio ela tenha, pelo menos, plantado alguma sementinha
de carinho dentro dele. Quem sabe? Vamos ver amanhã o que ele tem pra nos
dizer. Beijos.
Oi honey!! Quando ela conta fica tao lindo ai vem o dele e estraga td! Mas ele vai tomar jeito e vai ser do jeito mais dificil com muito ciumeeeee dela. Ate amanha beijusculo*_*
ReplyDeletefalou e disse Nessie
Deletenossa a cap qu passa eu tenho mais dó da Bella, tadinha ta sendo tão enganada ..
ReplyDeleteto amaando muito a fic
PERFEITA!
Adorei a fic! Mt bom!
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