Pages

Thursday, February 23, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 8


O Contrato

Boa tarde galera! Hoje o capítulo dará um pequeno salto no tempo e poderemos acompanhar um pouco do relacionamento entre Bella e Edward...

Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 8

Bella pov’s

O tempo passa, mesmo quando nosso desejo é de que permaneça estagnado.
Poderiam ter se passado dias, meses ou até anos, eu não perceberia tal passagem. Ainda assim eu sabia exatamente quanto tempo eu e Edward tínhamos de namoro: dois meses e quinze dias.
Todos os dias eram um conto de fadas para mim, mesmo que fizéssemos coisas banais juntos como um café da manhã, um passeio no parque, almoço em algum restaurante de sua escolha ou quem sabe um jantar em um ambiente mais opulento. Qualquer coisa ao lado dele era ótima e não sentia o tédio se apoderar de mim por não fazermos algo mais arrojado; Edward parecia compartilhar de minha opinião.
Eu disse tudo sobre mim para ele, cada detalhe que cheguei a considerar insignificante, detalhes pessoais que nunca partilhei com ninguém. Pouco soube a seu respeito, Edward não era de falar sobre sua pessoa, mas não me importei com isso.
Claro que Jessica e Ângela estavam desconfiadas das mudanças que se operavam em mim durante esses mais de dois meses, elas notavam o quanto eu parecia estar sempre feliz mesmo que a quantidade de trabalhos em minha mesa fosse grande. Por fim contei as duas o que estava acontecendo comigo, meu envolvimento com Edward, não tinha como esconder delas por muito tempo. Jess ficou radiante, mas senti uma pontada de inveja em suas palavras. Dei de ombros. Se estivesse em seu lugar também sentiria inveja. Ângela parecia feliz por mim e todos os dias eu relatava as duas o que acontecia entre mim e Edward, elas ficavam em júbilo por isso.
Embora eu fosse sua namorada não havia troca de intimidades em frente a todos, Edward dizia que era importante sermos discretos e acatei seu pedido. Edward não havia até agora me apresentado a sua família como sua namorada, mas não me importei. Eu não me importava com nada, nem mesmo se soubesse que eu era só um passatempo. Ao menos eu o tinha em meus braços e isso bastava.

Aquela era uma manhã feliz de domingo. Eu e Edward estávamos completando três meses de namoro e Edward prometera a mim que iria me apresentar a sua irmã Alice e ao cunhado Jasper. Eu não havia exigido tal coisa dele, claro que não! Ainda assim, na noite anterior, quando Edward disse que iríamos jantar com sua família, eu fiquei radiante, estava radiante até agora. Essa era a prova de que eu não era um passatempo.
Acordei bem cedo com o intuito de arrumar meu apartamento, andava tão desleixada com a limpeza e organização que o local estava quase inabitável. Em parte decidi limpá-lo por que precisava me distrair com algo, estava tensa com o jantar com os familiares de Edward. Uma bobagem, eu sabia. Coloquei uma música agitada em meu som, peguei os produtos de limpeza, vesti apenas uma camisa velha e comecei o serviço. De fato a limpeza ajudou-me a relaxar e acredito que estaria completamente relaxada até o anoitecer se meu celular não tivesse tocado.
–Droga! – resmunguei tirando as luvas de látex e correndo, suja de sabão, até a sala onde havia deixado meu celular. O atendi num átimo.
–Alô? – perguntei ofegante.
–Não acredito! Você não consegue ainda reconhecer o número de celular do seu próprio namorado? Amor, assim você me deixa triste. – Edward disse do outro lado da linha, podia ouvir seu riso.
–Oi amor! – cumprimentei radiante. – Perdão eu atendi tão rapidamente que não chequei quem poderia ser. – sentei no braço do sofá, um sorriso que não conseguia retirar de meu rosto.
–Bom dia amor. Não me diga que acordei você? – Edward perguntou, sua voz parecia preocupada.
–Não. Acordei cedo e estou limpando o apartamento.
–Amor, importa-se se eu aparecer agora? – Edward perguntou. Eu estaquei.
–Não, claro que não, mas... Pensei que só nos veríamos ao anoitecer quando você viesse me buscar para o jantar com sua família. Por um acaso o jantar foi cancelado?
–Não Bella, não é isso. Tenho algo importante para conversar com você e... Bom... Acho que seria melhor falar antes do jantar. Posso ir até aí? – uma súbita tensão tomou meu corpo. O que Edward gostaria de conversar comigo?
–Claro Edward. Eu vou me arrumar, espero por você aqui.
–Então até mais meu amor. Estou ansioso para vê-la. – Edward disse e me senti derreter. Ainda custava a acreditar que Edward me dizia tais coisas.
–Até mais. – desliguei e me dirigi rapidamente para o banheiro, precisava estar de banho tomado e vestida quando ele chegasse.
Enquanto me ocupava em lavar meu cabelo, mil especulações passaram em minha cabeça. O que Edward queria falar comigo? Eu não conseguia pensar em algo bom. Senti um arrepio perpassar meu corpo quando minha primeira sugestão do motivo da conversa fosse o término do nosso namoro. Tentei espantar logo tal pensamento sombrio. Se Edward fosse terminar comigo ele não me trataria tão carinhosamente ao telefone como sempre faz.
Cansada de minhas próprias especulações, terminei meu banho e fui ao meu quarto vestir algo. Eu estava secando meus cabelos com uma toalha, após vestir uma calça jeans e uma camisa branca, quando a campainha tocou.
–Droga! – corri até a porta e a atendi. Edward estava lá de pé, lindo como sempre. Era impressionante como eu ainda perdia a fala ao vê-lo. Edward me olhou de cima a baixo e sorriu.
–Bom dia. – disse dando-me um selinho antes de adentrar completamente meu apartamento. Sentou-se no sofá.
–Desculpe, não consegui terminar de me arrumar, devo estar horrenda! – reclamei caminhando para o corredor que me levaria a meu quarto. – Vou terminar de me arrumar e já volto. – disse, mas ao chegar à entrada do corredor, próximo ao sofá, Edward puxou-me pelo braço e me fez sentar em seu colo.
–Não seja boba. Está linda como em qualquer outro dia. – seus braços envolveram minha cintura puxando-me para mais perto do seu peito. Eu me inclinei beijando-o calmamente. Após o beijo Edward colocou sua cabeça próxima ao meu pescoço inspirando.
–Está tão cheirosa. – murmurou com a voz rouca. Senti um calor tomar meu corpo, um calor que já era familiar para mim. Bem como eu imaginei, quando o corpo de Edward parecia estar sendo consumido pelo mesmo calor, ele se afastou. Fez com que eu sentasse ao seu lado no sofá. –Termine de se arrumar, eu vou esperar aqui. – ele disse. Eu fiquei a olhá-lo tentando desvendar o que se passava na mente de Edward, tentando compreendê-lo. Nada me ocorreu.
–Ok. – disse e segui para o quarto.
Apesar de estarmos juntos há três meses, os três meses mais felizes de minha vida, Edward nunca tentou passar dos limites comigo. Às vezes eu notava sua excitação quando nossos corpos estavam próximos demais e então Edward se afastava. Edward era homem e todo o homem precisa de sexo. Ele parecia se conter apenas por mim, ele sabia que eu era virgem. Talvez temesse passar dos limites e me magoar. A idéia de fazer sexo com Edward nunca me pareceu aterrorizante, mesmo quando ele não era meu. Agora o que eu mais queria era experimentar o prazer com ele, estreitando nossos laços. Eu precisava dizer a ele que estava pronta, mas não seria algo fácil. Mesmo com o grau de intimidade que tínhamos, eu não me sentia com coragem o suficiente para dizer em palavras que queria fazer amor com ele. Talvez eu pudesse apenas conduzi-lo, esta mesma noite. Em menos de meia hora eu já estava pronta. Edward aguardava-me sentado no sofá, os olhos fixados na minha pequena sacada, olhando a paisagem.
–Desculpe a demora. – murmurei e sentei ao seu lado. Edward ergueu a mão e afagou minha bochecha.
–Não demorou nada.
–Então você já tomou café? Eu posso preparar algo para você. – fiz menção de me levantar, mas Edward puxou-me pelo pulso fazendo com que eu voltasse a sentar. Agora a expressão de Edward era séria, o que me assustou.
–Não, eu comi antes de vir para cá. Então eu quero conversar com você antes de irmos ao jantar que Alice está promovendo.
–Ah sim, você disse que queria conversar. Então diga sobre o que é. – perguntei tentando aparentar calma, mas no fundo estava tensa. Edward parecia tão sério naquele momento, algo atípico dele. Segurou minhas mãos entre as suas, seus olhos em mim.
–Bella, eu sei que é cedo para tal coisa, mas visto que não tenho dúvidas sobre você eu não quero mais esperar. Desde que você entrou em minha vida eu não consigo me imaginar sem você ao meu lado e mesmo o pouco que eu já tenho já não é o suficiente. – Edward voltou seu olhar para nossas mãos, eu continuei a olhá-lo sem entender aonde aquela conversa iria parar.
–Edward eu... – comecei a falar, mas Edward colocou seu dedo indicador em meus lábios.
–Deixe-me terminar, por favor! – e então eu o vi se mover e pegar algo no bolso da jaqueta. Era uma caixinha aveludada, muito bonita. Eu comecei a suar frio.
–Bella... – ele me chamou olhando-me com intensidade, suas mãos abriam a caixa. Eu não consegui tirar meus olhos dos seus. – Bella, você aceitaria ser minha esposa? – ele perguntou, havia tensão em sua face, como que temendo minha rejeição.
Eu me permiti ficar mergulhada no catatonismo. Nem em minhas mais arrojadas fantasias eu imaginei que um dia essa criatura divina pudesse ser minha ao menos uma vez, quanto mais eu ser sua esposa. Mesmo que tudo fosse real a minha volta, mesmo que eu já estivesse parcialmente acostumada com Edward, eu ainda me perguntava se estava vivendo um sonho. Eu temia que em uma manhã eu acordasse e percebesse a ilusão tendo que viver mais um dia em minha antiga vida patética, a vida em que eu era mera espectadora da vida de Edward. Eu estava viciada nele, não conseguiria suportar a regressão de nossa relação. E agora, contrariando a tudo, podendo ter uma mulher a sua altura, lá estava Edward me pedindo a coisa que eu mais queria, mais do que ar ou comida ou riqueza ou saúde. Eu queria...
–Bella, o que foi? Por que está chorando? – Edward perguntou alarmado, com uma mão tateou meu rosto e colheu algumas lágrimas com a ponta de seus dedos.
–Eu... Eu só... – eu não conseguia me fazer pronunciar a palavra “sim”. Eu estava tão atordoada ainda digerindo a situação que simplesmente estaquei. Edward com uma das mãos livres afagava meu rosto.
–Escute você não precisa responder agora. Pode ter o tempo que quiser para pensar, afinal de contas é um grande passo para nossas vidas e... – eu não deixei Edward terminar. Joguei-me em seus braços. Edward abraçou-me apertado. Após um tempo, abraçados, Edward afastou-me e sem dizer nada, com seus olhos fixos nos meus, colocou a aliança que trouxera em meu dedo anular direito. Ergueu minha mão beijando o local onde agora estava meu anel de noivado, colocou ambas as mãos em minhas bochechas puxando-me para um beijo ardente. Eu estava nas nuvens, poderia morrer da pior forma e ainda sim manteria um sorriso no rosto. Antes que eu pudesse exteriorizar o que estava pensando, senti que o clima entre nós mudava para algo mais intenso. Edward deitou-me no sofá cobrindo meu corpo com o seu, seus lábios nos meus, suas mãos em meu abdômen massageando-o.
Envolvi meus braços no pescoço de Edward e naquele momento, sabendo que ele iria me pertencer pelos laços do matrimônio, eu desejei muito mais do que beijos. Por fim consegui livrar uma mão passando a mesma para o peito de Edward. Ele usava uma camisa de botões azul com as mangas dobradas até o cotovelo. Consegui abrir dois botões infiltrando minha mão a fim de tocar seu peito nu.
Cedo demais Edward se afastou. Parecia horrorizado que nossa troca de carícias tivesse ido tão longe. Sentou-se no outro sofá, os olhos no chão.
–Desculpe. Não era minha intenção desrespeitá-la. – murmurou. Eu me endireitei no sofá.
–Não me desrespeitou. Edward eu... Eu não acho que... O que eu quero dizer é... Eu estou pronta. – não conseguia olhar para ele, não queria que Edward pensasse que era uma oferecida. Mas pensando bem nós estávamos noivos. Não tinha nenhum problema. Edward ficou me encarando com uma expressão insondável.
–Eu preciso ir. Venho buscá-la mais tarde.
–Edward, não precisa ir. Foi algo que eu disse? – perguntei apavorada. Edward pareceu ficar alarmado com minha expressão.
–Não é nada Bella é só que... Bom... Eu achei que seria bom se nós dois deixássemos isso para depois.
–Depois quando?
–Depois do casamento. O que acha?
–Edward, não precisa fazer isso por mim. – murmurei super sem graça.  
–Não faço apenas por você, faço por mim também. Bella, entenda que durante esse tempo eu sempre me envolvi com mulheres... Mulheres impuras por assim dizer. Mulheres que se entregavam a mim apenas com o intuito de ganhar algo valioso em troca. Agora eu tenho você e quero que tudo seja perfeito, a moda antiga. Quero que seja minha após estarmos casados. É um capricho, eu sei, mas...
–Não, eu entendo. Se for assim que deseja, será assim. – eu devia estar rubra, não era fácil falar em algo tão íntimo. Edward sorriu. Levantou-se do sofá onde estava e sentou-se ao meu lado. Puxou meu rosto em direção ao seu e beijou-me.
–Eu realmente estou feliz que tenha aceitado. – sussurrou em meu ouvido. –Eu preciso ir. Vejo você ao anoitecer.
Eu me despedi de Edward na porta do prédio e quando por fim ele partiu e fiquei sozinha em meu apartamento, eu caí no berreiro. Eu sei que é algo patético para aqueles que acompanham, mas não para mim.
A princesa tinha seu príncipe e logo conheceria a frase “e então viveram felizes para sempre”.

Eu segui entorpecida para a casa da irmã de Edward, Alice. Ainda custava a acreditar que Edward havia me pedido para ser sua esposa, que eu o teria ao meu lado sempre, acordaria com ele, teria a posse de seu corpo... Todas as grandes e pequenas coisas que diziam a seu respeito seriam minhas. Edward levara um buque de flores silvestres para mim, elogiou meu vestido azul marinho, dizendo que aquela cor ficava bem em mim. Valeu à pena gastar todo meu salário daquele mês com o vestido que comprei em uma butique chique só para ouvi-lo me elogiar daquela forma.
– Então, sentiu minha falta? – Edward perguntou enquanto seguíamos de carro para a casa de Alice.
–Claro. Mas ainda assim foi bom que você tenha ido embora de casa.
–Por quê? – Edward virou-se para me olhar ignorando a estrada por alguns instantes.
–Eu meio que fiquei catatônica após sua saída. Foi difícil digerir o fato de que fui pedida em casamento.
–Por que é tão difícil aceitar que a pedi em casamento?
–Edward eu não sou muito adequada pra você. – admiti sentindo a veracidade em minhas palavras. Isso doía. Eu sempre soube, mesmo agora, que não era adequada para Edward. Senti a mão de Edward segurar a minha no banco.
–Não quero ouvir tal idiotice. Pare de se diminuir. – Edward disse parecendo aborrecido. Talvez ele estivesse certo, eu devia ter algo especial para ele me querer. Ficamos calados durante o restante do percurso.

–Pronta? – Edward perguntou enquanto tocava a campainha do portão. A casa de Alice era grande, isso pude notar sem nem ter entrado na propriedade.
–Sim. – murmurei fitando o chão. Edward ergueu minha mão com a aliança e a beijou.
–Boa noite, bem vindos. – disse uma governanta que nos recebeu. Alguns empregados atrás dela sorriam para nós, em posições retas, perfeitas. Murmurei uma “boa noite” e segui ao lado de Edward. A casa era impressionante, tão grande, com vidros substituindo paredes e toda branca. Eu tentei conter meu olhar fascinado, mas não acho que consegui disfarçar o quanto estava impressionada com a opulência do local. Mesmo tendo frequentado lugares chiques através de Edward, eu ainda não conseguia me acostumar com a riqueza daquela família.
Alice, linda como sempre, ladeada pelo seu marido Jasper, veio nos receber na porta.
–Boa noite. Bem vindos! – ao notar que era eu ao lado de Edward ela estacou. Seus lábios ficaram em uma linha rígida e sua testa se franziu. Não entendi sua expressão, parecia aborrecida pela minha presença. Rapidamente Alice mudou.
–Bella! Não acredito que é você! Que bom vê-la! – abraçou-me.
–Oi Alice. – correspondi timidamente seu abraço ainda pensando na expressão de Alice assim que me viu.
–Bem vindos. Ficamos felizes que tenham vindo. – Jasper falou. – Muito prazer em conhecê-la Bella.
–Como sabe meu nome? – perguntei sem conter a curiosidade.
–Alice fala muito de você, parece gostar verdadeiramente de você. – disse Jasper.
–É claro que gosto! Bella salvou minha noite certa vez, sabia disso Edward? – ela virou-se para seu irmão e, embora sorrisse, tinha um olhar hostil. – Certa noite eu saí com Jasper para um barzinho, mas meu sapato quebrou. Bella entregou seus próprios sapatos para que eu não perdesse minha noite.
–Ah, Bella me falou a respeito quando comentei que você queria conhecer minha misteriosa namorada. Disse que vocês se falavam. Que coincidência boa não acha Alice? – Edward sorria e senti um tom de zombaria, Alice estava séria. Eu e Jasper olhávamos a situação sem entender o que se passava. Por fim a tensão se amainou.
–Então vamos ao jantar. Venha Bella. – Alice pegou minha mão e me fez sentar ao eu lado. Edward sentou na minha frente com Jasper ao seu lado. À medida que eu e Alice conversávamos a tensão que antes eu sentia foi se dissipando. Alice foi simpática como sempre, mas havia um tom estranho em sua voz, triste. Procurei não pensar muito nisso.

–Quer dizer que ele a pediu em casamento? – Alice perguntou-me pasma. Todos nós já tínhamos jantado, estávamos na sala de visitas tomando um chá.
–Claro, Bella é a mulher da minha vida. Eu não quero perder tempo. – Edward estava sentado ao meu lado, segurava minha mão. Alice nos olhou atentamente. Eu me senti mole com suas palavras, com seu despreocupado toque.
–E já marcaram a data Edward? – Jasper perguntou.
–Não. Eu a pedi essa manhã. Bella... – Edward virou-se e me olhou, seus olhos eram tão fascinantes que só pude olhá-lo como uma idiota. – Quando quer se casar?
Eu queria dizer AGORA, mas pareceria loucura.
–Quando você quiser. – murmurei. Edward acariciou meu rosto. Virou-se para Alice.
–Certamente você vai querer organizar o casamento, não é mesmo Alice?
–Sim. Quero cuidar de tudo como presente de casamento. – ela disse com a voz sem nenhuma emoção.
–Uma semana é o suficiente? – Edward perguntou e eu estaquei. Ele realmente falou uma semana?
–Sim. Eu o aconselho a dar uma semana de folga para Bella do trabalho. Vou monopolizá-la.
–Claro. Bella, essa data está boa para você? – Edward me olhou aparentando preocupação. Devia estar temendo que sua precipitação me desagradasse.
–Você não tem idéia do quanto estou feliz. – murmurei contendo a vontade de chorar.
–Então vamos começar agora. Edward eu vou tirar suas medidas. Vamos até o meu quarto. Em seguida tiro as suas cunhadinha. – Alice levantou-se, veio para meu lado e me beijou na bochecha. Puxou Edward pela mão. Os dois desapareceram pela escadaria. Teria ficado quieta se a voz masculina não se manifestasse.
–Fico feliz por você. Você parece ser certa para o Edward. Ele está precisando de alguém descente ao seu lado.
–Mesmo que você ou Edward digam isso, eu ainda não acho que sou merecedora de uma pessoa como ele.
–Não diga tal bobagem. Edward tem estado muito solitário. Mesmo tendo Alice e a mim, ele não tem ninguém que cuide dele, que esteja sempre ao seu lado. Será bom para ele casar. Dessa forma ele amadurecerá.
–Estranho, eu já acho Edward maduro. – olhei para Jasper, ele tinha um olhar vago. Alguma coisa estava acontecendo ali, ou eu devia estar apenas paranóica.

–Seu vestido ficará lindo! Alguma preferência para a cor da decoração? – Alice perguntou enquanto tirava minhas medidas.
–Não sei nada sobre isso. Acho que vou deixar em suas mãos capazes, mas... Eu não sei como eu vou pagar.
–Ah Bella não se preocupe com isso! Nós temos dinheiro para dar e vender. Vamos cuidar de tudo! Apenas diga os nome que você quer em sua lista e os nomes de seus padrinhos.
–Eu vou pensar nisso.
–Mas pense rápido Bella. O casamento é daqui a uma semana!
–Eu estou ansiosa para o casamento, mas... Uma semana? Não é algo precipitado?
–E o que tem isso? Você não quer se casar cedo? Tem dúvidas quanto a Edward? – Alice parou de tirar minhas medidas e me olhou especulativa. Apressei-me em retirar a impressão errada.
–Não! Eu tenho certeza de Edward!
–Que bom. – Alice ficou a me olhar, uma expressão que eu não compreendia.
–Alice, você não me quer como cunhada? – murmurei. Ela estacou com minhas palavras.
–Não! Claro que não Bella! Você é a cunhada que eu sempre desejei e...
–Então por que você parece ter ficado aborrecida quando Edward me apresentou a você? – eu a observei. Vi seu rosto ficar surpreso com minha sinceridade e então uma expressão suave aparecer e seu rosto.
–Bella, me promete uma coisa?
–O que Alice?
–Você ama meu irmão, eu posso ver isso. Você é exatamente o que Edward precisa. Fique com ele.
–Alice, não precisa me pedir algo assim. Claro que eu vou ficar com ele, vou cuidar muito bem do seu irmão. – prometi com fervor. Alice sorriu.
–Que bom. Agora a partir de amanhã você é minha. – Alice piscou.
Alice era uma pessoa espontânea, maravilhosa. Eu me enchi de contentamento em saber que eu iria pertencer àquela família maravilhosa.   

–Então você ficará ocupada com Alice. Já pensou em quem serão seus padrinhos? – Edward perguntou, estávamos saindo do terreno da casa de Alice.
–Sim. Jessica e Mike serão meus padrinhos. Eu não o conheço muito bem, mas não tenho muita opção. Eu não sou de muitos amigos e não tenho parentes. – murmurei e virei meu rosto para olhar a paisagem pela janela, não queria que Edward visse meu rosto. Vendo-o com sua família despertou algo em mim, uma antiga tristeza. A tristeza de não ter nenhum familiar. Senti a umidade em meus olhos.
–Bella, está chorando? Por que está chorando? – Edward perguntou alarmado, retirou uma mão do volante, colocando em meu rosto. Peguei sua mão e a segurei.
–Estou bem eu só... Não é nada.
–Bella, não minta. Você deve ter um motivo. O que foi? Alice foi desagradável com você? – ele parecia terrivelmente preocupado. Eu sorri para tranquilizá-lo.  
–Não é isso. Sua família é maravilhosa. É que... O clima familiar me deixou um pouco sensível. Fazia tempo que eu não me sentia assim. Eu tinha me esquecido como é estar entre familiares e quando lembro dói. – agora que iríamos ser marido e mulher eu podia dizer tudo sobre mim, até os fatos tristes que fiz de tudo para ocultar dele. Edward ficou calado. Após alguns minutos notei que não estávamos indo para meu apartamento.
–Para onde nós estamos indo Edward? – eu perguntei.
–Meu apartamento. Namoramos há três meses e você ainda não conhece o lugar onde moro.
E era verdade. Edward passava a maior parte do tempo em meu apartamento quando vinha me ver. Nunca havia ido até sua casa, nem sabia onde era. Poderia parecer desleixo de minha parte, mas eu não queria incomodar Edward de jeito nenhum e por isso eu nunca perguntava nada, cobrava nada. Minha tristeza pareceu se exaurir quando percebi que Edward iria ceder, mostrar mais coisas ao seu respeito. Eu mantive um sorriso no rosto esperando ansiosa pela chegada ao seu apartamento.

–O que achou? – Edward perguntou ao acender as luzes com um comando de voz. Eu olhava a tudo embasbacada. Edward morava na cobertura de um prédio de luxo. A decoração era simples, mas de muito bom gosto.
–É lindo! – disse caminhando até o sofá branco e sentando. Edward ficou de pé.
–É aqui que vamos morar após o casamento. Você poderá alugar seu apartamento. Venha, vou mostrar a casa. – Edward pegou minha mão conduzindo-me por todos os cômodos do gigantesco apartamento. Aquele lugar era magnífico, tão grande, tudo tão limpo e arrumado! E tudo tão... Solitário. Edward vivia sozinho ali, sem ninguém, ninguém...
Fiquei reconfortada em saber que logo eu iria preencher qualquer vazio que ainda pudesse existir em sua vida.
–O que foi? – Edward perguntou-me. Sorri.
–Nada. Ainda falta me mostrar um cômodo eu suponho. – disse e vi Edward me sorrir cheio de malícia.
–Sim. O meu quarto. – Edward puxou-me até a porta dupla que dava para o seu quarto, acionou o comando acender luzes ao passarmos pela porta. Seu quarto era magnífico: espaçoso, as paredes pintadas de preto e com telas de pinturas abstratas, móveis brancos. Uma porta devia dar para o closet enquanto outra devia ser de seu banheiro. O quarto possuía uma grande sacada.
–Puxa, um quarto maravilhoso! Aliás, tudo aqui é maravilhoso.
–Foi Alice quem o decorou. Fico feliz que tenha gostado. Este será nosso novo lar daqui a uma semana. E pode começar a trazer seus pertences para cá e alugar seu apartamento.
–Nossa, está tão em cima! Edward, eu não sei se vamos conseguir ajeitar tudo em uma semana. – Edward ergueu nossas mãos entrelaçadas e afagou meu rosto.
–Não se preocupe. Alice cuidará do casamento e eu cuidarei de sua mudança, trarei para cá apenas o essencial. O restante ficará para seu inquilino. Amanhã vá a empresa falar com seus amigos, anunciar quem será seu padrinho e madrinha, sua dama de honra e convidar quem você quiser.
–Tudo bem. – Edward abraçou-me, um abraço apertado, e sussurrou em meu ouvido:
–Perdoe a pressa. Sei que uma semana é um exagero, um tempo muito curto, mas...
–Tudo bem. Eu estou tão ansiosa quanto você para ficar ao seu lado, sempre.
–Que bom. – Edward beijou-me com avidez e guiou-me para sua cama. Eu estava tão perdida no frenesi de seus lábios, suas mãos, o perfume e o calor do seu corpo que não notei quando estávamos deitados, o corpo de Edward comprimindo o meu no colchão. Seus lábios não me davam liberdade para falar, sequer para raciocinar. Suas mãos prensavam as minhas acima de minha cabeça. A atitude de um Edward afoito realmente me assustou, mas isso não fez com que eu o detivesse. Mesmo temerosa com os acontecimentos, com a novidade por detrás de tudo, eu queria aquilo. Eu queria, eu precisava ter mais de Edward. Eu o queria em meus braços, em minha língua, dentro de mim. Minhas mãos deixaram de acariciar sua nuca e passaram para frente de sua camisa de botões. Enquanto Edward beijava-me no pescoço, minhas mãos tentavam abrir os botões de sua camisa. Ele estacou e afastou-se tão rapidamente que demorei alguns segundos para processar o ocorrido.
–Me desculpe! Não deveria ter agido assim! – falou e parecia desnorteado. Edward sentou-se na cama longe de mim, os olhos fixos no piso acarpetado.
–Tudo bem Edward. Não precisa ficar assim. Não foi nada. Olha... – tentei me aproximar e tocá-lo, mas Edward levantou-se da cama.
–Devo levá-la a sua casa. A partir de amanhã começam os preparativos. Você deve estar descansada. – virou-se para mim e sorriu. Ajudou-me e levantar da cama e logo seguíamos para minha casa num silêncio mortal.
Eu não entendia a hesitação de Edward em me tocar. Será que era realmente tão importante me manter virgem e só fazer amor comigo após o casamento? Se não era algo importante para mim, como poderia ser tão importante para ele? Eu queria perguntar suas reais motivações para não querer me tocar, eu queria conduzi-lo até a cama mostrando a ele que não havia problema algum fazermos amor, mas eu nada fiz. Desde que Edward entrou em minha vida procurei ao máximo não ser um estorvo. Ignorei tudo que pudesse incitar a termos uma discussão, como as especulações que aconteciam na empresa do suposto caso entre Edward e Tânia. Como nunca vi nada eu dei de ombros, mesmo que por dentro a insegurança me ferisse. Eu temia que Edward fosse tirado de mim, não achava que tinha algum atrativo que o prendesse a mim. Qualquer mulher com um pouco mais de carne e grana para se enfeitar poderia chamar a sua atenção e eu seria facilmente descartada. Eu temia isso mais do que qualquer outra coisa. Edward tornou-se para mim uma espécie de droga, eu precisava de doses diárias dele para ser feliz.
–Bella? – a voz de Edward me despertou da letargia.
–Ah! O que? – olhei para os lados desorientada. Nós já estávamos em frente ao meu prédio.
–Chegamos. – ele sorria, parecia se divertir com minha cara desnorteada.
–Ah, sim. Então já estou indo. Nos vemos amanhã, se eu conseguir ter um tempo pra isso. Com toda essa correria de casamento imagino que ficará difícil. – falei entre risos.
–Provavelmente. Alice vai monopolizá-la. Então é melhor nós aproveitarmos agora. – Edward puxou-me para o círculo de seus braços e beijou-me voraz. Era incrível a sensação de ser beijada por Edward. Eu me sentia alheia a tudo. Poderia acontecer um maremoto ou uma explosão e eu não perceberia. E eu não via a hora de ser inteiramente dele, de ser uma mulher completa e saber o que era o prazer pelas suas mãos grandes, macias e frias. Quando ambos estávamos ofegantes, Edward me soltou.
–A mudança ficará sob minha responsabilidade. Amanhã venho buscar você e a deixarei com Alice.
–Antes eu gostaria de ir à empresa falar com minhas amigas.
–Tudo bem então. Boa noite meu amor. – Edward disse beijando-me na testa. Pensei em convidá-lo para subir comigo, mas nada disse. Saí do carro e só entrei no prédio quando o carro de Edward desapareceu na esquina. Deixei minhas dúvidas de lado para ser apenas embalada pela felicidade e a certeza de que logo Edward e eu seriamos um só. Era só isso que importava.
Ao adormecer eu sonhei com Edward.

Continua...

Então é isso... Bella vai casar com Edward e se verá presa a esse plano sórdido dele para garantir sua herança. Espero que ao longo desse convívio ela tenha, pelo menos, plantado alguma sementinha de carinho dentro dele. Quem sabe? Vamos ver amanhã o que ele tem pra nos dizer. Beijos.
Compartilhar:

Postagens Relacionadas:

← Anterior Proxima → Home

4 comments:

  1. Oi honey!! Quando ela conta fica tao lindo ai vem o dele e estraga td! Mas ele vai tomar jeito e vai ser do jeito mais dificil com muito ciumeeeee dela. Ate amanha beijusculo*_*

    ReplyDelete
  2. nossa a cap qu passa eu tenho mais dó da Bella, tadinha ta sendo tão enganada ..
    to amaando muito a fic
    PERFEITA!

    ReplyDelete
  3. Adorei a fic! Mt bom!

    ReplyDelete

Forever

É difícil às vezes olhar para trás e ver quanto tempo passou. As amizades conquistadas e algumas perdidas no caminho. A maturidade que inevitável atinge nossas vidas e altera nossos rumos. Aquilo que nos atingiu não podemos mudar, apenas aproveitar para encher nossa história de belos momentos vividos e aprendidos.
Twilight Moms Brasil é parte de mim e espero que seja de você também, Forever.

TwiMom Indica

TWIMOMS BRASIL INDICA: "PROCURA-SE UM MARIDO" DE CARINA RISSI

Uma joia deliciosa de se ler, fluente e brilhante que prende você do inicio ao fim. Desde seu lançamento, fiquei muito curiosa para le...