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Friday, February 24, 2012

FANFIC - O CONTRATO - CAPÍTULO 9


Oi gente! Hoje nosso “querido” Edward vai nos contar sua versão dos fatos passados no capítulo anterior...

Título: O Contrato
Autora(o): Jack Sampaio
Contatos: @jacksampaio;
http://escritosdejacksampaio.blogspot.com/
Shipper: Bellard
Gênero: Romance, drama
Censura: NC-18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: 
Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

O Contrato
By Jack Sampaio

Atenção: Este conteúdo foi classificado 
como impróprio para menores de 18 anos.
"Estou ciente, quero continuar!"


CAPÍTULO 9

Edward pov’s

O tempo passa... Isso é uma droga!
Quando eu dei por mim já haviam passado mais de dois meses.
Dois meses em que tive que aturar ter Isabella como namorada, dois meses do mais puro inferno! Bom, talvez eu esteja exagerando. A garota não enchia meu saco, Tânia enchia muito mais do que ela.
Bella não fazia perguntas, cobranças, nada. Era algo estranho. Bella era quase a namorada perfeita, estava sempre sorrindo quando nos víamos, mesmo quando não fazíamos nada de extravagante. Ouso até afirmar que ela estava feliz com esse namoro bolacha de sal que tínhamos. Mas eu não estava. Eu era homem afinal e precisava de uma pegação maior, para não ter um termo mais adequado para usar. Tânia me satisfazia bem, felizmente. Só assim eu conseguia lidar com aquela farsa que era nosso namoro.
Bella, acatando o meu pedido, manteve tudo em segredo. Talvez suas duas amigas do trabalho soubessem, mas felizmente nosso romance não caiu em mais bocas. Eu não queria que Alice soubesse prematuramente que Bella era escolhida, eu ainda temia que todos os meus esforços fossem perdidos quando eu fosse apresentar Bella a ela. Alice poderia contar a verdade e Bella poderia terminar comigo, mas vendo como a garota me olhava, como se estivesse contemplando um Deus pagão, acho que talvez ela até aceitasse tal acordo desde que ficássemos juntos.
Foi inevitável conhecê-la melhor. Eu não falava sobre mim, nunca gostei de falar de minha vida pessoal, então Bella preenchia o silêncio falando sobre sua vida. Fiquei surpreso ao ver que ela conhecia um pouco a dor de não possuir pais. Ela tinha uma vida sofrida, embora tentasse não transparecer a dor. Vivia solitária em seu micro-apartamento, não tinha muitos amigos e nunca namorou. Comigo ela teve o seu primeiro beijo e, se eu não estivesse tão decidido a mantê-la virgem, teria sua primeira transa. Uma parte de mim sentia-se orgulhoso por eu ser o seu primeiro e desejava torná-la mulher (nunca havia tido o privilegio de tirar a virgindade de alguma garota), mas a outra, a relativamente racional, jurara que não iria tocá-la. Era difícil. Não que Bella me desse tesão, mas qualquer homem fica mexido quando está  com uma mulher, mesmo que a mulher não seja tão bela como as que já teve. E Bella, bom, ela não era horripilante, apenas não se cuidava. Peguei-me por diversas vezes imaginando como ela seria se cuidasse de sua aparência, talvez fosse mais interessante que Tânia. Como era difícil Bella se produzir eu não passava muito tempo fantasiando.
Independente da proximidade que desenvolvera com Bella e se Bella era bonita por baixo daquelas roupas feias e fora de moda, eu tinha um plano traçado.

–Tânia, eu estou indo. – disse a Tânia enquanto pegava meu celular em cima do criado mudo. Estávamos em meu apartamento e eu estava pronto para a tarefa mais difícil que meu ego poderia executar: pedir Bella em casamento. Estávamos juntos há exatos três meses e eu havia prometido a ela que a apresentaria a Alice. Alice ficou radiante quando lhe contei que havia escolhido minha pretendente e que eu iria levá-la para conhecê-la, preparou um jantar naquela noite de domingo.
–Por que vai tão cedo? O jantar na casa de sua irmã não é apenas ao anoitecer? – Tânia perguntou levemente aborrecida.
–Quero pedir Bella em casamento antes do jantar. Além de apresentá-la a Alice comunicarei o casamento. Alice gosta de Bella, ela não vai querer estragar a felicidade de Bella dizendo que é inadequada para mim.
–Em outras palavras você quer colocar sua irmã em uma sinuca de bico com a tal Bella? Você é perverso Edward. Deve ser por isso que adoro fazer sexo com você. – falou divertida. Aproximei-me da cama e a puxei para beijá-la.
–Não me tente com seus comentários maliciosos gata. Posso acabar esquecendo Bella e transar com você o dia inteiro. – falei em seu ouvido mordiscando sua orelha. Tânia arfou.
–Uma ótima idéia. Por que não faz isso agora?
–Por que eu não vou arruinar todo um esforço por algo que posso ter mais tarde. – Beijei-a no pescoço e me afastei. – Nos vemos amanhã. – saí sabendo que precisaria ser um bom ator, ainda mais do que fui nesses meses.

No interior do meu carro decidi ligar para Bella comunicando que iria visitá-la, a aliança comprada há meses atrás estava no meu bolso. Eu sabia que Bella diria sim, minha preocupação era com Alice. Rapidamente alguém atendeu claro que devia ser Bella.
–Alô? – perguntou ofegante. Minha mente maliciosa se perguntou o porquê de estar ofegante, mas esse tipo de coisa não colava com Bella. Vai ver estava ofegante por estar limpando a casa.
–Não acredito! Você não consegue ainda reconhecer o número de celular do seu próprio namorado? Amor, assim você me deixa triste. – disse entre risos. Na verdade eu ria das especulações que minha mente estava fazendo por Bella ter atendido ao celular ofegante. Teria um Ricardão na história? Eu duvidava!
–Oi amor! – cumprimentou radiante. Nada abalava aquele bom humor dela. –Perdão eu atendi tão rapidamente que não chequei quem poderia ser.  
–Bom dia amor. Não me diga que acordei você? – perguntei, mas já deveria saber que Bella não era como as outras mulheres que acordavam tarde. Ela devia ter acordado cedo e agora trabalhava. Bom, se eu precisasse de uma empregada eu já saberia que ela preenchia os pré-requisitos. 
–Não. Acordei cedo e estou limpando o apartamento. – Bella disse. Bingo! Eu sempre acerto o que ela faz.
–Amor, importa-se se eu aparecer agora? – perguntei. Sabia que não precisava perguntar. Ela não iria se negar para mim.
–Não, claro que não, mas... Pensei que só nos veríamos ao anoitecer quando você viesse me buscar para o jantar com sua família. Por um acaso o jantar foi cancelado?
–Não Bella, não é isso. Tenho algo importante para conversar com você e... Bom... Acho que seria melhor falar antes do jantar. Posso ir até aí?  
–Claro Edward. Eu vou me arrumar, espero por você aqui.
–Então até mais meu amor. Estou ansioso para vê-la. – e estava. Resolvendo esse problema eu teria minha herança. Quem se importava com o resto?
–Até mais. – desligou. Dei atenção ao trânsito. Eu tinha que ser cauteloso quando entrava na área dos favelados onde Bella morava. Definitivamente após o casamento Bella iria morar comigo!

Eu já deveria imaginar que encontraria Bella nada sexy como em qualquer outro dia. Lá estava ela atendendo a porta para mim com uma camisa branca e jeans, os cabelos molhados e descalça. Se bem que... Aquele jeans ficava bem apertadinho mostrando como eram bem torneadas suas pernas e...
–Bom dia. – disse dando um selinho antes de adentrar completamente o apartamento. Sentei-me no sofá.
–Desculpe, não consegui terminar de me arrumar, devo estar horrenda! – Bella reclamou caminhando para o corredor que me levaria ao seu quarto. Enquanto isso eu a analisava. Incrível que ela estava até bonita tão desarrumada. – Vou terminar de me arrumar e já volto. – disse, mas ao chegar à entrada do corredor, próximo ao sofá, eu a puxei fazendo-a se sentar em meu colo.
–Não seja boba. Está linda como em qualquer outro dia. – eu disse uma mentirinha para melhorar o seu amor-próprio. Eu a puxei e a beijei. Bella desconhecia o beijo, eu a ensinei a tal. Mas agora beijava muito bem. Com um professor como eu é claro que ela iria saber beijar em pouco tempo. Beijá-la era algo bom, mas não chegava a provocar excitação como os beijos de Tânia, então eu classificaria seu beijo como tedioso. Eu me aproximei de seu pescoço inalando o perfuma que havia ali, graças a Deus a garota era sempre limpa. 
 –Está tão cheirosa. – murmurei. Eu a senti reagir a isso, seu corpo a entregava sempre. Era inegável que eu despertava Bella para o sexo com atos simples e me sentia satisfeito por isso. Era o mínimo que podia fazer para dar credibilidade a nossa relação, visto que não poderia aprofundar as caricias nela. Senti meu corpo também reagir e rapidamente afastei Bella de mim fazendo com que ela sentasse ao meu lado. Eu tinha que me policiar para não ir mais além.
–Termine de se arrumar, eu vou esperar aqui. – disse. Bella me olhava de forma especulativa e eu sabia que ela se perguntava por que não havíamos avançado na relação, por que eu sempre parava quando as coisas esquentavam. Ela parecia querer, eu podia ver isso. Mas eu não daria o que ela queria.
–Ok. – disse e seguiu para o seu quarto.

Confesso que durante esses três meses de namoro houve momentos em que eu deixei o autocontrole se esvair e quase fui além com Bella, era difícil me policiar quando as coisas esquentavam, mas eu consegui me deter. Bella não falava nada, mas também não ficava satisfeita. Ela fazia um biquinho sempre que eu parava na hora “H”, um biquinho muito fofo, devo ressaltar. Mas eu não podia correr riscos, não se isso fosse implicar em engravidá-la. Claro que eu poderia conversar com Bella, dizer que não quero ser pai e aconselhá-la ao uso de métodos contraceptivos, mas havia algo em mim, o pouco de moralidade que sobrevivera a minha vida promíscua, que queria mantê-la intocada. Se eu iria arruinar com a vida da moça, poderia pelo menos poupá-la de ter o arrependimento de ter se entregado a mim.
–Desculpe a demora. – a voz soou quebrando minha linha de pensamento. Bella estava arrumada, bonitinha até. Quando Bella sentou-se ao meu lado eu ergui minha mão e afaguei sua bochecha.
–Não demorou nada.
–Então você já tomou café? Eu posso preparar algo para você. – fez menção de se levantar, mas eu a retive. Eu não poderia mais protelar aquilo. Coloquei uma máscara de seriedade. Era a hora da atuação impecável.
 –Não, eu comi antes de vir para cá. Então eu quero conversar com você antes de irmos ao jantar que Alice está promovendo. – me justifiquei pensando no que diria a ela.
–Ah sim, você disse que queria conversar. Então diga sobre o que é. – perguntou. Segurei suas mãos entre as minhas. Isso não seria fácil. 
“Vamos lá você consegue! Não é algo definitivo afinal. Após o casamento Bella vai querer se separar rapidamente de mim quando descobrir meu gênio.” – pensei e quase sorri com isso, quase.
–Bella, eu sei que é cedo para tal coisa, mas visto que não tenho dúvidas sobre você eu não quero mais esperar. Desde que você entrou em minha vida eu não consigo me imaginar sem você ao meu lado e mesmo o pouco que eu já tenho já não é o suficiente. – eu nem a olhava para testar sua reação as minhas palavras. Fixei meus olhos em nossas mãos.
–Edward eu... – Bella começou a falar, mas eu a impedi colocando meu dedo indicador em seus lábios.
–Deixe-me terminar, por favor! – peguei a caixinha com a aliança no bolso de minha jaqueta.
–Bella... – eu a chamei enquanto minhas mãos abriam a caixa. Bella apenas me olhava. – Bella, você aceitaria ser minha esposa? – perguntei. Estranho dizer, mas, enquanto olhava sua face paralisada pelo espanto, fiquei tenso caso Bella me negasse. Ela poderia me negar, não poderia? Por mais impossível que isso parecesse, Bella poderia dizer não a minha proposta. Se ela fizesse uma sandice dessas, eu seria capaz de, num acesso de fúria, mandá-la para o inferno. Bella ficou parada me olhando. Ela estava tão parada que estupidamente me perguntei se ainda estava viva. Talvez eu a tivesse matado do coração com a proposta. Se isso acontecesse seria o inferno, lá se iam três meses de bajulação com ela! E então eu vi as lágrimas descendo de seus olhos. Bosta! Se tinha uma coisa que eu odiava era ver uma mulher chorando. Por isso sempre terminava com meus casos pelo telefone.
–Bella, o que foi? Por que está chorando? – perguntei secando as lágrimas com a ponta de meus dedos. Bella pareceu enfim ter alguma reação.
–Eu... Eu só... – ela gaguejava. Continuei a afagar seu rosto. Por que ela estava assim? Será que estava nervosa, sem saber se deveria aceitar ou não?
–Escute você não precisa responder agora. Pode ter o tempo que quiser para pensar, afinal de contas é um grande passo para nossas vidas e... – Bella se jogou em meus braços. Eu a abracei apertado sentindo o gosto da vitória. Aquilo era claramente um “sim”. Após alguns minutos eu me afastei e coloquei a aliança em seu dedo, ergui sua mão beijando-a num gesto que certamente deixaria Bella nas nuvens. Eu me inclinei e a beijei. Tudo bem eu admito que Bella agora beijava bem, o gosto da sua boca era muito bom, melhor do que o de Tânia, mas isso não queria dizer nada. Eu experimentei aproveitar sem ligar para cuidados, de um jeito muito próximo ao que eu fazia com Tânia. E quando dei por mim eu estava sobre o corpo de Bella beijando-a avidamente. Toquei seu abdômen massageando-o. Mesmo coberta com vestes feias eu sabia, enquanto a tocava, que Bella tinha um corpo bonito. Perguntei-me como ela poderia ficar com um pouco de produção, mas não quis pensar muito no assunto.
Bella parecia querer algo mais, não era a primeira vez que seu corpo a denunciava. Apesar de virgem, ela não temia ser tocada mais profundamente por alguém, diria até que ansiava. Enquanto nós estávamos envolvidos naquela atmosfera de excitação eu me perguntei “por que não?”. Senti que Bella tentava abrir minha camisa e então eu encontrei a resposta para minha pergunta.
“Por que eu não poderia tocar-la?”
“Por que era o mínimo que poderia fazer por ela, já que iria usá-la.”
Eu me afastei sentando no outro sofá. Bella me olhava chocada, certamente.
–Desculpe. Não era minha intenção desrespeitá-la. – disse.
–Não me desrespeitou. Edward eu... Eu não acho que... O que eu quero dizer é... Eu estou pronta. – ela disse. Eu a fitei. Bosta! Recusar uma mulher que queria sexo não era uma das minhas qualidades! Se eu ficasse ali um pouco mais eu acabaria...
–Eu preciso ir. Venho buscá-la mais tarde.
–Edward, não precisa ir. Foi algo que eu disse? – Bella perguntou. Como sempre se culpando! Talvez fosse culpa dela mesmo. Eu senti que estava perdendo cada vez mais o controle. Aquele ar de inocência que a envolvia mesclado com o desejo que estava estampado nos seus olhos era algo atordoante. 
–Não é nada Bella é só que... Bom... Eu achei que seria bom se nós dois deixássemos isso para depois.
Que outros homens nunca ouvissem uma sugestão tão absurda dessas! Iriam achar que sou gay!
–Depois quando? – ela perguntou impaciente. Que droga! As virgens não deveriam temer serem tocadas intimamente? Queria que Bella fosse daquelas que dissuadissem um homem que queria possuí-la. Assim tudo seria mais fácil pra mim.
–Depois do casamento. O que acha?
–Edward, não precisa fazer isso por mim. – Bella murmurou.
–Não faço apenas por você, faço por mim também. Bella, entenda que durante esse tempo eu sempre me envolvi com mulheres... Mulheres impuras por assim dizer. Mulheres que se entregavam a mim apenas com o intuito de ganhar algo valioso em troca. Agora eu tenho você e quero que tudo seja perfeito, à moda antiga. Quero que seja minha após estarmos casados. É um capricho, eu sei, mas... – esperava que Bella não visse a mentira estampada na minha cara. Que coisa mais idiota de se dizer! Até parece que eu era do tipo cumpridor de regras arcaicas como essas!
–Não, eu entendo. Se for assim que deseja, será assim. – Bella disse e notei que estava rubra. Sorri. Levantei-me do sofá sentando ao seu lado e a beijei. 
–Eu realmente estou feliz que tenha aceitado. – sussurrei em seu ouvido. Eu estava feliz, agora poderia pegar minha grana. – Eu preciso ir. Vejo você ao anoitecer.
Saí de lá rapidamente antes que fizesse besteira. Agora eu tinha uma nova fase a cumprir: fazer com que Alice aceitasse Bella e não contasse a verdade.

Fiz tudo para agradar Bella. Estava bem vestido, levei flores (um buque barato, admito. Não quero acostumá-la mal.), a elogiei (verdade seja dita ela estava bonita. Bella ficava muito bem de azul.). Bella estava muito calada enquanto eu dirigia. Procurei puxar assunto.
– Então, sentiu minha falta? – perguntei. Uma pergunta nada original a meu ver.
–Claro. Mas ainda assim foi bom que você tenha ido embora de casa.
–Por quê? – eu a olhei sem saber o que ela queria dizer com aquelas palavras.
–Eu meio que fiquei catatônica após sua saída. Foi difícil digerir o fato de que fui pedida em casamento.
Ah claro. Eu já imaginava que Bella ficaria em choque. Não é todo dia que o príncipe pede a gata borralheira em casamento antes de vê-la apresentável.
–Por que é tão difícil aceitar que a pedi em casamento? – perguntei. Queria saber se ela desconfiava de algo, logicamente.
–Edward, eu não sou muito adequada pra você.
Era impressionante como Bella se depreciava! Era por isso que não gostava de pessoas como ela, pessoas que não se valorizavam! Ela deveria recitar a frase “sou gostosa, e daí?”, mesmo que ela fosse um bagulho. E Bella não era um bagulho, não muito pelo menos.
–Não quero ouvir tal idiotice. Pare de se diminuir. – disse com aspereza. Bella ficou calada e eu também. 

Estávamos em frente à casa de Alice.
–Pronta? – perguntei tocando a campainha. Agora era a prova de fogo. Eu não poderia deixar Alice contar a verdade, mas como eu a impediria se ela quisesse falar? Será que conseguiria dopá-la com algum anestésico antes que Jasper percebesse e quebrasse minha cara?
–Sim. – murmurou. Beijei a aliança e a ela na tentativa de diminuir sua tensão. A porta foi aberta pela governanta.
–Boa noite, bem vindos. – disse a governanta. Alguns empregados atrás sorriam como imbecis para nós. Entramos e notei o olhar de Bella avaliando a casa. Acho que Bella nunca tinha entrado em lugares como a casa de Alice. E então avistei Alice com Jasper.
–Boa noite. Bem vindos! – nos cumprimentou e então estacou. Ela viu Bella ao meu lado. Alice era muito perceptiva, logo perceberia que eu a estive observando para escolher a candidata perfeita. Seus lábios ficaram em uma linha rígida e sua testa se franziu. E então num passe de mágica ela mudou.
–Bella! Não acredito que é você! Que bom vê-la! – abraçou Bella e, aproveitando que Bella estava de costas, mandou o dedo do meio para mim. Eu sorri.
–Oi Alice. – Bella disse abraçando-a. 
–Bem vindos. Ficamos felizes que tenham vindo. – Jasper falou. – Muito prazer em conhecê-la Bella.
–Como sabe meu nome? – perguntou Bella. Certamente Alice gostou tanto de Bella que falou dela até para Jasper.
–Alice fala muito de você, parece gostar verdadeiramente de você. – disse Jasper.
–É claro que gosto! Bella salvou minha noite certa vez, sabia disso Edward? – ela virou-se para mim com hostilidade. Como imaginei, Alice sabia da verdade, sabia que eu a espionei. – Certa noite eu saí com Jasper para um barzinho, mas meu sapato quebrou. Bella entregou seus próprios sapatos para que eu não perdesse minha noite.
–Ah, Bella me falou a respeito quando comentei que você queria conhecer minha misteriosa namorada. Disse que vocês se falavam. Que coincidência boa não acha Alice? – zombei.
Alice estava furiosa, eu sabia. Os outros pareciam confusos. E então vi Jasper congelar a expressão minimamente. Finalmente ele percebeu. Claro, Jasper esteve ao lado de Alice durante a leitura do testamento. Ele sabia que eu estava usando Bella.
–Então vamos ao jantar. Venha Bella. – Alice pegou a mão de Bella guiando-a para o seu lado. Sentei em frente à Bella e fiquei tenso. Alice se atreveria a contar a verdade diante de todos?
À medida que Alice conversava com Bella percebi que ela ficava mais tranqüila. Ainda estava tenso, mas procurei deixar para lá. Teria que me preparar quando fosse à hora de Alice julgá-la. Ela ainda poderia dizer “não”.

–Quer dizer que ele a pediu em casamento? – Alice perguntou a Bella pasma. Todos nós já tínhamos jantado, estávamos na sala de visitas tomando um chá.
–Claro, Bella é a mulher da minha vida. Eu não quero perder tempo. – eu estava sentado ao lado de Bella segurando sua mão. Alice nos olhou atentamente.  
–E já marcaram a data Edward? – Jasper perguntou despreocupado.
–Não. Eu a pedi essa manhã. Bella... Quando quer se casar? – que Bella quisesse apressar as coisas. Eu já estava cansado de ser um bom moço.
–Quando você quiser. – murmurou. Era a resposta que eu queria! Acariciei seu rosto. Virei-me para Alice.
–Certamente você vai querer organizar o casamento, não é mesmo Alice?
–Sim. Quero cuidar de tudo como presente de casamento. – ela disse com a voz sem nenhuma emoção. Sim, ela iria aceitar Bella. Se não fosse aceitar deveria ter dito “não”.
–Uma semana é o suficiente? – perguntei. Senti Bella enrijecer ao meu lado.
–Sim. Eu o aconselho a dar uma semana de folga para Bella do trabalho. Vou monopolizá-la. – e vi a empolgação em seus olhos. Alice adorava isso, coisas que envolvessem seu talento em criar.
–Claro. Bella, essa data está boa para você? – perguntei a Bella fingindo preocupação. Claro que estaria bom para ela, Bella era tão romântica e bobinha! Poderia apostar que tem como livro de cabeceira a estória de uma das princesas da Disney, via High School Musical e ouvia Taylor Swift.
–Você não tem idéia do quanto estou feliz. – murmurou. Bingo! Eu sempre acertava as vontades dessa mulher.
–Então vamos começar agora. Edward eu vou tirar suas medidas. Vamos até o meu quarto. Em seguida tiro as suas cunhadinha. – Alice levantou beijando Bella na bochecha, logo após isso me puxou pela mão. Ela não precisava retirar minhas medidas, sabia de cor. Ela iria me colocar na parede e eu saberia sua resposta, se aceitaria Bella ou não.
Assim que passamos pela porta do quarto de Alice, ela virou-se com uma expressão carrancuda e soltou os cachorros.
–Então esteve me vigiando, não é?
–Claro. De que outra forma encontraria a mulher que fosse aceita por você?
–Edward, não ouse fazer nada com Bella. Ela não é como as vadias com que você se relaciona! – ela sibilou.
–Tarde demais e... Não estou maltratando a garota! Ela deve ser a mulher mais afortunada da Terra agora! E você não vai estragar a felicidade dela, vai?
–Edward, se eu disser “não” para Bella, você vai largá-la?
–Sim e procurarei outra que a agrade. – reprimi minha vontade de rir ao ver a expressão que Alice fazia.
–Não se preocupe eu não vou dizer não. – e vi no rosto de Alice um sorriso estranho. Ela estava tramando algo.
–Posso saber por que não vai negar Bella?
–Por que eu sei que ela conseguirá ensiná-lo.
–Me ensinar? O que Bella poderia me ensinar Alice? – perguntei com incredulidade.
–Você verá. Agora chame Bella para vir aqui. Preciso tirar as medidas dela.
Eu não iria me preocupar com as palavras de Alice. Mas pensando bem ela tinha a estranha mania de rogar pragas que sempre funcionavam. Mas o que Bella poderia me ensinar? Como viver feliz na pobreza? Possivelmente.
Eu encontrei Bella na sala conversando com Jasper. Não me preocupei. Jasper não ia se meter em assuntos alheios.
–Bella, amor, Alice está chamando por você. – eu disse enquanto descia as escadas. Bella levantou-se e veio em minha direção. Inclinei-me e a beijei antes de seguir para a sala. Jasper fitou-me intensamente, ele sabia exatamente o que estava acontecendo, mas não falou nada, o que agradeci. Eu sempre odiei ouvir sermões afinal.

Quando Bella saiu do quarto de Alice temi que Alice tivesse contado a verdade, mas ao ver Bella sorrir eu soube que Alice iria manter sua palavra.
Enquanto seguíamos para casa eu puxei assunto.
–Então você ficará ocupada com Alice. Já pensou em quem serão seus padrinhos?
–Sim. Jessica e Mike serão meus padrinhos. Eu não o conheço muito bem, mas não tenho muita opção. Eu não sou de muitos amigos e não tenho parentes. –Bella murmurou e não voltou seu olhar para mim. Não era a primeira vez que tínhamos conversas sobre nossa vida passada. Eu odiava tocar nesse assunto, não por mim, Bella não exigia detalhes da minha vida, mas pelo que ouvia de Bella. Ela era igual a mim, solitária, e isso me incomodava. Notei algo em seu rosto e estaquei.
–Bella, está chorando? Por que está chorando? – perguntei alarmado colocando minha mão em eu rosto. Bella segurou minha mão em seu rosto.
–Estou bem eu só... Não é nada. – ela sempre era evasiva, nunca dividia sua dor. Não que eu quisesse ouvir ladainha de mulher solitária, mas se ouvisse seria uma boa oportunidade de posar como um bom moço.
–Bella, não minta. Você deve ter um motivo. O que foi? Alice foi desagradável com você? – perguntei claramente preocupado. Iria esganar aquela baixinha se tivesse dito algo.
–Não é isso. Sua família é maravilhosa. É que... O clima familiar me deixou um pouco sensível. Fazia tempo que eu não me sentia assim. Eu tinha me esquecido como é estar entre familiares e quando lembro dói. – ela disse pouco à vontade. Bella não gostava de exteriorizar seus sentimentos e isso era por que ela não gostava de me incomodar. Bella fazia de tudo por mim, eu tinha que reconhecer. Ela era realmente a pessoa fantástica que Alice descrevera, por isso Alice temia que eu a magoasse, temia que isso acabasse com aquela pessoa boa que Bella era. Antes eu não estava nem aí, mas eu me via cada vez mais envolvido com Bella e o fato e sua história parecer igual a minha em alguns aspectos só piorava.
–Para onde nós estamos indo Edward? – ela perguntou. Só então notei que estava indo para meu apartamento. Havia me esquecido que ela estava em meu carro e que eu precisava levá-la para casa, mas, pensando bem, já estava na hora de Bella conhecer minha casa. Até por que ela moraria lá enquanto estivéssemos casados. Eu é que não iria morar naquele cortiço que ela vivia!
–Meu apartamento. Namoramos há três meses e você ainda não conhece o lugar onde moro. – disse e a vi sorrir, ansiosa. Era bom tirar aqueles traços de tristeza e melancolia dela.

–O que achou? – perguntei ao acender as luzes com um comando de voz, Bella ficou desorientada com a tecnologia, certamente pensando que assombrações acionaram a luz. Perguntei-me como ela reagiria se visse minha coleção de carros, talvez babasse no processo.
–É lindo! – disse.
–É aqui que vamos morar após o casamento. Você poderá alugar seu apartamento. Venha, vou mostrar a casa. – peguei sua mão conduzindo-nos por todos os cômodos do apartamento.
Experimentei olhar para Bella enquanto mostrava a casa, ela sorria de forma sutil.
 –O que foi? – perguntei.
–Nada. Ainda falta me mostrar um cômodo, eu suponho. – disse e saquei a que cômodo ela se referia: meu quarto. E não é que essa coisinha sabia ser maliciosa? O mais excitante de tudo era que sua malícia ainda conservava um ar de inocência, algo exótico para mim. Idéias devassas toldaram minha mente.
–Sim. O meu quarto. – eu a puxei para meu quarto acionando as luzes no processo. Bella olhava ao cômodo, maravilhada.
–Puxa, um quarto maravilhoso! Aliás, tudo aqui é maravilhoso.
–Foi Alice quem o decorou. Fico feliz que tenha gostado. Este será nosso novo lar daqui a uma semana. E pode começar a trazer seus pertences para cá e alugar seu apartamento. – imaginei como minha casa ficaria com os pertences de Bella e tremi com isso. Será que ela iria colocar suas calcinhas para secar no box do banheiro? Se eu visse uma cena dessas teria um AVC. Felizmente havia um cômodo vago em minha casa, aquele seria seu quarto.
–Nossa, está tão em cima! Edward, eu não sei se vamos conseguir ajeitar tudo em uma semana.
Ergui minha mão que estava entrelaçada a dela e afaguei seu rosto. A pele de Bella não possuía nenhum defeito, era macia, quente, perfumada... A excitação foi tomando conta de mim.
–Não se preocupe. Alice cuidará do casamento e eu cuidarei de sua mudança, trarei para cá apenas o essencial. O restante ficará para seu inquilino. Amanhã vá a empresa falar com seus amigos, anunciar quem será seu padrinho e madrinha, sua dama de honra e convidar quem você quiser.
–Tudo bem. – Bella disse. Eu a abracei sentindo os seus seios relativamente fartos comprimidos em meu peito. Sussurrei em seu ouvido:
–Perdoe a pressa. Sei que uma semana é um exagero, um tempo muito curto, mas...
–Tudo bem. Eu estou tão ansiosa quanto você para ficar ao seu lado, sempre.
–Que bom. – disse e a beijei com empolgação enquanto a guiava para a cama. Não saberia explicar o que estava acontecendo comigo, definitivamente era a cabeça de baixo a pensar por mim. Eu não estava tão necessitado por sexo para apelar desse jeito, mas o modo como Bella agia, erótica sem nem se dar conta, estava me deixando louco. Ergui suas mãos enquanto a beijava prensando-a. Bella passou a acariciar minha nuca, puxando-me para ela, o que me fez aprofundar mais o beijo. Passei a beijá-la no pescoço e senti as mãos de Bella em minha camisa, desabotoando-a. Foi naquele momento que tive um ataque de consciência.
“Se eu a tomar agora, será muito mais difícil para ela seguir em frente quando terminar com nosso casamento.” – pensei e tal pensamento foi como gelo nas minhas partes íntimas. Eu acabei por me afastar.
–Me desculpe! Não deveria ter agido assim!   
–Tudo bem Edward. Não precisa ficar assim. Não foi nada. Olha... – Bella tentou me tocar, me tranquilizar, mas levantei da cama.
–Devo levá-la a sua casa. A partir de amanhã começam os preparativos. Você deve estar descansada. – sorri.
Logo nós estávamos compostos e seguindo para o apartamento de Bella. Eu não consegui puxar assunto no caminho. Quem me visse agora recusando mulher diria que eu era gay! Uma parte de mim pensava que talvez fosse melhor ter realmente um casamento de verdade com Bella, fazer uma vasectomia reversível para não engravidá-la e só me mostrar um monstro quando fosse pedir o divórcio. Outra queria apressar os fatos. Se eu não seria futuro para ela não seria melhor eu fazer de tudo para nos separarmos assim que casássemos? Perdido em pensamentos eu quase entrei na rua errada. Bella continuava calada, parecia tão aérea quanto eu.
 –Bella? – chamei.
–Ah! O que? – olhou para todos os lados desorientada.
–Chegamos. – reprimia a vontade de rir, Bella parecia ter atraso mental com aquela cara.
–Ah, sim. Então já estou indo. Nos vemos amanhã, se eu conseguir ter um tempo pra isso. Com toda essa correria de casamento imagino que ficará difícil. – falou sorrindo. Francamente o sorriso de Bella era lindo! Ou talvez eu estivesse vendo coisas por estar com sono.
–Provavelmente. Alice vai monopolizá-la. Então é melhor nós aproveitarmos agora. – eu a puxei e a beijei com a mesma empolgação do quarto, mas soube reprimir o monstro cheio de testosterona e parar antes que minhas mãos tocassem o lugar errado.  –A mudança ficará sob minha responsabilidade. Amanhã venho buscar você e a deixarei com Alice. – e precisaria mobiliar o quarto vago para ela. Estava fora de cogitação dividir uma cama com ela. Eu era meio sonâmbulo, poderia agarrá-la.
–Antes eu gostaria de ir à empresa falar com minhas amigas.
–Tudo bem então. Boa noite meu amor. – eu a beijei na testa.

Saí rapidamente. Minha cabeça estava um caos. O meu lado moral reclamava com o lado imoral, mas como o lado imoral era mais forte então eu dei de ombros. Pensar em relacionamento não era algo saudável.
Eu estava quente, precisando de uma mulher para saciar meus desejos despertados em meu momento íntimo com Bella. Poderia ligar para Tânia, mas ela não daria conta do recado. Eu conhecia nas proximidades um prostíbulo classe A que costumava frequentar antes de obter sexo de graça com Tânia. Foi para lá que eu fui. Eu não queria deixar minha mente vagar e pensar em Bella, não era algo muito saudável.
Precisei de apenas vinte e cinco minutos para chegar ao meu destino.
–Ora quem está aqui! Boa noite senhor Cullen! – madame Sophia, uma descendente de prostitutas francesas, recebeu-me na porta.
–Olá madame Sophia.
–Fazia tempo que não vinha para cá. Vamos, entre! – ela fez um gesto para que eu entrasse.
Quem visse o prostíbulo do lado de fora, toda a sua opulência, jamais saberia o que realmente ocorria no prédio. Um local onde apenas homens, e mulheres, bem abastados vinham se divertir com os prazeres da carne. Tinha de tudo: homens, mulheres e até animais, mas eu só usava serviços femininos, claro.
–E então o que deseja?
–Eu não sei madame Sophia, não sou mais um árduo frequentador para saber das opções por aqui.
–Confia em meu gosto pessoal, senhor Cullen?
–Claro.
–Então eu irei guiá-lo a um quarto e escolherei minhas melhores meninas.
–Que seja.
Madame Sophia deixou-me em um quarto opulento, para os melhores clientes. Servi-me de seu uísque enquanto esperava que me trouxesse as garotas. Se Tânia soubesse o que estava fazendo ela me mataria, esse é o problema de ficar tempo demais com alguém. Ela se apossa de você. Retirei meu paletó, a camisa, os sapatos e o par de meias, o cinto, ficando apenas de calça. Sentei na cama ainda segurando o copo de uísque, bebericando da bebida e pensando que em uma semana eu pegaria o que me cabia na empresa. A porta se abriu, desviei o olhar do copo e vi 4 mulheres adentrando o cômodo. Uma loira daquelas espetaculares, usava lingerie vermelha e tinha um corpo parecido com o de Pâmela Anderson; uma ruiva usando lingerie verde que combinava com seus olhos, tinha pouco seio, mas muita bunda; uma morena alta, um pouco mais magra que as demais, mas linda; e uma asiática com uma carinha de menininha excitante. Minha excitação veio latente. Elas olharam para mim pasmas, não é todo dia que têm a oportunidade de ter um cliente gostoso e então seus rostos adquiriram compleições safadas.
–Então você é o menininho mal que precisa de um corretivo? – a loira falou passando a língua nos lábios. Deixei meu copo de lado e as olhei com lascívia.
–Ah sim, sou eu mesmo. Vou precisar ser castigado por todas vocês. – eu as vi se aproximar, a morena fechando a porta.
–Então é melhor começarmos. – a asiática de voz anasalada falou.
Minha brincadeirinha se iniciou e os pensamentos acerca de Isabella Marie Swan foram ocultos pelos gemidos das prostitutas habilidosas.

Continua...

Esse Edward é muito safado mesmo! Mas, é impressão minha ou estou detectando algum sentimento dele por Bella? Será que no final ela vai mesmo conseguir conquistar esse coração frio, como previu a Alice? Tomara. Amanhã volto com mais. Beijos.
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1 comment:

  1. Oi honey!! Concertesa ele ja esta sentindo algo por ela!haha. Adorei beijusculo ate amanha.

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